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Coluna do João Marcos

CONTINUANDO OS COMENTÁRIOS DOS SAMBAS-ENREDO PELO BRASIL

12 de fevereiro de 2009, nº 36, ano V

Primeiro, nossos parabéns para a primeira campeã de 2010 – a Boa Vista, vencedora do Carnaval de Capixaba.

Infelizmente, o carnaval de Vitória foi um festival de desorganização e bizarrias, com direito a praticamente todas as escolas perderem pontos em obrigatoriedades por coisas como fantasias incompletas e componentes com máquina de fotografar. A pergunta é – como eles conseguiram analisar, sei lá, 20 mil pessoas desfilando, é uma coisa que não tem explicação. ISTO É TAREFA DE JURADO. Regulamento assim abre margens para acusações maliciosas. Mais cuidado para 2011.

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Continuando os comentários dos sambas, vamos para Santos, Juiz de Fora e Corumbá. Lembrando sempre que as notas aqui não são previsões das que os jurados darão, mas análises artísticas que, muitas vezes, são bastante severas. 

Os links para os sambas se encontram logo abaixo dos comentários: 

Em Santos, os sambas receberam boa produção e, o melhor, ouvimos várias vozes novas – poucos medalhões de outros lugares. Os compositores, no entanto, têm de tentar fugir das soluções copiadas do carnaval carioca, que se repetem várias vezes ao longo do CD. Vejamos: 

MOCIDADE AMAZONENSE – Sobre a MPB, o samba é um pouco desconjuntado e muito longo – é uma pena que o carnaval dos idiotas da funcionalidade faça com que cada detalhezinho do enredo tenha de estar no samba. Aí chovem citações, a melodia tem de se esticada e se perde. Em alguns trechos sentimos a tendência do carnaval de São Paulo a melodias que lembram o pagode mauricinho que reinou no estado nos anos 90. Não é um samba ruim, longe disso, mas tinha potencial para ir mais além e foi prejudicado por não romper com algumas “leis” do carnaval atual. NOTA: 8,2. 

X-9 – O melhor samba de Santos. A melodia tem ginga e pegada, e a letra é bem clara, com razoável teor poético. É um samba valente e bem interpretado. Tem erros? Claro – um clichezinho aqui e ali, como o iniciozinho com “África...” – lugar-comum na maioria dos afros. Além disso, tem aquelas pausas que os compositores às vezes usam quando sabem que o verso não vai caber na métrica e fazem a melodia perder “momento”. Ainda assim, tem muita força e agrada bastante. NOTA: 9,2. 

UNIÃO IMPERIAL – Outro bom samba, bem característico do Estado de São Paulo, com aquelas esticadas de sílaba e modulações na acentuação das palavras (um efeito que eu gosto muito). É leve, boa letra - talvez seja o samba mais técnico da cidade. Faltou um algo mais, mas é muito agradável. NOTA: 9,0. 

SANGUE JOVEM - Apesar do refrão de cabeça ter aquele recurso carioquíssimo de começar em maior e jogar para menor no meio (parem com isso, é muito chato), o início da primeira parte é interessantíssimo, com ótimas variações melódicas, algumas das mais ricas dentre os sambas da cidade. Depois, no entanto, a coisa meio que entra no piloto automático e volta à burocracia. É bom, mas tinha potencial para ser um dos melhores do ano no Brasil. NOTA: 8,6. 

BANDEIRANTES SABOÓ – Samba extremamente divertido, com melodia com variações interessantes, que talvez pudessem ser mais bem trabalhadas para ficarem mais suaves. Os dois refrões são muito bons. A letra é meio direta, mas combina com o clima do samba. Interessantíssimo. NOTA: 8,9. 

UNIDOS DOS MORROS – Apesar do capricho na faixa, com bons arranjos, paradinhas e tudo mais, o samba é morno e, na gravação, está numa levada que pode fazê-lo ficar arrastado em desfile. NOTA : 8,3. 

BRASIL – O enredo, exaltando o folclore brasileiro, levou a um samba de boa melodia, que peca muito na letra - muito inocente e com erros de métrica constantes. É só ver como a intérprete, muitas vezes, não consegue cantar todas as sílabas das palavras. A impressão geral é boa, mas tem muitas falhas técnicas. NOTA: 8,5.   

VILA NOVA – Depois de levar para a avenida o melhor samba inédito de 2009, é decepcionante o samba da Vila Nova para este ano. Parece samba genérico de São Paulo, com soluções melódicas sem brilho. A letra não tem grandes sacadas e algumas rimas soam forçadas. NOTA: 7,9. 

REAL MOCIDADE SANTISTA – É um samba leve, com uma melodia bem simples e letra que conta o enredo com muita clareza, faltando um pouco de poesia. A segunda se perde um pouco e tem passagens forçadas, como na do futebol, que bem trabalhada, poderia dar um bom efeito. O ponto fraco do samba é o refrão do meio que pode até funcionar, mas é clichê demais. NOTA: 8,0. 

MOCIDADE INDEPENDE PADRE PAULO – O intérprete tem uma voz parecida com a do Serginho do Porto e leva bem o samba. Porém, é mais um com cara de samba genérico da cidade de São Paulo. Não chama atenção em momento algum e não explica o enredo. Bem fraco. NOTA: 7,1. 

UNIDOS DA ZONA NOROESTE – Tem um ar meio nostálgico, com uma melodia lembrando sambas do acesso do Rio dos anos 80 – aqueles sambas pesadões da Unidos de Lucas, p.ex. Peca um pouco por não ter um padrão lógico – a partir do enorme refrão do meio, algumas variações da segunda não seguem o sistema  melódico da primeira, principalmente no final. Às vezes, é melhor encerrar o samba por cima do que esticar e se perder depois. NOTA: 8,1. 

METROPOLITANA – Samba razoável, falando sobre João Cândido. Tem um errinho na virada de maior para menor no meio da primeira parte. Depois, a métrica não fica boa no refrão, mais precisamente no verso sobre o Neguinho do Pastoreiro, que tem mais sílabas do que a melodia pede. Faltam mais variações na melodia. NOTA: 7,9.   

VILA MATHIAS – É um bom samba, apesar de alguns problemas, como a entrada da primeira, que não se encaixa com o refrão principal, trazendo um anticlímax muito grande. O segundo refrão é bom, apesar da manjada caidinha para menor no meio. A segunda parte é bem bonita e melodiosa. NOTA: 8,5. 

MOCIDADE DEPENDENTE DO SAMBA – A letra é lista de supermercado, citando as festas que acontecem durante o ano. A melodia é muito “carioquizada”, mas acaba se perdendo ao longo do samba, inclusive com uma conclusão que quebra a melodia em “O dia do trabalho simboliza união”. O refrão do meio, que começa com  “Bota fogo na fogueira”, é parecidíssimo com Estácio de 1993. Só se salva o refrão de cabeça. NOTA: 6,8. 

CAMISA ALVINEGRA – Falando do universo infantil, a escola vem com um samba bem redondo, mas sem grandes momentos de diferencial e com uma estrutura bastante comum. A letra passa bem a mensagem do enredo, mas falta poesia. NOTA: 7,7. 

Link: http://www.santos.sp.gov.br/carnaval10/escolas.html 

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Vamos para Juiz de Fora

UNIDOS DO LADEIRA – Reedição do samba de 1999, que deu um campeonato para a escola, é bem animado. A letra é irreverente e a melodia é alegre e bem leve. Tem uns errinhos de métrica (o mais claro deles em “é dia de bate-papo nacional”) e, em alguns momentos, exagera no estilo “oba-oba”, mas é divertido e, se bem cantado, deve funcionar bem. NOTA: 9,0. 

MOCIDADE INDEPENDENTE DO PROGRESSO – Samba inocente, com um toque meio nostálgico, e letra com algumas partes bastante inusitadas como em “Na emoção de todo dia / Sua cantiga macia Como cobertor de lã /Deixa uma lembrança e acaricia / Quando a gente acorda de manhã”. O samba merecia uma letra mais poética na citação à Clara Nunes. O final se perde na variação melódica que poderia ser mais interessante, com erro em “Você é símbolo, pura sinfonia”, que está num tom muito baixo, que dificulta o canto. O refrão do “onde canta o sabiá” é simples, mas funciona bem. NOTA: 8,1. 

REAL GRANDEZA – Falando sobre a era de aquarius, o samba é um pouco prejudicado pela interpretação – você sente que em alguns momentos, o puxador não chega às notas e acaba deixando o samba mais reto do que deveria ser. A letra é um pouco desconjuntada em alguns momentos, mudando muito de estilo, às vezes pintando imagens, outra numa condução mais narrativa. A melodia não tem momentos de diferencial e os refrões não acontecem. Bem mediano. NOTA: 8,0. 

PARTIDO ALTO – Mais um enredo sobre Brasília. É um samba tecnicamente muito bom, mas a letra, às vezes, peca no detalhismo – algumas soluções pediam um trabalho poético mais elaborado, como foi conseguido no início da primeira parte. A solução de encerramento da primeira está sem definição melódica e tem um pequeno erro de métrica devido a acentuação das palavras no verso referente aos ardentes amores. De resto, não possui grandes problemas. NOTA: 8,9. 

JUVENTUDE IMPERIAL – Em homenagem a Neguinho da Beija-Flor, é um samba bem inocente, principalmente em letra. Possui melodia genérica e quando tenta sair da mesmice, erra – no refrão do meio, a aceleradinha é estilo Grande Rio 2009, e a variação em “superando desafios” quebra a melodia. Fraco. NOTA: 6,9. 

VALE DO PARAIBUNA – Mais um dos sambas prejudicados por intérpretes fracos. O enredo sobre a água gerou uma obra que até tenta trazer variações melódicas, mas se perde totalmente, em especial no refrão do meio, em “Tanta água, tanto mar, tanta lagoa /Quanta gente se encanta em progredir”. A letra não consegue dar uniformidade a um enredo que, pelo samba, é uma confusão sem tamanho. Fraquíssimo. NOTA: 6,4. 

UNIÃO DAS CORES – Bom samba, com belos momentos de melodia e um refrão de cabeça forte. A homenagem ao “Velho Chico” tem alguns erros técnicos, muito claros, p.ex, no refrão do meio, onde a métrica é muito desrespeitada e mal se escutam as sílabas cantadas. O destaque do samba é a ótima entrada da segunda parte. O samba tem pegada e é um dos melhores do carnaval da cidade. NOTA: 8,8. 

MOCIDADE ALEGRE DE SÃO MATEUS – O samba tenta ter uma letra irreverente, falando da medicina, mas a melodia não combina com este clima. O resultado é uma obra muito desconjuntada. Além disso, vários momentos sem definição melódica, como em “Fazendo a festa mais bonita / Enriquecendo o carnaval”, e inúmeros erros de métrica. Muito fraco. NOTA: 6,8. 

RIVAIS DA PRIMAVERA – O samba é muito prejudicado pela interpretação amadora e pelo arranjo “pênalti perfeito” – cavaco para um lado, intérprete para o outro. É um samba inocente demais, a letra não tem continuidade, falta muita coisa. Enfim, acho que melhor do que apontar erros é dizer que, apesar disso, é melhor a escola apostar nos seus integrantes e errar do que tentar trazer coisa de fora. Isto aqui pelo menos é autêntico. Porém, para 2011, é bom procurar novos valores. NOTA: 4,7. 

FELIZ LEMBRANÇA – Samba de 1986, a reedição tem uma pegada totalmente diferente de todos os outros sambas da cidade em 2010. Os dois refrões são uma delicia, com aquela simplicidade encantadora que faz falta nos sambas atuais. É uma obra de outra era, um pouco mais romântica. Tem seus probleminhas técnicos? Evidente, como p.ex., o encerramento da primeira parte, onde a ausência de rima não soa bem ao ouvido. Mas de resto, é um barato. Reedições, principalmente como esta, são muito bem vindas, resgatando sambas interessantes que ficaram perdidos no tempo. NOTA: 9,1. 

ÁGUIA DE OURO – É um bom samba, o melhor dentre os inéditos. Apesar de ter uma sonoridade muito semelhante ao estilo da maioria dos sambas do acesso do Rio, o que geralmente não me agrada (principalmente quando os sambas são de cidades de fora do Rio), este tem momentos bem agradáveis, em especial o ótimo refrão do meio. Tecnicamente, não tem erros e facilita o canto. Faltou apenas o “algo mais”. NOTA: 9,0. 

Link: http://www.4shared.com/file/219297493/31ec7437/JUIZ_DE_FORA.html 

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Corumbá, cidade do Mato Grosso do Sul, para muitos, é o melhor desfile de escolas de samba do Centro-Oeste. Uma peculiaridade do carnaval corumbaense é que, além das escolas de samba, também se apresentam os cordões, que desfilam na terça feira de carnaval - Paraiso dos Foliões, Flor de Corumbá, Cravo Vermelho e Cinelândia passam pela Avenida General Rondon preservando uma tradição que, há muito, os carnavais espalhados pelo país trataram de esquecer. Eles tocam marchas-ranchos tradicionais e desfilam no mesmo estilo dos áureos tempos, dos anos 50, com bandas, damas, palhaços, pierrôs, colombinas, balizas e porta estandarte - tudo como manda o figurino. 

O SAMBARIO, naquele esforço que nos é característico, descolou um link com os sambas da cidade e faz um pequeno apanhado do que você encontrará no CD. Os quatro primeiros sambas são do primeiro grupo; os quatro outros, do segundo. No link abaixo, as faixas do segundo grupo estão na ordem inversa – a faixa 8 deveria ser a 5, a 7 deveria ser a 6, a 6 deveria ser a 7, e a 5 deveria ser 8. 

IMPÉRIO DO MORRO – Falando sobre o perfume, a Império do Morro tem um samba com todo estilo de samba dos grupos de acesso do Rio. Tem qualidades, é leve, a letra não apresenta grandes problemas, mas para quem está acostumado, é um pouco repetitivo porque nele estão aqueles típicos recursos de sambas cariocas, como as caídas de maior para menor no meio do refrão. Pode até funcionar com jurado, mas dá um ar burocrático ao samba. O interprete da faixa é Wander Timbalada. NOTA: 8,0 

UNIDOS DA VILA MAMONA – Com Edmilton Di Bem como intérprete, tem uma melodia muito interessante para falar do carnaval, com ênfase na folia de Corumbá. É um pouco inocente e tem alguns erros técnicos, a começar pelo próprio refrão sem rima, cuja conclusão acaba frustrando o ouvinte, que espera a rima para “azar” e recebe um “E viva o carnaval dos carnavais!”. Algumas tentativas de “aspas” também não dão muito certo, como no verso “Que afoga o ganso no abacate sim, senhor” para falar de dois blocos da cidade - o Flor de Abacate e o Afoga o Ganso. De se elogiar bastante a variação de melodia na conclusão do final do samba, em “No coreto e no jardim”, que prepara belamente para uma conclusão classuda em tom menor. NOTA: 8,4. 

UNIDOS DA MAJOR GAMA – O melhor samba do primeiro grupo. A melodia é muito bonita, com variações bem feitas, refrões fortes e um clima romântico para contar o enredo em homenagem a Julieta Marinho. A letra é que peca em alguns momentos, por ser um pouco direta quando poderia ser mais poética, como em “O cupido lhe flechou e seu Alberto por ela se apaixonou A resposta é sim, juntos no mesmo caminho / Descendência abençoada / Fica mais forte hoje a família Marinho”. NOTA: 9,1. 

A PESADA – Samba alegre para falar de Julio Verne. Gostei bastante do refrão “Navegar nos sete mares, naveguei / Como um pássaro nos ares, voei, voei (...)”, principalmente o efeito que é usado na sua repetição, jogando uma oitava acima sem deixar difícil de cantar, colocando energia na faixa. O samba só perde um pouco de força no finalzinho, quando faz o link com Santos Dummont e fala do Rio de Janeiro. NOTA: 8,6. 

MOCIDADE INDEPENDENTE DA NOVA CORUMBÁ – O samba tem uma melodia sem muitas variações. A letra é simples, com algumas tentativas de “aspas” sem muito sucesso como em “E na gíria do mar... ‘SOAMAR’”, e erros inocentes como o excesso da palavra “rio” em muitos versos seguidos. Não chama a atenção. NOTA: 7,0. 

MARQUÊS DE SAPUCAÍ – Momento trash do CD, o samba sobre a Copa da África é divertidíssimo na sua inocência. Tem erros técnicos terríveis, momentos melodicamente indefinidos, e refrão com direito a “Vai meu Brasil, Curtir o som da vuvuzela / Anunciando a Marquês na passarela”. Ao mesmo tempo, é tão simpático e alegre que não deveria ser analisado com ouvido de comentarista chato. É para cantar com um sorriso no rosto. Pelo menos, chama mais atenção do que samba burocrático. Intérprete é o Tico do Gato. NOTA: 6,0. 

CAPRICHOSOS DE CORUMBÁ – O samba é vítima do enredo estranhíssimo – segundo fontes, é sobre o que é vermelho, azul e branco, as cores da escola. E aí, entra de tudo um pouco, numa salada que o samba não explica, com citação até para a volta da União da Ilha do Governador ao Grupo Especial do Rio, e o incrível verso “Sou do Amazonas, Alagoas, do Pará”, que é impossível pelas leis da física. A melodia alegre salva um pouco a situação. NOTA: 6,7. 

ACADÊMICOS DO PANTANAL – O melhor samba do segundo grupo cidade. Tem uma levada que lembra samba dos anos 80, com muita pegada e uma melodia que flui muito bem. Apesar de o enredo ser afro e dos africanismos da letra, não é um samba carregado e essa leveza é bem explorada na gravação. É curto, agradável e faltam apenas mais variações melódicas, já que as do samba são muito sutis – os compositores optaram por manter um clima de uniformidade e variar pouco dentro do tema melódico, como se pode ver nos dois refrões, que entram de forma parecida e se concluem de forma um pouco diferente. É interessante, apesar de não ser brilhante. NOTA: 9,0. 

Link: http://www.4shared.com/file/215267878/745784f0/Sambas_Corumb_2010.html 

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Agora, um alô para os leitores. 

Para o Daniel Lorga: ficarei devendo as análises de São Paulo. Direi apenas que o samba que menos me desagrada no Especial é o da Mancha Verde, que ainda assim tem uma letra bem fraca. Pérola e Mocidade têm sambas razoáveis, mas que me repelem por repetirem muito das obras de 2009. No acesso, por ter assinado samba enredo concorrente em uma das escolas, deixarei de comentar. Apenas destaco o da Uirapuru da Mooca, não por ser o melhor ou pior, mais por ser o mais divertido no seu sabor meio “trash” e por ser grudento – não sai da cabeça. Excelente a interpretação de Victor Cunha. Só acho que a mensagem do enredo está confusa na letra – exalta-se ou critica-se a americanização? 

Errata, depois do alertado pelo Fernando Moraes, integrante da escola Consulado do Samba, de Florianópolis: “Você colocou "RESPEITA" o meu pavilhão, Quando o correto é "RESPEITO" o meu pavilhão. Acho que o Respeita parece um pouco provocativo e não foi essa a intenção dos compositores. O caso foi dizer que eles respeitam o pavilhão da escola e jamais fariam algo para prejudicá-la”. A minha confusão foi devido ao erro de métrica no verso, já apontado na análise, que prejudica o entendimento do que foi cantado. De qualquer forma, fica o registro e o agradecimento pelo esclarecimento. 

Alô ao compositor Luiz Gustavo Busetti, que me mandou informações sobre o desfile da Aliança, de Joaçaba, e ao Rodrigo Tristão, produtor do CD do Carnaval Capixaba. 

Abraços a todos!

João Marcos
joaomarcos876@yahoo.com.br