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Sinopse Império do Progresso 2011

Flora Brasiliensis

JUSTIFICATIVA

Vários países nutriram, por séculos, o sonho de desbravarem o „Gigante do Sul‟. Diversas foram as missões destinadas ao Brasil. Entretanto, por longo período fechado e defensivo, tais desígnios não ultrapassavam as veias artísticas. Era preciso ir além! Faltava catalogar e registrar, ainda, um capítulo para a História Natural. Confirmar o que eram, até então, apenas impressões – as de que: por essas bandas, já se tinha naturalmente, e formava-se de fato, a nação mais diversa do planeta. E como tal ciência incluía pesquisas de toda ordem e riqueza, sejam: flora, fauna, mineral, humana ou cultural - enfim, poder-se-ia ter dimensão real do que guardavam e experimentavam, por aqui. Referências, até este momento, eram somente caricatas aquarelas, relatos ou telas, bastante remotas. Agora, era necessário colocar o imenso território, nos roteiros e biografias das “Missões Científicas”, com devido valor, coletas e análises!

Eis que, no século XIX, uma série de eventos possibilitou matrimonia união, trazendo um séqüito da ciência de tal tempo, para cá - No exato instante em que o Brasil se tornava um IMPÉRIO, de fato!

Dois jovens bávaros, dentre vários cientistas austríacos, destacar-se-iam, ao conseguirem seguir e reunir tudo o que preconizava a ciência de tal tempo, sob égide do pensamento de Alexander von Humboldt. Tal pensamento da corrente positivista (que foi parar até em nossa flâmula!) indicava que o cientista deveria ser um viajante; mas não peregrino de diários de bordos, apenas. Deveria sair das alcovas teóricas, experimentar o objeto de pesquisa in loco. VIVENCIA-LO!

Não podiam imaginar, no entanto, que os „ecos‟ de tais terras fossem torna-los cientistas tão artistas! E que fossem reverberar, para a ciência atual e futura, os „ecos‟ de lá, moldando enfim identidades e vocações de tal nação.

Em suma: o enredo da S.R.E.S.V Império do Progresso trata de vultos históricos poucas vezes explorados, com a devida aplicação e justiça, mas de grande importância num momento em que nosso país se destaca no campo científico. Mais especificamente, trata do real nascimento da ciência para nós: A Missão Austríaca! Da expedição que tal missão gerou e de seus ECO‟s sintetizados in loco. Dos substratos que nos dão forma e influenciam nossas organizações - Dos ECOssistemas incríveis, descritos por seus reais autores!

Isso mesmo... Justiça seja feita à História e a Spix e Martius, súditos de Humboldt, que nos legaram “Monumental Flora Brasiliensis”, e tantos outros ecos! Foram estes aventureiros que definiram, de fato, nossas identidades e potencialidades, para todo o sempre! Trataremos também dos ecos (biografias) de tais cientistas que dedicaram vidas inteiras, e até as de seus descendentes, à portentosa missão. E, afinal, dos ecos (desdobramentos) que possibilitarão o nosso tão sonhado PROGRESSO!
SINOPSE

Do azul escuro do mar, elevam-se as margens banhadas de sol e no meio do verde vivo destaca-se a brancura das casas, capelas, igrejas e fortalezas. Atrás levantam-se audaciosos rochedos de formas imponentes, cujas encostas ostentam em toda a plenitude a uberdade da floresta tropical. Odor ambrosiano derrama-se dessa soberba selva, e, maravilhado, passa o navegante estrangeiro por entre as muitas ilhas cobertas de majestosas palmeiras”.
(Reise in Brasilien – impressões de Carl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix ao adentrarem baía e porto do Rio de Janeiro - a capital de um novo império.)

No dia 15 de julho de 1817, chegava ao Brasil arquiduquesa que se casaria com o príncipe regente, futuro soberano de um jovem império. Com ela vieram cientistas, botânicos, zoólogos e artistas europeus, formando a chamada Missão Austríaca. A vinda de tantos estudiosos muito se deve à ação da própria imperatriz que sempre se interessou pela História Natural, a diplomacia e as artes de toda espécie. Na Missão encontravam-se os bávaros Karl Philip von Martius e Johann von Spix.

Em pleno século XIX, após várias invenções científicas e contando com mapas mais precisos, chegavam enfim para a expedicionária missão! A primeira imagem foi a da capital dos trópicos - Aquela que já estabelecera certos tipos humanos, em simbiose, e juntos à paisagem. O prenúncio de toda a diversidade a se experimentar, por cada rincão desta Terra Brasilis que, afinal, e em origem, batizara-se através da própria flora. Havia um certo ar de civilização engalanada, ainda que sob influências de ecos do passado...

Não se havia, por aqui, ainda, viabilizado um futuro Jardim Botânico, nenhuma referência de ciência sequer! Este seria legado para a posteridade... O único aperitivo do que poderiam, jovens cientistas, assimilarem desta iniciante civilização era um jardim, moldado pelas mãos de certo Mestre Valentim... „Passeio Público‟ que contava com um pequeno cais e Belvedere, à receptiva baía de um porto, aberto há cerca de uma década às nações. Aliás, a primeira impressão é sempre artística... Mas fica!

Já pela cidade, Ninfa Eco e Narciso, moldados pelas mesmas mãos, abençoavam e resguardavam toda a natureza e seres. E, de certa, guiariam tais aventureiros, ainda que a missão fosse em nome da ciência...

Após reconhecerem as regiões circunvizinhas do Rio de Janeiro, em dezembro de 1817, partia a expedição enfim pela Serra do Mar, rumo a São Paulo. E desta identificou-se mata densa, com diversidade de espécies em miscelânea, nunca antes encontrada pelo globo! Denominava-se Atlântica e seguia entre litoral e serra... Não foram poucas as explicações de como o meio influi em quaisquer dos ecos, de seres a humanos, a habitarem apoteóticas visões. Na verdade, nativas constatações de que a tal mata nascera antropofágica. E, como marco inicial de tal civilização, influíra nas sociedades, ali dispostas. Haja vista carnívoras plantas a consumirem nuvens de insetos, e temidos Botocudos e Coroados. Tudo era fertilidade em tais locais! E suas sociedades tinham vocação para se autodigerirem, depositando em solo vossas riquezas orgânicas. Disso é que veio a definição tão perfeita: “são como as Dríades que protegem as árvores e consomem quem lhes possam fazer algum mal”.

Depois, já limítrofes às cercanias do Sul, eis que ventos exalavam dos campos o perfume, um clima mais ameno pairava no ar, sob copas menos densas e diversas. Entretanto, únicas! Sociedades mais seletivas, afinal, sem contudo oscilarem nas visões, por entre vales e colinas. Aproveitavam-se destas: ervas e imersões, lenhas, pinhas e araucárias. Da definição, por eles experimentada, tratavam-se das nossas versões de Napeias... Convencionaram-se em Campos e Prados!

E partiam para a fase mais extensa e desafiadora da expedição; em caravanas e tropas puseram-se entre trilhas. Mais de 60 capitaneados por tão jovens cientistas, rumaram para as Minas Gerais! Tropeiros revelavam grutas, cavernas, savanas e montes... Cristais e minerais reluziam; buritizais descortinavam, enfim, veredas! Quantos ecos não ressoavam em tamanha vastidão, por entre troncos e raízes retorcidas?! Para cientistas românticos daquele século tratavam-se de Oreades... Convencionou-se Cerrado!

E seguindo viagem, eis que escaldam os lombos! Racha-se o chão por onde se rastejam e se protegem; cortam os espinhos, mudam-se hábitos e ecos. E como oásis, em miragens, surgiam Mandacarus, em meio a secas espécies! Mais adiante: carnaúbas; vestígios rupestres de tempos longínquos, revelando origens de gentes e sítios singulares! Foi assim por grande parte da Bahia e semi-árido, por Pernambuco... Do Piauí ao Maranhão! E, a entidades aparentemente pobres, mas extremamente ricas quando vinham as benções lá do céu, denominaram Hamadryades... Convencionou-se Caatinga!

Enfim, chegava à hora de enfrentar equatorial Hiléia de mestre Humboldt. Nayades para eles, Amazônia para nós! - O Império das águas, de igapós e igarapés à sufocante, estonteante e sombria floresta, nas terras firmes. De lá apreenderam que para todo mal há cura, e que a seiva da vida é alimento pro corpo e pra alma - Que hídricas reservas poderiam porvir o mundo! Mas, não salvaria Spix de moléstia contraída ali. Seqüelas desta lhe custaria à vida, já na Europa, anos depois... Mas, passados 3 anos de extensa aventura, por 10.000 km deste gigante, até ali desconhecido aos olhos da ciência, ainda que sob as visões da tradição, era chegada a hora de reverberarem seus próprios ecos!

E partiram levando tudo que era flora, fauna, amostras de riquezas e sociedades; sem qualquer perda material ou humana, até o término da aventura! - Algo incomum para uma expedição naqueles tempos. Levaram coleção inteira de 20.000 exsicatas, contendo inúmeras espécies de plantas. Além de grande número de espécies zoológicas e uma extensa coleção de artefatos das sociedades, aqui dispostas. Enfim, Munique!

Foi da História Natural que se fez Jardim Botânico e Museu - que se analisou e ministraram as coisas daqui, por lá. Ecos de um „novo‟ para um „velho‟ mundo! Foi ali que se iniciou produção de tudo o que se conhece e ainda seguimos, a respeito de nossa nação e de suas riquezas. Sejam de terras, sejam de gentes! Foram eles que iniciaram nossos futuros avanços e que delinearam uma identidade. Foi ali que, sem a companhia de Spix, Martius se dedicou a continuar a missão de seu amigo, reverberando ecos, para todo o sempre!

Dentre tratados e extensas obras: Reise in Brasilien, Viagem ao Brasil - Ou “De como se Deveria Escrever nossa História”, a partir da experiência multirracial, vivenciada enfim! Para concluir: Monumental Flora Brasiliensis! Aquela que ditava tudo que provia à vida e seus ecos. Demonstraram que: desde antes-civilizado, tal rincão já fora marcado, pela criação, com o signo da diversidade, e em harmonia! Somente para esta, o último dos ecos, consumiram-se 65 anos de produção, após o início da aventura. Descendentes seus, e tantos cientistas seguidores, é que puderam concluir imenso legado. Quando este se cumpriu os pioneiros já não se encontravam mais entre nós...

Flora Brasiliensis, substrato dos ecos de uma expedição!

Consiste em 15 volumes, subdivididos em 40 partes, originalmente na forma de 140 fascículos individuais. Descreve total de 22.767 espécies, das quais 19.629 são nativas e 5.689, descritas como novas, na obra. O texto contém 20.733 páginas e 3.811 pranchas que ilustram 6.246 espécies. Fora 59 pranchas fisionômicas, usadas para explicarem o sistema de classificação da diversidade, criado por eles. E o que dizer dos relatos sobre nossa gente?! E das litogravuras excepcionais?!

Até hoje, Flora Brasiliensis e demais ecos - Obras desta expedição - ressoam na ciência e cumprem destino de uma nação! A mais extensa obra para a mais rica terra! Continua sendo a única revisão completa, disponível, a ditar os passos de um gigante pela própria natureza. Seja na farmacologia de afastar todos os males do progresso, em nome da ordem. Seja nos ecos deste mesmo progresso de genomas e biomassas, espelhando teu futuro. Um Florão da América, iluminado ao sol de um novo mundo!

Aqui, a mistura de raças é uma „vereda‟ segura para a civilização. (...) Jardim extenso, no qual a natureza reuniu tudo o que a imaginação de um poeta escolheria para morada de ninfas e de fadas”.
(Carl Friedrich Philipp von Martius)

Setores Previstos:
1° Setor: “Expedição Científica, em Terra Brasilis – OS ECOS DE UM IMPÉRIO!”
2° Setor: “DRYADES Brasiliensis – ECOS da Mata Atlântica!”
3° Setor: “NAPEIAS Brasiliensis – ECOS dos Campos e Prados!”
4° Setor: “OREADES Brasiliensis – ECOS do Cerrado!”
5° Setor: “HAMADRYADES Brasiliensis – ECOS da Caatinga!”
6° Setor: “NAYADES Brasiliensis – ECOS da Amazônia!”
7° Setor: “OBRAS E TRATADOS – ECOS de Spix e Martius!”
8° Setor: “OS ECOS DO PROGRESSO!”

Esta explanação é apenas um oferecimento adicional, para enriquecer visão dos compositores que se interessarem em aprofundar no tema. Não serão exigidos itens deste documento, tal qual aqui descritos. A sinopse já vislumbra de forma mais enxuta! Ela já cumpre tal papel de inspira-los nas composições, oferecendo inclusive maior liberdade. Porém, tive o cuidado de preparar neste documento uma explanação, detalhando e simulando como explicaria o texto de divulgação a vocês. Afinal, não podemos nos encontrar ao vivo. Caso tenham quaisquer dúvidas, ofereço meu msn para um contato mais direto:

leonardopizziolo@homail.com

*Observo que as regras para o concurso partirão da presidência e, tão logo, serão divulgadas no site ou blog da agremiação.

Boa sorte a todos!

Atenciosamente,

Leonardo Pizziolo

Novembro de 2010.