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UNIDOS DA PONTE

UNIDOS DA PONTE

FUNDAÇÃO  03/11/52
CORES  Azul e Branco
QUADRA  Rua Sargento de Milícias, 506

Pavuna

Telefone: 2518-3888

BARRACÃO Av. Venezuela, 206
Centro
SÍMBOLO  Aperto de Mão

RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO

HISTÓRICO

As famílias Macário e Oliveira, fundaram, em 03 de novembro de 1952, a Escola de Samba Unidos da Ponte, que desfilou somente no município de São João do Meriti, nos anos de 1954, 55 e 56, sagrando-se campeã dos desfiles.

Em 1957, por iniciativa de Carmelita Brasil, a primeira mulher a dirigir uma escola de samba (ela foi presidente da Ponte), registrou seus estatutos filiando-se a Associação das Escolas de Samba. A partir de 1959, passou a desfilar na cidade do Rio de Janeiro. De 1959 a 1964 os enredos e sambas-de-enredo foram de autoria de Carmelita Brasil, também a primeira mulher a compor para o Carnaval (Dona Ivone Lara seria a segunda, anos depois).

Fundadores: Carmelita Brasil (primeira presidente da entidade), Waldomiro Maxmiliano Gonçalves, Antônio de Oliveira, Durval da Silva Araújo, Cermilo de Oliveira, Gonçalves Lima (proprietário da residência onde aconteceu a reunião da fundação), entre outros.

Em 1979, Edson Tessier foi eleito presidente. Com a colaboração de antigos dirigentes e com ajuda de novos adeptos, imprimiu um ritmo dinâmico à agremiação. Transferiu a quadra do bairro de São Mateus para o centro do município, colocando a escola no grupo principal em 1983. Em 84 a escola é rebaixada e em 1985 consegue o título do Grupo 1-B, voltando ao grupo principal em 1986, posição em que se manteve até 1989.

Em 1992, ainda com Tessier como presidente, a escola consegue voltar ao Grupo Especial, conseguindo o vice-campeonato do então Grupo 1. Conseguiu permanecer no Grupo Especial até 1996, totalizando assim 10 participações neste grupo.

No Grupo A, amargou em 1999 o primeiro rebaixamento para o Grupo B, porém voltando ao Segundo Grupo no ano seguinte. Em 2003, foi novamente rebaixada para o Terceiro Grupo. Em 2005, a Unidos da Ponte reeditou seu enredo "E eles verão a Deus", de 1983, ano em que a escola desfilou pela primeira vez no desfile principal.

A escola apostou, para 2006, em uma nova reedição, agora de seu enredo de 1992, "Da Cor do Pecado", que lhe rendera o acesso ao Especial de 1993. Mas, ao contrário do sucesso de 14 anos antes, a Unidos da Ponte enfrentou muitos problemas em seu desfile, com pouquíssimas alegorias e alas e seus componentes atrasados, amargando assim a última posição no Grupo B, sendo assim rebaixada para o Grupo C, o Quarto Grupo. 

Em 2011, desfilou com o samba-enredo "Orixás", um concorrente derrotado da disputa de 1984. Em 2012, reeditou seu enredo de 1989, "Vida que te quero viva". Voltou à Marquês de Sapucaí depois de 13 anos longe da Passarela do Samba, graças ao título conquistado do Grupo B em 2018. O samba-enredo "Oferendas", de 1984, foi reeditado em 2019. Atualmente, se mantém na Série A.

RESULTADOS DA ESCOLA

1959 - 11ª no Grupo 2

Revista brasileira

Carmelita Brasil

 

1960 - 17ª no Grupo 2

Exaltação ao Estado do Rio de Janeiro

Carmelita Brasil

 

1961 - 13ª no Grupo 3

Exaltação ao Estado da Guanabara

Carmelita Brasil

 

1962 - 6ª no Grupo 3

Homenagem ao Pai da Aviação

Carmelita Brasil

 

1963 - 11ª no Grupo 3

Homenagem ao Barão de Mauá

Carmelita Brasil

 

1964 - no Grupo

A Escravidão

Carmelita Brasil

 

1965 - 17ª no Grupo 3

Transportes Coletivos do Rio de Ontem e de Hoje

 

1966 - 23ª no Grupo 3

Osvaldo Cruz, o Saneador

 

1967 - 18ª no Grupo 3

Legados a D. João VI

 

1968 - 16ª no Grupo 3

Brasil, Berço de Heróis

 

1969 - 10ª no Grupo 3

Grandes Trechos Nacionais

 

1970 - 5ª no Grupo 3

Último Baile Imperial

 

1971 - 8ª no Grupo 3

O Sonho de Zé Pereira

 

1972 - 2ª no Grupo 3

Iracema, a Virgem Tupã

 

1973 - 11ª no Grupo 2

Samba, dança para Orixás

 

1974 - 13ª no Grupo 2

Rio em Festa

 

1975 - 18ª no Grupo 2

Eleição e coroação da Boneca do Café

Não Desfilou

 

1976 - 19ª no Grupo 2

O Negro em Três Tempos

 

1977 - 2ª no Grupo 3

Paty, Tuna e Pahy-Tunará

Mário Barcelos

 

1978 - 5ª no Grupo 2

Festa de Olubajé

 

1979 - 8ª no Grupo 1B

Sonho da Vovó

Mário Barcelos

 

1980 - 10ª no Grupo 1B

Maravilhosa Marajó

 

1981 - 1ª no Grupo 2A

As Excelências e seus Carnavais

 

1982 - 2ª no Grupo 1B

O Casamento de Dona Baratinha

Geraldo Cavalcante

 

1983 - 11ª no Grupo 1A

E eles Verão a Deus

Geraldo Cavalcante

 

1984 - 7ª no Grupo 1A

Oferendas

 

1985 - 1ª no Grupo 1B

Dez, Nota Dez

 

1986 - 14ª no Grupo 1A

Tá na Hora do Samba que Fala mais Alto, que Fala Primeiro

Orlando Pereira e Miltinho

 

1987 - 10ª no Grupo 1

G.R.E.S. Saudade

Orlando Pereira

 

1988 - 12ª no Grupo 1

O Bem-Amado Paulo Gracindo

Orlando Pereira

 

1989 - 15ª no Grupo 1

Vida que te Quero Viva

Cid Camilo e Sancler Boiron

 

1990 - 3ª no Grupo A

Robauto, uma Ova

Alexandre Louzada

 

1991 - 9ª no Grupo A

Quando o Rio Ria

Carlos Augusto Reis

 

1992 - 2ª no Grupo A

Da Cor do Pecado

Alexandre Louzada

 

1993 - 14ª no Grupo Especial

A Face do Disfarce

Roberto Szaniecki e Wanderlei Azevedo

 

1994 - 15ª no Grupo Especial

Marrom da Cor do Samba

Washington Luiz

 

1995 - 11ª no Grupo Especial

Paraná, esse Estado Leva a Sério o meu Brasil

Washington Luiz

 

1996 - 18ª no Grupo Especial

As Sombras da Folia em Alto Astral

Washington Luiz

 

1997 - 6ª no Grupo A

Da Lata de Lixo ao Luxo da Lata

Jerônimo Navajas

 

1998 - 6ª no Grupo A

Quem Pode, Pode, no Pagode se Sacode

Edigley Cunha

 

1999 - 10ª no Grupo A

O Samba é a Minha Voz

Edigley Cunha

 

2000 - 2ª no Grupo B

As Damas do Samba - D. Zica e D. Neuma

Edigley Cunha e Comissão de Carnaval

 

2001 - 10ª no Grupo A

Em Azul e Branco, Meu Coração se Deixou Levar

Edigley Cunha

 

2002 - 10ª no Grupo A

De Minas para o Brasil, o Mártir da Nova República

Edigley Cunha

 

2003 - 11ª no Grupo A

De Graham Bell à Sérgio Motta - Um Salto para a Modernidade

Edgley Cunha

 

2004 - 5ª no Grupo B

Hei de torcer, torcer, torcer... América, 100 anos de Paixão

Edgley Cunha

 

2005 - 6ª no Grupo B

E Eles Verão a Deus

Edgley Cunha

 

2006 - 12ª no Grupo B
Da Cor do Pecado
Edgley Cunha

 

2007 - 4ª no Grupo C
No arraial da folia o meu balão é só alegria... Viva São João!
Handerson Lopes

 

2008 - 9ª no Grupo C
Apoteose de Saudade!
Marcelo Andrade

\

2009 - 5ª no Grupo C
Circo, Alegria do Povão
Ricardo Paulino

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2010 - 9ª no Grupo C
Através das lentes de Augusto Malta, vejo a modernidade: Retratos do Rio
Ricardo Paulino

.

2011 - 11ª no Grupo C
Orixás
Comissão de Carnaval

.

2012 - 8ª no Grupo C

Vida que te Quero Viva

Ricardo Paulino

.

2013 - 8ª no Grupo B
É carnaval!
Ricardo Paulino

.

2014 - 10ª no Grupo B

Minha história é você, nossa paixão é por ti: São João de Meriti

Petterson Alves e Ricardo Paulino

.

2015 - 11ª no Grupo B

O rei da mata pede passagem - São Sebastião, nosso padroeiro. Da Ponte e do Rio de Janeiro
Vinícius Vistmam e Ricardo Paulino

.

2016 - 9ª no Grupo B

Africanidades - Do continente negro à pequena África... Nossa identidade cultural!
André Wonder

.

2017 - 8ª no Grupo B

Roberto Ribeiro, o Menino Rei!
André Wonder

.

2018 - 1ª no Grupo B

Romance de Xangô: a Dança do Fogo
Lucas Milato

.

2019 - 10ª na Série A

Oferendas
Guilherme Diniz e Rodrigo Marques

.

2020 - 12ª na Série A

Elos da Eternidade
Lucas Milato

SAMBAS-ENREDO

1972

Enredo: Iracema, a virgem Tupã

Compositores: Luizinho e Jabá

 

Entre pássaros e matas

Cachoeiras e cascatas

Vivia uma linda índia na tribo dos tabajaras

Iracema, virgem dos lábios de mel

Pura como uma flor

E o seu amor, não podia dar a ninguém

Guardava os segredos da Jurema

Confiado pelo pagé Araquém

Mais em sua vida apareceu um amor

Então Iracema se apaixonou

Provocando a vingança de Irapuã

Não se conformava por ser virgem de Tupã

E mesmo assim e mesmo assim

Iracema entregou seu amor a Martim

Foi deste proibido amor

Que nasceu Moacir, o filho da dor

Iracema morreu por amar

Até a jandaia deixou de chamar

Laiara...

 

1973

Enredo: Samba, dança para Orixás

Compositores: Ivan Zenaide Teixeira

 

Somente um passe de magia

Poderia transformar

A passarela em alegria

Samba, dança para os orixás

Aqui se faz presente

Simbolizando o candomblé

Quêto, angola e malê

Dançando, fazendo o xirê oi malalê

Malelê, malelê

Maleluá

Ele vem de ronda

Ele foi rondá

Adeus madrugada de hoje

Não posso mais demorar

Saravá quem vai embora

Saravá quem vai ficar

Saravá o arco-íris

Salve todos orixás

Oi malelê

Malelê, malelê

Maleluá

Ele vem de ronda

Ele foi rondá

1974
Enredo: Rio em Festa, Tradição e Folclore
Compositores: Ivan Marujo e Norival Fidelis [Veludo]

Todo dia é dia de festa no Rio
De janeiro a janeiro
O carioca comemora o ano inteiro
Suas festas tradicionais
Seus costumes, suas danças e seus rituais
Veio a colonização
E com ela, a evolução
Do folclore da cidade de São Sebastião

Tem reisado, tem congada
E as lapinhas para visitar
Festa da Penha
Propagação da musicalidade popular
O carnaval (o carnaval)
Eis aí o Zé Pereira
Luxuosas fantasias
Blocos, escolas de samba
A ordem do rei, é cair na folia

Samba, sinhá
Samba, sinhô (bis)
Se tem festa no terreiro
Nesta festa eu também vou

1975

Enredo: Eleição e Coroação da Boneca do Café

Compositores: Luiz Piteira e Eliezer


A Ponte inspirada em seu artista
Vem tentar sua conquista
Neste carnaval
Apresentando um tema novo e diferente
Falar da mulata quente
Com seu charme original
São Paulo a 13 de maio, todo ano
Data dedicada a abolição

Desfilava em aveludadas passarelas
Sensível às mulatas mais belas (bis)
Em busca da coroação

Dentro de um cenário deslumbrante
Multicor e cintilante
Sem preconceitos raciais
A mulata, seu veneno e pureza
Aliado à riqueza
Dos nossos vastos cafezais
Depois em carro aberto a passear

E já coroada a mulata (bis)
Sorri com liberdade e muita fé

O povo delirando
Pelas ruas aclamando (bis)
A boneca do café

 

1978

Enredo: Festa de Olubajé

Compositores: Canuto

 

A Ponte apresenta esse ano

Venham ver como é

É uma lenda africana

A festa de Olubajé (e no abaçá)

No abaçá começa a festa
Ao som de atabaques
Cantigas e danças

Um ritual contagiante
E toda sua pajelança

Omulu, filho de Nanã Burukê
Oxalá lhe concedeu

O segredo da vida e da morte

E como força de magia
Ele tornou-se o orixá mais forte

E cobrindo o seu rosto
Com um bonito filá
Omulu dança e reza
Para os seus filhos curar

 

Pipoca de milho branco
Espalhada no terreiro (bis)
Acarajé e canjica
É comida de guerreiro

 

Iemanjá, Iansã, Oxóssi e Xangô

Jogavam flores
E cantavam em seu louvor

 

Saravá, Omulu

Omulu saravá (bis)

Atotô Obaluaiyê

Ele é rei-orixá

 

1979

Enredo: O sonho da vovó

Compositores: Zé do Cavaco e Renato Camunguelo

 

No Retiro dos Artistas

Onde mora a esperança

Sonha vovó com seu tempo de criança

Em sua viagem, de sonho e ilusões

Surgiram personagens de estória

Branca de neve e os Sete Anões

Na viagem encantada

Ela recordou o circo e suas atrações

Vendedores e seus pregões

 

Catavento, pipocas de mel

Vedetes e palhaços (bis)

Representam seu papel

 

Prosseguindo em seu sonho
Chegou a vez de recordar

A primeira professora, o primeiro grupo escolar

Vovó lembrou também o carnaval

Festa tradicional

Blocos de sujos, pierrôs e colombinas

Confete e serpentinas

Sem querer ela desperta

De um sonho que já foi realidade

Em seu rosto a gente vê

Um misto de alegria e saudade

 

1980

Enredo: Maravilhosa Marajó

Compositores: David Corrêa, Luiz Piteira e Mazinho

 

A brisa faz voltar
No cantar alegre do meu povo
A origem dos marajoaras
Poema para um mundo novo
Quatro irmãos casados com quatro irmãs
Na Amazônia entre a flora tropical
Tinham por deus o sol, irmão da Lua
Eis a semente da cultura artesanal

A pororoca, o rio-mar (bis)
Os assustou pra depois lhes encantar

As ceramistas quebravam
As cangas ao perderem a virgindade
Na era do plantio dançavam
Em honra à deusa da fertilidade
Do Orinoco chegaram os ferozes Aruãs
Pondo em sacrifício as donzelas
Para os búfalos negros
Deuses da guerra ou do mal
Pensando que em retribuição
Teriam para sempre a sua proteção

Ô ô ô ô
Maravilhosa Marajó (bis)
A arte modelou-se em poesia
Que a Ponte traz num canto só

 

1981

Enredo: As Excelências e Seus Carnavais

Compositores: Valério e Jorge Bem

 

O Rio novamente está em festa
Comemorando o seu carnaval
E falando de suas excelências
A Ponte traz o seu enredo original
Em uma linda carruagem
Graciosamente desfilava
Irradiando alegria
O bonachão motivou nossa folia
E nas sutileza do pincel
Debret lindas telas pintou
E o retrato do Brasil
Em quadros recapitulou
Os mascarados, Zé Pereira e o entrudo
São personagem marcantes
No livro de Luiz Edmundo

 

Malta foi feliz
Quando retratou (bis)
Na exuberância da fotografia
Colombinas e pierrôs

E nas noites encantadas
No Municipal, a platéia delirava
Com o reino de Netuno
Mário Conde se consagrava
E como a flor africana
Que ao desabrochar foi sensacional
Rendemos glórias ao Pamplona
Que padronizou o carnaval

 

Obrigado excelências
Pelo belo matiz (bis)
Da Portela e Beija-Flor
E da Imperatriz

 

1982

Enredo: Casamento da Dona Baratinha

Compositores: Mazinho e Ambrósio

 

Baila no dançar do tempo

Samba minha imaginação

No canto maior da poesia

O enlace da Barata e Dom Ratão

No tempo em que os bichos falavam

Em terras de São Mateus

Em Meriti a baiana contou

A Baratinha nasceu

E num jardim do Éden foi morar

 

Pôs laços de fita e se tornou mais bela (bis)

E Dom Ratão se apaixonou por ela

 

Os cisnes trouxeram a beleza

O lírio branco a pureza

Deus cupido, o seu amor

As rosas brancas trouxeram perfume

A primavera esplendor

O vento mandou recado aos quatro cantos

A natureza os seus encantos

E veio a grande festa ornamentar

Chegou a bicharada na maior animação

Mais o cheiro do toucinho atraiu Dom Ratão

Que escorregou, caiu

Na panela do feijão

 

É o maior barato

Eu vou contar agora (bis)

Quem quiser que conte outra

Já é tarde, vou me embora

 

1983

Enredo: E eles verão a Deus

Compositores: Mazinho, Ambrósio e Renatinho

 

Hoje a natureza canta

A musa se encanta

E vem pra festejar

E vem sorrir que a vida é bela

Nas cores do seu despertar

 

E um alguém que sorriu pra ela

Bordou a paz e foi feliz (bis)

E viu o mundo assim

Uma aquarela

 

Oh, divina inspiração

Que iluminou a imaginação

Dos que eternizaram

Momentos de grande valor

A imagem do amor

A verdade da vida

Dança meu povo

Que a arte coloriu a sedução

Surgem da tela os personagens

Na força de uma nova dimensão

Murmura o mar

Responde o ar

Gargalha o dia

O criador e a obra

Viajam ao irreal da fantasia

 

E eles verão a Deus

Nos sonhos que fizeram o seu sonhar (bis)

E eles verão a Deus

Razão de todo o seu imaginar

 

1984

Enredo: Oferendas

Compositor: Jorginho

 

Axé

O samba pisa forte no terreiro (bis)

É mistério é magia

É mandingueiro

 

Malungo se liberta no zambê

Esquece o banto

É hora de oferecer

Pra Exu e Pomba Gira

Tem marafo e dendê

Muitas flores e pipocas

Para Obaluaê

Pra Oxumarê

Creme de arroz e milho

Pra Iansã, o acarajé

Pai Oxalá

Nosso canto de fé

 

Tem amalá pra Xangô

Lá na pedreira (bis)

Tem caruru pros Erês

Tem brincadeira

 

E pra Oxossi

Milho cozido no mel

Mãe Ogum Omolodum

Pra Nanã, sarapatel

Mel de abelhas pra Ogum

Rosas brancas, Iemanjá

Oferendas traz a Ponte

Em louvor aos Orixás

 

1985

Enredo: Dez, nota dez

Compositor: Grilo

 

Que sedução

Parece um toque de magia

Esta passarela, sonho de quimera

Emoldurando a folia

Feito imortal

Essência de um gênio criador

 

Monumento gigante menino (bis)

Receba esse hino que a Ponte mandou

 

Eh baiana

Do teu dez eu não duvido

Na avenida engalanada

Com sua saia rodada

Sempre vou contar contigo

Vamos gente é hora

De mostrar a ginga brasileira

Que através do tempo germinou

E ao mundo inteiro encantou

E pra justificar um carnaval nota dez

Samba é amor e poesia nos pés

(vou-me embora...)

 

Vou-me embora

Até o ano que vem (bis)

No seu despertar exuberante estarei

Além da imaginação, muito além

 

(Oh, sedução...)

 

1986

Enredo: Tá na hora do samba, que fala mais alto, que fala primeiro

Compositores: Grilo, Freitas, Dilsinho e Denise

 

Hoje sou luz ao luar

Verso que a Ponte seduzia

Vento de marola vim contar

Meu canto brinquei de Bahia

Um bolero envolvente

Gardel num tango a cantar

Sou eu, sou eu, Ribalta

Que no tempo ficou

Sou eu de volta à boemia

Minha Mangueira, amor

 

Eu vou à Lapa

Pego o bonde de cem réis (bis)

O capoeira dá um laço com os pés

 

Meu Rio antigo

Dos lampiões a gás

Não chore que isso dá samba

Moleque bamba

Confete, serpentina, carnavais

Amigo Chico Viola

Ah, que saudade

De ouvir o seu cantar

Hoje, aqui embaixo

Enlataram nossa gente

E não há samba que agüente

Este moderno

No lugar de cavaco e ganzá

 

Ô ô ô, ô ô ô

A Ponte canta (bis)

Helivelto que hoje sou

 

1987

Enredo: G.R.E.S. Saudade

Compositores: Silvio da Ponte e Zoinho da Ponte

 

O canto que encanta, espanta

Os males que a vida nos traz

Saudade lembrança é herança

Dos antigos carnavais

Saudade que bate constante

Tão forte dentro do meu coração

O céu está engalanado

O chão todo enfeitado

De recordação

 

Quero o tempo parado

E poder reviver (bis)

Meu antepassado

Meu carnaval é você

 

Que beleza

A natureza traz de volta

O meu cantar

O arco-íris se transforma

Em passarela

E a Ponte é a tela

Da glória em seu despertar

 

No gingado da baiana

Dança o sol e dança a lua (bis)

Também dança a velha-guarda

E a vida continua

 

1988

Enredo: O Bem-Amado Paulo Gracindo

Compositores: Mazinho, Branco e Ambrósio

 

Eu sou rei

Sedento de emoção

Na trajetória de um astro

Eu sou personagem

Herói ou vilão

Na novela, amor (amor, amor)

Chega a emocionar

Na comédia

No palco da alegria

Faz meu povo gargalhar

Os Anos Dourados voltaram

A Nacional está no ar, no ar, no ar

Sucupira está em festa

Odorico Bem Amado

Vai "Genipapear"

Segue a arte

Em busca da perfeição (perfeição)

Paulo Gracindo é presente

Hoje estréia em grande gala

No teatro da ilusão

 

Eu queria, eu queria

Meu cantar, meu cantar

Esperança brasileira (bis)

Que a brisa ligeira

Espalha no ar

 

1989

Enredo: Vida que te quero viva

Compositores: Jorginho do Axé, Renato Camunguelo e Gerson PM

 

Campo em flores

E as matas verdejantes, ô

Que a natureza nos deixou (nos deixou)

Vida que te quero viva

Cheia de esplendor

Os caçadores de riquezas

Sem medir sua frieza

Roubam o que a terra tem de bom

Na cidade grande

Não tem ar puro, só há poluição

 

S.O.S. à Mãe Natureza

Parem serras e queimadas (bis)

Deixa a beleza

 

Que saudade de Sete Quedas

Da passarada, o rio mar (ô, rio mar)

Do nosso boto cor-de-rosa

A tartaruga onde está

 

Mico Leão, não pare de pular (bis)

Mico Leão, querem te pegar

 

Neste céu tão estrelado

O míssil da folia vai passar (vai passar)

Com o seu manto azul e branco

Na esperança que um dia vai mudar

 

Faz casaco de jaguar

Sapato de jacaré (bis)

Com a caça proibida

O caçador faz o que quer

 

1990

Enredo: Robauto... uma ova

Compositores: Jorge Bem, Charles 99 e Coral

 

Ao som da lira o poeta se inspira

Para apresentar

Em forma de poesia

A feira popular

Quem vai querer, quem vai querer

Pode chegar, pode chegar

Você aqui vai encontrar

Tudo que imaginar

Rádio que não funciona

Geladeira que não gela

Gravadores que não gravam

Frigideiras e panelas

Tudo isso e muito mais

Na barraca do Thomaz

 

Tem gato na tuba

Não deixa o gato fugir (bis)

Hoje é dia de folia na Sapucaí

 

Verduras e legumes a granel

Você pode comprar

Na barraca do seu Manel, do seu Manel

Chicória, couve-flor e alface

Tomate e pimentão

Abaixo da inflação

E caminhando um pouco mais

Você também vai encontrar, encontrar

Nas barracas, muambas e muambeiros

Com bagulhos a negociar

 

Pode checar, que é legal

Robauto, uma ova

Este é o tema principal (bis)

E a Ponte traz a feira

Para este carnaval

 

1991

Enredo: Quando o Rio ria

Compositores: Tani, Zoinho, Og e Tuninho da Estiva

 

Chegou a hora

Vem a Ponte recordar

Em forma de poesia

Na força do seu cantar

Ai, que saudade

Quando ria o meu Rio de Janeiro

O carioca curtindo

A sacanagem o ano inteiro

 

Ô, ô, ô, ô

Meu canto ecoou pela cidade (bis)

Ô, ô, ô, ô

E hoje só restou saudade

 

Vou lembrar

Do piquenique na Ilha de Paquetá

Da princesinha do mar

Beleza igual a esta não há

Quem não se lembra

Dos grandes bailes do Municipal

Mané Garrincha

Alegrando o pessoal

Mas, não poderíamos deixar de reviver

Os personagens importantes

Do rádio, da revista e da TV

 

Cadê o encanto

Dos cartões postais (bis)

E as lindas marchas

Que animavam os carnavais

 

1992

Enredo: Da Cor do Pecado

Compositores: Grillo, Og do Cavaco, Osvaldo do Parque, Serginho do Porto e Naldo

 

Hoje a Ponte está em festa, ô

Sacudindo corações

Poesia me incendeia

O meu coração vadeia

Derramando emoções (emoções)

E assim eu vou

Feliz da vida

Bem mais bonita

Que se possa imaginar

Meu azul eterno vai brilhar

Sai, sai, pra lá

Seca pimenteira

Seu mal olhado

Não vai me pegar

Sai, sai, pra lá

Seca pimenteira

Há esperança

Nesse meu cantar (lalaiá)

Eu não parto nem reparto

O ouro e a prata

Não dou a ninguém

Quero me embalar na rede

Matar minha sede

Nos braços de alguém

Oh, tentação

Pedaço desse mal caminho

Para mim eu quero rosa

Pra você espinho

 

Bay, bay, Brasil

A "mizélia" acabou (ô, ô) (bis)

E o "Martilio" se multiplicou

 

1993

Enredo: A face do disfarce

Compositores: Adilson Xavier

 

Eu hoje vou soltar a fantasia

Feiticeiro, palhaço e rei

E vou me revelar na alegria

Pra viver do jeito que sonhei

Hoje vou sambar de cara limpa

Como eu gosto e sempre quis

E vou desmascarar toda a tristeza

Só pelo prazer de ser feliz

 

Sai tristeza

Que eu vou passar (bis)

Viajar no tempo

Vou me encontrar

 

Desfilando pela história

Magia, realidade, ilusão

Tantas faces do disfarce

Disfarçando a emoção

Na guerra ou na dança tribal

Nos mistérios do Oriente

No passado e no presente

Diferente e tão igual

São as máscaras da vida

Tudo acaba em carnaval

 

Deixa a máscara cair

Que eu quero ver você sorrindo (bis)

Bota fé no seu olhar

Que o amanhã será bem-vindo

 

1994

Enredo: Marrom da cor do samba

Compositores: Nilson Chamêgo, Charles Santana e Chiquinho do Banjo

 

Explode a Ponte

Jorra da fonte um turbilhão de poesias

Vem minha estrela iluminar

Abrilhantando nosso show

 

De fantasias com a magia da canção (bis)

 

Mulher dengosa, amor

Marrom guerreira

O dom da voz lhe ajudou a encantar

Meu Rio moleque dançou

Ao som do trompete

Se encantou com a sedução

Da flor sublime e raiz do Maranhão

No sufoco da disputa

A menina foi à luta

E entregou-se às emoções

E com a luz do seu afã

Fez a Mangueira do Amanhã

Uma esperança a novos corações

Canta Marrom

Reflete ao mundo inteiro quem tu és (quem tu és)

Porque hoje a minha Ponte

Colorida e deslumbrante

Coloca esta avenida aos teus pés

 

E brilha meu São Luís

Bumba-meu-boi vai dançar (bis)

No seu balanço, minha escola vai passar

 

1995

Enredo: Paraná – Esse estado leva a sério o meu Brasil

Compositores: Wanderley Novidade, Walter Pardal e Walney Rocha

 

Fonte da minha inspiração

A suave brisa me embala

A natureza, a riqueza dos teus grãos (Paraná)

É jóia rara

Voa gralha azul, semeia o pinhão

Os imigrantes fecundaram esse chão

Rainha das flores, musa dos amores

 

Curitiba, eu te quero muito mais (bis)

 

Tem fandango no samba

Barreado e chimarrão (bis)

Tem porco no rolete, "é do cacete"

É muito bom

 

Eu vou sambar, a muamba vai passar

Mas esse estado leva a sério o meu Brasil (Brasil, Brasil)

Lindas casas de madeira

De um povo hospitaleiro e tão gentil

Cataratas do Iguaçu

Beleza que fascina os corações

Rua das Flores, o teatro transparente

Delírio de grandes emoções

 

Gira carrapeta

Muita água vai rolar (bis)

A Boca Maldita falou

Força vem do Paraná

 

1996

Enredo: As Sombras da Folia em alto astral

Compositores: Serginho do Porto e André Fullgaz

 

Lá vou eu

E meu São João de Meriti

Vou com a Ponte me embalando na folia

Fazendo sombra na Sapucaí

Minha história é milenar, vem ver, porque

Vem dos deuses

Eu faço a moda girar, girar

Na mão de muitos fregueses

De reis e rainhas

Da nobreza imperial

Sou japonês, chinês, sou indiano

De uso universal

E no Brasil eu sou pernambucano

É em Recife o meu carnaval

 

Eu danço frevo e o maracatu (bis)

Se tá chovendo, eu saio do baú

 

Sou luar de lua cheia

Pás douradas, vassourinhas

A graça que rodeia

O charme da menininha

Enfeitei a pequena notável

Dancei na chuva, um sonho de amor

De mau humor, eu não sou nada amável

Pergunta pro vovô

Se o tempo vira, eu viro um trocado

No bolso do camelô

 

É sol, areia

É verão vou sombrear (bis)

Eu quero estar contigo

Ser o teu amigo quando precisar

 

1997

Enredo: Da Lata do Lixo ao Luxo da Lata

Compositores: Sidney de Pilares, Almir de Araújo, Mazaro, Guga e Souza

 

Hoje com surdo feito de lata

No gingado da mulata

A Ponte vem desfilar (desfilar)

Para mostrar que a lata

Vale como ouro e prata

É saber valorizar

No lixo passa por bobagem

Na reciclagem pode te ajudar

 

Olha presta atenção, se liga (bis)

É São João de Meriti na briga

 

Vou chutando lata

Como diz a canção

No veneno da lata

Demorou sangue bom

Tá na arte, virou moda

É raça de cachorro vagabundo

De lata d'água na cabeça

Vem baiana, abre a roda

Encanta este mundo

E batendo na lata

Deu funk, deu batucada

Nesse swing vou até de madrugada

 

Joga lata pra lá, pra lá, pra cá

Que a Latasa vai buscar, vai buscar (bis)

E nesta onda

Eu também vou vou reciclar

 

1998

Enredo: Quem pode pode no Pagode se sacode

Compositores: Eduardo do Villar, Eliseu da Matriz, Barriga e Dodô

 

Eu vou cantar felicidade

Vem nessa onda meu amor pagodear

A noite é uma criança

Berço da cultura popular

Na casa da Tia Ciata

Onde tudo começou

O samba de partido alto

Se propagava sem preconceito de cor

Sinhô e Pixinguinha

Fez poesias que o tempo eternizou

 

Eu vou brincar, a magia está no ar

Vou zoar a noite inteira (bis)

Até o dia clarear

 

Amor me leva

Já podemos sorrir

Nada mais nos impede

Na ginga da pura malícia

Exalta o samba que é coisa de pele

Rio de Janeiro

Cavaco, tantã e pandeiro

Fez o cacique cantar

No coração, a emoção

No olhar, a sedução

Vem que hoje o bicho vai pegar

 

Sou a Ponte e meu molejo

É uma loucura

Se o teu cheiro de amor

Perfuma a lua (bis)

Vou cantando a alegria

Sem querer contrariar

Negritude traz a raça

Hoje a arte é popular

 

1999

Enredo: O samba é a minha voz

Compositores: ???

 

Brilha a arte dos poetas

Abençoada pelo Criador

E a minha Ponte engalanada

Vem pra folia mostrar seu valor

Relembrando encontrei

Jóias tradicionais

Minha voz é o samba

Em grandes carnavais

São seis datas marcantes (amor, eu vou)

Nas quatro na estações

E o grande estadista

Viu no Nordeste

Seca não é ilusão

 

Embalando alegria

Samba-enredo é emoção (bis)

Show, luz e fantasia

"Sonhar com rei dá leão"

 

Ao bailar das baianas me encontrei

E no mundo encantado, "Paulicéia" delirei

"Bumbum Paticumbum", "Ziriguidum"

"Liberdade, liberdade"

"Kizomba" foi o sonho que sonhei

Hoje a natureza encanta (meu amor)

Meu povo canta e dança

Nesta festa popular

 

"Gosto que me enrosco"

Pra avenida levo amor (bis)

"Explode coração"

"Anarquista eu sou"

 

2000

Enredo: As damas do samba - D. Zica e D. Neuma

Compositores: ???

 

Brilhou na passarela uma luz

Que nos conduz, faz sonhar

Dona Zica, dona Neuma, sol e lua

Iluminam nosso samba

Poetizam meu cantar

Figuras imortais

Desse meu Rio, que é feliz

Estrelas que brilham e encantam

O meu país

 

Orgulho de uma cidade, que diz

Vocês são simplicidade, raiz (bis)

O amor e a fantasia real

As deusas do meu carnaval

 

Vêm brindar os morros e favelas

Pintar as cores da aquarela

Engrandecendo nosso chão

Hoje, Mangueira e Ponte vem agradecer

E num só canto jamais esquecer

Que representam meu rincão

O poder da criação

 

Azul e branco

Vem mostrar o meu pavilhão (bis)

Hoje as damas do samba

São donas do meu coração

 

2001

Enredo: Em azul e branco meu coração se deixou levar

Compositores: Mazinho, Luizinho, Veludinho e Ambrósio

 

Eu sou a Ponte

De lutas em tantas jornadas

No mundo da ilusão

Fiz a minha história

Resgatei meu passado de glórias

Em azul e branco

Me deixei levar

Saí pelos antigos carnavais

 

Viajei no tempo

Eternizei momentos (bis)

Atravessei diversos temporais

 

(E assim...)

Assim na sutileza do pincel

Sonhei um mundo em forma de aquarela

A noite mostrou seus encantos

A baratinha se tornou mais bela

Louvei a natureza e o amor

Lembrei artistas imortais

Mostrei do Brasil as belezas

Costumes e riquezas

E seus lindos rituais

(Eu vou sambar...)

 

Hoje eu quero é sambar e cantar

O meu laiá, laiá, bem feliz (bis)

Ver meu Rio de paz e amor

Cantando meu samba-raiz

 

2002

Enredo: De minas para o Brasil – Tancredo Neves, o mártir da Nova República

Compositores: Gugu das Candongas e Pardal

 

Vai brilhar

Uma luz sobre a Ponte

Surge um belo horizonte

O sol da liberdade vai raiar

Anunciando um novo dia

O filho da democracia

Quantas saudades nos traz

O mártir de Minas Gerais

 

Oh, Minas Gerais

Oh, Minas Gerais (bis)

Tancredo de novo, nos braços do povo

Não te esquecerei jamais

 

De braços dados vai lutar

E caminhando vai traçando a própria história

O pacato mineiro toma a decisão

Ser a voz das diretas

Com as indiretas nas mãos

O estadista de São João Del Rey

Tem barroco e riquezas

Pelas Minas que passei

O presidente escolhido

Que nunca foi, poderia ter sido

 

Liberdade, ainda que tardia

Leva o nosso herói (bis)

Para transformá-lo em estrela-guia

 

2003

Enredo: De Grahan Bell a Sérgio Motta - Um salto para a modernidade

Compositores: Gugu das Candongas, Ito Melodia, Jefferson, Maurício Miranda

 

É tempo de uma nova era

Lá vem Graham Bell com telefone na folia

Conquistando corações nas multidões no dia-a-dia

Se liga no meu carnaval

Eu sou a Ponte de emoção e de alegria

Liga ioiô pra iaiá

O show já vai começar

No mundo da telefonia

 

To be or not to be, eu vou

Vou me instalar no coração do Imperador (bis)

Gira baiana girou

O telefone me encanta sim senhor

 

Eu vou ligar

Do grande mágico na rua do Ouvidor

Por favor, ligue depois

Quem fala é a Rosa, que era nossa 102

É a era da integração

Surge a voz da comunicação

Um salto pra modernizar

Vem do sem fio pra chegar no celular

Tem poesia, quanto emoção

Vou na onda do Serjão

 

Alô, alô você, que só me faz feliz

Eu vou falar pros quatro cantos deste meu país (bis)

Da terra ao espaço sideral

Eu sou a Ponte, estou ligada nesse carnaval

 

2004

Enredo: Hei de torcer, torcer, torcer... América, 100 anos de paixão

Compositores: Willian Ferreira e Jovaci

 

Desperta ô, é hora

"Sangue, a cor do nosso coração"

Hei de torcer, torcer, torcer

América, cem anos de paixão

A vibração que vem da arquibancada

Terminou outra jornada

Nosso time é campeão

Do centenário, da Independência

E da Guanabara o primeiro vencedor

Talento, garra, fibra e competência

Dos craques que a Copa nos vingou

 

Na arte do jogo

Em campo o show (bis)

Tem bola na rede

Tem grito de gol

 

Lamartine fez a obra-prima

O hino que orgulha quando ecoa

Tremulando o pavilhão

Ilustres torcedores dominados de emoção

A sede da Tijuca foi um marco social

Glórias e conquistas no esporte amador

Rei Momo domina a cidade

E o "Baile do Diabo" começou

 

Hoje a Ponte é Baixada

Pelo América torcer (bis)

Vem Brasinha, apaga a vela

Esta festa é pra você

 

2005

Enredo: E eles verão a Deus

Compositores: Mazinho, Ambrósio e Renatinho

 

Hoje a natureza canta

A musa se encanta

E vem pra festejar

E vem sorrir que a vida é bela

Nas cores do seu despertar

 

E um alguém que sorriu pra ela

Bordou a paz e foi feliz (bis)

E viu o mundo assim

Uma aquarela

 

Oh, divina inspiração

Que iluminou a imaginação

Dos que eternizaram

Momentos de grande valor

A imagem do amor

A verdade da vida

Dança meu povo

Que a arte coloriu a sedução

Surgem da tela os personagens

Na força de uma nova dimensão

Murmura o mar

Responde o ar

Gargalha o dia

O criador e a obra

Viajam ao irreal da fantasia

 

E eles verão a Deus

Nos sonhos que fizeram o seu sonhar (bis)

E eles verão a Deus

Razão de todo o seu imaginar

 

2006

Enredo: Da Cor do Pecado

Compositores: Grillo, Og do Cavaco, Osvaldo do Parque, Serginho do Porto e Naldo

 

Hoje a Ponte está em festa, ô

Sacudindo corações (sacudindo corações)

Poesia me incendeia

O meu coração vadeia

Derramando emoções (emoções)

E assim eu vou

Feliz da vida

Bem mais bonita

Que se possa imaginar

Meu azul eterno vai brilhar

Sai, sai, pra lá

Seca pimenteira

Seu mal olhado

Não vai me pegar

Sai, sai, pra lá

Seca pimenteira

Há esperança

Nesse meu cantar

Eu não parto nem reparto

O ouro e a prata

Não dou a ninguém

Quero me embalar na rede

Matar minha sede

Nos braços de alguém

Oh! Tentação

Pedaço desse mal caminho

Para mim eu quero a rosa

Pra você espinho

 

Bay, bay, Brasil

A "Mizélia" acabou ô, ô (bis)

E o "Martilio" se multiplicou

2007
Enredo: No Arraial da Folia, o meu Balão é só Alegria... Viva São João
Compositores: Jefferson Martin, Marquinhus do Banjo, Cadinho, Walkir, Gustavo Barros, Aloísio Villar, Thiago Lepletier e Barbieri

Corre um rio de histórias
Gravado em memórias sob essa "Ponte"
A saga dessa terra abençoada
O verde vai cobrindo o horizonte
Cenário de tanta beleza, a natureza
Trilhas pelos rios são formadas
Guiando índios pelas matas
A fé é o caminho pra colonizar
Assim uma igreja nascerá

O progresso chegou ao povoado
Caminho do ouro foi traçado (bis)
Se no destino eu quero chegar
Por Meriti eu tenho que passar

A capital percebeu, nossa terra cresceu
A Matriz abençoa
Nos trilhos eu vejo o trem
Modernidade que vem, o apito ecoa
A luta por ser livre é o princípio
Que nos leva à município
Independência pro nosso caminho buscar
Hoje é o dia, vamos celebrar
O santo que dá nome ao lugar
Lugar de gente bamba que é feliz
Da nossa escola que exalta sua raiz

No arraial da folia vou cantar
A festa é nossa, vamos festejar (bis)
Canta São João
Eu sou a Ponte, sou Baixada, sou paixão

2008
Enredo: Narcisista eu sou! Quem não é?
Compositores: Waltinho, Estevan, Jair PQD, Ivan Professor e Peniche

Vou no bailar do vento, girar no tempo... Oi!
Reviver a minha trajetória
Num toque de magia, visto fantasia
E conto pra vocês a minha história
Eu sou a Ponte, orgulho e paixão de São João de Meriti
Contei fatos, conquistas e glórias
Da nossa história em meus carnavais
Lendas, mitos, personagens, gênios imortais
O negro na senzala
Escravidão rufava o seu tambor em ritual
Na Casa Rosa bailava a fidalguia no último baile imperial

Fui na Robauto e achei o que era meu
Meu jeito alegre de mostrar meu carnaval (bis)
Brinquei com as sombrinhas, bonecos de lata
Dona Baratinha... Que conto legal

Defendi a natureza, dei oferendas aos orixás
Exaltei poetas e pintores, sambistas e compositores
Em suas obras geniais
Pagodeei, cantei o meu Brasil e suas cidades
Fiz dos "sonhos da vovó" os sonhos meus
Tanta arte e poesia em "eles verão a Deus"
E hoje renasce a esperança dessa gente
E novo tempo reluz o meu brilho novamente

Sou narcisista eu sou! Quem não é?
Meu azul-e-branco é verdadeiro (bis)
Sou Meriti, sou povão, sou da Baixada
Um patrimônio do meu Rio de Janeiro

2009
Enredo: Circo, a alegria do povão

Compositores: Wander Timbalada, Estevão, Jair PQD, Ivan Professor e Peniche

 

Abrem-se as cortinas deste palco...

O show vai começar

Foi na Roma antiga onde surgiu

Essa cultura milenar

De passo a passo evoluiu

Se revelou, e correu e chão...

E os ciganos no Brasil então chegaram.

Trazendo o circo a alegria do povão.

 

Hoje tem marmelada? Tem sim senhor!

Tem anão e trapezista? Tem sim senhor! (bis)

Malabarista, equilibrista, meu amor!

Ai que saudade, o carequinha nos deixou!

 

A mágica

Vem do som da bateria

Nesta festa que irradia

Aplausos... Céu de lona sobre artistas

Hoje é um projeto de esperança

No picadeiro da emoção

Criança, na terapia do sorriso

Vem dizer o que é preciso

Para alegrar seu coração

 

Sou a arte e alegria... (Eu sou)

Sou a Ponte na folia... (Eu sou) (bis)

Segura a onda

Nesse embalo eu também vou!

.

2010
Enredo: Através das lentes de Augusto Malta veio a modernidade: Retratos do Rio
Autores: Marcelo Marrom, Walla do Cavaco e Sabão

Memórias que o retrato eternizou
Lembranças que não esquecerei jamais
Vejo momentos marcantes da Unidos da Ponte
Retalhos de seus grandes carnavais
Viajando pelo tempo
Chego a Belle Époque tropical
Um Rio de luxo deságua na capital
Pereira Passos inspirando este gênio consagrado
Reconstruiu o passado
Augusto Malta sua obra é imortal

No clique o tempo parou
Eu não me canso de olhar (bis)
Da lente do mestre brotou (ôô)
Mosaicos de todo lugar

O amor... De Pierrô e Colombina
Renasce na ilusão do carnaval
Batalhas de confetes e serpentina
A elite joga flores na avenida principal
No morro surgem as escolas de samba
Casa de bamba que se espalhou
Admirado com o esplendor
Dessa avenida colorida
Guardo lembranças para toda vida

Na cadência do samba... Lá vem a Ponte
Um show de imagens para eternizar
Faz meu semblante sorrir
(bis)
Mareja o meu olhar
Dispara o flash que ela vai brilhar

2011

Enredo: Orixás
Autores: Grilo, Peniche e Fernandão

Com licença...         
Meu pai oxalá!        
 
Para entrar nesse terreiro          
Do negro do cativeiro (bis)   
O Brasil e seu gongá       
 
Homenagem aos Orixás  
Que hoje a Ponte enriquece       
Nas preces de seu cantar
 
Atotô Obaluaê!
Atotô babá! (bis)   
Atotô Obaluaê!
Atotô babá!
 
Engambelo pro teu santo
Que o pedido é atendido  
Faz curar dor e quebranto
E juntar amor partido        
 
Uma embarcação para saudar   
Mamãe Oxum, Iemanjá... 
Levando perfumes e flores          
Nas ondas do mar 
 
Olha o fumo de rolo... Pra Ossãe! (bis)   
Ô saluba Nanã... Nanã Buruquê!

2012

Enredo: Vida que te quero viva

Compositores: Jorginho do Axé, Renato Camunguelo e Gerson PM

 

Campo em flores

E as matas verdejantes, ô

Que a natureza nos deixou (nos deixou)

Vida que te quero viva

Cheia de esplendor

Os caçadores de riquezas

Sem medir sua frieza

Roubam o que a terra tem de bom

Na cidade grande

Não tem ar puro, só há poluição

 

S.O.S. à Mãe Natureza

Parem serras e queimadas (bis)

Deixa a beleza

 

Que saudade de Sete Quedas

Da passarada, o rio mar (ô, rio mar)

Do nosso boto cor-de-rosa

A tartaruga onde está

 

Mico Leão, não pare de pular (bis)

Mico Leão, querem te pegar

 

Neste céu tão estrelado

O míssil da folia vai passar (vai passar)

Com o seu manto azul e branco

Na esperança que um dia vai mudar

 

Faz casaco de jaguar

Sapato de jacaré (bis)

Com a caça proibida

O caçador faz o que quer


2015

Enredo: O rei da mata pede passagem - São Sebastião, nosso padroeiro. Da Ponte e do Rio de Janeiro

Compositores: Diego Nicolau, Tião Pinheiro, Dilson Marimba, Pingo Sargento e Robert Farrow

Numa flecha certeira
A fé verdadeira vai nos levar
O amor a quem nos guia
Nessa noite vai abençoar
Mristão, é seu destino acolher
Missão de quem nasceu pra converter
Martírio e dor, te santificou
Mas renasceu a cada filho
Que vai pra batalha te honrar
Unidos na força de um só cantar

Santo do peito flechado okê okê
Daí-nos tua proteção okê arô
(bis)
Ogã tocou na cadência, o aguere
Hoje a gira é de Oxossi caçador

Todo primeiro vinte do ano
O cortejo sagrado a desfilar
Segue o povo em reza
Devotos em procissão
E o Cacique de Ramos em festa
Vem marcando na palma da mão
Sebastião, honra em tua glória
A nossa vitória vem da união

Somos nós, a tua herança
(bis)
Samba e oração

Salve São Sebastião
Salve o nosso padroeiro (bis)
Da “Ponte” e do Rio de Janeiro

2016

Enredo: Africanidade, heranças de além-mar
Compositores: Sidney de Pilares, Serginho Castro, Érico Rocha, Rodrigo Tutiki, Tavares, Fernandes, Thiago Brito, Dinho, Santoro e Alexander

Sopro sagrado de Olorum
Criador dos meus ancestrais
O negro atravessou o mar
Com sua bravura veio aportar
Brilhou no horizonte a liberdade
Sou filho da esperança e da igualdade
No toque do xirê, um culto aos orixás
Traz a magia dos rituais

Ayô... Vem no toque do tambor
A negritude não vai se calar (bis)
E com a força desse povo vencedor
Ogã firma o ponto, saravá!

Tem feijoada, quer provar?
Olha o Akará do dendê, vem ver
Nos búzios a verdade é revelada
Na pequena África da Tia Ciata
Tem gingado ao som do berimbau
É canto, é dança, raiz cultural
Abre a roda ioiô... Iaiá...
Tem samba até o sol raiar

Tenho alma africana
É soberana a nossa fé (bis)
Vai renascer o meu sonho
E a Ponte traz axé!

2017

Enredo: Roberto Ribeiro, o Menino Rei!
Compositores: Alex Ribeiro, Tuninho Nascimento, Lucas Donato, Helio Oliveira, LM, Dinho e Grey

Fala meu povo
A Ponte vem contar na Avenida a vida dos sonhos reais
De um Menino Rei, que vestiu as cores
Do glorioso Botafogo e o Goytacaz

Oi Jardineira o boi pintadinho chegou
Oi Jardineira o boi pintadinho chegou
Pra entrar na brincadeira
Que o giro do mundo levou

Fez se ouvir pelo ar as canções
Foi com a voz da Serrinha mostrar
Nordestinos rincões, suntuosos salões
Imigrantes e as Lendas do Mar

Bate pandeiro Brasil, faz seu gingado no chão (bis)
Com raça, firma o batuque na mão

Caiu da tentação em um “vazio”
“A Nega do peito” falou
O partido vai ter macarrão
E o tempero, que o “Quitandeiro” mandou
Santa Clara Clareou… Santa Clara Clareou
São Jorge, com seu Sambista fiel
E a Estrela Imperial de Madureira
Brilha pra sempre no céu

“Tempo hê, re, re re, re
Quero ver Tia Eulália oi la rá (bis)
“Malandro Maneiro”, não marca bobeira (laiá)
Sai de banda e vem sambar

2018

Enredo: Romance de Xangô: a Dança do Fogo
Compositores: Alex Ribeiro, Tuninho Nascimento, Lucas Donato, Helio Oliveira, Lm, Dinho, Grey, Professor Laranjo, Sidney de Pilares e Jorginho Moreira

É noite de festa em Salvador
No ilê do matatu pequeno
Cores enfeitam o lugar
A filha do raio a girar
No ar, aroma de cravo e canela
Alabês, tambores
Vai começar o axé
Dobra o rum
É xirê de candomblé

Ecoa um grito vermelho
Levanta o oxé... vem pra festa!
(bis)
Yaô, a dança é pra Xangô
Kaô, meu pai, kaô

Na roda da saia tem flores e cravos
Giros encantam o salão
Bate xerê, voa pra imensidão
De Olorum alcança a morada
Um canto de fé, esperança sagrada
Até o alvorecer trazer
A paz da chama acesa
Que aquece a alma e o coração
Me abraça, mostra a força da religião

Bate no atabaque, toca o alujá
A Ponte canta forte obá ko sô (bis)
É fogo que jamais se apagará
Meu ritual de amor

2019
'

Enredo: Oferendas

Compositor: Jorginho

 

Axé

O samba pisa forte no terreiro (bis)

É mistério é magia

É mandingueiro

 

Malungo se liberta no zambê

Esquece o banto

É hora de oferecer

Pra Exu e Pomba Gira

Tem marafo e dendê

Muitas flores e pipocas

Para Obaluaê

Pra Oxumarê

Creme de arroz e milho

Pra Iansã, o acarajé

Pai Oxalá

Nosso canto de fé

 

Tem amalá pra Xangô

Lá na pedreira (bis)

Tem caruru pros Erês

Tem brincadeira

 

E pra Oxossi

Milho cozido no mel

Mãe Ogum Omolodum

Pra Nanã, sarapatel

Mel de abelhas pra Ogum

Rosas brancas, Iemanjá

Oferendas traz a Ponte

Em louvor aos Orixás

'

2020

Enredo: Elos da Eternidade
Compositores: Marcio de Deus, Renan Diniz, Dudu Senna, JB Oliveira, Orlando Ambrósio, Richard Valença, João Perigo, Thiago Bahiano, Serginho Rocco, D`Souza, Dr. Marcio e Marcelo Lepiane

No caos divinal a inspiração
Aos astros sublime adoração
Relembrei a melodia
De um partido da antiga
A vida um acorde da canção
Ah! Se os deuses falassem
E os versos guardassem a lua no céu
Na eterna boemia
Reviver em poesia
Um samba que escrevi neste papel

"Pego a viola sem pensar na minha dor
Qual e o preço meu Senhor? Me diga!
(bis)
Beber da fonte, mudar o meu destino
Voltar a ser menino e eternizar a vida"

Areias ao vento, escritas na história
Muralhas erguidas constroem memorias
Passado dedicado a obras imortais
Futuro guardado por meus ancestrais
Ponte tu és o ele da eternidade
Ponte o tempo voa, vai deixar saudade
Hoje a natureza ainda canta
De um simples baluarte a se emocionar
No firmamento revivendo meu sonhar

(Eu sonhei)
Sonhei que um dia
Ao ver meu povo na avenida
Eu tive a certeza do meu lugar (bis)
Se o samba agoniza, a Ponte eterniza
A razão do meu imaginar