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NÉLSON PILÃO

NÉLSON PILÃO

            

          

        

   

        Ano de nascimento: 
1972

 

 

        Ano de falecimento: 2021

 

 


                                                     

             


Dono de uma voz grave e potente, Nélson Pilão foi um intérprete que fez carreira defendendo sambas nas disputas e sendo cantor principal em várias escolas dos grupos de acesso e no carnaval amazonense.

As primeiras batucadas foram aos oito anos de idade num bloco de empolgação chamado Escovão da Riachuelo, cujo padrinho era o intérprete Aroldo Melodia. Já rapaz, pelos seus 16 anos de idade, Nelson começou a frequentar rodas de sambas e os ensaios da União da Ilha do Governador, onde deu suas primeiras canjas. Num desses ensaios, estava presente a cantora Alcione, que ficou impressionada com o potencial vocal do jovem e fez a ele uma proposta para desfilar na escola mirim Mangueira do Amanhã, que havia sido fundada recentemente. O garoto integrou o carro de som da escola no primeiro carnaval da agremiação, no ano de 1988.

Logo em seguida, Nelson Pilão começou a defender sambas nas disputas, inicialmente na Mocidade Independente de Padre Miguel (sua escola do coração), União da Ilha, Império Serrano e Unidos do Jacarezinho, onde compôs o carro de som durante alguns anos.

Lançou-se como intérprete oficial da Arame de Ricardo, em 2008, quando a escola desfilava pelo Grupo E, na época o último grupo do carnaval do Rio de Janeiro. Na sequência e concomitantemente, Pilão exerceu a função na Mocidade Unida de Jacarepaguá (depois rebatizada Mocidade Unida da Cidade de Deus) pelo Grupo D.

Transferiu-se para o Amazonas em 2011 por compromissos profissionais. Nelson era militar e foi servir em São Gabriel da Cachoeira, município distante 850 quilômetros de Manaus. Nas férias ia para a capital amazonense, onde conheceu o samba baré. Desde então teve passagens pela Unidos da Alvorada, Sem Compromisso, Império da Kamélia e muitas outras agremiações dos grupos de acesso de Manaus. Em 2014 Pilão foi o puxador que desfilou em três das cinco escolas que desfilaram no Grupo de Acesso C de Manaus, estipulando um recorde difícil de ser superado.

Depois de seu retorno ao Rio de Janeiro em 2017, Nelson Pilão seguiu sendo chamado para defender obras concorrentes nas disputas de samba-enredo nos anos seguintes. O intérprete faleceu no dia 4 de janeiro de 2021, aos 48 anos, por decorrência de complicações da covid-19. Foi uma partida precoce, pois havia a impressão de que teria muito ainda a oferecer ao carnaval com seu belo canto.

Nelson Pilão era o autêntico puxador. Com gritos de guerra e chamadas de empolgação, não se limitava a conduzir o samba. Enquanto cantava, convocava o público, incentivava os desfilantes, e inseria cacos bem humorados e irreverentes, seguindo os estilos do padrinho Aroldo Melodia, Carlinhos de Pilares (de quem imitava a gargalhada) e Quinho.

Nelson também era compositor e assinou sambas que foram para a avenida pela Unidos do Jacarezinho, escola de samba Presidente Vargas, de Manaus, e Coroado de Jacarepaguá.

Início: escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, em 1988
1988 – Mangueira do Amanhã
2001 a 2009 – Unidos do Jacarezinho (apoio de Joelson, Eliezer Rodrigues e Aílton Santos)
2008, 2009 e 2011 – Mocidade Unida de Jacarepaguá
2009 a 2011 – Arame de Ricardo
2012 – Unidos de Alvorada (Manaus)
2013 – Grande Família (Manaus) – apoio de Marden Gonçalves
2014 – Leões de Barão Açu, Império da Mauá e Gaviões do Parque (as três de Manaus)
2015 – Sem Compromisso (Manaus)
2017 – Império da Kamélia (Manaus)

GRITO DE GUERRA: Isso é fruto de ... (local de origem da escola)!

CACOS DE EMPOLGAÇÃO: “muito bonito”; “que que tem, que que tem?”; “diz de novo, diz de novo”; “comunidade pura”; “hahahahaha”; “diga lá, diga lá”; “ih-ah”; “beleza, beleza, beleza”; “que lindo, que lindo”; “ah moleque”; “alô meus poetas... (menciona os compositores do samba)”.”

SAMBAS DE SUA AUTORIA: Maracanã, 50 anos de emoções” (Jacarezinho/2001, com Tião Larrieu, Tia Helô e Dalvan); “Mãos” (Presidente Vargas/2014, com Paulino Braga, Roney Cruz, Fabinho, Frank do Cavaco, Iomar Japonês, Daniel Sales, Valdenor, Schinnaider e Sandro Romero). “O gigante reino dos pequenos” (Coroado de Jacarepaguá/2019, com Luiza, Kaballa, Jussara, Dalton, Raphael, Uilber, Sandra, Márcio de Deus, Paulinho da Fruta, Filhinho, Valdo, Maghal, Pitimbú, Buda, Cidão, João Batera e Geraldo).

MAIS FOTOS DE NÉLSON PILÃO


No desfile da São Clemente em 2015




Em estúdio, gravando o samba da Unidos de Alvorada, pelo carnaval de Manaus, em 2012


Militar, Nelson Pilão serviu no interior do Amazonas e nas férias ia para Manaus conhecer o samba baré


De chapéu, no carro de som da Unidos da Vila da Barra, no carnaval de 2015, em Manaus





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