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As viagens de um cavaleiro medieval às terras da rainha
SINOPSE ENREDO 2019

As viagens de um cavaleiro medieval às terras da rainha

PREFÁCIO

Sim, foi tudo muito rápido. Eu ouvia o canto delas, as senhoras que dançavam em roda. Repetindo um rito antigo de nossos ancestrais, haviam velas que iluminavam a noite, eu podia ver o fogo tremeluzindo a partir de suas mãos, as chamas bailavam em um misto de luz e sombras. Eu me deixei embalar, senti a visão embaçada, o corpo pesado e foi aí que tudo começou.

Era como se o tempo se dobrasse a minha vontade, o mundo girava ao meu redor, eu enxergava tudo sem sair do lugar e em pouco tempo pude ver a história acontecer. 

CAPÍTULO 1 – A Formação do Reino

De volta ao passado, aos meus ancestrais, as cores ganham formas e vejo como tudo começou. A cultura celta celebrada pelos povos nos templos espelha o mesmo rito que me trouxe aqui.

Mais à frente passei pelos campos e me aproximei à beira-mar onde sobrepostos em cores e bandeiras, invasores derramam seu desejo de conquista. Anglos, Saxões, romanos, todos aportam em nossas terras e enraízam suas culturas que ao longo do tempo influenciaram a base de uma nova sociedade.

Indo além de meu tempo a fim de compreender o surgimento desse império que conquistou o mundo, vou até 1707, ao tratado de união que, juntando a Inglaterra e a Escócia, cria o Estado chamado “Reino da Grã-Bretanha” só em 1800 pelas mãos do Rei Jorge II se tornou Reino Unido, agregando o Reino da Irlanda. Após tantas invasões, conflitos internos e acordos que ajudaram a formar essa pátria, me lanço ao mar para avançar aos poucos no tempo e descobrir quais águas guiaram o crescimento desse reino. 

CAPÍTULO 2 – A Conquista dos Mares

Enquanto avanço em direção ao mar e relembro as conquistas de nossa coroa o medo do tenebroso mar de monstros e criaturas cruéis dá lugar a bravos navegantes que cruzam o mundo, usando ferramentas capazes de se localizar e mapear o globo.

Com isso, imagens de novos portos que se abrem para novas culturas preenchem o ar, novos produtos passam a valer como ouro, o mundo descobre as especiarias. Com o domínio da rota da seda, e dos caminhos do extremo oriente, o poderio inglês se espalha pelo mundo. Navios cruzando o mar, com armas e canhões a postos interrompem a cena, piratas, comprados pela coroa vem conquistar seu tesouro. Corsários que, com cartas de liberação, podiam cometer o crime de pirataria em troca da divisão dos tesouros, ajudaram a espalhar a fama e o poder da marinha britânica de senhora dos mares. 

CAPÍTULO 3 – Conquistando a História

Depois de vislumbrar os acontecimentos que ajudaram a formar a coroa, e após compreender como ela se expandiu ao mundo, conquistando os mares, decido observar os fatos que marcaram a história e mudaram a compreensão política e geográfica de todo o mundo através do tempo.

Os céus se tingem de vermelho, o vento se intensifica e mostra flash rápidos de cenas de batalhas, momentos de conflitos que mancharam a terra em tons escarlate. Flutuo em meio às cenas que remontam guerras que duraram centenas de anos, guerras internas que dividiram o país, ou até cruzaram continentes.

Com o advento da revolução industrial e o uso do metal, permitiu a bandeira britânica, junto com outros países, estender seu poder até a África e dessa forma, colonizar outros países como a África do Sul, o Egito e o Sudão, tornando-se a segunda nação a colonizar mais países na África.

Em pleno Atlântico, a guerra das Malvinas ilumina o mar, a Marinha Real Britânica buscava manter as importantes ilhas do sul da ditadura argentina, que havia reclamado a posse das ilhas e declarado o Reino Unido, um invasor. A resolução dessa guerra a favor do Reino Unido consolidou a política de colônias das potências, salvou o governo bretão de uma crise além de reafirmar laços com quem fora sua colônia de maior sucesso.

Do outro lado do Atlântico, avançando para o norte, reconheço o marco da liberdade, de uma nação que nasceu através da ousadia bretã, cresceu sob a influência inglesa, e anos depois, imponente, não cabia mais ser apenas colônia. 

“Consideramos estas verdades como auto evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade. ”

(Declaração de independência Norte-Americana, 1776) 

CAPÍTULO 4 – Espalhando o Conhecimento

Mesmo depois de avançar no tempo e conhecer tantos fatos históricos que ajudaram a formar o território e a influência inglesa pelo mundo, me obrigo a questionar quais mentes puderam estar por trás de tal sucesso? Quem foram os personagens dessa história que mudaram o caminho dessa nação com suas ideias.

No meio de tantos astros da ciência e da filosofia, havia um gênio, um homem que identificou e definiu 3 leis universais, Newton apresentou ao mundo conhecimentos que mudaram a concepção do homem na Matemática e na física, mas também contribuiu para avanços nos campos da Astronomia, da alquimia, da ciência em geral, da filosofia e até da teologia.

O mundo estava em evolução e com ele o pensamento humano. Em 1809 própria terra se incumbia de explicar sua existência através de um homem, que veio ao mundo para observar e, naturalmente, explicar a evolução da vida, a origem das espécies através da “seleção natural”.

A partir de 1875 a humanidade passou a conhecer o instrumento que possibilitaria o maior avanço dos últimos tempos, a comunicação em massa. A criação do telefone por Alexander Graham Bell, permitiu ao homem se comunicar muito mais rápido e em distâncias muito maiores.

Enquanto viajo pelo tempo e pelo espaço, vou conhecendo tantas histórias e sinto que junto com elas vou aprendendo e compreendendo melhor o mundo. Na busca pelo desconhecido, mais um rosto surge em minhas visões. Thomas Cook, um visionário que entendia o processo de evolução da sociedade e usou de sua capacidade para direcionar a primeira viagem em grupo a partir de um trem fretado, dando origem tempos depois a massificação do turismo nessa terra que viria a ser um dos maiores centros turísticos do mundo.

Seguindo esse espírito evolutivo, o homem começa a projetar sua terra, sua vida para o futuro. Stephen Hawking leva novamente os olhos da terra para o céu buscando compreender a natureza do espaço tempo, curiosamente, não sabia ele que muitos do meu tempo, como os que me trouxeram até aqui já possuíam esse conhecimento. 

CAPÍTULO 5 – A Literatura que Conquistou o Mundo

Sei que não tenho muito tempo em minha viagem, o canto das senhoras se torna cada vez mais fraco em minha mente e sem ele para me guiar, jamais voltaria para meu mundo. Entretanto, como posso voltar sem desvendar como esse reino transmitiu sua cultura ao mundo inteiro?

Ao direcionar meu pensamento, novas imagens se formam ao meu redor, interagindo com meus questionamentos. Foi com aqueles que souberam usar o dom da palavra, idealizada e transcrita dava vida a histórias que prendiam as pessoas e alimentavam seus sonhos.

A palavra é um dom, e dentre todos os Ingleses que já pisaram esse solo, nenhum soube exercer melhor esse dom do que William Shakespeare, que além de inventar diversas novas palavras em suas obras, conseguiu transmitir sua alma e eternizar diversas delas.

Mais tarde, Arthur Conan Doyle da vida a um personagem que rapidamente se torna um clássico no mundo e característico do povo britânico, Sherlock Holmes usava da cultura, do clima, da perspicácia do povo inglês e envolvia tudo em mistério para prender as pessoas nessas histórias fascinantes.

Dentro dessa linha que ficou conhecida como “romance policial”, uma rainha entre os escritores parou o planeta com uma obra que revolucionou o próprio gênero literário. Em 1934 Agatha Christie brinda o mundo com o “Assassinato no Expresso do Oriente”

Novamente o mundo se transformava, agora essa cultura literária ganhava a transmutação para uma tela animada, chamada por eles de cinema. Dentro desses grandes escritores destacou-se um casal que nos mostrou aquilo que faltava na vida do ser humano, a fantasia.

A descoberta de um mundo novo, cheio de segredos e magias permitiu que J. R. R. Tolkien e J. K. Rowling tivessem seus livros já bem-sucedidos, uma adaptação a esse cinema, que com o uso de incríveis animações e projeções encantaram todo o planeta. 

CAPÍTULO 6 – As Joias da Coroa

Para os dias mais distantes, busco por fim, aquilo que fica de herança de sua história, como o esporte criado nesta terra que se tornou o mais praticado em todo o mundo.

Momentos marcantes que fizeram deste reino o mais popular de todos, como o movimento Beatles que inspirou toda uma geração com uma tradução do estilo de vida da época e uma energia que contagiava a todos.

Momentos esses que são o orgulho da nação e que ao serem mencionados carregam consigo a imagem de seu reino, de suas pessoas. Como aqueles que expressavam sua rebeldia, e inventaram um novo ritmo musical, o Heavy Metal, que pela voz de bandas como Iron Maiden contaram tantas e tantas vezes a própria história de seu país.

São esses hábitos, essas tradições que o mundo observa e quer copiar, mas que já são marcas nacionais como o chá das 5, que de hábito, virou tradição e transparece em tantos filmes e livros por aí.

Membros da família real dessa história, que governam as memórias das pessoas, que inspiram o sonho de ser rei e rainha. Joias da coroa que adornam nossas lembranças por onde vamos, hei sempre de levar comigo onde for.

Agora, sendo chamado novamente para meu tempo, me sinto brigando contra a realidade que insiste em me chamar de volta, sinto desfazer as imagens e a saudade dessa experiência logo aparece. Espero logo voltar e contar a todos aquilo que vi, a glória de uma civilização que se expandiu e resistiu às mais diversas aprovações. E todos irão ouvir relatos de uma história que é minha, a grande viagem de um cavaleiro medieval às terras da rainha. 

Outras Informações Julgadas Necessárias (fontes de consulta, livros etc):
A Era das Revoluções: Europa 1789–1848, Eric Hobsbawn
Outlander, Diana Gabaldon
Sherlock Holmes, Sir Arthur Conan Doyle.
Assassinato no expresso do oriente, Agatha Cristie
O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien
Harry Potter, J. K. Rowling