PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

Sou a Terra de Ismael. Guanabaran eu vou Cruzar... Pra Você Tiro o Chapéu, Rio eu vim te Abraçar (Viradouro - 2014)
Sou a Terra de Ismael. Guanabaran eu vou Cruzar... Pra Você Tiro o Chapéu, Rio eu vim te Abraçar (Viradouro - 2014)

Um belo cenário! O paraíso! A Água escondida...

O que hoje denominamos como Rio de Janeiro, por índios era habitado.

Portugal expulsa tamoios e franceses destas terras com a ajuda dos Temiminós que são liderados por seu chefe Araribóia, o Cobra da Tempestade, e como recompensa ganha a Banda D’Além...

No compasso do tempo suas transformações vão acontecendo e nasce Nictheroy... A partir daí tem início a construção de uma cidade que fora um dia o destino da Família Real em seus momentos de descanso e lazer; a capital da província e do Estado!

Esta terra onde João Caetano funda o teatro brasileiro alcançou palcos do mundo inteiro através da dança e da música na interpretação de seus grandes artistas. O teu passado retrata o fascínio pela sétima arte e o belo cenário da sorte cobiçada...

A natureza que te cerca tem a moldura perfeita para tanta beleza que, de tão bem posta, alegra a todos que reservam um momento ou até mesmo uma vida inteira contigo. É possível que sejas um jardim em forma de gentileza e que, sem qualquer modéstia, pode se expressar como a Cidade Sorriso.

Quem te retrata e te sente, com fé se sustenta e se manifesta ao passear por tua orla deslumbrando-se com seus contornos naturais, tão belos quantos os idealizados pelo mestre arquiteto, num caminho de ligação com o mundo ainda mais íntima.

Em sua paisagem viu surgir a concreta realidade de uma Ponte e a ligação com a cidade irmã diminuir...

E nessa alegria que só o carnaval possui permita-se celebrar nestes versos a tua história, a tua beleza e tudo mais que nos agracia indo comemorar com a cidade maravilhosa a celebração da sua data.

Rememore o mesmo elo que nos primórdios vos uniam, defenda na passarela dos sonhos o seu carnaval, demonstrando mais uma vez que juntos a vitória se alcança e que mesmo com todas as aparentes diferenças, Rio de Janeiro e Niterói, ligados e unidos para sempre estarão.
 
SINOPSE
 
 
“Vasto cenário que cultiva o encantamento.
Uma grande paisagem íntima aos suntuosos olhos de Deus.”
(Alberto Araújo, Poema - Cidade Sorridente, 2011)
 
 
A “Água Escondida”, a Banda “D’Além” que Araribóia recebeu
Tornou-se São Lourenço dos Índios que o jesuíta catequisou
Foi a recompensa do herói que ao Rio de Janeiro defendeu
E nos seus fortes estão as marcas da bravura de quem lutou.
 
A tua história traz em si uma constante evolução
Sobre os trilhos desbravou e ultrapassou muitas fronteiras
Teus estaleiros tem início com a ousadia do Barão
Com o óleo trouxe a luz, e venceu outras barreiras.
Da Família Real ganhou profunda admiração
De Vila Real a Imperial Cidade outros títulos receberia
Três são os anos que ostenta em seu brasão
Muitos foram os fatos que nos preencheram de alegria.
 
 
“Tudo, tudo em ti é motivo de alegria.
Assim: a natureza em forma geométrica se compõe,
e na memória guarda-se a melodia
Niterói... mística, côncava, gloriosa
nos quatro cantos ornamentos.”
(Alberto Araújo, Poema – Niterói Meu Amor, 2012)
 
 
Através da tua história muitas artes te definem
Na pintura tem Parreiras, seu filho mestre a se louvar
Nesse universo de talentos, grandes nomes tão sublimes
Com sua música e sua dança possuem o dom de emocionar.
Seu cassino e seus cinemas nos ofereceram outra arte
João Caetano nesta terra funda o teatro brasileiro
Os seus frutos são atores que te orgulham em toda parte
Em teu palco toda arte tem espaço por inteiro.
 
Tuas lagoas e reservas são riquezas fabulosas
Toda beleza em tu habitas, e em tua orla é que se sente
Que a natureza se harmoniza na leveza das suas formas
Sobrevoando de asa delta ou se lançando ao ar de parapente.
Muitos são teus recantos onde se destaca a sutileza
Feito o Solar do Jambeiro e o belo Horto arborizado
Convivendo em teus espaços e preservando a natureza
Bom é desfrutar do bento Campo de apreço inestimado.
Devoto jardineiro foi o Profeta que, pregando a gentileza,
Semeou paz e esperança, deixando as cinzas no passado
Cultivado em longos anos as suas futuras grandezas
Fez voltar o riso à face deste povo agraciado.
 
Nesta cidade onde o mercado é referência em pescados
Faz pra São Pedro barqueada na celebração da sua festa
São João, o padroeiro, a Senhora sob o manto sagrado
Abençoam toda gente em sua fé que não se contesta.
Em teu solo, o futebol, oficial assim se torna
E teus atletas grandiosos te consagram com o ouro
Conquistar as tuas mulheres um desafio posto à prova
A educação é a boa herança oferecida pro teu povo.
O lazer em tuas praias é um convite a toda idade
Em tua orla novas formas se transformam num caminho
Pela arquitetura do Mestre que deu um símbolo à cidade
Faz sua gente num sorriso te agradecer tanto carinho.
Porém uma grande obra causou tamanha revolução
Deixando de ser um sonho para ser concreta realidade
Quarenta são os anos desde a sua inauguração
Treze são os quilômetros que unem duas cidades.
 
 
 
“Eu quero ver você cantar, extravasar
Quando a cidade sorriso passar...”
(Viradouro, 2005)
 
Com a mesma valentia em que o índio te defendeu
A Viradouro em suas cores pinta seu povo pra lutar
Com a magia de um Gênio todo mundo reconheceu
O valor da sua gente e o seu prazer em festejar.
E Se Niterói é a recompensa que um dia o Rio concedeu
Atravessamos a Guanabara para juntos festejar
Com todo povo de Ismael, que desta terra é filho seu
Tornando o mundo a sua escola e o samba o seu lugar.
Nosso desfile é o presente que ofertamos a você
Na Passarela que em trinta anos muitos sambas viu passar
De braços abertos como costuma nos receber
Faz-se então aniversário que todos vão comemorar.
E na magia que envolve este carnaval de emoção
Por boa parte da história que esta cidade tem pra mostrar
Imenso é nosso orgulho de ser Niterói de coração
Fazendo dele o grande enredo que a Viradouro vai contar.

Pesquisa: João Vitor Araújo e Anderclébio Macêdo
Texto: Anderclébio Macêdo