Chompiras: o carro-chefe do Programa Chespirito!
Bem galera, nesta coluna venho lhes falar sobre um quadro clássico de Chespirito, que ganhou maior consistência na era mais atual da série.
Desde os primeiros anos das séries de Chespirito, um quadro muito interessante fora criado. E seu elenco principal, contava apenas com dois atores: Bolaños e Valdez, os famosíssimos Chompiras e Peterrete respectivamente.
Alguns
quadros foram realizados e alcançou um certo sucesso. Porém, na
época, a estrela do espetáculo era o Chaves. O garoto de oito
anos mais atrapalhado do mundo era a sensação do programa,
passando de um simples quadro do velho Programa Chespirito para
um programa individual. Chapolin era outra sensação do programa
passando também a ter um quadro.
A grande
invasão: um episódio divertidíssimo de Chompiras e Botijão
Porém, depois de alguns anos sem ser gravado, o Programa Chespirito voltou. Só que, desta vez, a sensação do programa não seria mais nem o Chaves nem o Chapolin, até porque os atores já estavam idosos e sem a agilidade de sempre para realizar as mesmas piadas de quedas que realizavam antes. Nesta ocasião, o quadro sensação passaria a ser Chompiras, só que vocês devem estar se perguntando:
(...) Mas, com a morte de Ramón Valdez, o quadro não deveria ter se encerrado, sendo que o mesmo interpretava o parceiro de Chompiras?! (...)
Não. Quando o quadro de Chompiras voltou a ser gravado, muitos atores e atrizes foram acrescentados ao grupo tradicional de Chespirito e Valdez fora substituído por Edgar Vivar. E a personagem de Vivar não tinha a menor intenção de ocupar o lugar do eterno Peterrete, por isso, essa personagem se chamaria Gordon Botijão. E o detalhe é que as histórias se passaram em uma época após a prisão dos dois e ambos já não eram bandidos e sim, regenerados.
Os episódios de Chompiras mandaram na fase mais atual do Programa Chespirito. Quando Chespirito foi ao ar pela primeira vez no Brasil pela CNT, 150 quadros foram exibidos, e, desses 150 quadros, 94 eram de Chompiras.
Mas, afinal, qual era a duração dos quadros de Chompiras?! Bem, a resposta é bem simples: os quadros de Chompiras tem as mais variadas durações; de 5 a 90 minutos.
Até a CNT resolver exibir quadros de outros personagens, mas 70 quadros de Chompiras foram exibidos sem cessar. Os outros que faltaram foram sendo exibidos aos poucos. A maior parte dos quadros de Chompiras tinham a duração de 40 a 45 minutos, tomando sozinho todo o espaço do Programa, pois quando os quadros tinham essa duração, apenas um episódio era exibido por programa.
Alguns quadros de continuação também foram exibidos pela
emissora. Um dos mais geniais foi "O perigoso sósia de
Chompiras". É um episódio de 80 minutos (2 episódios de
40 minutos cada). O episódio conta a história de um bandido
muito perigoso que é procurado pela polícia, e só pode ser
reconhecido por uma cicatriz na barriga da perna. O bandido é um
sósia de Chompiras (obviamente também interpretado por
Bolaños). O Pequeno um dos comparsas de Chamóis
descobre Chompiras e tem uma idéia diabólica: assassinar
o Chompiras para que todos pensassem que Chamóis tinha morrido.
Porém, o que Pequeno não sabia era que Chompiras, apesar
de já ter sido um gatuno, era agora um trabalhador honrado e um
homem respeitado pela polícia. Só que, mesmo assumindo riscos,
a mente doentia de Chamóis não desistira do plano e a história
segue seu rumo. Refúgio acha que Chompiras voltou a ser um
bandido e prende Chamóis. Chimoltrufia o confunde também com o
velho amigo Chompiras e resolve lhe fazer uma visitinha na
cadeia. Muitas situações ocorrem, até que ela se vê obrigada
a vestir a roupa de Chamóis, e, Chamóis, a dela. O final do
episódio é muito interessante, porém, paro por aqui.
O perigoso sósia
de Chompiras: Chamóis vestido de Chimoltrufia
Muitos outros episódios de Chompiras marcaram o Programa Chespirito. Na verdade, creio que, se a maior parte dos quadros gravados para essa fase da série pertencessem aos personagens Chaves e Chapolin, a série teria sido um fracasso total, tanto que remakes de episódios clássicos foram feitos, sem grande sucesso, mesmo utilizando-se praticamente das mesmas piadas.
Outro episódio que eu gosto muito intitulei-o como O celular do Sargento. Este é um dos episódios mais divertidos, pois usa-se um objeto bastante simples e ao menos tempo incomum: a metade de um telefone fixo.
Neste
episódio de 20 minutos, Refúgio, ao saber por um amigo que
trabalha na rodoviária que Maruja estava na cidade, sai correndo
sem desligar o telefone, e, no embalo, leva o fone com ele.
Chegando ao hotel, todos estranham aquilo e Maruja tem uma idéia
para que o Sargento não passe vergonha: dizer que aquilo era um
novo modelo de telefone celular. Uma confusão muito grande é
armada por causa deste celular.
O celular do
Sargento: Dom Cecílio se atrapalha com os fones
Outros episódios de Chómpiras merecem destaque. Um deles é
Três hóspedes e um destino. Episódio esse que
conta com a participação de Anabel Gutierrez atriz que
interpreta brilhantemente a mãe de Chimoltrufia. Este episódio
é mais ou menos parecido com o clássico Hospedaria sem
estrelas do Chapolin. Tudo começa quando Dom Cecílio tem
que sair um pouco de seu posto e pede que Chimoltrufia tome conta
do balcão. Ela então manda Chompiras ficar. A contra-gosto ele
fica e hospeda Maruja no último quarto disponível. Enquanto ele
vai comprar um sanduíche para Maruja, Chimoltrufia fica furiosa
ao perceber que ele deixou o balcão vazio e assume-o. Logo sua
mãe chega e sem saber que já havia alguém hospedado no quarto,
ela o aluga para sua mãe. Muitas situações acontecem até que
um terceiro hóspede chega ao mesmo quarto, causando a maior
confusão.
Três hóspedes e
um destino: muitas confusões entre nossos velhos amigos
Vou falar sobre um último episódio. E deixei esse para o final, pois, sempre se deixa o melhor para o fim. Trata-se de uma versão para o clássico A pichorra. Esta versão tem vinte minutos a mais do que a clássica realizada para o Chaves.
Começa quando Refúgio vê a porta do hotel aberta e lembra-se que Dom Cecílio lhe disse que ficaria fechado para reforma. Mas, já lá dentro, dá de cara com Cecílio que lhe diz que os empregados da Companhia que fez o trabalho prometeram que levariam alguns dias para fazerem o serviço, porém, ia se realizar uma festa para os empregados da Companhia, e como lhes convinham, terminaram o trabalho em meio dia. E Dom Cecílio iria aproveitar e fazer o mesmo que fez a outra Companhia: uma festa para os empregados do hotel.
Começam a comprar muitas coisas, e claro, uma pichorra, que neste episódio foi traduzida ao pé-da-letra: pinhata. Neste episódio, Dom Cecílio é o autor da velha frase do Madruguinha: sem pinhata/pichorra não tem festa.
E esse aviso de nada adianta, pois Chompiras quebra algumas pichorras sem querer. Mas enfim, consegue-se fazer a tal festa e com a pichorra.
Nesta festa, o Sargento Refúgio (que ainda não conhecia a Maruja) dançou e se encantou com a sobrinha de Dom Cecílio. Chega a hora dos versos para pedir pousada e, logo em seguida, a hora tão esperada: de quebrar a pichorra.
Este é um dos episódios mais interessantes de Chompiras e o final não fora muito diferente do clássico episódio de Chaves.
O detalhe é que a mãe da Chimoltrufia sempre gostou do
Chompiras e, nesta festa, faz de tudo para se aproximar do cara e
chega até a dançar com ele.
A pinhata: uma
dos melhores remakes já realizados
Bem galera! Termino por aqui, porque se começar a falar de todos os episódios, nem em dois meses eu concluo esta coluna. Talvez em outra oportunidade eu faça a segunda parte desta coluna, talvez até mais edições.
P.S.: eu não coloquei a conclusão dos episódios nos resumos pela razão de eu possuir os episódios citados e os mesmos estarem disponíveis em formato VHS ou DVD. Para adquirirem esses episódios ou outros que passaram no Programa Chespirito; também episódios normais de Chaves, Chapolin e Clube do Chaves, escrevam para valette.negro@bol.com.br e passarei-lhes os valores. Lembrando que os episódios do Programa Chespirito só eu os gravei e, como já foi dito, os forneço em VHS ou DVD. E para quem mora no Rio Grande do Sul e quer poupar um pouco de dinheiro na hora de pagar o frete, pode adquirir uma parte desses episódios com Rufino Rufião em formato DVD. Porém, ele apenas comprou de mim os episódios que não haviam sido exibidos no Clube do Chaves, totalizando 60. Ele não adquirira comigo outros 30 que já haviam sido exibidos no Clube. Portanto, ele possui 60 e eu 90.
Bem,
fico por aqui, mais uma vez pedindo que vocês cadastrem-se no
Movimento Volta Chapolin:
Um abração especial ao Marco Maciel e aos meus grandes amigos do Meio CH: Gustavo Berriel, Deimison (Mr. CH), Paulo Martins, Adriano Surubim, Rodolfo (Spider), Eduardo Rodrigues, Bruno Pires (Bepê) e a muitíssimos outros. Enfim, à Nação Chmaniaca em geral. Até a próxima galera!!!
Valette Negro