GILSINHO

  Nome original: Gilson da Conceição

  Ano de nascimento: 1970



  Ano de falecimento: 2025

A voz que conduziu a Portela é de um carioca que precisou primeiro fazer fama no carnaval de São Paulo para depois chegar à Marquês de Sapucaí. Gilsinho - contratado após a saída de Bruno Ribas - era dono de uma voz potente e bem timbrada, carioca da Vila da Penha e filho do músico Jorge do Violão, baluarte da Portela que integrou a Velha Guarda da escola. O cantor era afilhado do sambista Casquinha, também integrante da Velha Guarda da azul e branco de Madureira. 

O eterno intérprete da Portela integrou o grupo de pagode Fora de Série. Também já foi componente de bateria, castigando instrumentos como caixa, repique e surdo. Sobre seus intérpretes favoritos, Gilsinho citou Rixxa e Dominguinhos do Estácio. "Sou portelense e não me esqueço do Rixxa cantando os sambas da Portela. O samba de 95 na voz do Pavarotti do Samba é maravilhoso", revelou.

Gilsinho foi um artista rodado. Participou do grupo de apoio de Neguinho da Beija-Flor e há uma informação (não confirmada) de que tenha integrado a harmonia de Dedé da Portela em 1993, no enredo "Cerimônia de casamento". Foi através das apresentações do grupo Fora de Série que Gilsinho desembarcou em São Paulo, no final dos anos 90. Logo em seguida, recebeu o convite para cantar na Vai-Vai, onde ficou em 2001 e 2002, cantando ao lado dos veteranos Agnaldo Amaral e Thobias. Em 2004, se transferiu para a Barroca da Zona Sul e, em 2005, ainda no Sambódromo do Anhembi, foi primeiro cantor na Unidos de Vila Maria. Estreou na Portela em 2006, permanecendo ininterruptamente até 2013. Em 2010, voltou para a Vai-Vai, onde fez jornada dupla cantando na Portela e também na escola paulistana. No carnaval virtual da LIESV, cantou na Imperatriz Paulista em 2011 e 2012.

Após o Carnaval de 2013, Gilsinho anunciou sua saída da Portela após oito carnavais defendendo a Águia e foi confirmado como o novo intérprete da Vila Isabel. Em 2015, foi para o seu segundo ano na Vila, enquanto em São Paulo, iniciou sua terceira passagem na Vai-Vai arrebatando o campeonato, entoando o antológico samba sobre Elis Regina. Foi seu segundo título como intérprete principal, os dois pela escola do Bixiga. Em 2016, retornou à Portela, fazendo dupla com Wantuir e desde 2017 voltou a ser o único intérprete principal da Águia, ajudando a azul-e-branco a quebrar o jejum de 33 anos. Em 2018, esteve no carro de som da Vai-Vai, em sua quarta passagem pela agremiação. Cantou também na Tom Maior entre 2022 e 2025, além de assumir a vice-presidência da União do Parque Acari, que subiu para a Série Ouro na Sapucaí.

Sua característica como intérprete era levantar o samba. "Gosto de colocar o samba no alto. Sempre pra frente e com a missão de levantar a arquibancada", afirmou. Faleceu em 30 de setembro de 2025 aos 55 anos após complicações de uma cirurgia bariátrica, pegando todos os amantes do samba e do Carnaval de surpresa.

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