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TOP 10 - AS DEZ MELHORES CENAS DO SERIADO CHAPOLIN


"Búfalo Bill": o último episódio de Chapolin exibido no Brasil

         Ao mesmo tempo em que estamos, enfim, realizando a primeira atualização do ano no Turma CH, ela coincide com uma data muito triste para nós. Há exatamente um ano, mais precisamente no dia 17 de março de 2007, ocorreu o fato mais melancólico da história do meio CH (fora, é claro, as partidas de grandes atores e dubladores, como Ramón Valdez e Marcelo Gastaldi): a surpreendente saída de Chapolin da grade de sábado do SBT, mesmo com a apresentação de quatro episódios inéditos de forma consecutiva nas semanas anteriores.
         Lembro-me como se fosse hoje daquele início de tarde de sábado. A expectativa de todos era saber se teríamos uma quinta semana seguida de festa. Nos últimos quatro sábados, os chapolinmaníacos foram agraciados com episódios nunca antes exibidos, como "Nós e os Fantasmas", "Quase um Velório", "A Caricatura" (junto com o minúsculo sketch "A Aposta") e "Búfalo Bill". Como sempre fazia depois do almoço de sábado, preparei a fita minutos antes das 13h45min. Até que, como se fosse uma espécie de premonição, uma queda de luz exatamente no horário marcado gelou-me a espinha. Em algo semelhante a um fenômeno sobrenatural, aquele blecaute alertara-me de que algo de ruim aconteceria. A luz voltaria apenas um minuto depois. Corri para a TV. Liguei no SBT e me deparei com uma família de negros tomando conta da telinha. Primeiramente, achei que "Eu, a Patroa e as Crianças" estava terminando. Mas reparei que aquele "encerramento" estava prolongado demais. A ficha demorava a cair. Por ingenuidade, não percebi que os créditos daquele programa estavam aparecendo na parte de baixo da tela. Isso é natural quando um seriado se inicia, pois no final do programa os créditos vão para o centro. Até que a ficha caiu finalmente quando os créditos pararam de passar, e a série protagonizada pelo negão careca e boa-pinta continuava numa boa. Fiquei estupefato! "O SBT não faria isso", pensei. Corri para o computador, acessei o FUCH (Fórum Único Chespirito) na esperança de que lá tivesse a informação de uma possível exibição num horário mais cedo. Mas a tristeza aliada à raiva e indignação que me tomava já contagiara seus usuários. Chapolin, mesmo precedido por uma seqüência impressionante de preciosidades inéditas, estava definitivamente fora do ar.


Chapolin está fora do ar, mas pelo menos Caco Rodrigues fantasiado foi um consolo...

         O que me espanta até hoje, um ano depois daquele momento fatídico, foi a incompetência de uma emissora que já foi a vice-líder de audiência no país. Não é possível que nenhum daqueles indivíduos que trabalham naqueles misteriosos estúdios da Via Anhangüera soubessem que estavam colocando no ar episódios do Chapolin que nunca haviam sido apresentados no Brasil. De novembro de 2005 a março de 2007, sequer uma viva alma teve a capacidade de alertar ao marketing do SBT (se é que existe!) as raridades que a emissora estava mostrando. E tamanhas preciosidades iam ao ar de forma obscura, sem nenhuma divulgação, escondidas em dia e horário péssimos em termos de audiência. Ah, se ao menos tivessem veiculado um mísero comercial anunciando "CHAPOLIN, AGORA COM EPISÓDIOS INÉDITOS AOS SÁBADOS", garanto que a audiência ia bombar.
         E quem paga pela incompetência de Cenoura Abravanel e seus asseclas? Nós, é claro!
         Ironicamente, ao invés de lamentarmos o primeiro aniversário desta tragédia, vamos aproveitar esta nefasta data para recordarmos as dez melhores cenas da história do seriado "Chapolin", na minha humilde opinião. Como as situações vividas pelo Polegar Vermelho costumam ser mais diferenciadas do que as ocorridas em "Chaves", muito em função das mudanças de personagens e cenários, fica mais fácil fazer um Top 10 pela versatilidade dos fatos ocorridos na série. Eis a lista das dez mais de "Chapolin", escolhidas tanto pela comicidade quanto pelo valor representativo e satírico.


Vovô com o gato amassado: outra cena bizarra de "A Casa Caindo de Velha"

10ª O Herói da América Latina - A síntese da inteligência do humor de Chespirito. As limitações de Chapolin Colorado são comparadas à fraqueza da América Latina com relação às nações mais desenvolvidas. No episódio "A Casa Caindo de Velha", após mais uma trapalhada do Vermelhinho, o Vovô (Ramón Valdez) pergunta à neta (Florinda Meza) porque não chamou o Batman, o Super-Homem, ou até mesmo o Recruta Zero. Eis que ela afirma: "Vovozinho, por favor! O Chapolin é o herói da América Latina". É o gancho para a antológica resposta do velho: "Então há uma razão para estarmos subdesenvolvidos. Por isso é que está aí essa crise!". Uma perfeita sátira de uma situação política dominada por norte-americanos (de sarados e musculosos como Batman e Super-Homem) contra a ampla desvantagem econômica dos latinos-americanos (representados por um franzino e medroso Chapolin Colorado). Até hoje esta cena inspira incontáveis teses sobre os seriados de Roberto Gómez Bolaños. Momento semelhante ocorre nos encontros de Chapolin com Super Sam, herói interpretado por Ramón Valdez que é uma clara representatividade dos EUA não só pelo chapéu com as cores da bandeira norte-americana, como também pelo saco com dinheiro tilintando que costuma carregar durante as missões.


"Tome uma Cheves que eu já tomei..."

9ª "Cheves, a cerveja incrível" - A fase de ouro das séries CH ocorreu nos anos 70. Mas o predomínio do merchandising nos programas de TV já era evidente. É a deixa para mais uma singular sátira realizada pelo genial Bolaños. Logo no início da saga da Branca de Neve, "Dona" Madrasta (María Antonieta de las Nieves) pergunta ao Espelho Mágico (Ramón Valdez) se existe alguém mais bela no reino. A resposta é imediata: "Tu, rainha! Tu és a rainha mais bonita deste reino... e de todos os outros!". Ao terminar a frase, para a surpresa de todos, ele faz com a mão direita uma letra "C" a la Raúl Velasco e anuncia "E agora, o comercial." O espelho logo reflete dois camponeses (Rubén Aguirre e Horácio Gómez Bolaños) no mesmo cenário tosquíssimo de árvores de papelão por onde os anões passam para voltar pra casa (com Dunga [Chespirito] comicamente derrubando uma delas). Rubén, com uma caneca na mão, brada: "Já saiu Cheeeeeves! A cerveja incrível". Horácio aparece e os dois passam a cantar o jingle: "Tome uma Cheves que eu já tomei / tome outra Cheves que eu já canseeeeei". Após a dupla colocar a mão na boca, eles finalizam: "Cheves, a cerveja incrível". Como o neo-liberalismo vem se mantendo na moda, não é de se admirar que até os contos de fadas sejam obrigados a apelar para merchans...


Ninguém escapa do Pirata Alma Negra?????

"Ele tem que trazer o troco" - No começo da segunda parte da excelente saga do Pirata Alma Negra (cujo final é até hoje um mistério), o bandido dos sete mares interpretado por Ramón Valdez começa a intimidar a todos os presentes: "Ninguém escapa do Pirata Alma Negra. Ouviu bem, Chapolin? Ninguém! Ouviu bem, Lagartixa? Ouviu bem, Pança Louca?". Então Alma Negra se surpreende com a ausência do pirata gordão vivido por Edgar Vivar. "Pança Louca? Onde é que tá o Pança Louca?". Da forma mais natural, Lagoa Seca (Horácio Gómez Bolaños) responde: "Saiu um pouquinho, Capitão. Mas ele volta já". A ficha de Alma Negra demora a cair, e ele resolve tirar a história a limpo. Lagoa Seca prossegue com firmeza: "Ele foi comprar cigarros! Mas ele volta já, ele... ele volta já". O pirata pergunta, indignado: "E por que você tem tanta certeza de que ele vai voltar?". Eis a resposta, um tanto "coerente": "Porque ele tem que trazer o troco do dinheiro". A cara de Ramón Valdez na cena vocês já devem imaginar...


Quem tem um treinador de boxe como Chapolin, não precisa de inimigos

O grande incentivo a um lutador - Em "A Luta de Boxe", o mocinho vivido por Carlos Villagrán está apavorado com a luta de boxe que participará, enfrentando o vizinho fortão (Rubén Aguirre), que vive cobiçando sua noiva (Florinda Meza). Chapolin é o idealizador do desafio e incentivador de Carlos. Após iludi-lo com a mentira de que a luta seria arranjada, e o herói afirmar que ele está arriscando o amor da noiva, ele dá início ao mais engraçado diálogo de toda a série, na minha opinião. "Além disso, você está arriscando uma coisa que não vale um tostão: seu físico. Depois, o que pode piorar numa carcaça que parece um saco de pano... Se der pra trás nessas condições, com que cara você vai sair na rua? Sim, sim já sei que... que você sempre saiu na rua com essa cara, o que demonstra uma coisa: que você é muito valente!". Carlos, boquiaberto e após alguns segundos, sorri e fecha com chave de ouro e com um quê de sarcasmo o bizarríssimo diálogo: "Oh, com essa força que você tá me dando, eu garanto que ganho essa luta". A seguir, a cara de apavorado e desânimo que Carlos faz é para entrar para a história, bem como a face orgulhosa de Chapolin, exaltando o fracote... e, ao mesmo tempo, também sendo sarcástico. Tanto que, antes da luta começar, ele avisa ao fortão que, quando Carlos cair, terá de esperar a contagem. "Mas Chapolin, e se for o grandão que cair?". Chapolin encerra o assunto: "Estamos falando sério!".


Na "Politura de Chefalícia", Chapolin inferniza o diretor da prisão

6ª "Olha como eu tô tremendo de medo" - Após Chapolin prender por engano o diretor da prisão (Rubén Aguirre) em "Por Onde Escapam os Presos", este o ameaça: "Vai se arrepender, Chapolin. Isso vai lhe custar caro". Eis que Chapolin se sacode todo e, com uma cara cínica, finge morrer de medo, com direito a gemido. O diretor é logo libertado pelo sargento (Carlos Villagrán), mas em seguida acaba novamente preso pelo Vermelhinho. Dentro da cela, Rubén novamente tenta intimidar o herói: "Chapolin Colorado! Isso vai lhe custar a vida". Chapolin volta a tremer de medo, mas dessa vez rebolando e caminhando de forma gozada, com as pernas separadas. Cena que garante um surto de tantas gargalhadas por minha parte.


A própria produção do programa brincava com a precariedade dos cenários

5ª "Tarzan... Polegar! Tarzan... Polegar!" - Nada como a produção da série brincar com a tosquice dos cenários (lembrando Chapolin no Clube: "temos que economizar isopor, a produção mandou"). No hilariante episódio "Mordentura de Serpente", após o herói tentar passar pelo que julga ser uma areia movediça com um cipó, Chapolin pisa na beirada da lama. Ele ensaia o diálogo: "Essa técnica fui eu quem ensinei ao Tarzan, porque o Tarzan...". Inacreditavelmente, o cipó começa a se desprender do teto do cenário. Chapolin, segurando na corda, começa a envergar na diagonal em direção ao chão. Enquanto o cipó vai se soltando aos poucos, e Polegar se aproxima cada vez mais da lama, ele vai balbuciando como disco arranhado: "Tarzan... Tarzan... Tarzan...". Fredegundo (Carlos Villagrán), apavorado, começa a gritar "Polegar, Polegar" a cada pausa que Chapolin faz ao dizer "Tarzan". Ele cai na lama, que felizmente não é nenhuma areia movediça, e tenta sair de lá se arrastando, jogando lama pra todo lado. Mas a melhor cena deste episódio ocorre minutos depois.


Reparem como Chapolin muda de cara durante a legendária cena

4ª O ranger de dentes - É o ponto alto do melhor episódio da série na minha opinião: "Vamos à Disneylândia com o Polegar Vermelho". Chapolin desafia Racha Cuca (Ramón Valdez), que o intimida: "O medo não monta em burros, não é Vermelhinho?". Chapolin devolve, na mesma moeda: "Também não monta em Polegares, não é burro?". É a deixa para os próximos quinze divertidíssimos segundos, em que um encara o outro de frente, rosnando e com os dentes cerrados. A cara de Ramón é de dar medo. Já a feição de Chapolin, tentando imitar Racha Cuca, é hilariante. Primeiro, range os dentes com um jeito de menino fracote e desajeitado, mas metido a valente. Aos poucos, a cara passa a ser de cachorro rosnando. Tanto que Chapolin late. Mas o ladrar de Racha Cuca é mais alto, e Chapolin se afasta imitando o choro de um cãozinho. Cena legendária na história das séries CH.


Só a cara de Ramón Valdez já é garantia de boas gargalhadas...

3ª "O senhor quer que eu vá buscar?" - Voltamos a "Mordentura de Serpente": logo após encontrar Cruzeirissa (quer dizer... Clarissa, interpretada por Florinda Meza), Chapolin, Fredegundo (Carlos Villagrán) e seu sogro (Ramón Valdez) se apavoram quando ela conta que foi picada por uma cobra. Após Fredegundo alegar ter esquecido de trazer o material de primeiros socorros, ele se oferece para ir ao acampamento vizinho a fim de ver se há remédios por lá. Minutos depois, ele retorna ofegante, toma um pouco de ar e afirma: "Eles têm uma caixa de remédios bem completa". O alívio toma conta, até Ramón perguntar pela caixa. Eis que surge a resposta insólita por parte do genro: "O senhor quer que eu vá buscar?". A cara de ódio de Ramón Valdez ao ouvir aquilo é simplesmente uma das maiores antologias de que se tem notícia. Pudera... Logo a seguir, ocorre toda a seqüência em que eles esvaziam a barraca ("Que compriiiiiiiiiida essa escada", "Trouxeram até o Valentino Guzzo") e, por fim, a legendária implicância de Chapolin com os desmaios de Clarissa, implorando para que ela espere pela padiola.


É difícil resistir à dor, assim como é difícil não rir nesta cena

"Não vai doer! Não vai doer!" - Chapolin estimula a auto-confiança em "Para Fugir da Prisão" (1ª versão), repetindo a frase "Não vai doer" ao sugerir que seja usada a marreta - com o golpe próximo à mão no chão - para arrebentar as correntes das bolas de ferro que estão aprisionando o herói e o presidiário (Ramón Valdez). Após libertar Ramón (e machucar-lhe as duas mãos), chega a vez do presidiário usar a marreta para soltar Vermelhinho. Chapolin então se concentra e, ao mesmo tempo em que repete "não vai doer, não vai doer", chega a vibrar e a rir, tamanha é a sua auto-confiança. Até que Chapolin autoriza Ramón a dar o golpe. Após a marreta se chocar com as correntes e a mão do Polegar, ele se levanta com uma expressão triunfal. Seu sorriso de autoridade, no entanto, vai aos poucos dando lugar a um semblante de dor. Chapolin, comicamente, tenta disfarçar seu suplício, permanecendo estático, olhando pra cima e tossindo. Até que nosso herói cede e começa a chorar de dor, beijando a mão machucada. Sua mudança de expressão, como que em câmera lenta, é hilariante de acompanhar. Quem assiste, não resiste às gargalhadas. 


Após o divertido  fracasso da serenata de Chapolin, nada como "Taca la Petaca" para atrair a atenção de Romieta

A Serenata - Podem falar o que quiser, mas para mim é a seqüência mais antológica de todas as séries CH. A segunda parte da saga de "Juleu e Romieta" só passou uma vez no Brasil: em agosto de 1998. Ainda assim, é um dos episódios mais cultuados de toda a série. Trata-se de uma obra-de-arte capitaneada pela serenata feita por Juleu (Carlos Villagrán), com as preciosas ajudas de Chapolin e o vizinho (Rubén Aguirre), em homenagem a Romieta (Florinda Meza). O herói, a princípio, canta uma série de músicas bizarras, todas rejeitadas por Juleu, até que este se empolga com a canção que tem os versos "chorar e chorar". Se empolga tanto que acaba por repetir o bendito "chorar e chorar" durante todo o concerto de Chapolin, que se irrita e quase quebra o violão na cabeça de Juleu, que depois tenta inclusive cantar em inglês para a amada. Porém, o máximo que consegue é atrair o vizinho, que se prontifica a ajudar na serenata. E Chapolin e Rubén cantam "Taca la Petaca", proporcionando um clipe bizaríssimo (o melhor e mais engraçado, na minha opinião). Romieta enfim aparece no balcão, desejando ouvir poemas de amor. Chapolin recita um muito bonito, mas Juleu se atrapalha com os versos, acabando por ofender, sem querer, a amada. O pai de Romieta (Ramón Valdez) resolve tomar satisfações com Juleu, acirrando ainda mais a rivalidade entre as famílias Capuleto e Montéquio. Com louvor, é a melhor seqüência não só de Chapolin, mas de todas as séries CH na minha concepção.

E enquanto o Chapolin não volta, que esperemos sentados... mas com essas lembranças hilárias.

MESTRE MACIANDO NA SAPUCAÍ
As últimas do meio CH

Com a entrada da nova fase das "Chiquititas" na próxima segunda às 19h15min, "Chaves" deverá passar uns tempos na geladeira do SBT. A mudança acontecerá mais precisamente no dia 17 de março. Realmente esta data traz maus fluídos para os chavesmaníacos... O seriado, no entanto, deverá continuar no "formidável" horário das cinco e meia da matina, diariamente. O estilo de exibição, com três episódios por dia (geralmente cortados), só estava servindo para saturar ainda mais a série. Não gosto de ver "Chaves" fora do ar, mas um tempinho na geladeira talvez não seja de todo ruim. Logo, logo, o titio Cenoura arruma um novo horário para Chaves, e tome mais saturação e dor-de-cabeça para a concorrência... Ou então, nem sequer realizará a mudança já anunciada em comerciais veiculados pelo SBT. Afinal, foram tantas vezes que fizeram e desfizeram mudanças de última hora... A propósito, assisti pela primeira vez, no último 31 de janeiro, a seqüência da cena após o marinheiro Frederico (Carlos Villagrán, acima) gritar "cale-se, cale-se" para Dona Florinda em "Recordações", a segunda parte do Despejo. Ele deixa a casa encabulado, saltitando e tremendo, do jeito que seu filho Quico age nas brincadeiras. Aí Dona Florinda se aproxima do berço onde está o bebê bochechudo e se abaixa lentamente. Aí prossegue o episódio normalmente... Por algum motivo aparente, essa cena nunca era exibida, e inclusive foi apresentada sem som. Efeitos da remasterização...

O SBT está redublando alguns episódios de Chaves, mas já na fase "Programa Chespirito", entre o fim dos anos 80 e início dos 90, com Chespirito já um tanto fora de forma. A Herbert Richers está aproveitando os mesmos dubladores do desenho, ou seja, Tatá Guarnieri permanecerá como a voz de Chaves. Já Beatriz Loureiro desperta as maiores curiosidades, pois terá a difícil missão de substituir a saudosa Helena Samara na voz de Dona Clotilde. Gustavo Berriel (em ação, à direita) continua encarregado do timbre rouco de Nhonho, enquanto Alexandre Marconato será trocado por Duda Espinoza (que já atuara no desenho, como o Seu Furtado) na dublagem de Godinez tanto na série como na animação. Lembrando que Seu Madruga e Quico estão ausentes nestes episódios, alguns deles exibidos no Clube do Chaves. Inclusive, Berriel relatou em seu
blog que a Herbert Richers está recebendo capítulos com a dublagem da Gota Mágica (a do Clube), ou seja, eles estão redublando os episódios ouvindo as vozes da trupe comandada por Cassiano Ricardo ao fundo. Curioso... Esses novos episódios ainda não têm data para estrear no SBT, bem como a segunda temporada do desenho, que está sendo dublada pela mesma equipe desde 4 de março. Os nomes das primeiros novos episódios são: "Guerra na vizinhança", "Vizinhança em guerra" ou "Guerra na vila" (título ainda indefinido, será um desses três); "Refrescos do Chaves"; "As histórias de terror"; "Como sobem os alimentos" e "O homem invisível".

Enquanto eu, mais os colaboradores e dubladores dos episódios distribuídos pela Amazonas Filmes, permanecemos esperando pelo recebimento do box 7, o oitavo já está a vias de ser comercializado. Será o última caixa que contará com o disco do Chapolin. Eis os episódios do box 8:
DVD do Chaves (recheado de preciosidades) - "O Festival da Boa Vizinhança" (quarta parte inédita no Brasil, porém cortada), "A Explosão do Nhonho" (inédito), "O Retorno da Chiquinha" (perdido), "A Continuação da Venda da Vila" (a parte 2 do episódio, inédito) e "A Noite de Natal" (inédito), além do extra "A Mosca é uma Coisa Tosca". DVD do 
Chapolin - "Vale Tudo na Guerra do Amor" (comum, trata-se de "A Luta de Boxe"), "Fotos no Museu, não" (ex-inédito), "O problema dos fósseis é que são 'difóceis' de encontrar" (comum, famoso pelo título "Expedição Arqueológica"), "O Fantasma do Tesouro Pirata, digo, o Tesouro do Fantasma Pirata" (comum) e "Conferência sobre um Chapolin" (inédito, em que Dr. Chapatin relembra os melhores momentos do Polegar Vermelho). DVD do Chespirito - "O Veneno de Maruja" (Chompiras), "O Robô Robotizado" (Chaparrón), "Consulta sem Consolo" (Dr. Chapatin) e "Juleu e Romieta, de Shakespearito - parte 1".

Edgar Vivar está vivendo grandes dias, graças a Deus! Após uma cirurgia de redução estomacal bem-sucedida realizada em janeiro, o intérprete do Seu Barriga não só está comemorando os 28 quilos perdidos como também retornará à televisão mexicana na série "Los Simuladores", em que interpretará um peruano radicado na Espanha. Antes, participou do filme "O Orfanato" no papel do parapsicólgo Balabán (que entrou em cartaz recentemente nos cinemas, foto à esquerda). Edgar relata que seu objetivo é chegar a 80kg (atualmente, pesa mais de 130). Enquanto Edgar está bem de saúde, Rubén Aguirre continua se recuperando do acidente automobilístico que sofreu, junto com sua esposa Consuelo de los Reyes Medellín, às vésperas do último reveillón. Inclusive ela teve parte de uma das pernas amputada. Chespirito, que recentemente inaugurou uma fundação beneficente que leva o seu nome, lhe concedeu ajuda financeira juntamente com Florinda Meza.

Mestre Maciel

marcofelgueiras@brturbo.com.br