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O Rei da Poesia do Sertão
SINOPSE ENREDO 2016

O Rei da Poesia do Sertão



INTRODUÇÃO:

O Abutre, cabra da peste, voa para o Nordeste e mergulha na poesia de Leandro Gomes de Barros, sobre o qual escreveu Carlos Drummond de Andrade, “não foi o príncipe dos poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão e do Brasil em estado puro”.

A Cupincha coroa o grande Rei que escreveu inúmeros poemas retratando as tradições brasileiras, sobretudo do Nordeste, sempre com um humor afiado, com o qual ironizava os políticos corruptos e os poderosos.

Deixou um legado cultural que inspirou diversos cantadores e escritores, entre os quais Ariano Suassuna, que se baseou em duas de suas obras para escrever “O Auto da Compadecida” e Mário de Andrade, que se inspirou no poema “A Vida de Cancão de Fogo e seu Testamento” para compor a célebre obra “Macunaíma”.

Em suas obras, Leandro Gomes de Barros se inspira na realidade do sertanejo e retrata personagens típicos da região, tais como Padre Cícero, Antônio Silvino – a quem denomina O Rei do Cangaço – e Antônio Conselheiro.

De temática variada, a sua poesia conta histórias fantásticas repletas de ironia, como pelejas em que o Diabo é enganado e diversas histórias de mesquinharia de seus personagens. Seus versos, verdadeiras fontes de inspiração a diversos artistas, hoje inspiram a Cupincha de Campo Grande a homenagear o Rei da poesia do Sertão nesse grande carnaval.
 
SINOPSE AOS COMPOSITORES:

Na passarela virtual, a Cupincha vai brilhar,
Voa meu Abutre, voa para o Nordeste
Pega logo essa viola que a festa vai começar
Esse Abutre é cantador e também cabra da peste
Com imenso bico adunco vai exaltar o Rei da poesia
Que ao sertanejo em cordéis trouxe alegria
Felicidade ao povo sofrido do Agreste
 
Leandro de infância humilde se educou
À luz da batina passou a compor
Mas pelo destino, na Paraíba não ficou
Em Recife mostrou seu valor
Foi mais um retirante na grande cidade
Em busca do sonho da felicidade
Afastando do dia a dia toda a dor
 
Pra ganhar o suado pão
Inúmeros poemas publicou
Viajando pelo sofrido sertão
Com seus costumes se encantou
Viu de perto “A Seca do Ceará”
Que deixou o matuto ao Deus dará
Como é valente esse povo, exclamou!
 
Paixão teve o cordelista com o nosso Cariri,
E a pobre Juazeiro, terra de rachado chão,
Terra boa apesar de fartura não haver ali
Lá falta quase tudo, mas se respeita a tradição
Mas que a chuva caia é o meu ensejo
São os “Suspiros de Um Sertanejo”
E vivendo assim eu vou, com garra no coração.
 
Que sirva de aviso aos donos do país
Nas portas do Céu, político não vai entrar
O imposto traz a fome e torna o homem infeliz
Assim falou o poeta para todos escutar
“O Rei dos Cangaceiros”, foi a voz da resistência
Padim Ciço, meu romeiro, fez da fé a sua essência
A chama de Canudos nunca vai se apagar
 
Sai pra lá coisa ruim, aqui nada tem pra ti
Derrotou em seus poemas o tinhoso com ardil
(Sai fora cão danado, cai fora daqui)
Sem abandonar a irreverência, sua marca, seu perfil
Inspirou a compaixão, sempre com bom humor
E nunca deixou de exaltar “A Força do Amor”
Qualidades tão escassas nesse gigante Brasil
 
Foi declamado e lembrado por toda a nação
Rimador igual Leandro é difícil de encontrar
Nomeado por Drummond, Rei da Poesia do Sertão
Escreveu tantas obras que é difícil até contar
Um legado cultural gigantesco ele deixou
O “primeiro sem segundo”, o maior que se criou,
Hoje Campo Grande vem te homenagear

Texto e Autor: Carlos Augusto