PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

PRETO JÓIA

PRETO JÓIA

       

     

 

        Nome Original: Amauri Bonifácio de Paula

 

 

 

        Ano de nascimento: 1957   

                                                                      

   
          O ourives Amaury de Paula trabalhava numa empresa de jóias de diamantes, no Rio de Janeiro, quando, freqüentemente, seu patrão o incomodava: “Ô, preto. Cadê a jóia? Ô, preto. Cadê a jóia?”. O apelido pegou entre os colegas e Amaury passou a ser o Preto Jóia.

O início no samba se deu no bairro de Ramos, quando freqüentava os ensaios da Imperatriz Leopoldinense. Ingressou na ala de compositores da escola e teve sua primeira chance como puxador oficial em 1985, com o samba “Adolã, a cidade-mistério”. Naquele ano, por falta de energia elétrica no Sambódromo, o desfile atrasou seis horas. A performance da Imperatriz foi prejudicada, já que a escola deveria entrar na Marquês de Sapucaí à meia-noite da Segunda-feira de Carnaval, e, no entanto, começou a apresentação pela manhã, já com os primeiros raios solares. O fato quase comprometeu a carreira do jovem sambista.

Uma nova chance surgiu em 1989. No ano anterior, a escola obteve o último lugar e, se não fosse uma virada de mesa na Liesa, teria sido rebaixada ao Grupo A. A volta por cima de Preto Jóia começou com a escolha do belíssimo samba “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós”, feito em parceria com Guga, Jurandir e Niltinho Tristeza. Não foram poucas as vezes que Preto Jóia teve que levar o samba na quadra, devido aos compromissos profissionais do puxador oficial, Dominguinhos do Estácio. Isso lhe deu cancha e experiência para o desenvolvimento de seu canto.

“Liberdade, liberdade...” foi a composição mais elogiada e comentada do ano, ganhou todos os prêmios de carnaval e foi essencial para a conquista do título da Imperatriz naquele ano, apesar da escolha popular recair no desfile da Beija-Flor.

Com a transferência de Dominguinhos do Estácio para a Grande Rio, após o carnaval de 1990, Preto Jóia foi naturalmente alçado à condição de intérprete da escola de Ramos. Foram 10 anos defendendo o samba da Imperatriz, o que lhe rendeu um Estandarte de Ouro como melhor intérprete em 1993. Em 2000, Preto Jóia troca o carnaval do Rio pelo de São Paulo e vai defender o samba da Acadêmicos do Tucuruvi. Em 2001, assiste o carnaval pela televisão.

O retorno se dá em 2002, quando a Unidos do Porto da Pedra ascendeu ao Grupo Especial com o tema “Serra acima, rumo à terra dos coroados”. Preto Jóia retorna ao carnaval mais maduro, mais técnico e mais vibrante do que nunca. O intérprete destaca que suas principais influências são Jamelão (pelo timbre de voz) e Neguinho da Beija-Flor (pela empolgação). Também integrou o projeto Puxadores de Samba, junto com Dominguinhos do Estácio, Jackson Martins, Serginho do Porto e Wantuir, em 2000. Após três carnavais na Porto da Pedra, aliada a uma passagem pela Tradição em 2005, Preto Jóia voltou à sua antiga casa em 2007, depois de oito anos. Foi a voz oficial da Imperatriz Leopoldinense por dois carnavais, sendo dispensado após o carnaval de 2008. Em 2009, chegou a acertar com a escola porto-alegrense Academia de Samba Praiana, mas acabou não desfilando. Antes do carnaval 2010, acertou com a Inocentes de Belford Roxo e gravou o samba-enredo da escola para o CD oficial. Porém, foi dispensado pela agremiação ainda em 2009. No carnaval 2011, defendeu a Acadêmicos do Tatuapé, retornando ao carnaval paulistano depois de 11 anos. No Carnaval Virtual, estreou pela Águia do Estácio, ajudando a escola a conquistar o título do Grupo de Avaliação (CAESV) em 2012.

A poucos dias do desfile de 2014, acertou seu retorno ao carro de som da Imperatriz Leopoldinense, como cantor de apoio de Wander Pires. Em 2015, foi titular da Acadêmicos do Cubango. Costuma compor e cantar jingles políticos, tendo participado das campanhas eleitorais de Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Pezão no Rio de Janeiro. Retornou à Imperatriz em 2020, sendo o intérprete da reedição do samba de 1981 "Só dá Lalá" ao lado de Arthur Franco, conquistando a Série A e o direito de retornar com sua escola do coração ao Grupo Especial. No entanto, um pouco antes da gravação da faixa de 2022 pro CD oficial, Preto Jóia deixou a agremiação alegando dificuldades em honrar os compromissos profissionais, em virtude da distância de 113km de onde mora (Saquarema) do Rio.

 
INÍCIO: Imperatriz Leopoldinense, na década de 70. 

Primeiro ano como intérprete oficial: 1985, na Imperatriz Leopoldinense. Logo depois, integrou o grupo de cantores de apoio da escola. 

1991 a 1999 – Imperatriz (intérprete principal) 

2000 – Acadêmicos do Tucuruvi (SP) 

2002 a 2004 – Unidos do Porto da Pedra

2005 - Tradição 

2007 e 2008 - Imperatriz

2010 - Inocentes de Belford Roxo (gravou o samba no CD)

2011 - Acadêmicos do Tatuapé (SP)

2012 - Águia do Estácio (carnaval virtual)

2014 - Imperatriz (apoio de Wander Pires)

2015 - Cubango
2020 - Imperatriz (ao lado de Arthur Franco)

GRITO DE GUERRA: Ih, gente! Vamos chegando! Dá licença! Alô nação (lugar de origem da escola – leopoldinense/gonçalense)! Chegou a hora! 

GRITOS DE EMPOLGAÇÃO:ih, gente”; “eu gosto assim”; “no gogó”; “vem comigo”; “é!” (seguido de um acorde de cavaquinho); “alegria, alegria”; “obrigado, meu Deus”; “fui, hein?”. 

Sambas-enredo de sua autoria: “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós” (89, com Guga, Jurandir e Niltinho Tristeza), “Terra Brasilis, o que se plantou deu” (90, com Baianinho, Jorginho da Barreira, Tuninho Petróleo e Zé Catimba), “O que é que a banana tem?” (91, com Flavinho, Guará da Empresa, Guga, Niltinho Tristeza e Zé Catimba), “Quase no ano 2000” (98, com Darcy do Nascimento, Flavinho e Guga), “Xuxa e seu reino encantado no carnaval da imaginação” (Caprichosos de Pilares/2004, com Nei Negrone, Riquinho Gremião e Sílvio Araújo), “Rainha de Ramos” (samba de quadra). 

Estandartes de Ouro: 1989 (melhor samba enredo) e 1993 (melhor intérprete).

MAIS FOTOS DE PRETO JÓIA






Na Tradição, em 2005 (de branco)


Puxando a Imperatriz, no bicampeonato de 1995





As quatro últimas fotos são durante o desfile de 1993 (imagens cedidas por Fred Sabino)

Voltar à seção Intérpretes