Sabem ha quantos andamos?
- O senhor anda cinco cruzeiros a dúzia.
O que eu perguntei se sabem que dia é hoje.
- Eu sei, é domingo.
Não, é muito mais do que só domingo.
- Segunda?
Muito mais importante... hoje é 12 de outubro!


Sim, o dia da criança!

Exato.
Antes de prosseguir, 30 segundos para os patrocinadores do dia das crianças.

 

Um oferecimento da Casa Pio Calçados, tudo em 60, 90 e 120.

Não dá para contar uma piada num velório


Uma afirmação da Chiquinha ao Quico no episódio O Gato Atropelado quando o bochechudo só ri bem depois de o professor Girafales já ter feito a charada e ter entrado na casa da Dona Massacote... perdão... Dona Florinda.
Por hoje ser o dia das crianças, vou falar de uma ação ter sido aplicada em certos episódios do seriado Chaves, que deveria levar em consideração de como poderia ser recebido pela criança: a morte do morto que morreu.
Considerando que o seriado Chapolin (El Chapulin Colorado) e outros quadros de Chespirito são voltados para um público mais adulto, ainda assim não partindo para a baixaria, é considerado natural quando ocorre alguma morte em algum desses quadros. Claro, procurando fazer com que a morte seja engraçada ao invés de triste.
Temos como exemplo os seguintes episódios e/ou quadros:

Chapolin - De Médico, Chapolin e Louco, Todo Mundo tem um Pouco: Tripa Seca, interpretado pelo saudoso Ramón Valdéz, não iria passar da noite em que estava internado no consultório do doutor Chapatin, junto com o seu parceiro de assalto: Chinesinho, interpretado pelo Carlos Villagrán, que por sua vez estava livre de perigo e que em breve receberia alta.
O Chapolin troca os prontuários de cada um e pensa que o Tripa Seca era quem estava sadio e que o Chinesinho era quem estava a beira da morte.
Depois de tanta confusão o Chapolin confessa que trocou os prontuários de propósito para fazer o Tripa Seca acreditar que estava sadio e assim motivar-lo a ficar realmente sadio.
De tanto o Chapolin dizer para o Tripa Seca de que ele estava sadio, acabou se recuperando e já estava livre de prerigo. Leram? PRE-RI-GO!
Porém de tanto o Chapolin ter dito ao Chinesinho de que ele iria morrer... morreu.
Bem, como disse o vermelhinho, de alguma coisa teria que morrer.

Chapolin – A História de Don Juan Tenório: em uma história contada pelo Chapolin Colorado, todos são mortos na história, a morte mais engraçada foi a do próprio Don Juan Tenório. Entretanto, eles aparecem como fantasma, perfeitamente, como se não tivesse acontecido nada.


Coveiro cantando

O próprio coveiro afirmou que eles não estavam mortos, só andavam falecidos (na dublagem Gábia “mais um bateu as botas”).

Chapolin – As Pulgas Amestradas: Quem apostou na morte das pulgas, equivocou-se. Embora não tenha aparecido, o Chapolin matou o cavalo do guarda sem querer querendo quando cruzou o pântano. O vermelhinho virou pra direita mas o cavalo não deu a volta...

Chapolin – O Racha Cuca: O Racha Cuca (em outros episódios: Rasga Bucho...), interpretado pelo Ramón Valdéz, tenta disparar no Chapolin, que estava próximo ao banqueiro, interpretado pelo Carlos Villagrán.
Chapolin – Ele errou o tiro!
Banqueiro – Não, não errou.
Chapolin – Sim, ele errou!
Banqueiro – Ele não errou!
Chapolin – Não me acertou!
Banqueiro – Mas a mim sim!
E cai morto.
O Racha Cuca acerta também um quadro com o banqueiro, que cai morto também.

Doutor Chapatin – Enfermos: O doutor Chapatin registra o enfermo (Carlos Villagrán) como morto, sendo que esse se sentia perfeitamente bem (lembra do Chinesinho?). Mas o Doutor Chapatin deveria estar sem tempo para atualizar os registros, então insistia que o moribundo já estava morrendo e que esse defunto estava sendo muito trabalhoso. A esposa do enfermo (idêntica a Rosa Rumorosa...) também estava crente de que ele estava fora de perigo.


Enfermo se desespera ao saber que o palmeiras perdeu para o são paulo por 8 a 0

Quando o doutor Chapatin pergunta qual o time dele, que responde que é o palmeiras (na fala original ele responde que é o “Chivas Guadalajara”) e solta aquele grito “Palmeiras! Palmeiras! Rá! Rá! Rá” (do mesmo jeito que o Quico grita “Quico! Quico! Rá! Rá! Rá!”...). Nisso o doutor Chapatin avisa-o que o palmeiras perdeu para o são paulo por 8 a 0 (na fala original é o "América", time esse que ficou mais conhecido no meio CH por intermédio do episódio do Juleu e Romieta, quando o pai da Romieta, interpretado pelo Ramón Valdéz, não perdoa de os capuletos torcerem para o américa e os montescos para o palmeiras, quando o pai da Romieta estava indo embora, o Juleu exclama “e viva o palmeiras”... e vê a cara de chimpanzé reumático do pai dela, muda para “américa! América!”).
Enfim, o enfermo não resiste e bate as botas, para a alegria do doutor Chapatin, que pode continuar o seu trabalho.

Chespirito - O bar que fecha só depois do último cliente, isto se ele for embora, é claro: O nome original já dá uma dica do que acontece no final desse quadro: “Mesero Matadero” (garçom matador). Um casal de namorados fica um olhando para o outro na mesa do bar, e o dono do bar (Edgar Vivar) não pode fechar. O garçom Chespirito faz todo o possível para assustar o casal, mas eles não escutam nada.
Abaixo o vídeo com esse quadro, vale a pena ver:

Até que o dono do bar tem a idéia de o Chespirito dar um tiro perto deles para saírem correndo de medo. O dono do bar empresta a sua pistola ao Chespirito, que vai até o casal e dá um tiro em direção ao balcão onde estava o dono do bar.
O casal bate em disparada, mas o tiro acertou exatamente o dono do bar, que cai morto (eu já tinha adivinhado isso por causa da direção da pistola...).

Chespirito – Serviços Funerários: O agente funerário, interpretado por Chespirito, vai à casa da recém-viúva, interpretada pela Florinda Meza, para apresentar os seus serviços. Ela oferece um cafezinho ao agente, e em uma das conversas ela fala que não sabe por que alguns insinuam que o café dela é um veneno. Depois de dito isso, o agente aparece como morto.
Essa morte sim foi tão sem graça...
Existem outros episódios e quadros conhecidos do Chapolin e Chespirito onde termina em morte, mas que não citarei aqui para não estender (senão vai chegar até o teto...) e passar para os episódios do Chaves (que também não serão todos...):

Ao contrário de Chapolin, o seriado Chaves (El Chavo del Ocho) foi bem voltado para o público infantil e para toda a família, por isso, achei errado quando morria algum bichinho de estimação no seriado.
Irei citar quatro episódios conhecidos por boa parte dos chavesmaníacos, começando com o mais comum de todos:

Chaves – O Gato Atropelado: Também conhecido como “era uma vez um gato”, os títulos adotados pelo chavesmaníaco já avisam o que vai acontecer com o bichano.
Eu nunca aprovei o fato de o gato do Quico ter sido morto no episódio, mesmo que tenha sido sem querer querendo.
Eu posso representar uma criancinha que adorava bichos e assistia esse episódio pela primeira vez. Pois quando eu era pequeno eu criava gatos (hoje cachorros poodles porque morávamos em apartamento) e sempre gostava de ver um gatinho participando de filmes, desenhos, e seriados.
Quando eu vejo o professor Girafales dando um gatinho de pêlo malhado para o Quico, achei totalmente idêntico ao gatinho que eu tinha na época. Corri e peguei o meu gatinho para vermos o episódio juntos (não, eu não contei piadas para o gato...), quando o gato do Quico desaparece e a Chiquinha fala “na certa o seu gato saiu pra rua aí passou um carro e prrruuzz”. Hoje eu acho graça dessa interpretação da Chiquinha, mas no dia que eu vi pela primeira vez, não achei graça não. Tinha achado ela muito pessimista e estava na esperança de que o Quico encontraria o seu gatinho são e salvo.
Finalmente vão para a rua, o Quico vai por um lado e o professor pelo outro... aliás... o professor foi pelo outro e o Quico foi pelo um. Eu ficava na torcida de ver o Quico chegando com o seu gatinho no colo (eu estava com o meu no colo).
E o que eu vejo?
O Quico voltando à vila chorando no seu canto e dizendo que foi atropelado. Meu coração acelerou, acelerou tanto que eu não tinha prestado atenção na cena em que o Seu Madruga e a Chiquinha tinham entendido que o Chaves tinha sido atoprelado.
Meu coração acelerava, quando o Quico fala que o Chaves atropelou seu gatinho.
Meu coração acelerava mais do que o Seu Madruga correndo da Dona Florinda, e ficava na torcida de que o gatinho estivesse bem, pois o atropelo de uma bicicleta é bem mais leve da que de um carro.
Volta a Dona Florinda do outro pátio, quando o Quico fala que o Chaves “matou” o seu gatinho. Eu queria acreditar que o Quico se enganou e de que o gato apenas desmaiou. Ao mesmo tempo em que eu queria acreditar isso, eu ficava com medo de que eles fossem à rua e a câmera dar um close no gatinho mortinho bem mortinho.
Finalmente acabou o episódio (naquele tempo o professor não anunciava o próximo episódio, parava no “e você também”).
Eu ainda não estava aceitando a morte do bichano (pois eu estava muito nervoso por dentro), que quando esse episódio se repetiu, eu fiquei na torcida para ele aparecer vivinho (claro, eu era pequeno, por isso pensava cada coisa...), nada...
Repetiu de novo e nem tchum (lógico).
Após a terceira reprise, que eu lembrei de ver o episódio seguinte (eu via aleatoriamente na época porque eu ficava jogando o meu velho Atari 2600...), e enfim assistir ao episódio O Julgamento (perdi o início, com isso, imaginei que estivessem em outro lugar longe da vila...).
Fiquei feliz que ainda estavam falando do gato, e voltei a ficar na expectativa de ver o gato vivinho novamente. Logo eu vejo o Quico chamando o burro de gato... digo... o gato de burro. Nisso eu pude ver que ele estava mais conformado.
Quando ele fala: E ainda me parece que estou vendo, está ali!!! Ali!!!
Eu começo a procurar em todo o canto do tal tribunal (já que eu só vi o início desse episódio quando eu vi a reprise no SBT pela quarta vez, vi que tudo foi na casa do bochechudo, fiquei com cara de bochechas de buldogue velho porque eu nunca imaginei isso...) e nada de eu achar o gatinho.
Quando o Chaves fala “não... não... não é, parece gato espatifado, mas é o Seu Madruga”, parei de procurar o animal do Quico. Pois com a afirmação do Chaves, entendi que o Quico se confundiu com o Seu Madruga.
Enfim o episódio termina sem eu ter prestado atenção em uma palavra no final, quando a noite chega e vou para o quarto a dormir.
Então eu vejo novamente o episódio do Julgamento exatamente na parte que o bochechudo afirma que está vendo o seu bichano, quando ele aparece perfeitinho e sem nenhum arranhão. Quem já conhece esse episódio, deve ter entendido que a reprise de O Julgamento foi nos meus sonhos...
A partir daí já estava certo de que o gatinho tinha realmente morrido no seriado. Como eu era um pirralho teimoso, heim?
Anos mais tarde, quando eu já tinha mais de 10 anos, e que finalmente vi os dois episódios completos, é que eu prestei atenção no finalzinho da parte 2.
Com a afirmação do menino do 8, que atropelou o gato para se desviar do homem parado feito bocó na rua vendo a dona bonita (foi nesse dia que eu havia entendido o Chaves ter dito que viu um homem "fazendo cocô na rua" vendo a dona bonita...), eu disse duas palavras: te perdôo. E disse mais algumas palavras: e vê se não volta a fazer mais isso.
Claro que não foi exatamente assim, pois o episódio do Hector Bonilha eu só assisti por volta de 1992 mais ou menos, logo eu não conhecia tal diálogo...
Quando eu relembrei da reação que eu tive, eu fiquei pensando como uma criancinha, que tem um bichinho de estimação (de preferência um gatinho), ficou quando viu esse episódio e soube que o Chaves matou o gato do Quico.
Um amigo meu, com um grupo de amigo deles, fizeram uma experiência em 2003: mostrou à um garotinho uma animação em flash do Happy Tree Friends. Essa animação começava com o Cuddles assistindo televisão (o coelhinho amarelo), quando a televisão cai em cima e amassa toda a cabeça, com muito sangue.
O garotinho começou a chorar até que a mãe dele teve que consolar-lo. O meu amigo conta que a mãe ficou brava com todos eles por ter mostrado uma cena tão violenta para uma criancinha. Se o garotinho ficou assim com a morte de um personagem de um desenho, imagina se não fosse um cartoon.
Apesar de eu ter ficado surpreso com o destino do gato, por causa de uma trapalhada do Chaves, nunca fiquei com raiva do órfão quando criança. Mas o que eu custava a aceitar na morte do bichano não era brincadeira.
Eu já tinha 11 anos quando eu assisti a novela Carrossel. Mas fico imaginando como teria sido se o segundo Rabito, segundo cachorro do Mario Ayala (quase chorei quando vi a cena em que o Mario estava sendo presenteado pela garotinha com um novo Rabito por ele ter tomado força de devolver o primeiro Rabito a sua verdadeira dona), e de repente ele não tivesse resistido quando ficou doente capítulos depois de o cachorro ter ajudado no resgate da Maria Joaquina e comemorado com uma festa com direito a pichorra com bexiga d’água (coitado do Paulo: tirou todos os doces da pichorra para colocar uma bexiga cheia de água, foi o felizardo a começar a tentar quebrar a pichorra, e ainda acertou a pichorra de primeira). Acredito que se o Rabito tivesse morrido na novela, o público infantil, de mil novecentos e não interessa, estaria constrangido. Pois a partir do momento em que o cachorro do Mario (o cachorro que pertencia ao Mario) ficou doente, a gente sempre temia pelo peor.
E foi isso que aconteceu com o episódio O Gato Atropelado a partir do momento que a Chiquinha disse que o gato deve ter ido para a rua, passou um carro e prruuuzzz.


Eu já falei para não ser tão pessimista

Quico – Prruuzzz?
Chiquinha – Prruuzzzzzzzzzzzzz!
Quico – Prruuzz... OORRRRRRRRRRR... OOORRRRRR!!!
Com isso comecei a temer pelo pior, ainda mais que o professor Girafales pergunta por que pensar que forçosamente um carro o atropelou, pode ter sido um caminhão. Mais uma frase que acho graça nos dias de hoje, mas que não achei quando pequeno. E o pior acaba acontecendo.
Por isso que o ideal seria esse episódio não fosse assistido por desde que se entende por gente, mesmo porque, muitos diálogos poderiam não ser compreendidos devido a sua faixa-etária. Não valeria a pena ainda, pois ela iria se fixar somente no gatinho de estimação que termina morrendo atropelado.
Bem, já dei o exemplo de uma possível reação negativa vendo esse episódio quando se ainda é pequeno, passemos para um episódio com uma perda mais light (ou talvez não).

Chaves – Os Espíritos Zombeteiros, parte 2: A Bruxa do 71 ficava indo na gaiola dando alpiste para o canarinho invisível (a gaiola estava vazia). O Quico fala para o Seu Madruga que ela aguarda a volta do canarinho, mas que esse dia nunca chegará. O Seu Madruga pergunta por que, quando o Quico mostra o seu estilingue.
Esse é pouco notável e até aceitável pelos pequenos, não só porque o canarinho nunca entrou em cena, mas porque nas novelas e filmes tem sido uma atitude normal atirar nos passarinhos com o estilingue.


Cena do episódio perdido Os Espíritos Zombeteiros, parte 2

Foi o que aconteceu no segundo capítulo da novela Carrossel, o Paulo Guerra acerta um passarinho que estava num galho de uma árvore na escola (parece que esse estúdio sugere que não tem teto, mas que não dá para enganar) e em seguida leva uma tremenda bronca do Firmino. O Paulo olha o passarinho morto no piso (a câmera da um close no cadáver do morto que morreu) e vai embora.
A mesma cena se repete no segundo capítulo de Carrossel das Américas, o Felipe Travesso (novo Paulo Guerra) acerta um passarinho com o estilingue e é repreendido pelo seu colega Jesus (novo Mario Ayala). O Jesus fica tão indignado com o que o Felipe fez que toma o estilingue da sua mão, mas no final devolve o estilingue e vai embora.
Nisso o seriado Chaves leva a melhor porque sequer aparece o canário e tampouco aparece a cena do Quico atirando com o estilingue.
Esse sim pode ser visto por quem começou a entender por gente, porque o foco principal está nos sonambulismos da turma da vila.

Chaves – Os Peixinhos Coloridos da Chiquinha: Pelo saudoso Maga o episódio é titulado como “Peixe cru faz bem pra memória”. O professor Girafales dá um gato de presente para a Dona Florinda [por ter sido um presente do professor (puxa já estava na hora) a Dona Florinda fez um esforço para gostar de gatos] e misteriosamente começam a sumir os peixinhos coloridos da Chiquinha.
A Chiquinha está por certo que o responsável por isso é o gato da Dona Florinda e resolve desgatizar a vila com um pau de macarrão (bem, o pão não é de macarrão, é de madeira...), mas a Chiquinha não consegue matar o gato porque um caminhão o matou.
A Dona Florinda sentiu pelo gato e fica chorando junto do professor Girafales, que promete que todo ano vai lhe dar um gato por dia.
Aparece a Chiquinha preocupada, pois já não tem gato na vila e ainda assim continuam sumindo os seus peixinhos coloridos.
O Nhonho fica lendo sobre os peixes, quando o Chaves se dirige até o aquário da Chiquinha e come um peixinho vivo (que nojo).
O que salva nessa história é que não foi a Chiquinha que matou o gato da Dona Florinda, já que um caminhão matou primeiro. Mas como o gato (de raça por sinal) aparece no episódio, acho que a criança poderia ficar desesperada quando vê que a Chiquinha está doidinha para matar o gato e finalmente vai atrás. Fica aliviada que a Chiquinha não conseguiu matar, alívio por alguns milésimos de segundo, até ela informar que um caminhão matou. Melhor esperar mais um pouquinho, ainda mais que os melhores personagens (Quico e Seu Madruga) não participam.

Chaves – Os peixinhos Coloridos do Seu Madruga: No original “Desaparicion de Peces”, essa versão conta com a participação do Quico e o Seu Madruga. Tinha de tudo para essa versão ter sido melhor que o remake apresentado no SBT (sem o Quico e o Seu Madruga, com a presença do Nhonho...), mas o final do episódio estragou o enredo.
Eu já havia feito um resumo desse episódio, que pode ser conferido na minha coluna de número 16 publicada no início de novembro de 2005 mais ou menos (clique aqui para acessar-la), onde faço algumas críticas e levo em consideração que nos primeiros meses do episódio, o mestre do humor teria feito a princípio o enredo voltado para os adultos e que não esperava que fosse atingir o público infantil.


Legendado pelo Cheves

Nessa versão parece que a Dona Florinda estava mais apegada ainda ao bichano, pois quando a Dona Florinda abre a porta para o Seu Madruga, ela estava com o gato no colo (miando sem parar). Assim como o seu Madruga estava com o seu aquário com os seus “pescaditos de colores” (como era chamado na fala original).
Depois de o Seu Madruga pegar pela falta dos peixinhos coloridos mais uma vez (peixinhos dourados na versão do DVD O Melhor de Chaves volume 1, produzido pela Amazonas Filmes) manda a Chiquinha trazer a sua muleta de tourear (aquela capa utilizada pelos toureiros) e a espada (utilizada para matar o touro na tourada).
O Seu Madruga bate na casa da Dona Florinda, que estava com o professor Girafales, e avisa que foi lá para matar esse animal. Visto que o gato foi dar umas voltas (não, ele não foi pra rua e passou um carro e prruuuuzzzz) o Seu Madruga foi atrás dele a caminho para o segundo pátio.
Eu estava na expectativa de que o Seu Madruga não iria alcançar-lo, quando um caminhão o mataria... alcançou...
Chaves e Chiquinha escutam os miados do gato pelas espadadas que estava tomando do Seu Madruga exalando os seus últimos miaus, miando a música de morte (miau miau miau... miau miau...) e morre.
Seu Madruga retorna como um vitorioso, o Chaves e a Chiquinha ficam alegres.


Que vergonha, meu Deus, que vergonha

Dessa vez o professor Girafales promete dar um gato por dia durante dois anos.
A Dona Florinda fica brava com o Seu Madruga, mas não lhe faz nada por conta da tristeza da perda de um bichinho de estimação, mesmo que tenha sido por intermédio de assassinato.
Eu considero esse feito 100 vezes pior que o atropelamento do Chaves no gato do Quico, não só pelo “gaticídio” dado pelo Seu Madruga, mas também por ter sido condenado a morte inocentemente.
Por esse grande equívoco no roteiro, eu desejo que esse episódio nunca seja exibido no SBT. O remake com o Nhonho já está de bom tamanho. Ou então que transmita na exibição da madrugada (já que as crianças ainda estão dormindo e não passa em todo Brasil).
Eu acredito que o SBT já tenha recebido esse lote na época e que já tenha conferido naquele ano. Se isso foi feito, parabenizo o SBT por nunca exibir-lo. Quem quiser ver, que compre o DVD O Melhor de Chaves volume 1.
Uma vez eu me perguntei por que o gato não ficou sendo como do Quico, já que as crianças são mais apegadas aos bichos do que os adúlteros... er... perdão... os adultos.
Por outro lado, se tivesse sido o animal do Quico [o gato é um animal, que pertenceria ao Quico, portanto o animal do Quico (apontando com os beiços para ele)] morto pelo Seu Madruga, pode imaginar o que seria para uma criança ter um animal morto propositalmente.
Em 2003 eu estava fazendo uma pesquisa no Google Imagens por “child's crying” (criança chorando) para ver quais ocorrências seriam. Dentre as ocorrências, uma delas foi à de uma garotinha ao lado de um cachorrinho morto (aparentemente morto por um cachorro de grande porte) chorando sem parar (segundo a fonte onde eu localizei aquela foto naquele ano).
Por essa razão, o Chespirito fez bem em ter registrado o bichano como da Dona Florinda (pelo menos isso...).
Se bem que não me lembro de nessa primeiríssima versão de afirmarem que o presente era do professor Girafales, assim sendo, ela deve ter pedido ao Quico para procurar um gato para caçar ratos a princípio, e acabou tratando como mais um membro da família (esse não parece ser de marca... aliás... raça. Por isso descarto a possibilidade de o gato ter sido comprado).
Segue um trecho final desse episódio, com legendas em português feitas pelo antigo usuário do FUCH (Fórum Único Chespirito) Cheves, com a parte que o Seu Madruga mata o gatinho da Dona Florinda. Eu escolhi em espanhol porque nela se ouve bem as miadas do gato, na adaptação da Amazonas Filmes (muito porca por sinal nesse episódio...) só se ouve o miado uma vez antes de o Seu Madruga aplicar a primeira espadada, depois não mia mais. Mas quem quiser ver esse trecho em português, basta ir na seção Trechos dos Boxes, parte Vídeos do menu MULTIMÍDIA e procurar pelo trecho do DVD de Chaves “Seu Madruga mata o gato” (o primeiro vídeo de O Melhor de Chaves, começando de baixo).

 

Conclusão: a parte positiva da morte nas séries CH, é que no seriado Chaves não fez vítima nenhuma pessoa humana, deixando esses atos no seriado do Chapolin. Mas fica a minha crítica em relação à morte nos bichinhos dos personagens.

Vamos agora para as curtas.


Clique para ampliar!

Professor Girafales – Chiquinha!
Chiquinha – Vê se não enche!
Professor Girafales – O quê?
Chiquinha – Não, nada.
Professor Girafales – Para a lousa!
Chiquinha – ...
Professor Girafales – Eu não mandei você vir para a lousa?
Chiquinha – Sim!
Professor Girafales – E o que espera?
Chiquinha – Mas eu já estou olhando para a lousa.
Professor Girafales – MAS É PARA VIR E NÃO PARA VER!
Chiquinha – Ahá! Ehé! Uhú!

R
CH

Professor Girafales – Gostaria que você fizesse cinco quadrados usando apenas duas retas nesse quadrado.

Como passar duas retas no quadrado de modo que fiquem cinco quadrados? Não perca no final desta edição!

Vídeos Amadores CH...

Acompanhe três vídeos, feito pelo colunista que vos escreve, homenageando a turma CH:

Um Dia de Senhor Barriga

Cena do Senhor Barriga em Acapulco tentando impressionar uma mulher de biquini.

 

Humor é Chespirito

Inspirado num comercial de televisão.

 

Andy Canta Los Payasos

Música de um clipe inédito do Chapolin Colorado.

Até o próximo lote.

E agora o resultado...

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Chiquinha – Cinco quadrados com apenas duas retas.
Professor Girafales – Agora mostre onde estão os cinco quadrados.
Chiquinha – As duas retas formaram quatro quadradinhos: um, dois, três e quatro.
Professor Girafales – Certo, e onde está o quinto quadrado?
Chiquinha – Os quatro quadrados estão dentro do quê?
Professor Girafales – Hum... suponho que estejam dentro de um quadrado, hã.
Chiquinha – Que é o quinto quadrado.
Professor Girafales – Muito bem, meus parabéns!
Seu Madruga – Isso minha filhinha! Faça mais outro, professor!
Chiquinha – Não faça, não faça, já chega.
Seu Madruga – Olha filhinha, se o professor não fizer outro raciocínio, vai pensar que o anterior foi sem querer.
Chiquinha – É que se ele fizer outro raciocínio, vai confirmar.

Felizes dias crianças!!!

 

Nos veremos em novembro!

andy.henriques@gmail.com

Arquivo:

Título
-

Coluna 47

Coluna 46