PRINCIPAL EQUIPE LIVRO DE VISITAS LINKS ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES ARQUIVO DE COLUNAS CONTATO |
|||
![]() |
|||
Leia os Editoriais anteriores de Marco Maciel
- Coluna anterior: Ewerton Fintelman Presente - Coluna anterior: Almir Saint-Clair - O Showman que Eternizou uma Obra-Prima - Coluna anterior: Troféu Sambario 2025 - Coluna anterior: A Despedida de Neguinho e a Roda de Samba do Império - Coluna anterior: Fábio de Mello e Zuzuca - As Revoluções de Dois Quesitos - Coluna anterior: Luto no Carnaval e no Jornalismo Esportivo - Coluna anterior: Cadinho da Ilha - Até que Deus nos Ajudou - Coluna anterior: O Dia em que eu Encontrei o Rixxa em Porto Alegre GILSINHO - O MUNDO FOI NA SUA GINGA
Escrevo
este texto cerca de duas horas depois que eu e todos os amantes do
samba fomos pegos de surpresa com a partida precoce de Gilsinho.
A voz mais longeva da maior campeã do Carnaval Carioca. Que empunhou o sagrado microfone portelense por 17 Carnavais. Gilson da Conceição estreou na Águia em 2006, não sendo um nome tão conhecido entre os cariocas na ocasião. Entretanto, já tinha experiência no Anhembi, sendo titular do Vai-Vai, entre outras agremiações. Gilsinho não demoraria para provar que havia nascido para cantar na Portela. Construindo uma identidade na escola, tal qual Silvinho do Pandeiro, David Corrêa, Dedé da Portela e Rixxa. Ajudando os portelenses a encerrarem um jejum em 2017. Em 2026, completaria 20 anos de sua estreia na Portela. Desfilaria consagrado e mais do que consolidado como um dos maiores intérpretes da história carnavalesca.
Ficam eternizados momentos como o célebre esquenta "Estão Queimando Velas", do ano passado.
E o "Maria Maria" que encerrou os desfiles de 2025, sob os olhares de Milton Nascimento. Praticamente repetindo o expediente da apresentação consagrada no Vai-Vai dez anos antes, quando foi campeão cantando Elis Regina. Cantor que deu vida ao samba-enredo que marcou a mais recente revolução no gênero. "Madureira sobe o Pelô", que ajudou a sepultar a enxurrada de sambas CEP, Gás do Coari e iogurtes da vida. Melhorando a qualidade das safras na Sapucaí a partir dali. Intérprete que primava pela regularidade, através do entrosamento com Mestre Nilo Sérgio e a Tabajara do Samba. Que deixa os portelenses órfãos! Ao mesmo tempo, a tragédia proporcionará involuntariamente a repetição de um expediente ocorrido 36 anos antes. Em plena final de samba-enredo da Mocidade, Ney Vianna sofria um infarto fulminante. Às vésperas da gravação para o disco oficial. Paulinho Mocidade sempre conta em suas entrevistas que estava tomando banho quando foi comunicado que registraria o inesquecível "Vira, Virou". Para o Carnaval 2007, Jamelão teve sua participação no CD vetada poucos dias antes da gravação, por conta de uma isquemia cerebral. Luizito substituiu o lendário cantor, que morreria no ano seguinte. A partida de Gilsinho ocorre apenas quatro dias depois da escolha do hino portelense. Quase quatro décadas depois, o intérprete que a Portela escolher terá o mesmo desafio. De substituir Gilsinho repentinamente no registro definitivo para o álbum oficial. Que faça história assim como fez Gilson da Conceição! Que fez a Portela, o Brasil e o mundo irem na sua ginga! E sob os aplausos de Paulo Benjamin de Oliveira, Natal, Clara Nunes e Monarco, ecoa o grito lá do céu: É TUDO NOSSO! Marco Maciel
Twitter: @marcoandrews |
Tweets by @sitesambario Tweets by @sambariosite |