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Sinopse Pavão 2010

SINOPSE ENREDO 2010

Sambabel Nunca Mais! O que Hoje dá pra Chorar... Sim, Amanhã dará para rir!

Autor
Imperial

Sinopse

Oke!! Oke!!

Se segura!! Se segura!!

O caboclo Mitavaí, filho de Macunaíma, está vindo aí... ele voltou!!

Voltou deixando o caminho do mar, deixando a mata em direção à cidade para enfrentar o tal gafanhoto feroz que se tornou rei. É Macobeba, monstro estrangeiro, que devorou a beleza, o lirismo, a vibração e a poesia dos sambas de enredo. Então segue nosso caboclo o dirigível que deixa a todos, com seu papel picado e seus balões coloridos, surdos, bestas e fascinados. O samba não importa e o visual é tudo!!

Descobre então o nosso herói que o samba de enredo de verdade foi deglutido pelo rei tirano. Os compositores tornaram-se bobos da corte que fazem de tudo na esperança de vencerem. Mitavaí lamenta, pois o resultado já está armado! Mas a lamentação não tem hora para acabar. O que dizer das escolas de samba? Ah, descobre que se tornaram enormes cabarés onde reina a lei da caridade bandida: é dando que se vence!! E “se deu tá dado”! O pavilhão era vendido pelos cafetões presidentes como uma meretriz.

Mas os olhos mestiços haveriam de testemunhar coisas piores. Os ouvidos caboclos ouviriam coisas ainda mais horrorosas. Compositor havia se tornado uma profissão. Alguns compravam os sambas prontos, outros vendiam suas obras para que terceiros levassem a fama. Tantas nacionalidades, tantos laranjas, tantos nomes falsos que transformaram o mundo carnavalesco em uma verdadeira Sambabel! Tem médico, tem poeta português, tem estrangeiros mil e gente que jura que de tanto sacudir e balançar os sambódromos do Brasil, irá colocar tudo “na chon”, como diriam “os filhinhas” de dona Armênia! A ira de Mitavaí misturou-se à tristeza e tudo que pode constatar foi: o samba de enredo virou um corpo sem alma e, como estamos na era do silicone, vamos siliconizar a poesia e a melodia. Viva o samba turbinado, meu bem!!

De tudo que testemunhava insolitamente, uma coisa estarreceu Mitavaí. O gafanhoto estrangeiro havia devorado não só a poesia, a melodia e a alma do samba de enredo, mas também parecia ter consumido todo o cérebro das pessoas. Reduzidas a massa de manobra, a tal comunidade, havia se tornado um rebanho de ovelhinhas que faziam tudo que o rei mandasse. “O rei mandou cantar o samba 10!”, então cantam o samba 10. “O rei mandou não pular no samba 3” e não se pulava no samba 3. Manda quem pode, obedece quem tem juízo! Mas que juízo?? Aquele que se deixa encantar por bexigas e bandeiras? Balança o bracinho, balança a bandeira, põe a mão no joelho, mexendo as cadeiras e... “chon!! Chon!! Chon!!”.

Mas eis que chega a hora do anúncio do samba campeão ali na praça do apocalipse. Macobeba, rei gafanhoto diz que em sua lei, quem pode mais chora menos! Quem gostou, ótimo!! Quem não gostou que se cale, pois é o pavilhão em primeiro lugar! Cala-se ou morra!! No entanto, antes que a caca seja então feita, Mitavaí anuncia sua presença e a peleja, tão aguardada, após longa pausa se reinicia!

O combate é da beleza contra a feiúra. O gafanhoto ataca, apanha, bate e tenta devorar o que resta de esperança. O caboclo guerreiro, bom lavrador e vaqueiro, resiste com ajuda de sua nova Tetaci. Com seu manto agasalha de luz, divina “claridade”, nosso herói que resiste. O pierrô e a colombina retornam. O cordão da felicidade reúne o povo que, pouco a pouco, se liberta do pileque homérico em que vivia. É então que Mitavaí, “fere o monstro no cangote pra valer”. E o samba de enredo de verdade, mágico e único, transforma Macobeba, monstro devorador e insaciável, em um exemplo de vitória e em ensinamentos. O rei tirano dá lugar a um pavão resplandecente que trazia em suas cores a poesia, a esperança, mas também os símbolos de resistência. Rambo fez escola!! Ao abrir sua cauda, a luz do sol, já avermelhada, se refletiu por toda cidade que se matizou nas mais variadas cores.

Nosso caboclo sertanejo derrotava finalmente seu inimigo. Feliz da vida, gritava: “Oke!!! Oke!!!”. Pulando e sambando viu seu povo livre. Os ouvidos eram embriagados por belas obras. E todos sambavam. Sambavam por saberem o que era samba de enredo de verdade com poesia, melodia rica, lirismo e vibração.

De tudo que se passara ficavam lições valiosas. Lições que devem servir para que novos caboclos Mitavaí desafiem e derrotem os terríveis Macobebas que destruíram as Escolas de Samba e o Samba de Enredo de verdade do Brasil.

A primeira lição é de que por mais que se ceife a poesia, a melodia e o lirismo, jamais se impede a criação. Nada e nem ninguém detém o poder da criação!

A segunda lição é de que se o que hoje dá para chorar, sim, amanhã dá para rir!! Um riso pleno e sincero de liberdade e alegria!

Por fim, e a mais importante, a terceira lição nos ensina que a revolusamba é possível!! E se é possível, é pelo fato de sabermos que toda história merece um final feliz!!

E quando ele chegar, cada um de nós, sambistas órfãos atualmente, teremos nossas mágoas afogadas, nossa tristeza dissipada e nossas lágrimas de desilusão secas.

Quando o final feliz se escrever, que todos saibam: tudo que hoje sofremos....

VAI PASSAR!!!!

“Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar

Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar”

Regras das Eliminatórias:

Cada Compositor ou parceira pode enviar quantos sambas achar conveniente.

Só serão aceitas composiões com letra a audio entregues até o prazo final estipulado pela escola.

Os sambas devem ser enviados para:

juninholeandro@gmail.com ou
dazudoo@gmail.com

O prazo final para entrega será no domingo, dia 29 de novembro

Atenciosamente,

Juninho Granzoto
Presidente