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A Evolução dos Desfiles - Década de 30

A Evolução dos Desfiles

Década de 30

Dezembro de 1931: No dia 31, foi fundada a Unidos da Tijuca.

Fevereiro de 1932: O jornal "Mundo Sportivo", dirigido pelo jornalista Mário Filho (que hoje empresta o nome ao Estádio do Maracanã), resolve organizar o primeiro torneio de escolas de samba. Como os corsos passavam no domingo, os ranchos na segunda e as grandes sociedades na terça, não havia local para as escolas na Avenida Rio Branco, local oficial dos desfiles de carnaval. Adotou-se como local a Praça 11 de Junho.

7 de fevereiro de 1932: Acontecia o primeiro desfile, na Praca Onze, que lotou o local para assistir a apresentação de 19 escolas, desde às 20h30. Cada escola podeira apresentar três sambas. A vencedora foi a Mangueira. A Deixa Falar, que havia resolvido virar um rancho faz o seu primeiro desfile competitivo que foi um fiasco. Depois do carnaval, acusações internas de mal uso das verbas. A primeira "escola de samba" acaba.

Fevereiro de 1933: Com o fim do "Mundo Sportivo", o jornal "O Globo" assume a organização do concurso das escolas de samba, que é, pela segunda vez, vencido pela Mangueira. Desfilaram 35 escolas, entre 20h30 e 4h15 da manhã. Os jornais destacam que a Unidos da Tijuca se apresentou com um samba que era "de acordo com o enredo". Muitos especialistas consideram este o primeiro samba-enredo, apesar de a paternidade do gênero também ser reivindicada a Paulo da Portela.

Janeiro de 1934: No dia 20, realizou-se no Campo de Santana um desfile em homenagem ao prefeito Pedro Ernesto, considerado um dos mecenas das escolas de samba. A Mangueira foi tricampeã. No carnaval propriamente dito, as principais escolas alegaram já ter participado de um concurso e não quiseram disputar novamente. Foi a única vez que o desfile "oficial" se realizou fora do carnaval.

Maio de 1934: Em 1º de maio, o bloco Vai Como Pode foi renovar a sua licença para poder continuar funcionando. O delegado encarregado, Dulcídio Gonçalves, recusou-se a registrar o nome "Vai Como Pode", dizendo que era inadeuqado para uma agremiação "daquele porte". Então o sambista Paulo da Portela era uma das figuras mais respeitadas no mundo do samba. O bloco tinha sua sede na Estrada Portela. O delegado sugeriu então que o bloco fosse registrado como Grêmio Recreativo Escolas de Samba Portela. Esta designação (GRES) acabou sendo utilizada por todas as demais.

Setembro de 1934: No dia 6, 28 escolas fundam a União das Escolas de Samba.

Fevereiro de 1935: Pela primeira vez, o desfile das escolas de samba ganha subvenção oficial da Prefeitura, o que só ocorria com ranchos e grandes sociedades. Foi a primeira vez que o bloco Vai Como Pode desfilou como Portela. E foi vencedor.

Fevereiro de 1937: O delegado Dulcídio Gonçalves interfere de novo. Mandou simplesmente encerrar o desfile "que passava da hora" quando apenas 16 das 32 escolas inscritas haviam desfilado. Não puderam se apresentar entre outras a campeã do ano anterior, a Unidos da Tijuca, e a Mangueira. O juri indicou como campeã a Vizinha Faladeira, que trouxe uma comissão de frente montada em cavalos.

Fevereiro de 1938: Foram proibidos pelo regulamento carros alegóricos e temas que não fossem nacionais. Esta proibição só foi extinta no ano de 1997. Em 38, a comissão julgadora não apareceu. As escolas desfilaram mas não houve vencedores.

Início de 1939: A União das Escolas de Samba passa a se chamar União Geral das Escolas de Samba.

Fevereiro de 1939: A Portela é a grande sensação do desfile ao apresentar todos os seus componentes fantasiados de acordo com o enredo e ganha seu segundo título. A comissão julgadora, da qual participava Austregésilo de Ataíde, desclassificou a Vizinha Faladeira por trazer um tema estrangeiro ("Branca de Neve e os Sete Anões").

Fevereiro de 1940: As escolas são proibidas de funcionar por causa de uma briga que feriu uma passista de uma escola. Depois de muitos protestos, que envolveram inclusive o cantor Francisco Alves, a proibição foi revogada. A escola de samba Vizinha Faladeira, em protesto pela desclassificação, passa por trás da comissão julgadora (que naquela época ficava em um palanque). Os diretores da escola anunciam que a escola se retiraria do carnaval. "Um dia voltamos...".