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Os sambas de 2016 por Marco Maciel

Os sambas de 2016 por Marco Maciel


As avaliações e notas referidas apresentam critérios distintos dos utilizados pelo júri oficial, em nada relacionados aos referidos desempenhos que as obras virão a ter no desfile

A GRAVAÇÃO DO CD- O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro talvez seja o evento mais conhecido do Brasil no exterior. Para muitos, o maior espetáculo da Terra. Então, para honrar esta tradição de nosso país, nada como começar o CD da trilha sonora da ópera carnavalesca... com o Hino Nacional. Numa medida recentemente adotada por Laíla, o Hino passou a ser entoado nos ensaios na quadra da Beija-Flor, como forma de exaltar os feitos do homenageado Marquês de Sapucaí para a nação, e também será tocado no início do desfile da escola. Daí a razão pela qual a azul-e-branco de Nilópolis abra sua faixa e o disco com os acordes iniciais de nossa sagrada música. Sobre o álbum, o expediente é o mesmo desde 2010, com o registro da bateria e do coro na Cidade do Samba e o restante mixado em estúdio, onde os intérpretes registram suas vozes. O volume do canto do samba é o mais forte desde o CD de 2011. As apenas 12 faixas permitem tempo de sobra para alusivos, exibições de baterias (Unidos da Tijuca), além do já citado Hino Nacional por parte da Beija-Flor. Por fim, numa forma de apelação para uma maior vendagem do CD, um selo vermelho destacando as participações especiais ao longo das faixas aparece grudado no plástico transparente que compreende a capa. O alto nível da safra é o destaque do ano, com a Imperatriz se sobressaindo mais uma vez e tendo no retrovisor as belas obras de Vila Isabel, Unidos da Tijuca, Portela, Mangueira e Salgueiro. NOTA DA GRAVAÇÃO: 9 (Marco Maciel).

1 - BEIJA-FLOR - "Sou Beija-Flor na alegria ou na dor". A escola de fato nilopolitana abre o disco com um bonito samba para o enredo que homenageia Marquês de Sapucaí, o mineiro de Nova Lima (antes Congonhas de Sabará) que batiza a avenida palco dos desfiles desde 1978, ano em que a Beija-Flor conquistou seu primeiro tricampeonato. O refrão principal enaltece este fato com o verso primeira na história do Marquês, proporcionando uma ótima sacada. É um samba de melodia mais dolente em relação às obras que a azul-e-branco vem levando nos últimos anos, não apresentando a valentia que é característica desde 1998, com dois refrães fortes que se destacam, mais os seis últimos versos da segunda parte que também qualificam o samba positivamente. Já a letra que descreve a vida do Marquês chega a ser didática de tão direta, por vezes não disfarçando o rótulo de resumo da sinopse, em especial na primeira parte. Por fim, no já referido encerramento da segunda (que ganha o reforço do teclado, presente durante toda a faixa), o derradeiro verso em mais um Carnaval não rima com nenhum outro. Sobre o teclado, o expediente lembra a produção da faixa de 2013 da escola, em que o samba sobre o mangalarga marchador também recebe o reforço do instrumento pra valorizar a melodia do trecho final da obra. O veterano Neguinho tem mais uma atuação segura na bolacha digital. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Marco Maciel).

2 - SALGUEIRO - "É que eu sou malandro batuqueiro". O samba da Academia esbanja valentia pra exaltar o malandro, honrando a característica vigente nos sambas da vermelho-e-branco desde 2007. E começa de forma ousada, com um refrão principal que começa pra trás nos dois primeiros versos pra depois explodir nos dois últimos. O refrão é imponente, apesar da modificação do bate de frente pra ver para o mais politicamente correto vem no meu samba pra ver. A letra em primeira pessoa é bem descritiva, deixando claro o enredo, com muitas sequências se destacando, como Malandro descendo a ladeira... ê, Zé!/Da ginga e do bicolor no pé/"Pra se viver do amor" pelas calçadas/Um mestre-sala das madrugadas, além do trecho final, para mim o melhor da obra salgueirense, tanto em letra quanto em melodia: Eu vou por becos e vielas/Chegou o barão das favelas/Quem me protege não dorme/Meu santo é forte, é quem me guia/Na luta de cada manhã, um mensageiro da paz/De larôs e saravás", com os últimos versos permitindo uma excelente transição para o refrão principal. Afinando a sintonia a cada ano, a dupla Serginho do Porto e Leonardo Bessa tem ótimo desempenho na condução do samba, que na faixa conta com mais uma participação de Xande de Pilares. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Marco Maciel).

3 - GRANDE RIO - "Pisa forte, Grande Rio!". A tricolor de Caxias levará para a Sapucaí mais um samba contestado, principalmente pelo enredo CEP sobre Santos. Mas a obra tem suas virtudes. Animado e pra cima, possui muitas partes envolventes e divertidas de cantar. Talvez pelo fato de ter sido defendido por Quinho nas eliminatórias, o samba-enredo lembra os hinos cantados pelo Salgueiro na chamada era pós-Ita, a partir de 1994. A começar pela ressurreição da famigerada rima "felicidade-cidade" no bom refrão principal. Pra facilitar o canto, há um excesso de ôôôs, ioiôs, iaiás, olés... O trecho central, apesar dos já esperados cortes nas repetições de Nessa labuta tem aroma de café/É saboroso todo mundo botou fé, segue sendo o melhor momento da obra, explodindo a partir de Veio gente de todo lugar pra somar... A particularidade é a primeira parte abranger a colonização de Santos e a segunda ser toda dedicada ao clube de futebol, através das citações a Pelé e Neymar, onde o samba tem uma ligeira queda de qualidade, o que é natural. Mas ao contrário do que muitos pensam, não é uma obra desprezível, muito longe disso. Emerson Dias tem bom desempenho na faixa. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Marco Maciel).

4 - UNIDOS DA TIJUCA - "A Tijuca festeja o solo sagrado em oração". O Pavão resolveu deixar de lado os sambas funcionais simbolizados por Paulo Barros e sua era de três campeonatos. Para o enredo sobre a agricultura bancado pela cidade matogrossense de Sorriso, a azul-e-amarelo desfilará seguramente com a sua melhor obra desde o histórico Agudás (2003), o que pode apontar para um retorno à tradição de sambas mais sofisticados. A melodia classuda se faz presente em toda a obra, a partir do refrão principal, cujo maior destaque vai para a justa menção ao histórico "O Dono da Terra" (1999), para muitos o melhor samba-enredo da história tijucana. A primeira parte mantém a bela melodia, onde prolifera o tom menor. O refrão central, mesmo com o dobro de versos do principal, mantém a fluência e a coesão melódica. A segunda mantém a dolência do restante. No CD, o andamento da Pura Cadência está mais acelerado do que o samba recomenda, se aproximando do que será ouvido no desfile. Tinga tem bela atuação, lembrando que sua relação com uma obra que fala de agricultura já deu samba três anos antes. A nação tijucana fica na esperança que o feliz casamento se repita. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Marco Maciel).

5 - PORTELA - "Abra a janela pro mundo que Paulo criou". A relação de Paulo Barros com o samba-enredo foi citada no comentário anterior. Pois na estreia do carnavalesco na Portela, ele receberá o melhor samba a embalar um desfile seu. A obra, que narra a viagem da Águia a fim de testemunhar grandes acontecimentos, mantém o louvável nível musical que a azul-e-branco vem trazendo desde 2012, de maneira a não perder um décimo sequer no quesito de lá pra cá. Para 2016, a obra é mais dolente e traz apenas dois refrães, em contrapartida aos vários espalhados dos últimos sambas. O principal revela indignação, ao bradar fale de mim quem quiser, mas é melhor respeitar sou a Portela. A cabeça Voar nas asas da poesia remete ao hino portelense de 40 anos atrás, que começava com Voando nas asas da poesia ("O Homem do Pacoval", 1976). O trecho que invoca um falso refrão Oh leva eu me leva é um dos destaques. A marca de Paulo Barros fica presente através de elementos que são a cara do carnavalesco, como "chave da vida", "mapa da mina" e "abre a janela", o que já aproxima o ouvinte do que será visto no desfile. Aliás, a partir da genial sacada de Abre a janela pro mundo que Paulo criou, se inicia a melhor sequência melódica do samba. O verso, obviamente uma citação a Paulo Benjamin de Oliveira, o Paulo da Portela, pode sugerir uma exaltação ao próprio carnavalesco por parte dos mais leigos. Os cinco últimos versos impressionam pela beleza da melodia. O andamento da bateria também me parece mais acelerado, impondo mais valentia ao samba-enredo, que conta com o retorno de Gilsinho depois de dois Carnavais na Vila Isabel. Na faixa, ele se destaca mais que seu novo parceiro Wantuir. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Marco Maciel).

6 - IMPERATRIZ - "O encanto da menina, um pedaço feliz do Brasil". Quando foi anunciado o tema em que a dupla Zezé Di Camargo & Luciano seria fio condutora, a revolta nas redes sociais entre os simpatizantes do samba foi geral. De imediato imaginou-se um relato biográfico sobre a dupla, com um playlist dos maiores sucessos passando em formas de alas, o time do coração dos cantores, menções até à carreira de Wanessa Camargo, etc. Mas o enredo sobre a sagrada lida, vida sertaneja proporciona à verde-e-branco de Ramos pelo segundo ano seguido a honra de ser o melhor samba do grupo, candidatíssimo ao Estandarte. Apostando na mesma fórmula vencedora de 2015, a parceria de Zé Katimba apresenta um único refrão, de estrutura simples mas fortíssimo, e uma letra mais extensa com um longo trecho central que indica um falso refrão. A poesia também é inspirada e inclusive ironiza os críticos do enredo através do Não desgoste de mim quem não viu. Na segunda parte, destaque para a sequência que relata a vitória dos dois filhos de Francisco: Na fé que une e faz o povo acreditar/Que um grande sonho pode se alcançar/A esperança do pai... brilhou/Nos filhos que o Brasil... consagrou/Talento e arte, vitória e superação/Que um anjo caipira abençoou/Se toda história tem início, meio e fim/A nossa começou assim, pra encerrar com o trecho final de releitura do clássico "É o Amor" que proporciona um impressionante transição pro refrão. Um samba-enredo primoroso! Mas no CD, a participação da dupla deixou muito a desejar. Em contrapartida, Lucy Alves canta lindamente o samba no início da faixa, assim como na versão concorrente. E na segunda passada, o estreante gresilense Marquinhos Art'Samba (que também defendeu a obra na eliminatória) "salva" a faixa das reverberações exageradas dos homenageados com uma interpretação absurda, provando que tem de tudo pra ser um dos melhores dessa nova geração de intérpretes. NOTA DO SAMBA: 10 (Marco Maciel).

7 - MOCIDADE - "Avante! Moinhos vamos vencer". O confuso enredo que sugere Dom Quixote cavalgando pelo Brasil e se deparando com as mazelas de nossa país a fim de apagar nossas "manchas" gerou um samba de bonita melodia dolente, mas que enfrentou uma sinopse problemática repleta de citações que mais confundem o compositor do que o situam. Daí o motivo pela letra mencionar elementos da literatura, personagens históricos, clássicos da MPB e até o escândalo da Petrobrás, através do verso de gosto duvidoso Lançando "jatos" de felicidade. O resultado final da poesia da obra acaba superando a expectativa inicial e a boa melodia aliada a mais uma ótima interpretação de Bruno Ribas nos permite um samba de ótima audição no disco. Entre seus autores, está Wander Pires, que pela primeira vez assina um samba-enredo em sua escola do coração. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Marco Maciel).

8 - SÃO CLEMENTE - "É ladrão de mulher, mas tem samba no pé". Para exaltar a figura do palhaço, a preto-e-amarelo da Zona Sul apresenta um samba animado, pra cima, que é a cara da escola, apesar da crítica que também é predicado da escola ser apenas discreta. Obra mais funcional, com uma letra que faz o feijão-com-arroz de forma competente, embalará um desfile que deverá conter diversas informações históricas, de acordo com a sinopse recheada de Rosa Magalhães. Leozinho Nunes, compositor vencedor na São Clemente em 2015, estreia como intérprete oficial de imediato no Grupo Especial, e tem bom desempenho no CD. A voz do "som do bem" lembra bastante a de Clayton Reis, ex-cantor da Acadêmicos do Tucuruvi. Sobre a melodia do samba, algo me intrigou. Os versos que abrem o refrão principal (O palhaço o que é?) e a segunda parte (Tá certo ou não tá?) possuem a mesma melodia desde as eliminatórias, quando ambos tinham subidas. O mais recomendável seria manter o tom maior num dos versos e baixar o outro. No entanto, os dois tiveram semelhante alteração melódica no disco, perdendo as subidas e ficando retos. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Marco Maciel).

9 - UNIÃO DA ILHA - "Os deuses por Zeus abençoados". Assim como em 2012, a Ilha vem com mais um enredo olímpico, dessa vez fazendo o link com o Rio de Janeiro. Se Ito Melodia mantém sua média de grandes atuações no disco, aliado a uma bateria que na minha opinião é a melhor do CD (resgatando a antiga batida insulana), o samba por sua vez fica devendo. A obra tem a melodia pra trás, sendo até melancólica em alguns momentos, deixando de lado a valentia então vigente pra apostar numa dolência que acaba sendo mais funcional, que não emociona. A única parte interessante do samba é a sua cabeça Vem, chega mais perto, sente o meu calor/Bem-vindo à Ilha do Governador... Infelizmente, a Ilha há tempos vem devendo um grande samba dos moldes dos clássicos que se acostumou a nos oferecer. Ainda sobre Olimpíadas, em 2020 os Jogos Olímpicos serão em Tóquio. Será que teremos Manabu e gato no mangá na Ilha do Governador daqui a quatro anos? NOTA DO SAMBA: 9 (Marco Maciel).

10 - MANGUEIRA - "Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá". A homenageada Maria Bethânia inicia a faixa cantando o refrão principal baseado na canção "Brincar de Viver", recebendo de forma arrepiante a resposta do coral mangueirense. Na sequência, o tributo à Luizito, com seu marcante grito de guerra inserido postumamente, como já ocorrera em produções anteriores com Ney Vianna e Jamelão. Antes mesmo do início do canto do samba por Ciganerey (ótima performance), a faixa já te conquista. O hino mangueirense tem a emoção como predicado do primeiro ao último verso. O refrão principal já mencionado é primoroso, misturando muito bem a referida emoção com valentia e imponência, através da envolvente repetição de Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá. A primeira parte é tomada pela religiosidade, com destaque para Fiz um pedido pro Bonfim abençoar/Oxalá, Xeu Êpa Babá/Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia/Trago no peito o Rosário de Maria, seguida pelo também belo refrão central. Já a segunda revisita a obra da cantora, onde os melhores versos são Sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção/De pé descalço, puxo o verso e abro a roda/Firmo na palma, no pandeiro e na viola. Por fim, o explode coração recebeu uma subida em relação à versão dos compositores pra funcionar ainda melhor como transição para o refrão principal. Grande samba da verde-e-rosa, à altura de Bethânia. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Marco Maciel).

11 - VILA ISABEL
- "Liberdade se conquista com educação". O complexo samba da azul-e-branco da parceria galáctica não é daqueles que cativa na primeira audição. Pelo contrário, lhe causa um estranhamento inicial. Conforme você vai ouvindo mais, aos poucos você se rende, e suas muitas virtudes começam a ser notadas. A começar pela bela letra ao estilo de Martinho da Vila (também um dos autores do enredo sobre Miguel Arraes), mas que acabou sofrendo alterações logo após a eliminatória, ficando mais simples em alguns trechos para facilitar o canto dos componentes. Por exemplo, a excelente passagem original Acolhi um movimento, real solução/Mais do que alento, a cura dos ais se tornou Um sentimento no coração/no pensamento soluções reais, perdendo um pouco o brilho. Sobre a melodia, ela procura fugir do lugar comum. O refrão principal serve mais como complemento melódico da parte final, pra um momento de mais explosão despontar na ótima cabeça Meus olhos ficavam rasos d'água/A seca minha alma castigava... Outro trecho que aprecio poeticamente é Cresci, sonhando renovar os sonhos/Revitalizar a vida/Que se equilibra sobre palafita pra na sequência mais uma vez a escola citar a "dignidade", assim como na obra do ano anterior. O samba mantém a valentia na sequência, com destaque para Com ternura me chamavam Pai Arraia/Onde os arrecifes desenham a praia, para mim o melhor momento melódico do hino. O bom refrão central mantém o excelente nível, até finalizar com uma segunda parte curta, de apenas quatro versos, mas muito forte, funcionando muito bem como transição para o refrão principal. Estreante na agremiação, Igor Sorriso dá uma amostra no CD comprovando porque é um dos maiores intérpretes da atualidade. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Marco Maciel).


12 - ESTÁCIO - "Por dia mato um dragão, sou brasileiro". De volta ao Grupo Especial depois de nove anos, para exaltar São Jorge, a vermelho-e-branco trará para a Sapucaí um samba valente, mas coerente à posição ingrata de abrir os desfiles, com características mais funcionais, sem muitas inovações na melodia. Os refrões são fortes e envolventes, com destaque para o central, cuja letra se destaca. Melodicamente, o melhor trecho da obra para mim é o começo da segunda parte: Rogar seus milagres em devoção/Fazer a criança virar um leão/Em proteção, orai ao glorioso pai/Mesmo da lua por nós olhai, onde a citação ao leão não deixa de ser também uma alusão ao símbolo da Estácio. Talvez na letra, os versos Prepare o feijão, ê baiana, põe tempero/Dá no couro batuqueiro destoem dos demais, até porque as oferendas a Ogum não aparecem na sinopse e acabam por inserir uma coloquialidade que não há no restante da poesia. No CD, a divisão da gravação entre três vozes dificulta o reconhecimento de quem entoa o samba em certos momentos, mas o registro indica Leandro Santos como a voz que mais se sobressai na faixa, seguido por Wander Pires e, por fim, Dominguinhos do Estácio tendo uma aparição muito discreta. Porém, a tendência é que Wander conduza sozinho o carro de som junto à equipe de apoio, já que Leandro deixou a agremiação logo após a gravação do disco e Dominguinhos, além de estar com problemas de saúde, possuir reconhecidos problemas de relacionamento com Wander Pires. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Marco Maciel).