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Eu quero é Botar meu Bloco na Rua
SINOPSE ENREDO 2016

Eu quero é Botar meu Bloco na Rua



JUSTIFICATIVA

A Sereno de Cachoeiro fará uma homenagem aos grandes (e pequenos) blocos carnavalescos do Brasil. O título do enredo remete à mais famosa canção do cachoeirense Sérgio Sampaio, sucesso do IV Festival Internacional da Canção, e do carnaval de 1973. O espírito do enredo é o mesmo da canção: Extravasar a alegria, esquecer as mazelas do dia a dia na doce ilusão do carnaval. Ganhar as ruas nos braços da folia, de norte a sul deste imenso país. É na rua que se brinca o carnaval, de cara limpa ou de cara suja, mascarado, travestido, disfarçado, esquecido…

“Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra ferver
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender”

SINOPSE

Vestir a fantasia, abrir a porta e ganhar as ruas. Desde muito tempo é assim. Ecoam os clarins de Momo, a folia chama e a rua espera para acolher os súditos da mais divinal das festas profanas: é carnaval.

No princípio, a festa era mais licenciosa, violenta, suja de farinha, lama, água de cheiro (bom ou ruim). Era o Entrudo a forma de se brincar, sujando todos aqueles que passavam pelas ruas do Rio de Janeiro. Um dia, um português saiu pelas ruas tocando seu bumbo de forma alucinante e o povo foi atrás. Viva o Zé Pereira! A partir daí, os foliões passaram a se organizar em grupos para brincar: surgem os cordões, os ranchos e os blocos. Os cordões eram grupos de foliões fantasiados de piratas, mascarados, palhaços e outros, que desfilava ao som da batucada e tinham fama de serem mais violentos nas brincadeiras. Os ranchos eram “cordões civilizados”, que desfilavam pelas ruas nos moldes das procissões católicas. Os blocos eram grupos mais abertos, que arrastavam multidões, e acabaram se espalhando por todo o país. Vamos, de rua em rua, de folia em folia, viajar pelo carnaval do Brasil.

Rio de Janeiro… Primeira parada. Manhã de carnaval… Avenida Rio Branco. O estandarte alvinegro anuncia que a folia vai começar. E lá vem o Cordão do Bola Preta que, a pesar de ser “cordão”, é conhecido como “o maior bloco do mundo”. Milhões de pessoas cantando marchinhas imortais, numa “alegria infernal” que se estende pelo centro da cidade. Afinal, “todos são de coração, foliões do carnaval, sensacional!” Ouve-se também a cadência do samba, vinda do “doce refúgio” de bambas que se vestem de índio para brincar no Cacique de Ramos, eterno rival do Bafo da Onça, a tradição do bairro do Catumbi. Neste duelo de blocos, quem ganha é o samba! “Nessa onda que eu vou, olha a onda, Iaiá”… E vamos para a Zona Sul, com o Simpatia é Quase Amor e Banda de Ipanema e sua folia à beira mar.

Nosso bloco segue para a Bahia…e o que a Bahia tem? Tem um povo alegre e festeiro que vem para a avenida, para a Praça, para o Farol da Barra no embalo dos tambores do Olodum, do Ilê Ayiê, “o mais belo dos belos”, da Timbalada, os grandes blocos afros, que carregam todo o axé, toda a riqueza da herança africana. Tem também a alegria dos trios elétricos, gigantescas máquinas de som e luz que arrastam os foliões de blocos como o Ara Keto, Internacionais, Corujas. Dentro da corda ou na “pipoca”, com dinheiro ou sem dinheiro, o carnaval ganha as ruas de Salvador.

Viajando ainda mais por este Brasil carnavalesco, rompemos a madrugada ao cantar do Galo que arrasta multidões. É o Galo da Madrugada, gigante, ao som do frevo, saindo pelas ruas. Vemos também os blocos líricos, com suas ricas fantasias a entoar canções melodiosas e saudosas, enchendo as ruas do Recife de poesia. Surgem os bonecos de Olinda, símbolos da alegria de um povo que se diverte seguindo as Troças carnavalescas e clubes de frevo até a quarta-feira de cinzas, quando sai o tradicional Bacalhau do Batata.

Neste imenso país, brinca-se como pode: juntando a turma, a família, o pessoal da firma… vamos no Bloco das Piranhas, onde menino se veste de menina, machão se joga no babado e tudo se inverte na folia, no Bloco de Sujo, onde cada um se veste como quiser e puder, nos blocos de enredo, sonhando ser Escolas de Samba… E até mesmo no Bloco do Eu Sozinho, indo para a rua com a cara e a coragem. E hoje, tem até bloco virtual que desfila nas telas digitais! Olha o Bloco LIESV aí, gente!

O que vale é a alegria!
“Eu quero é todo mundo neste carnaval…”

Texto: Milton dos Santos