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DAVID CORRÊA

DAVID CORRÊA

          

       

 

 

 

        Nome Completo: David Antonio Corrêa

 

 

 

 

        Ano de nascimento: 1937




        Ano de falecimento: 2020

                                                       

   
          David Corrêa é um dos mais férteis compositores de samba-enredo do Rio de Janeiro. Suas músicas fazem tremendo sucesso popular e são cantadas até pelos torcedores das escolas concorrentes. Criado no subúrbio carioca de Engenho de Dentro, desde muito jovem se ocupava em compor músicas para o carnaval. Chegou à Portela em 1972, na ala de compositores da escola. Já no ano seguinte, ano do cinqüentenário da azul e branco de Madureira, compôs "Pasárgada, o amigo do rei".

David Corrêa não se define como um puxador de samba, mas, na maioria das vezes, canta o samba que compõe. Na Portela, acompanhava Silvinho do Pandeiro no carro de som. Em 1975, junto com Norival Reis, compôs "Macunaíma", um dos grandes sambas da história da Portela. Na avenida, além de David, o samba foi puxado por Clara Nunes, Candeia e Silvinho do Pandeiro.

Na virada dos anos 70/80, David vive sua fase áurea: emplaca sambas durante quatro anos consecutivos na Portela: "Incrível, fantástico, extraordinário" (1979), "Hoje tem marmelada" (1980), "Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite" (1981) e "Meu Brasil brasileiro" (1982). Alguns críticos alegam que a obra de David é simplória e a estrutura musical formulada em seus sambas prima pela repetição. Após consagrar-se na Portela, David Corrêa resolveu exibir seu talento em outras agremiações. Esteve também no Salgueiro, Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Ponte, Mangueira e Estácio de Sá. A partir do ano 2000, retornou à sua querida escola, concorrendo novamente nas disputas internas da Portela. Foi responsável pela autoria do samba "Amazônia, esse desconhecido", em 2002. Em 2013, a Tradição reeditou o clássico samba portelense de 1981. Numa homenagem a David Corrêa, o compositor integrou o carro de som do Condor.

David Corrêa também tem um trabalho forte como compositor de sambas. É autor de sucessos gravados por Almir Guineto ("Mel na boca"), Elza Soares ("Bom dia, Portela"), Agepê ("Brinquedo da vida") e Roberto Ribeiro ("De Palmares ao tamborim"). David tem dois discos lançados como cantor: Menino Bom (1976) e Lição de Malandragem (1981). Em 86, em plena efervescência da era do pagode, lançou um LP junto com os compositores Aluísio Machado e Gracia do Salgueiro. Do disco, David Corrêa estourou nas paradas com a música "Estrela de Oiá".

Morreu num domingo de Dia das Mães, em 10 de maio de 2020, ao sofrer problemas renais logo após fazer uma cirurgia para se recuperar de um atropelamento sofrido no mês anterior, além de ter contraído Covid-19.

 
INÍCIO: Portela, em 1972.

Primeiro ano como puxador de samba: 1973

1973 – Portela (com Silvinho do Pandeiro)

1975 – Portela (com Candeia, Clara Nunes e Silvinho)

1979 a 1982 – Portela

1983 - Imperatriz

1984 – Salgueiro

1985 e 1986 – Vila Isabel 

1990 - Império Serrano (apoio de Tico do Gato)

1990 - Sem Compromisso (Manaus, gravação do LP)

1993 e 1994 - Mangueira (apoio de Jamelão)

2002 - Portela (apoio de Gera)

2013 - Tradição (apoio de Marquinhos Silva)

SAMBAS DE SUA AUTORIA: "Pasárgada, o amigo do rei" (73); "Macunaíma, o herói de nossa gente" (75, com Norival Reis); "Incrível, fantástico, extraordinário" (79, com J. Rodrigues e Tião Nascimento); "Hoje tem marmelada" (80, com Jorge Macedo e Norival Reis); "Maravilhosa Marajó" (80, com Luiz Piteira e Mazinho); "Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite" (81, com Jorge Macedo); "Meu Brasil brasileiro" (82, com Jorge Macedo); "Skindô, skindô" (84, com Jorge Macedo); "Parece até que foi ontem" (85, com Jorge Macedo e Tião Grande); "De alegria cantei, de alegria pulei, de três em três, pelo mundo rodei" (86, com Jorge Macedo); "Conta outra, que esta foi boa" (88, com Gibi, Guga e Zé Catimba); "Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu" (94, com Carlos Senna, Fernando de Lima e Paulinho Carvalho); "Uma vez Flamengo" (95, com Adílson Torres, Caruso e Déo); "Amazonas, esse desconhecido. Delírios e verdades do eldorado verde" (2002, com Grillo e Naldo). 

Estandartes de Ouro: 2 (1979 e 1981, ambos como o autor do melhor samba). Possui um Prêmio Sambanet de personalidade em 2013.

MAIS FOTOS DE DAVID CORRÊA


Na concentração para o desfile da Tradição em 2013, ao lado da repórter da TV Globo, quando a escola do Campinho reeditou "Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite", que a Portela desfilou em 1981


À direita, cantando o samba portelense no desfile de 1975 com Clara Nunes, e tendo Candeia ao fundo


David em 2005



David Corrêa é o que aparece em primeiro plano, segurando uma garrafa de água na mão esquerda enquanto ajuda a puxar a Portela no desfile de 2002 (quando desfilou com um samba de sua autoria). Fotos cedidas por Rixxa Jr.


Foto enviada por Igor Munarim

Em 1980

Em 1982

Em 1983

Em 1984

Em 1986 (as últimas nove fotos enviadas por Juca Tatu)

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