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TICO DO GATO

TICO DO GATO

             

     

      Nome completo: Gilmar Ferreira

 

      Ano de nascimento: 1959

                                                       

Tico do Gato é um experiente intérprete e compositor, que já passou por diversas escolas de samba. Dono de uma voz potente, além de liderar os carros de som nas agremiações, também trabalha como comentarista dos desfiles de carnaval em emissoras de rádio do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa Jornalismo no Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam).

A carreira de Tico do Gato começou no bloco carnavalesco Boêmios de Irajá, em meados da década de 1980. Nesta época, o sambista era o intérprete do mesmo bloco onde Zeca Pagodinho tinha uma ala (a famosa Ala do Pagodinho). Tico teve uma rápida ascensão, e sua voz e suas composições chamaram a atenção do pessoal do Império Serrano, que o convidou para disputar samba na verde e branco da Serrinha. O jovem cantor concorreu e venceu a competição para o enredo “Histórias da nossa história”, para o carnaval de 1990, e foi convidado para ser o intérprete da escola, em substituição a Quinzinho, que tinha se transferido para a Viradouro. “Foi uma grande honra assumir o microfone. E o Império, naquela época, só tinha fera: Roberto Ribeiro, Jorginho do Império, Abílio Martins... Ser escolhido no meio de todos esses bambas foi muito bom”, exclama. No ano seguinte, comandou novamente o carro de som da escola no samba “É por aí que eu vou”. Porém, o desfile foi desastroso, a escola chegou em 15º lugar, o que acarretou no descenso do Império Serrano para o então Grupo 1-B. Dois anos depois, Tico se transferiu para a Caprichosos de Pilares, onde foi bicampeão na disputa do hino. Ainda em Pilares, foi diretor de harmonia e diretor de evolução no desfile de 1995, com o enredo “Da terra brotei, negro sou e ouro virei”. Seus quesitos resultaram em 50 pontos (cinco notas 10, fato até hoje inédito na história da Caprichosos). Logo depois, o sambista ingressou na ala de compositores do Salgueiro, onde venceu o concurso em 1997 e permanece até hoje. Antes de terminar a década, Tico ainda disputou sambas na Imperatriz Leopoldinense e na Mangueira.

Nos anos 2000, Tico do Gato ressurge na então recém-criada Independente da Praça da Bandeira (atual Independente de São João de Meriti). Juntamente com Leléu, assume o microfone da escola nos carnavais de 2003, 2004 e 2005. Em 2006, é contratado pela Unidos da Ponte, quando a escola reeditou “Da cor do pecado”, originalmente levado à Sapucaí no ano de 1992, pelo então Grupo 1-B. Em 2008, aproveitando sua formação em Comunicação Social, teve uma experiência como diretor de Comunicação e Marketing na Inocentes de Belford Roxo. No mesmo ano, Tico do Gato foi vencedor na disputa de samba da Mocidade Independente de Vicente de Carvalho. Em 2009, integra o grupo de apoio de Dominguinhos do Estácio, na Inocentes de Belford Roxo. Foi bicampeão de samba-enredo no Império Serrano em 2017 e 2018.

Além da atuação no carnaval, Tico desenvolve um trabalho voltado a menores e idosos com o objetivo de inclusão social e capacitação profissional a todos estes. O fato foi reconhecido em 2008, quando recebeu uma homenagem da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Também atuou como figurante no filme “Embarque imediato”, do paulista Allan Fiterman, rodado em 2004 nas dependências do Aeroporto Internacional do Galeão Tom Jobim e que chegou aos cinemas em 2009, trazendo Marília Pêra no papel principal.

O cantor tem um trabalho como compositor de sambas e pagodes. É autor de “Réu confesso” (parceria com Carlos Ortiz e Paulinho Razão) e “Entre o amor e a razão” (composição dele e de Paulinho Razão), que fizeram um relativo sucesso nos anos 1990 com o grupo Razão Brasileira, e de “Demorou pra abalar” (com Paulinho Razão, Helinho do Salgueiro e Márcio Paiva), grande êxito do Grupo Pirraça.

Tico do Gato apresenta shows de sambas e mulatas pelo Brasil inteiro. É funcionário concursado da Infraero desde 1987. Quanto ao apelido, o sambista afirma que surgiu a partir de uma música composta por ele, cujos versos são bem conhecidos: Tico Tico é um gato, que a Maria quer bem / não dá, não vende, nem troca / nem empresta p'ra ninguém / o Tico tem um defeito que não dá p'ra consertar / o defeito do Tico é danado pra miar / Tico mia na sala, Tico mia no chão / Tico mia na cozinha, encostado no fogão / Tico mia no tapete, Tico mia no sofá / Tico mia na cama, toda a hora sem parar. “Essa música foi composta nos pagodes do Rio de Janeiro. Aí um compositor chamado Manhoso, famoso por fazer músicas com duplo sentido, se adiantou e gravou a música, que também fez sucesso na voz de outros cantores. Mas a música é minha”, afirma, categórico. Realmente, o “Gato Tico-Tico” fez muito sucesso na voz de Genival Lacerda, Sandro Becker, entre outros.

Em 2010, estreou no carnaval virtual da LIESV defendendo o samba-enredo da GRESV Sereno do Cachoeiro.
 

Início: meados da década de 1980 no bloco carnavalesco Boêmios de Irajá
Primeiro ano como intérprete: 1990
1990 e 1991 – Império Serrano (cantor principal)
2003, 2004 e 2005 – Independente da Praça da Bandeira (junto com Leléu)
2006 – Unidos da Ponte (cantor principal)
2009 – Inocentes de Belford Roxo (apoio de Dominguinhos do Estácio)
2010 - Sereno do Cachoeiro (carnaval virtual)

GRITO DE GUERRA: Nossa Senhora (diz o nome da escola)! Tim, tim, tim, tim!

GRITOS DE EMPOLGAÇÃO: “alô, bateria”; “Nossa Senhora”; “estica o couro do gato”; “de novo, de novo”; “roda, minhas baianas”; “tá direito”; “mas que bonito”; “diz aí”; alô, harmonia”; “que lindo, que lindo”; “minha velha guarda”; “gostou? gostou?”

SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Histórias da nossa história” (Império Serrano/1990, com Edgard do Agogô, Ibrain Solidão, Jangada e Zito); “Não existe pecado do lado de cá do Túnel Rebouças” (Caprichosos/1993, com Carlos Ortiz, Karlinho's de Madureira, Luizito e Marco Lessa); “Estou amando loucamente uma coroa de quase 90 anos” (Caprichosos/1994, com Almir de Araújo, Carlos Ortiz, Garibaldi e Marco Lessa); “De poeta, carnavalesco e louco... Todo mundo tem um pouco” (Salgueiro/1997, com Adalto Magalha, Eduardo Dias, Guaracy, Márcio Paiva e Quinho); “Brasil, país mulato” (Mocidade de Vicente de Carvalho/2008, com Antonio Melodia, Bero, Carlos Dias e Meia-Noite); "Cordel Branco e Encarnado" (Salgueiro/2012, com Marcelo Motta, Ribeirinho, Dílson Marimba, Domingos PS e Diego Tavares), "O Triunfo da América - o Canto Lírico de Joaquina Lapinha" (Inocentes de Belford Roxo/2014, com Altamiro, Vinicius Ferreira, Claudinho, Chiquinho do Bar, Manelão, Abilio Mestre Sala, Paulo, Juruna Zona Sul, Henrique Balanshow, Almir Há Há e Sidnei Pinto), "Nelson Sargento, Samba Inocente, pé no chão!" (Inocentes de Belford Roxo/2015, com André Malheiros, Vinicius Ferreira, Juruna Zona Sul, Abilio Mestre Sala, Chiquinho do Bar, Altamiro, Sidnei Pinto, Manelão, Ricardo Barbosa, Almir Há Há, Hélio Porto e Paulo Maurício Brasil), "Meu Quintal é Maior do que o Mundo" (Império Serrano/2017, com Lucas Donato, Andinho Samara, Victor Rangel, Jefferson Oliveira, Ronaldo Nunes, André do Posto 7, Vagner Silva, Vinicius Ferreira, Rafael Gigante e Totonho) e "O Império do Samba na Rota da China" (Império Serrano/2018, com Chupeta, Henrique Hoffmann, Lucas Donato, Arlindinho, Andinho Samara, Victor Rangel, Jefferson Oliveira, Ronaldo Nunes e André do Posto 7).

FILMOGRAFIA:

“Embarque imediato” (2009), de Allan Fiterman.

MAIS FOTOS DE TICO DO GATO:




Cantando com a Velha Guarda da Vila Isabel




Puxando a Unidos da Ponte em 2006


Com Hans Donner e Valéria Valenssa, durante aula da UNISUAM

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