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Coluna do João Marcos

O PIOR SAMBA-ENREDO DE TODOS OS TEMPOS

Olhando o título, muita gente deve ter pensado “Ih, ele fez mais uma coluna enumerando os defeitos de Candaces!”. Calma, calma – há coisas muito piores na história. A verdade é que, hoje em dia, é difícil encontrar uma bomba realmente terrível. Os sambas não conseguem nem isso – os piores ou são os que “passam em branco” ou são aqueles que não funcionam. Apesar de ainda encontrarmos coisas artisticamente ruins, a maioria dos sambas segue uma fórmula de bolo que os garante certa respeitabilidade.

Pelo menos, era isto o que eu pensava. Navegando pela internet, tive contato com os sambas das escolas de Joaçaba e Herval d’Oeste, do interior de Santa Catarina. São quatro escolas: Aliança, Vale Samba, Unidos do Herval e Dragões do Grande Vale. A Aliança conta com Dominguinhos (quem disse que o intérprete está fora dos desfiles de 2008?) e tem o melhor samba, despretensioso e inocente. A Unidos do Herval tem Rixxa como intérprete. A Vale Samba, curiosamente, tem um enredo parecido com uma escola da LIESV, falando sobre o ciclo da borracha. 

E aí eu escutei Dragões do Grande Vale... Nada poderia me preparar para tal experiência. Amigos, encontrei o hino cult do ano. Na verdade, a idéia é muito simples – é um samba-enredo com estrutura de música do Chiclete com Banana ou Asa de Águia. O refrão é inesquecível, com o seu “Le-le-le-le-le ô…Dragão taí, dragão chegou”. A construção da letra é elaboradíssima – basta ler os seguintes versos: “Da terra dos Mandarins surgiu.../ Na velha China se criou / Virando lenda se criou / Virando lenda mundial”. Vejam o romantismo do seguinte trecho: “Dragões é bamba – xodó e xamego / To fora, to dentro – vamo Chamengá”? Agora, o charme especial do samba é o apoteótico “vamos dragonar” – quer mais o quê?

Falando sério, este samba me fez pensar em muita coisa. Hoje, ele parece estranho, mas, e no futuro, com toda esta atenção que o carnaval baiano tem despertado, será que uma fusão de samba e axé poderia embalar uma escola de samba de apelo nacional? Afinal de contas, samba-enredo já foi misturado com tantos estilos, já incorporou tantas coisas, que não é difícil pensar em algo assim. Talvez aquilo que hoje nos cause riso seja o futuro do samba-enredo, o seu reencontro com uma face mais popular... ou o primeiro sinal de seu fim.

O pensamento sombrio, no entanto, deve ser deixado de lado, pelo menos por enquanto. Prefiro falar do pior samba de todos os tempos. Não, não é este da Dragões do Grande Vale. O pior samba de todos os tempos foi concebido para o carnaval de 1972.  Chama-se “Personagens, Datas e Acontecimentos Históricos”, de Lola, Newton e Paulo César, e embalou, simplesmente, o primeiro desfile da Independentes de Cordovil – primeiro em termos, já que a escola nada mais era do que a Independentes do Leblon, que chegou a desfilar no primeiro grupo, em 1968. Com a transferência dos moradores da favela do Morro do Pinto para o bairro de Cordovil, a escola mudou de nome e o usou, pela primeira vez, justamente, em 1972.

O samba começa com “O meu passado é de glória... eu sou Brasil!” preparando para o verso seguinte, onde a métrica começa a ir para o espaço com o “Quá seclus e meio de históóóóóóóóórias”, terminando com o fantástico “Salvem (!) o meu povo varonil”. Acredito que esse desesperado pedido de ajuda não era bem a idéia dos compositores.

“Personagens! /Datas! / Acontecimentos históricos! / Glórias de um vulto importante de nossa nação!”. Quem é o vulto? Não tenho a menor idéia. Depois começamos a ver o que há realmente de importante nos 472 anos da história do Brasil: “Raiava o dia e o gigante crescia / A literatura fundava sua Academiiiiiia! / Colégio Menino Jesus / Faculdade ele se transformou / Era o primeiro passo / O gigante acordou! / Brasil, Brasil...”. Sim, independência, Tiradentes, proclamação da República, abolição, qual a importância disso! O importante era a ABL e o fato do Colégio Menino Jesus transformar-se em faculdade.

E depois, que mais de importante aconteceu no Brasil? “A Transamazonia presente”. O verso seguinte é muito interessante: “Ninguém segura este país pra frente!”. Hoje, a interpretação é de que ninguém colocaria este país para crescer e se desenvolver, porém, explica-se: “país pra frente” significava país moderno na gíria da época.

O samba continua com um “la ra la ra la rá lá rá lá... ei!”, que lembra o tema do Domingo no Parque, com o Silvio Santos. Depois, o último acontecimento importante “Até no futebol o Brasil se consagrou! / Noventa milhões em ação / Pra frente Brasil /Do meu coração /E o povo vibrava /Homenageando o Brasil campeão! / Mais uma página de glória / Nos arquivos nacionais, tu ficarás na história!”. Poesia pura. E a melodia? A atravessada na faixa do LP, quando o samba volta ao início, é histórica.

Durante meses, eu escutei este samba diariamente. Acredito que os senhores terão experiência semelhante.

Link para os samba de Joaçaba e e Heval d'Oeste:

http://www.joacaba.com/carnaval/sambas_enredo.htm

Link para o samba da Independente de Cordovil, de 1972:

http://www.4shared.com/file/36102379/e92b3bb8/cordovil_72.html?dirPwdVerified=ad5f427b

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Como o grande Mestre Maciel comentou os sambas de São Paulo no Editorial do SAMBARIO, preferi comentar os sambas de Porto Alegre este ano. Porém, não posso ficar sem dar meus pitacos. A safra é absurdamente superior à do Rio. Para mim, os melhores sambas do ano são da Vai-Vai, Nene e Mancha Verde, nesta ordem. A Nenê, inclusive, jogou fora o melhor concorrente do ano, de autoria do Royce do Cavaco. Já a Vai-Vai conta com o excepcional Carlos Jr., que deu uma turbinada no carro de som da escola. Está com um samba de campeã. Já a Mancha, fez algumas desnecessárias modificações na letra, introduzindo um “vou sacudir geral” que quebrou o discurso poético do samba. Depois, não culpem os compositores por eventuais perdas de ponto.

O samba da atual campeã, Mocidade Alegre, é decepcionante. A repetição de palavras (a palavra “amor”, p.ex., é usada no refrão e logo no primeiro verso da primeira parte, ou seja, é escutada TRÊS vezes num espaço de trinta segundos; o paulistano mostra seu “valor” duas vezes, a “cultura” é “multicultural”, e etc), indicando total falta de criatividade. E isto, sem contar as inúmeras repetições de “Sampa” e “São Paulo” - imagine um samba sobre Carmem Miranda que falasse cinco vezes o nome da homenageada? E aí, tome clichê – a cidade é “palco”, “cenário” “tem encanto e magia”... Outra escola que derrapou feio foi a Vila Maria, que tinha ótimos concorrentes e optou por um samba de soluções muito simples e rimas óbvias. São as bombas do ano em São Paulo e, curiosamente, são as duas primeiras faixas, dando um cartão de visitas ruim. Mas daí para a frente, o CD melhora muito.

Discordo totalmente da análise do Mestre quanto à obra da Águia de Ouro. É um samba alegre, despretensioso, com um refrão delicioso. O coral de crianças deixa clara a idéia de descrever o enredo (o sorvete) a partir de um mundo de sensações, apostando num lado bem lúdico. É um samba que, provavelmente, vai fazer a escola repetir o sucesso de comunicação com o público do ano passado. A gente tem de parar de achar que samba artisticamente bom é só samba pesado, em tom menor, com letra rebuscada. O samba da Águia é um sopro de leveza, coisa que falta no carnaval do Rio.

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Tinha a pretensão de comentar vários Cds de samba-enredo, dentre eles Santos, Manaus e etc. Não vai ser possível porque o carnaval foi muito cedo este ano. Porém, deixa eu fazer algumas observações. A grande surpresa do ano vem de Guaratinguetá – a Climério Galvão, com seu “Corumbê”, reedição do samba da escola de 1972, simplesmente maravilhoso. Ainda em Guaratinguetá, quero parabenizar a garotada do Carnaval Virtual da LIESV (www.liesv.com), que ganhou samba na tradicional Bonecos Cobiçados. A meninada venceu também no carnaval de Niterói, na Região Oceânica.

No acesso do Rio, espera-se o grande sacode de “É hoje!”. Outro samba que merece destaque é o da Cubango, apesar de eu estar com medo do rendimento do samba no desfile – a cadência da faixa no CD é ridícula, sem sentido, uma correria desenfreada que fez o coitado do Tiãozinho Cruz sofrer. É impossível levar o samba desse jeito por mais de dez minutos.

Em Floripa, o melhor samba do ano é da Copa Lord, que trata da imigração japonesa. A Protegidos da Princesa também está com ótimo samba e com a competência do Alan, o melhor intérprete da cidade. A Consulado decepcionou – depois do escândalo envolvendo a escolha do samba, que contamos na coluna anterior, a escola resolveu voltar atrás, e escolheu um samba local. Só que ele foi tão modificado, mas tão modificado, que perdeu toda a energia e o encanto que tinha, a ponto da parceria campeã ter abandonado a escola, tamanho o desrespeito com a sua obra.

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Os sambas de Porto Alegre não são obras-primas, mas tem uma coisa me levou a dar atenção aos carnaval de lá – as firmas do Rio e São Paulo ainda não infestaram e estragaram a cidade. Talvez a distância para os grandes setores iniba um pouco a ação das mesmas. 

Outra coisa - que bom ouvir um CD de sambas-enredo sem um clone de Wander Pires ou um intérprete contratado e sem raízes na cidade. Infelizmente, a organização, desconsiderando as tradições do samba local, contratou jurados do Rio de Janeiro, que desconhecem totalmente as características do samba na cidade e que vão julgar com base nos valores do carnaval carioca. É o primeiro passo para iniciar a invasão.

Quanto ao CD, como os sambas de Porto Alegre são tradicionalmente aceleradíssimos – e que continuem assim, é uma de suas características - a produção do CD deixou as faixas com muita pegada. Antes que o pessoal fique brabo com as notas, eu segui o meu critério – notas de 0 a 10. Ou seja, um samba com nota oito não é um desastre e não significa que o jurado vai dar nota oito. Além disso, não comentarei as faixas das tribos, apenas das escolas de samba do grupo especial. NOTA DO CD: 6,5

BAMBAS DA ORGIA – Assinado por Ciganerey, o samba não me agrada – tem cara samba de escola do Grupo C do Rio de Janeiro. A homenagem ao centenário do Instituto de Artes gerou uma obra genérico, que não chama atenção. NOTA: 7,3.

IMPÉRIO DA ZONA NORTE – Um dos destaques da safra. Um afro com muita pegada, um refrão de cabeça que é a cara de Porto Alegre, e o do meio, muito forte, com o seu “Olha o batuque no terreiro de sinhá”. Na segunda parte, apesar de cair um pouco o nível, tem algumas variações melódicas interessantes. NOTA: 9,2.

VILA DO IAPI - “Se for para sacodir, sacode para mim!” - com um grito de guerra desses, só pode vir coisa boa. E o intérprete não esconde o sotaque local, o que dá um tempero legal para a faixa. O samba, no entanto, é sério. O enredo é mais um grito ecológico contra a destruição do planeta. A samba tem um melodia interessante, mas peca na letra, excessivamente simples, direta demais , como no refrão: “Desmatar não tem porque / não leva a nada, é ilegal”. NOTA: 8,3.

ACADÊMICOS DE GRAVATAÍ – Falando de París, o samba é interessante, apesar de fraco. O refrão com rima em -is deixa o sotaque do intérprete bem perceptível. O restante do samba não foge do francesismo e fica meio trash: “Vive la vi!" é vida... é moda..."je theme brazil" / fina gastronomia... / Que show! é o Cirque du Soleil!”. Tem três refrões, sendo um daquele tipo pedindo resposta, como os do Fernando de Lima. NOTA: 7,8.

VILA ISABEL – Porto Alegre tem uma Unidos de Vila Isabel e a escola vem portenha – falando de Buenos Aires. Samba interessantíssimo, que apela pouco para o portunhol, apesar de um “mi buenos aires querida” meio estranho. A melodia é muito boa e o refrão de cabeça, “Um tango é desejo...sedução! / Ao som de um bandoneon / hoje a vila isabel dança no compasso de Gardel” é bem bacana. NOTA: 8.8.

IMPÉRIO DO SOL – O refrão de cabeça tem um dos recursos mais surpreendentes dos sambas enredo deste ano em todo o Brasil – na repetição, o último verso não explode, mas preparada para explodir o início da primeira parte. Inteligentíssimo. O enredo, sobre as lojas de comércio, é fraco e acaba prejudicando a letra, que ficou genérica, recheado de clichês. NOTA: 8,4.

ESTADO MAIOR DA RESTINGA – Depois de tentar um samba carioquizado e tomar um tombo fenomenal, a escola traz um dos sambas mais próximo das características dos sambas de Porto Alegre: “Aperte o cinto, arquibancada / Mais uma vez a tricolor vai sacudir / Eu to que to!! Eu sou gaúcho de “rio grande”, tchê!! / Eu sou “Tinga” e daí”. Marrentíssimo. O samba é bem simples e tem um recurso bacana na segunda parte, com várias repetições da palavra “Salve!”. NOTA: 8.7.

IMPERADORES – Um afro carregadíssimo, com um refrão de cabeça ousado, com algumas falhas de divisão no dois últimos e longos versos. A melodia é bem forte. Lamento apenas o refrão do meio, que não chama a atenção. É um dos destaques da safra: NOTA: 9,1.

PRAIANA – Samba levíssimo, o que o torna fácil de cantar apesar de ser bem acelerado e do enredo falar dos cabarés de Paris. O refrão de cabeça e o do meio são interessantes e a melodia agradável. Bom samba. NOTA: 8.6.

PROTEGIDOS DA PRINCESA ISABEL – Samba de Tom Astral, intérprete da Mocidade Leopoldense, da LIESV. A escola optou por falar do Cirque Du Soleil, e a obra tenta ser bem leve, com aquele clima que os sambas sobre circo costumam possuir. O refrão do meio é excepcional e o samba é bem cantado. NOTA: 8,8.

IMPERATRIZ DONA LEOPOLDINA – O melhor samba de Porto Alegre, extremamente técnico, com um refrão genial: “Eu sou! e serei eternamente teu cantor / Sou Leopoldina, Imperatriz é meu amor / Meu amor, “meu laraia...laia”. Sim, o enredo em homenagem à Martinho da Vila é interessante, apesar de focar mais a história do sambista na Vila Isabel. A letra do samba é poética. Só falta um refrão do meio mais forte. NOTA: 9,3.

ACADÊMICOS DE NITERÓI – Sabe qual o enredo da escola? França. O samba tem erros técnicos gravíssimos, como no seguinte trecho: “França, a coruja é mais voce / sua história / enriquece o meu saber / é poder crer a beleza / na avenida é você”. O refrão de cabeça tem uma divisão esquisita. O samba, porém, é leve e melodia agradável, com um quê de samba antigo. NOTA: 7.9.

EMBAIXADORES DO RITMO – A homenagem aos professores deu origem a um samba simpático, com uma letra extremamente simples. Samba despretensioso e sem grandes momentos. NOTA: 7,7.

ACADEMIA DE SAMBA PURO – A homenagem a Cartola tem um samba infeliz. Parece que os compositores não tiveram tempo para acertar a obra. Tem idéias ótimas, porém totalmente soltas. O samba é desconjuntado demais. A letra não tem nenhum encadeamento lógico. P.ex., no final da confusa primeira parte, o samba vem com um  nasce o fruto é Angenor, poeta da favela” jogaram um “acontece...”, interessantíssimo, que prepara para algo brilhante, que não “acontece”. O samba, em si, não acontece. NOTA: 7,2.

ACADÊMICOS DA ORGIA – O enredo é confuso – parece falar dos sonhos, nos sentido de desejos e projeções para o futuro ao longo da nossa vida, dividida em infância, adolescência e vida adulta. Mas a referência ao boi da cara preta é esquisita, remete ao outro significado de sonho. É um samba simples, que tenta passar tudo sem se comprometer. O único momento de ousadia é o refrão do boi da cara preta, que é interessante. NOTA: 7,6.  

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Para quem não entendeu porque “Agudás”, um dos grandes sambas do milênio, não rendeu na avenida, vai aí a explicação. A Unidos da Tijuca se preparava para o desfile. O esquenta tinha sido definido: “Guanabaram”, samba que deu o oitavo lugar para a escola em 1992.

Cavaco começa a tocar. Tudo maravilhoso, só que esqueceram de avisar ao Nego. Eis que, para espanto de todos, ele começa a cantar:

Alô povão, agora é sério... Tem cheiro de benjoim no xirê alabê...”.

Sem poder mudar o tom o resto do desfile, o samba foi levado assim mesmo e acabou naufragando na avenida, apesar de ter vencido o Estandarte de Ouro.

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Agora, momento jabá – fui convidado para escrever uma coluna no site www.carnavaldecampos.com.br , do meu amigo Marcelo Sampaio. Para iniciar, um artigo falando sobre o desfile da Imperatrz Leopoldinense sobre a cidade de Campos e de como se fazer um enredo patrocinado fugindo do lugar-comum e dando uma cara moderna e diferenciada para a homenageada. Outro jabá é para a coluna do Gabriel Carin sobre o carnavalesco Julinho Mattos, que deu inúmeros títulos para a Mangueira e é pouquíssimo lembrado pela nova geração, que só idolatra os discípulos de Pamplona e Arlindo, e esquecem esse artísta de origem humilde e que falava a linguagem do povo.

Por fim, o bloco Caçarola do Roliço, da cidade de Vassouras, do meu amigão James Bernardes, tem feito muita polêmica local com o seu “Peidei, mas não fui eu!”, interpretado pelo Leonardo Bessa. O samba, metendo o pau na corrupção, acabou, coincidentemente, sendo lançado num momento em que a cidade passa por inúmeros escândalos envolvendo políticos locais. As rádios se dividiram no apoio ao samba. O bloco é um dos maiores da região e tem contigente que supera o de muita escola de samba. Veja o site do bloco Caçarola do Roliço: http://www.cacarolafolia.com .

Confira o samba:

http://www.4shared.com/file/36101209/b51d68a6/artist_-_Caarola_do_Rolio_2008.html?dirPwdVerified=ad5f427b

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A análise dos sambas canônicos continua na próxima coluna. Enquanto isso... vamos dragonar?

Abraço a todos!

João Marcos
joaomarcos876@yahoo.com.br