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GAVIÕES IMPERIAIS

GAVIÕES IMPERIAIS

PRESIDENTE Leonardo Moreira
VICE-PRESIDENTE Matheus Araújo
CARNAVALESCO Diego Martins
INTÉRPRETE  Leandro Thomaz
CORES  Vermelho e Branco
FUNDAÇÃO 25/10/2006
SÍMBOLO Gavião
CIDADE-SEDE Rio de Janeiro-RJ

O G. R. E. S. V. Gaviões Imperiais foi criado no dia 25/10/2006 pelo presidente da agremiação, Leonardo Moreira, e por Fabrício Sousa. Apostando em jovens revelações, a escola surpreendeu o público do Grupo de Avaliação de 2007 ao apresentar o enredo "Gaviões Imperiais no Embalo da Revolução Industrial".

Com samba composto e interpretado pelo veterano Imperial, a escola foi uma das preferidas do público e abocanhou o vice-campeonato da CAESV, conquistando o direito de desfilar entre as grandes da LIESV.

Preparando-se para o desafio, a escola contratou, para 2008, o carnavalesco campeão do Grupo Especial de 2006, Raphael Soares. Contou também com o ex-presidente da LIESV, Arthur Macedo, em sua diretoria. 

Ano

Enredo

Colocação

2020 Retrato das Mães Pretas 10º (Acesso)
2019 A Epopeia da Aridez 6º (A)
2018 Tupã Tenondé  não desfilou
2017 Tapete: Da magia a riqueza, vou tecendo em fios a história 11º (Especial)
2016 Do Semba ao Samba, Raiz dessa Gente Bamba 7º (Especial)
2015 Por Mares Nunca Antes Navegados... O Sonho de Fernão de Magalhães (reedição de 2009) 7º (Especial)
2014 Pra Tudo se Esquecer na Quarta-Feira  11º (Especial)
2013 O Pirata da Barbária 4º (Acesso)
2012 Candeal: Reafricando a Nação Gueto Square  14º (Único)
2011 Deixe passar na avenida os versos de um caboclo sonhador 5º (Acesso)
2010 Contos da Carochinha 4º (Acesso)
2009 Por Mares Nunca Antes Navegados... O Sonho de Fernão de Magalhães

8º (Especial)

2008 Amazônia, nosso Eldorado... Parintins, nossa pátria cultural. É caprichando que garanto meu carnaval

6º (Acesso)

2007 A Gaviões Imperiais - No embalo da Revolução Industrial

2º (CAESV)


SINOPSE ENREDO 2020

Retrato das Mães Pretas

A cor da sua pele as distinguia, e por conta disso, eram escravas como todos os outros de pele negra. Porém o leite que vinha dos seus seios tinha a mesma coloração branca das suas senhoras que haviam acabado de parir.

Por necessidade da falta do leite materno, ou mesmo por preguiça de algumas senhoras da alta sociedade, eram estampados nos jornais anúncios à procura de “amas de leite”, escravas que, por conta da maternidade recente, possuíam quantidades suficientes desse alimento essencial para nossa vida para alimentar os bebês brancos que nasciam nas casas grandes.

As amas de leite eram, então, separadas de seus próprios filhos para poder alimentar e cuidar do filho de quem mandava. Em troca disso, poderiam frequentar a casa, sem precisar sofrer na senzala, porém, longe dos seus próprios filhos, descendentes do continente africano, que estavam largados no mundo para ela poder exercer a função de mãe com o filho dos outros. Algo parecido com que algumas empregadas domésticas passam ainda hoje em dia ou de mães que perdem seus filhos negros por conta de balas perdidas.

Há vários registros de fotos dessas amas de leite com os bebês brancos. São retratos das mães pretas, onde aparecem sempre muito distintas, com boas roupas, porém com uma expressão sempre muito carregada de quem sofre por ter sido retirado o direito de ser mãe do seu próprio filho para cuidar do filho de outra. Além da amamentação, as “mães pretas” tinham também como função limpar, cozinhar e ser babás da criança da casa. Há também bastantes documentos e pinturas da época, como as de Debret, mostrando as escravas fazendo serviços com as crianças à tira colo, enroladas em um pano, à moda africana, e tabuleiros na cabeça para não perder tempo com o serviço da casa.

Nada diferente das mães negras faveladas, com a lata d´água na cabeça e as baianas quituteiras. As negras guerreiras do nosso dia a dia que não se derrubam por qualquer coisa.

O leite materno aproximou duas culturas, duas histórias completamente diferentes. Uma, de um bebê que nasceu em berço esplêndido e outra que nasceu em meio à uma tribo africana. Enquanto a branca foi deixada de lado para uma escrava criar,esta negra tinha várias lembranças de onde nasceu, da ancestralidade contada por um griô, de sua religião forte e imponente, com diversas Deuses e orixás, que tiveram que virar santos para que isto sobrevivesse na cultura do nenê branco. Nosso país também foi alimentado com esse “leite” pomposo que é a cultura africana.

Hoje é o carnaval que nos alimenta dessas ricas histórias. O carnaval é nossa ama de leite, é nossa “mãe preta”, que permite que essa cultura negra permaneça dentro de nós.

Autor do enredo: Fábio Granville.