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CORDOVIL

Letras da Cordovil

 

1972

 

Enredo: Personagens, Datas e Acontecimentos Históricos do Brasil

Autor(es): ????

 

O meu passado é de glórias
Sou Brasil
Quatro séculos e meio de histórias
Salve o meu povo varonil
Personagens, datas, acontecimentos históricos
Glórias de muita importância de nossa nação
Raiava o dia e o gigante crescia
A literatura fundava a sua academia
Colégio Menino Jesus
Faculdade ele se transformou
Era o primeiro passo
O gigante acordou
Brasil, Brasil
A Transamazônica presente
Ninguém segura este país pra frente
Larararararararara ei
Larararararararara
Até no futebol o Brasil se consagrou
90 milhões em ação
Pra frente Brasil
Do meu coração
E o povo vibrava
Homenageando o Brasil campeão

Mais uma página de glória
Os arquivos nacionais (bis)
Tu ficarás na história

 

1973

 

Enredo: Festival do Cinema Brasileiro

Autor(es): Lola, Pernambuco e Carlinhos

 

Platéia em dia de estréia
Assim parece o meu Rio
Nos dias de carnaval
Tendo o samba como tema
A avenida é um cinema
Com um filme no festival
Glória ao cinema brasileiro
Que mostra ao mundo inteiro
O que podemos fazer
Salve a tecnologia
Da nossa cinegrafia
Que não cansa de crescer
São vitórias e conquistas
Dos nossos grandes artistas
Da arte nacional
Grandes prêmios no estrangeiro
Com “O pagador de promessas”
E o famoso “Cangaceiro”

Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor (bis)
Laia lalaia laialá
Laia lalaia Laiá

1974

Enredo: Festas Tradicionais da Bahia
Compositores: Lúcio Martins e Luiz Fortes

Bahia, oh, lendária Bahia
Terra da mandinga e o candomblé
Sua lenda tem mironga e magia
Pra todos filhos de fé

Glória às suas festas tradicionais
Com o misticismo da raça (bis)
E os lindos rituais

Oh, meu Senhor do Bonfim
Oh, meu Senhor do Bonfim

Tem baiana de saia rodada
De vaso enfeitado (bis)
E uma bolota assim

Pra lavar a escadaria
Na festa do lava-pé
Risos, dança e alegria
Batuque e candomblé
Lá na Conceição da Praia
Mora mamãe Iemanjá
A mãe sereia mandou
Pescador jogar rede no mar

Tem festa lá na ladeira
Senhora Santana e Nanã Burukê (bis)
Onde joga os capoeiras
Segura o tombo que eu quero ver

Capoeira, capoeira (bis)
Capoeira, caiu levantou-se e plantou bananeira

1975

 

Enredo: O Mestiço Predestinado

Autor(es): Pernambuco

 

O Independente de Cordovil
Apresenta neste carnaval
José Maurício, o mestiço
Compositor do tempo colonial
Nascido de pais mulatos
A carreira religiosa abraçou
Com seu talento musical
A família real encantou

Tocar um cravo na corte
Antigamente era lei (bis)
E um mulato quase negro
Tornou-se amigo do rei

Acusado de fora de moda
Pelos invejosos da corte imperial
Sacrificou a sua inspiração
E renunciou à vida musical
Viveu os últimos dias de favor
Em companhia do escravo Semeão

Aquele que foi (bis)
A flor exuberante da nossa nação
(o Independente)

 

1976

 

Enredo: Recordar é Viver, o Passado Manda Lembrança

Autor(es): Buquinha, Edmundo Araújo Santos e Julinho

 

E foi assim (ah, e foi assim)
Que esta história começou
A colombina trouxe o arlequim
E fez chorar o pobre do pierrô
Recordar é viver
É o passado mandando lembrança
Dos tempos idos que a memória alcança
Vem a saudade e nos faz recordar
Dos carnavais
Do Rio antigo e o corso na avenida
De sonhos mil e ilusões coloridas
Que a passagem do tempo não faz acabar
A Praça Onze
A casa da Tia Ciata
O Largo do Estácio e a Lapa
Era samba e boêmia
Bloco de sujo como um folião mascarado
No bonde, o batuque animado
Tudo enfim era alegria
Por isso eu visto a minha escola de saudade
E venho pela cidade
Batendo o meu tamborim
Sambando alegre
Pisando bem firme no asfalto
Cantando na rua bem alto
Meu samba que começa assim

Bate o bumbo, Zé Pereira
Vai chamar o pessoal (bis)
Bate o bumbo, Zé Pereira
Porque hoje é carnaval

 

1977

 

Enredo: Manjares do Céu e da Terra

Autor(es): Julinho

 

(Mas viemos)
Viemos desfilar na passarela
Nossa cozinha original
Manjares do céu e da terra
É o tema do nosso carnaval

Tem quiabo pra Xangô
Tem farofa pra Exu
Tem arroz pra Oxalá (bis)
Pipoca pra Omulu
Pra Erê tem Caruru

 

Iemanjá, Obaluaê
Oxóssi, Oxum, Ogum (bis)
Iansã e Nanã Burukê

Quem faz comida pra gente é sinhá
Quem faz comida pro santo é iabá
Salve todos os orixás
Salve todos os orixás

 

1981


Enredo: Além da Imaginação
Autor(es): ???

Ainda trago na lembrança
Do meu tempo de criança
As histórias
Que ouvi contar
Contos que eu
Conto pra você
São crendices
Que o passado nos legou

Meia noite bananeira vai gemer
Com o clarão da lua (bis)
Sua sombra faz correr

A lenda da cidade encantada
Com a princesa encarcerada
Que só o sangue vai salvar
Caboclo d’água
Dos barqueiros o terror
O boto dominador
Com seu tesouro a guardar
E o boitatá, imensa cobra
Que vivia em plena escuridão
Com as suas vistas a assombrar
(diz a lenda) que o índio guerreiro
Prestes a se afogar
Pediu ao pássaro
Para suas asas emprestar
E o sacristão
Que com a bela moça se casou
Vive até hoje confinado
E pagando seus pecados
Por um crime de amor

Gira, gira moenda, gira sem parar
É o engenho que a noite (bis)
Começa a funcionar

 

1982


Enredo: Festa das Três Raças
Autor(es): ???

 

Presente pra resgatar o passado
Em poesia é contado
Neste eterno carnaval
A festa das três raças
Da era do Brasil colonial
Foi na Bahia a primeira invasão (invasão)
Feita pelos holandeses
E depois no Maranhão
Invadiram Pernambuco
Aquele belo torrão
E o negro Henrique Dias
Sua tropa organizou
Junto com brancos e índios
Uma batalha travou
Muito sangue derramado
Muito choro e desengano
Expulsaram os inimigos
Do solo pernambucano

Ôôôôôô
Entre negros, brancos e índios (bis)
Reina paz e muito amor

E o sol brilhou mais forte
Tudo voltou ao normal
O trabalho no engenho
Lavoura e canavial

Teve festa, muita dança
Maracatu e candomblé (bis)
Os índios alegres cantavam
Em louvor a seu pajé

 

1986


Enredo: Quem não Discute, Tem que Engolir
Autor(es): Mazinho e Nabor Veneno 

 

Nasceu no seio da mata virgem
O destemido guerreiro Mitavaí Arandu
Foi bóia-fria e vaqueiro, falou com seu padroeiro
Fez romaria a Caruaru
Saiu do sertão distante
Veio pra cidade grande
Contra um monstro lutar
Teceu um puçá de renda
Tão bonita e verdadeira
Pro maldito apanhar
E pensando ter vencido
Nosso herói então banido
Promete um dia voltar 
Ê povo, sai do marasmo
E começa a discutir

 

Bota a boca no trombone (bis)
Pra não ter que engolir

 

Porém o monstro não foi derrotado
Com filhos pra todo lado
De colarinho engomado
Mais uma vez o herói entra na guerra
Vem brigar por essa terra
E defender nosso chão
Nos deixa de legado o seguinte
Fazer a constituinte, organizar mutirão
Que é pra massa ficar acordada
Com as mãos entrelaçadas
Se unir, não dispersar

 

Se pensam que a pátria mãe é leiteira
Peguem sua mamadeira (bis)
Vão mamar noutro lugar

 

1987


Enredo: Amado Jorge Amante
Autor(es): Picolé e J. Farias 

A hora é essa
De retratar a vida do escritor
Na lira do poeta
Traz a musa
É vida, é luta é raça
Gênio criador da criação
Amado Jorge amante
Do infinito desce a imaginação

 
Que beleza tão singela (bis) 
Gabriela da cor de canela


Este personagem importante
E sua fantasia verdadeira
Traz o encanto e a miscigenação
Eis aí nossa mulher brasileira
Dona Flor sem querer
Tem felicidade espiritual
No amor malandro do Vadinho
Em Madureira, proteção material
Tereza, guerreira sem medo
Não vende a dignidade de mulher
Tieta nossa cara, nossa gente
Tamos aí pro que der e vier


Minha gata linda
Gataí Gattai (bis) 
É a flor do meu caminho 
É um sonho que não vai

 

1988


Enredo: Burle Marx
Autor(es): Elio, Flávio, Carvoeiro, Ribeirinho e Cesar Capricho 

Vamos preservar a natureza
Desfrutar dessa beleza
Respirar um puro ar
Viver uma vida de magia
Mergulhar na poesia
Ouvindo lindos pássaros cantar 

Pois sendo assim
Tudo será festa (bis)
Sem devastar, sem machucar
A nossa floresta

Oh, grande mestre Burle Marx
A dádiva que Deus lhe deu
Para amar
Faz jardins tão lindos
Para esse Brasil ornamentar

Aterro do Flamengo
Faz casal sonhar (bis)
Linda obra
Que temos à beira-mar

És doutor da natureza
E defende nossa flora e seus encantos mil
Independente é a semente
Que floresce em Cordovil

Vamos proteger o verde
Ele é nosso predileto (bis)
Não transforme esse planeta
Em um bloco de concreto

1989

Enredo: Marrom Som Brasil 
Autor(es): Gambazinho e Lula Barbudo

 

Brilhou uma estrela no horizonte
Numa linda noite de luar
Era ela que nascia
Para nos abrilhantar 
Alcione, filha de um grande
Mestre de banda
Cantador e repentista
Ligado no bumba-meu-boi
(Eu falei meu boi-bumbá)
Ela quando ainda menininha
Brincando com bonequinhas
Foi crescendo e estudando
E em professora se formou
Com o seu dote divino
De nascer para cantar ô
Brilhou em quase todos continentes
E encanta em qualquer lugar

 

Aruandê, aruandê angolana (bis)
Quero sim, oratié

 

Obrigado, São Luís do Maranhão
Por ter nos dado
Esta autêntica expressão
Da nossa música popular
Pra que chorar, pra que chorar
Se a Mangueira é seu lugar
E no rodopiar das baianas
Vê a Mangueira do Amanhã brilhar

 

Ela é raça, é raiz
Na força do samba
Ela é embaixatriz (bis)
Adora o mais querido do Brasil (Mengo)
Ela é Marrom Som Brasil

 

1990

 

Enredo: Cantares ao meu Povo - Solano Trindade

Autor(es): P. Mathias, Ribeirinh e Cléber Carvoeiro

 

Ecoou ô ô ecoou
O canto da liberdade
Todo negro que fugia
Pensava livre viver
Palmares, sonho de uma nação
Onde um era por todos
E todos diziam ser irmãos
Não pode o tempo apagar
Nem a tez desbotar
Apesar das opressões
Surgiu com mãos hábeis e mente firme
Solano Trindade
Poeta fez o povo despertar


Êta nêgo, quem foi que disse
Que a gente não é gente (bis)
Quem é esse demente
Se tem olhos não vê


Sua bandeira é o nosso estandarte
Hoje grito e canto alto
Piso firme no asfalto
Pulsa forte o coração


Desperta, consciência universal
Não existe igualdade (bis)
Onde está a liberdade
Com o preconceito racial

1991

Enredo: Ela, Ele e Eles Possuidores da Noite

Autor(es): Nego Lú, Almir do Cais e Jorjão da Alta 

O Rio de Janeiro é lindo
Principalmente quando chega o carnaval
Humildemente, Cordovil vem na avenida
Com esse tema bem original
Com respeito aos transformistas
Prostitutas e sambistas
Na linha do Candomblé
Dá licença, Pomba Gira
Saúdo seu nome na ponta do pé
No esplendor da noite
As mariposas iniciam o revoar
Nos bares e cassinos, nos cabarés
Sua elegância vem mostrar
Entre outras seduções surge o Rei-Sol
Iluminando o paraíso de alegria
As cores do matiz
As meretrizes fazem à noite a poesia
Mauá, Cinelândia, Lapa
Na boate as mulatas no cenário de magia

Malandro e cana-dura
Cafetinas, travestis (bis)
Dos pontos da cidade
Hoje na Sapucaí

1992

Enredo: Um Negro chamado Felicidade, Neguinho da Beija-Flor

Autor(es): Picolé, Lula Barbudo e Nene

Nasceu na Vila Isabel
Um menino promissor (lalaiá)
Desde o tempo de criança

Sonhava em ser cantor
Cheio de felicidade
Ele cresceu e foi buscar
No Leão de Iguaçu

Seu estilo de cantar
Um belo dia
A grande chance chegou ôôô
Convidado da família Abrahão
Hoje é Neguinho da Beija-Flor


Foi a Tina
Quem lhe ajudou (bis)
Na capoeira e gafieira
Ele é doutor


Boêmio miscigenado
Sorridente e muito amado
Chora cavaco (pode chorar)
É o seu grito de emoção
Fica feliz minha gente
Quando vê seu time campeão
Vencedor de vários carnavais
Não esqueceremos jamais
Alô galera
Como é lindo recordar
Sua madrinha é Simone
A cigarra popular


Oh, mãe Cota
Traga de lá o seu axé (bis)
Iemanjá, Ogum, Xoroquê
Proteja seu filho de fé

 

1994

 

Enredo: O Garotinho de Campos vem aí sacudindo a Sapucaí

Autores: Neilson Tavares e Elmo do Banjo

A luz que ilumina o meu país
A fase de experiência
Linda cidade pioneira

Campos, onde nasceu Garotinho
Terra de muitas riquezas (bis)
Obra que a mãe natureza
Fez de belo pro meu Rio

Assim o menino cresceu
Contribuindo para o progresso da cidade
No rádio, no teatro, na música
Na literatura ele conseguiu vencer

Viu que alguma coisa ainda tinha por fazer
Consciente foi à luta
Aí o povo atinou
Deixou claro a força que tem

Em sua prioridade, saúde e educação
Trabalhou pela cidade com muita disposição
Ele fez reforma agrária, pro homem do campo plantar
E sua finalidade é fazer o povo feliz

Experiência foi fundamental
Brilhante sua trajetória
Veio para a capital com sua amada
Enaltece nosso carnaval

Alô Alô, está no ar, fala Garotinho
Cheio de variedades
Tomando conta da minha cidade
Onde o ouvinte tem a carta do leitor
(bis)
A receita o vovó vai ensinar
Aquele sonho pra realizar
E só entrar na caravana da saudade

1995

 

Enredo: Retratos e Canções

Autor(es): ????

 

O show vai começar

Sou retrato da alegria

Vou cantar lindas canções

Com euforia

Pra ela que encanta nosso festival

Pra ela que envolve nossos corações

Musa do swing singular

Cedo despertou na arte de cantar 

O demônio colorido

Fez a platéia vibrar

De lá pra cá

Escreveu em verso e prosa

Nossa canção popular

 

Bye, bye tristeza

Solidão não me leve a mal (bis)

Joga fora, veste a fantasia 

Vale tudo no meu carnaval

 

Pra ela o tempo não pára

Há coisas novas pra conhecer

Mistérios que o mundo oferece

Olha o que eu tenho pra dizer

 

Eu quero saber o segredo das mãos (bis)

O que diz nas cartas da minha canção

 

Porta-voz da esperança

Espalha o amor

Me leva em seus braços, me dá seu calor

E na ciência o caminho pra mostrar

O sucesso é você, Sandra de Sá

 

Salve a rainha, galera (bis)

Cordovil levando o baile a passarela