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Hoje é dia de Samba. Hoje é dia de Maria – A Saga da Imperatriz Nordestina
SINOPSE ENREDO 2018


Hoje é dia de Samba. Hoje é dia de Maria – A Saga da Imperatriz Nordestina

“Que lindos olhos, que lindos olhos
Tem você
Que ainda hoje, que ainda hoje
Eu reparei
Se eu reparasse, se eu reparasse
A mais tempo
Eu não amava, eu não amava quem amei”

(Heitor Villa Lobos)

Era uma vez, uma menina chamada Maria, doce menina (religiosamente fervorosa e adorava o contato com a natureza do seu Sertão) que tinha em mente um vívido sonho, encontrar as “franjas do mar”, faltava-lhe coragem, onde num sinal divino de sua “Santinha”, foi instigada a seguir o seu tão puro e inocente desejo. Em busca deste desejo, Maria tentaria a sorte andando pelo mundo.

No fundo, ela não estava sozinha, sempre acompanhada por um “Pássaro Misterioso” durante a sua jornada. Nessas andanças da vida em um “Reino Ardente” onde não anoitecia, a garota, conheceu retirantes que tentaram e falharam no caminho do mar, a tribo de índios – Os Donos da Noite – que lhe guiariam até a noite.

Asmodeu, um Demo que vivia em busca de sombras, roubou a alma de um humilde vendedor de mercadorias, o Zé Cangaia, que graças a astúcia da menina, a teve de volta. De modos e maneiras as coisas foram acontecendo desse jeitinho assim mesmo, Maria seguiu, e seguiu, perdeu a “chave da vida”, o desespero tomou conta da menina, não era pra menos, a “chavinha” lhe mostraria as coisas da vida, e de alguma forma a protegia. Por ironia do destino, a mesma caiu nas mãos do Demo, que em um ritual satânico fez com que o tempo avançasse… E a bela menina de outrora se tornou uma bela mulher.

Um grande baile ocorreu em comemoração a volta do príncipe, a agora mulher, decidida a ir ao baile é surpreendida por um vendedor montado num burro, que lhe presenteou com um belo traje, mas alertou-lhe sobre o “efeito da meia-noite” onde toda alegria acabaria. Após muita congada e fartura de comida, o sino toca, e Maria fugiu deixando para trás o seu sapato encarnado, que ficaria de lembrança e pista para que o príncipe conseguisse encontrar sua amada. No dia seguinte, após reencontrá-la, o príncipe revelou que o caminho dos dois já havia cruzado, assim, contou-lhe o segredo que impediria os dois de se casarem, ele era o “Pássaro Incomum”! Maria, sensibilizada, decide viver esse amor.

Quirino, este era o nome do Saltimbanco que se apaixonou por Maria e acabara decepcionado por não ter esse sentimento correspondido, resolve juntar-se ao Demo em busca de vingança. Danada que só, Maria pegou de volta sua preciosa “chavinha” que estava sob o poder de Asmodeu, e teve a sua infância devolvida, como isso, voltando ao tempo em que vivia com seu pai e irmãos no sítio, nada contente, o “capiroto” e o Saltimbanco, aprisionaram seu enamorado em uma gaiola. Ela, esperta, propôs uma “Batalha de Cordel” para findar com todas as perseguições. Após um longo período de repentes, Maria venceu! Cumprindo a promessa, o Demo permitiu que ela seguisse o seu caminho ao lado do seu amado.

Chegou o tão aguardado momento, Maria, finalmente encontra as tão sonhadas franjas do mar. Recebida por Nossa Senhora da Conceição, a sua santinha, que lhe diz ser sua mãe. A areia da praia brilhava como se os mais belos cristais estivessem brincando ao sol. As franjas do mar, incansáveis, dançavam, cantavam e saudavam, como se a toda a natureza estivesse emocionada com o que o acontecimento. Venham todos! O canto dos pássaros anuncia a chegada da pequena grande Maria. Saudemos todos! Sua Santa Mãe, logo à frente, como se sobrevoasse as franjas do mar, com a lua por baixo dos pés, tendo sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas, perante todos nós, em festa, oferece a doce Maria, uma coroa ornada com as mais belas pedras preciosas. Maria, hoje você é a nossa Imperatriz Nordestina!

Autores: Charlton Junior e Alexandre Rodrigues