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Axé Carybé, Axé
SINOPSE ENREDO 2017

Axé Carybé, Axé

Òkê  Aro meu guia!
Axé meu irmão,
Neste carnaval a Imperatriz Ludovicense me chamou, este humilde filho de Oxossi que a fé nunca deixou,
Guardado pelo Ofá do senhor da floresta, retorno e faço dessa avenida um terreiro em festa.
Para contar minha missão.

Em terras argentinas nasci, mas por lá não fiquei;
Meus pais terrenos de Hector me batizaram; fui singrando e a muitos lugares me levaram.
As  terras Sebastianas cruzaram meu caminho; lá tornei-me Carybé, conheci a arte que marcou meu destino.
Segui até chegar em Salvador e pela mítica Bahia me apaixonei.

Nas benditas ruas segui meu guia,
Em cantos, danças, capoeiras e festejos de louvor, traduzi em traços e cores a pureza e o amor;
A beleza dessa negra gente, e logo me vi ser mais um daqueles baianos sorridentes.
E fui ao terreiro levado por meu pai Cosme em uma noite de alegria.

Oxossi meu pai Òkê Aro!
No Ilê Axê Opô Afonjá por Mãe Senhora fui consagrado, tornei-me Otun Onã Shokun e recebi um novo legado.
Como Ogan servi a casa até o fim da vida, e esse mesmo terreiro também foi palco da minha partida.
E  sigo ao lado de amigos como eternos Obás de Xangô

Deixei na terra um vasto legado;
Uma arte latina, brasileira, genuinamente da Bahia, retratei o povo em um esplendor de fantasia.
E hoje a juventude tem inspiração, colocando a cultura negra em exposição;
Vou conduzindo a coroa Ludovicense e seguindo o meu eterno reinado.

Salve a Bahia!
Nesse dia de folia ouço um grito de amor:
Axê Carybé, Axê.

Pesquisa e texto: Michel Laczynski e Leandro Ramos