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Sinopse Caprichosos 2009

No Transporte da Alegria... Me leva Caprichosos a caminho da Folia! (Caprichosos - 2009)

Texto: Marcos Roza

Tudo inicia quando se constata, há milhares de anos, que sobre a terra o homem caminhou. Cujo gênio inventivo ao seu deslocamento aprimorou, ao invés de carregar seu fardo, sobre troncos, ele o arrastou. Sentidos que de seu ambiente observou e, que, certamente, as formigas operárias transportando-se a rigor da sorte o influenciou.

Desde a força humana, os primeiros troncos de madeira a mulher teria sido a pioneira. Em seu ventre carrega sua cria, cabendo a ela uma função ordeira, de transportar objetos domésticos e crianças com coragem de mulher guerreira.

Para esses homens em formação tudo soa como aviso. Passam usar a força animal e criam os primeiros transportes descobrindo que transportar é preciso! Carro de boi, carroça, carreta, carruagem... Por caminhos, picadas, atalhos e estradas seguem viagem. Guiados pelos seus tinos, sobre rodas, transportam gêneros e até pessoas rumo ao mais variados destinos.

Transportando-se através dos tempos, passando pelos primeiros transportes da sociedade moderna, chegamos à cidade. Tudo vida, sem engano, o progresso ano após ano, determina o crescimento urbano de um tempo que nos deixou lembrança: de ruas calmas e brincadeiras de criança...

Tempo em que passageiros de origem mais humilde se aventuravam a bordo do bonde CaraDura, que além da passagem ser a metade do preço não havia censura. Podiam viajar descalços, sem colarinho, carregando pacotes, trouxas, aves e até tabuleiros de doces com grande fartura. O bonde do povo era alvo de muitas histórias e anedotas. Tudo cultura, como em toda literatura, urbana era sua assinatura.

Saudosa viagem pela Avenida Central, que marcou ser a primeira e vitoriosa a bordo dos primeiros ônibus à cidade maravilhosa. Tão bela como os passeios de bonde, que não perdíamos por uma boa borrifadela, quando passavam e deixavam a alegria de um sorriso sereno brilhando em cada janela.

O transporte expande-se. E num vai-e-vem o tempo passa e com ele a necessidade da criação dos transportes de massa.

Recorda-se a tradição nomes havia muitos para mesma a situação. Mamãe me Leva, Chope Duplo, Chifrudo, Sinfonia Inacabada e Gostosão. Divertidos apelidos que os passageiros davam aos coletivos que atendiam a população.

Evoluiu por todas as vias [que ironia] não somente a terra e ao mar se limitaria. Até aonde, muitos, outrora duvidariam o homem, por meio do transporte, até o céu "dominaria".

Tanta gente a trazer tanta gente a levar, por uma só via, a bordo do transporte da alegria seguimos, [que ousadia] passando pelo difícil labor de ser locomover no dia-a-dia, a caminho da folia.

Noite de sábado [mas pelo horário] o trânsito não deveria está tão engarrafado! Freadas, buzinas, palavrões... Cuidado um pedestre quase foi atropelado. Não tem jeito vou me atrasar, o caos está instalado.

Que situação! Esse caos é diário, provoca congestionamentos, poluição e atraso nos horários. Contudo, as conduções cheias causam irritação nos usuários, que de um jeito ou de outro, se ambientam procurando ser solidários.

Mas é meio ao caos urbano que tudo se converte. Os passageiros comemoram, dançam, vendem, namoram e até casam e todo mundo se diverte. Aniversário, natal, novo itinerário até o que se ler no noticiário numa condução se comemora. Senhor, senhora, estudante, camelô, pedinte, ninguém fica de fora.

Em movimento tudo vale como observação, estar à frente conduzindo uma "lotação" tem que ter bom humor e um santo de devoção. Haja vista, que as flâmulas de decoração de alguns motoristas, trazem bordadas São Jorge, São Cristóvão e até São Sebastião para que durante a viagem lhes dêem sorte e proteção.

Com a brisa no rosto, chegando à folia, sentimos certo gosto, de saber que tem gente e até "político", que está disposto a solucionar o problema que, aqui, foi exposto. Desta feita tudo caminha para um futuro de desenvolvimento físico-territorial, econômico e social com a velocidade permitida para alegrar meu carnaval.

Guiado pela magia, trazemos no peito um legado e na Avenida deixamos, em forma de samba, o nosso recado. Muitos são os planos traçados, em documentos, que até já foram assinados, que apontamos soluções para execução de projetos públicos e privados: o uso do biodiesel, a construção de corredores exclusivos e campanhas de conscientização. Tudo para melhoria da qualidade de vida e preservação.

Num encontro mágico e poético, Pilares transporta o público para uma "alegria sustentável" e apresenta o enredo de seu carnaval por uma "via socialmente responsável".

Mas contudo uma pergunta não nos deixa calar! A onde isso tudo vai dar? Seguindo pela terra, pelo céu e pelo mar e, no futuro como será? Estaria nos transportes do futuro a solução de uma nova Era? Trens balas, carros voadores, interplanetários... Ou no transporte da alegria da Caprichosos de Pilares? Bom, quem viver verá.

Pesquisa, texto e desenvolvimento: Marcos Roza
Carnavalescos: Sandro Gomes e Lane Santana