PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

ESCOLA VIRTUAL DA AMAZÔNIA

ESCOLA VIRTUAL DA AMAZÔNIA


PRESIDENTE Naiara Duarte
CARNAVALESCO Rafael Gonçalves
INTÉRPRETE Thiago do Porto
CORES Verde, Branco e Vermelho
SITE http://esva.wordpress.com/
CIDADE-SEDE Ananindeua-PA

Como toda história vinda da floresta, a Escola Virtual da Amazônia poderia se tornar mais uma das lendas inventadas para passar ensinamentos ao próximo. Porém, a vontade de brilhar e engrandecer o espetáculo do Carnaval Virtual faz da verde, vermelho e branco da floresta uma escola de luta e vibração bem real.
 
Criada por intermédio da presidente Naiara Duarte, motivada e influenciada pelo apoio destinado no Carnaval de 2009 para a escola madrinha, GRESV Acadêmicos do Setor 1, logo formou-se a equipe que no ano seguinte conquistaria a Passarela Virtual João Jorge 30.
 
Em seu primeiro desfile virtual, assinado pelo estreante carnavalesco Rafael Gonçalves, arrebanhou o público com uma apresentação impecável, conquistando através da avaliação popular a nota 9,8, uma das maiores notas concedidas pelo público na história da LIESV. O bom desfile confirmou-se no julgamento oficial, quando tornou-se campeã do Carnaval Virtual de 2010, um dos mais disputados e com maior número de inscritos até aquele ano.
 
Com talento, ambição e ousadia a Escola Virtual da Amazônia, popularmente conhecida como EVA, começa a escrever sua história na Liga Independente das Escolas de Samba Virtuais (LIESV) almejando o Grupo das maiores Escolas de Samba Virtuais e, quem sabe, com muito trabalho começar a escrever uma lenda com confetes e serpentinas nesta louca paixão que conquista nossos corações carnavalescos.

Ano

Enredo

Colocação

2013 Chegou a Hora dessa Gente Bronzeada Mostrar seu Valor - (Especial)
2012 Rancho da Natureza 8º (Único)
2011 Pequena África 3º (Acesso)
2010 Sateré-Mawé - Os Lendários Filhos do Guaraná 1º (CAESV)

SINOPSE ENREDO 2013

Chegou a Hora dessa Gente Bronzeada Mostrar seu Valor

"Alegria pra cantar a batucada,

As morenas vão sambar,

Quem samba tem alegria,

Minha gente era triste, amargurada,

Inventou a batucada,

Pra deixar de padecer,

Salve o prazer, salve o prazer."

No morro, o agente recenseador esmiúça a vida da moça pobre, o moreno que "fez bobagem" passeia com a "outra" vestida com o peignoir da sua esposa, o marido sai com as roupas da mulher para brincar o carnaval, quem pensa que o mundo vai se acabar dança um samba em traje de maiô e a francesa cai no samba. É a "gente bronzeada", que embora "triste, amargurada", reinventa a batucada todos os anos e desce o morro para mostrar "seu valor" na avenida.

E nesse ano, a escola de samba do morro vai cantar o grande "desenhista" da música brasileira, o "protético" do samba, o poeta do picadeiro, Assis, menino Valente baiano, de infância difícil e vida conturbada no Rio de Janeiro. A escola já se prepara para desfilar. A morena "batuca no chão sem pena" e a bateria esquenta os tamborins. O intérprete dá o grito de guerra: "Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor"!

O artista que será homenageado fazia música espontaneamente, sem tocar nenhum instrumento, mas sabia combinar letra e melodia como ninguém. Letras repletas de humor, mas também com a profunda tristeza de alguém que vive "cantando, fingindo alegria".  Duvidava da glória do sucesso, do qual nunca conseguiu desfrutar. Pediu a felicidade de presente no Natal, mas nunca foi atendido. Saltou para a morte, mas foi salvo pelo Redentor.

 

"Esperando a felicidade,

Para ver se eu vou melhorar,

Vou cantando, fingindo alegria,

Para a humanidade,

Não me ver chorar."

 

Assis encantou-se com Carmen Miranda. Para ela, compôs vários sucessos e ela se tonou a sua principal intérprete. O jeito brejeiro da Pequena Notável caía como uma luva para suas músicas cheias de irreverência e deboche. Em "Uva de Caminhão", com aparente ingenuidade ligou coisas desconexas como "Caiu o pano da cuíca/ Em boas condições/ apareceu Branca de Neve com os sete anões..." Mas... "Brasil Pandeiro", exclusivamente composto para ela, cujos versos brincalhões narram que o Tio Sam se rende ao tempero e à música brasileiros, a Pequena Notável se recusou a interpretar. Embora tenha alcançado o sucesso, a mágoa por Carmen ter recusado gravar sua música, os problemas familiares e uma montanha de dívidas faziam nosso poeta desejar a morte. Viu-a de perto algumas vezes, mas o guaraná lhe deu energia para libertar-se da profunda tristeza que vivia. Tomando-o com formicida, entregou-se à morte.

Hoje, essa gente bronzeada vem homenagear o seu poeta na avenida. Juntam-se a ela Os Novos Baianos, Maria Bethânia, Elza Soares, Clara Nunes e Ney Matogrosso, grandes nomes da música brasileira que resgataram a obra de Assis Valente, agora mais viva do que nunca ao virar tema de carnaval. E é para ele que todos cantam: Assis valente, "Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar teu valor"! 

Rafael Gonçalves

 

MÚSICAS CITADAS

- Alegria (c/ Durval Maia)

- Batuca no chão (c/ Ataulfo Alves)

- Boas Festas

- Brasil Pandeiro

- Cai, cai, balão

- Camisa listrada

- E o mundo não se acabou

- Fez bobagem

- Recenseamento

- Tem francesa do morro

- Uva de Caminhão

BIBLIOGRAFIA

Assis Valente. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. [Online] [Citado em: 15 de junho de 2012.] http://www.dicionariompb.com.br/assis-valente.

Silva, Francisco Duarte e Gomes, Dulcinéia Nunes. 1988. A jovialidade trágica de José de Assis Valente. Rio de Janeiro : Funarte, 1988.

Leia a sinopse de 2012 da EVA

Leia a sinopse de 2011 da EVA