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Terra Papagalli
SINOPSE ENREDO 2016

Terra Papagalli



1. Justificativa

A Imperatriz Paulista sempre apostou na LIESV. E não poderia deixar de apostar na liga neste novo recomeço.

Muitas vezes, é preciso enfrentar o desconhecido, mares bravios, oceanos, para chegar ao “Paraíso”. E o “Paraíso” nem sempre é do jeito que achamos que deveria ser. Porém, é preciso perseverar e acreditar. É fazendo a nossa parte que podemos transformar, senão o mundo todo, pelo menos o mundo que nos cerca. E é lutando que podemos comemorar as vitórias.

Diante disso, resolvemos falar de uma história que também é um recomeço. Um recomeço, como o da nossa LIESV. O recomeço de um caminho de vitórias, como o caminho de vitórias que deram a nossa Imperatriz um tricampeonato, com desfiles lembrados até hoje por todos os que amam de verdade o carnaval virtual. O recomeço de gente que sabe todo o valor desta liga, e que ensinou e aprendeu muito em todos estes anos de luta, sabendo entender as críticas, mas também mostrando todo o valor de sua arte.

E é por isso, por ser este um momento de recomeço, que o nosso enredo partirá do livro “Terra Papagalli”, de Torero e Pimenta.

Enfrentando o desafio das águas, Cabral chegou ao Brasil. Junto a ele, um bando de degredados, dentre eles Cosme Fernandes. Largado nas terras costeiras de um lugar desconhecido, ele teve de lidar com índios canibais e reconstruir a própria vida num cenário estranho, nem sempre fácil de compreender. A Terra dos Papagaios.

É com base no romance de Torero e Pimenta, baseado livremente em fatos que ocorreram na vida real, que a Imperatriz se prepara para o Carnaval Virtual de 2016.

E, ao nosso lado, estarão os guerreiros. Aqueles que não fogem da luta. Nunca.

2. Sinopse

Judeu sentenciado ao degredo, Cosme Fernandes é um dos condenados que partem em uma das caravelas de Pedro Alvares Cabral rumo ao desconhecido. Acredita que será levado à Goa, nas Índias, onde poderá recomeçar a vida como comerciante e enriquecer com o comércio das especiarias.

Porém, não será este o caminho traçado pelo destino.

Durante a viagem, os degredados pensam em tudo o que poderia acontecer no Oceano – não só nas tormentas, que puxavam os navios para o fundo das águas, mas também nas estranhas aventuras que eram contadas por toda a Europa, de monstros marinhos e da Ninfa Galatéia, que rondava o mar com uma carruagem puxada por golfinhos.

Tudo era fantasia. Depois de muitos dias e noite de angústia… terra à vista! Cabral faz contatos com os nativos e deixa Cosme e mais alguns degredados no litoral da nova terra antes de seguir sua viagem.

Lá, Cosme se mistura com os Tupiniquins – índios canibais que guerreiam contra os Tupinambás – e é assim que ele começa a se adaptar à Terra dos Papagaios.

Descobre a rica fauna nativa, descrevendo em minúcias os animais que ele jura ter visto num livro feito por ele chamado de “Bestiário”. Dentre os bichos relatados, estão o tamanduá, o jacaré, o guanumbi, e animais fantásticos como as minotauras (e seus quatro seios), a hipupiara, as xuris (de patas de camelo e duas asas), o zepardo (cabeça de zebra e corpo de leopardo), bem como gigantescos dragões que sobrevoam a costa.

Através da troca de presentes, Cosme faz amizade com os índios, que ficam felizes com seus espelhos, tecidos coloridos, facas e arcabuzes. E assim, surge “Paraíso”, futura São Vicente, onde ocas se misturam a elementos de arquitetura portuguesa; onde a cultura indígena, sua religião e seus rituais, e até mesmo o canibalismo convive lado a lado com os costumes europeus.

Mas o mal espreita, e Anhangá, o diabo, observa de longe, com inveja de “Paraiso”.

Contam os livros de história que a ambição portuguesa fez com que Cosme Fernandes fosse expulso de São Vicente – os portugueses tinham medo da autodeterminação do povoado, ainda mais nas mãos de um judeu. Então, em contra-ataque, Cosme se uniu aos guerreiros de Castela e arrasou São Vicente durante a Guerra de Iguape. Apesar de provavelmente ter passado o resto da vida em Buenos Aires, alguns dizem que ainda hoje seu fantasma ronda a região de São Vicente.

Mas a verdade é que fantasmas nunca deixam de povoar a mente dos mais fracos. E os mais fracos, desistem. Os mais fortes, continuam na batalha.

3. Bibliografia
. TORERO & PIMENTA. Terra Papagalli. São Paulo: Cia das Letras. 1997.

Texto: João Marcos