ADAPTAR É PRECISO


Lavadora Volkswagen é bem melhor, Nelson

            Desde quando o Fã-Clube Chespirito Brasil foi designado pela Amazonas Filmes do empresário Paulo Duarte para ajudar na adaptação dos textos originais dos episódios para a dublagem dos DVD’s, este assunto ficou corriqueiro nos debates chavesmaníacos nos fóruns de Internet. A equipe de adaptação (da qual eu me incluo) se sentiu à vontade para colocar novas piadas no lugar de outras sem sentido na tradução original ou até mesmo para substituir diálogos conhecidos. Por isso, os DVD’s da Amazonas Filmes estão chegando ao consumidor com textos que mantêm o mesmo nível da adaptação da época áurea de Marcelo Gastaldi.
Não é exagero considerarmos que, neste trabalho de adaptar os textos, os membros do Fã-Clube são os que dão as cartas. Eles conseguem ter liberdade para modificar diálogos inteiros a partir da tradução original do script do episódio feita pela Amazonas Filmes. É inegável que essas adaptações são vitais para a manutenção do sentido e do humor de certa cena ou diálogo.
            Vale lembrar do desentendimento entre o dublador do Quico, Nelson Machado, e o nosso colunista e membro do Fã-Clube, Eduardo Gouvêa, o popular Valette Negro (que saudades que tenho de ler uma coluna nova dele no Turma CH...). Durante os trabalhos de dublagem para o segundo box, Nelson, conhecido por seu forte temperamento e por sempre dar pitacos nos textos que dubla, relutou em incluir a famosa e fictícia Lavadora Volkswagen durante o exemplo de higiene dado por Quico no episódio “O Último Exame da Escolinha” (incompleto no box 2). Seu argumento era até aceitável: que a Volkswagen nunca fabricou lavadoras. Mas Valette considerou que a citação de tal produto, lembrando Pópis na versão de “O Último Exame” no ar até hoje no SBT, já faz parte do subconsciente do chavesmaníaco, que eternamente irá rir da piada - mais pela sua tosquice, causada exatamente pela inexistência de uma lavadora de marca Volkswagen. Nelson, com certa ingenuidade para quem não é tão aficionado pelos seriados (vale lembrar que o Quico é apenas um entre centenas de trabalhos do dublador), deixou claro a sua intenção de impedir os erros da dublagem de vinte anos atrás e dublar o diálogo como no original, em que o filho de Dona Florinda cita um certo método “Wash e Wear”. No fim, prevaleceu a vontade de Valette Negro e do Fã-Clube e a Lavadora Volkswagen foi mantida no texto. Segundo Gustavo Berriel (o mais polivalente chavesmaníaco de todos os tempos), Nelson, após dublar a “famigerada” lavadora para o episódio, teria saído irritado dos Estúdios Gábia, em São Paulo. Mas, convenhamos: sem motivo algum para qualquer aborrecimento. Cliquem aqui e comprovem a impagável atuação de Nelson Machado pronunciando “Vamos supor que a lavadora seja Volkswagen”. Ponto para o Fã-Clube, mais um a nosso favor! Até porque todos nós sabemos do fiasco que foi o aproveitamento “a la pé-da-letra” do tal de Wash e Wear no quarto box, quando o mesmo episódio reapareceu completo e foi novamente dublado. Nelson, Nelson...


Leite de vaca parece ser mais saboroso do que leite de fé

            Ainda citando um exemplo de adaptação contemporânea, partimos para um do qual este quem vos escreve foi responsável. Para o quarto box, fui incumbido da adaptação do clássico “Seu Madruga Leiteiro”. Numa das primeiras cenas, aparece a piada do “leite de fé”, onde Seu Madruga completa que “o leiteiro o fazia com muita fé, pois está de férias”. Como sempre achei esta piada sem graça, resolvi alterá-la. Sugeri que Seu Madruga dissesse à Dona Florinda que o leiteiro está “de vaca”. Assim, o pai da Chiquinha completaria que ele está de “vacaciones” e especificaria que a palavra quer dizer “férias” em espanhol. Gustavo Berriel, presidente do Fã-Clube Chespirito-Brasil, gostou da idéia e resolveu aproveitá-la, mesmo contra a vontade de alguns componentes do Fã-Clube que curtem a piada do leite de fé. A meu ver, modéstia a parte, a piada ficou mais bem sucedida assim. Ainda mais com a pose cheia de prosa que Seu Madruga faz ao dizer para a mãe do Quico: “férias em espanhol, aprendeu?”. Clique aqui para conferir.
            Nelson Machado pode ter chiado no caso da lavadora, mas ele, mais os dubladores Marcelo Gastaldi (Chaves), Osmiro Campos (Professor Girafales), Potiguara Lopes (tradutor dos textos e primeira voz de Girafales) e companhia, eram os encarregados não só na adaptação dos textos como também na tradução dos mesmos. Ou seja, trabalho dobrado! Tanto que o próprio Nelson confessaria que, para os episódios da escola em que personagens e costumes mexicanos são citados, foram necessárias aulas sobre a história do México para que eles ficassem a par do que a turminha aprendia com o Mestre Lingüiça. Mesmo assim, com a exceção do episódio da Recuperação (hilária continuação, por sinal, de “O Último Exame da Escolinha” dos boxes 2 e 4), a equipe de dubladores optou pela inclusão de personagens históricos brasileiros em substituição aos mexicanos. O que justifica textos impagáveis como “Quem foi o maior adversário dos Inconfidentes?/Foi o Santos”, “Padre José de Anchieta da Conceição” e “Cristóvão Colombo foi o dono daquela fábrica de goiabada”. Apesar de que a manutenção quase que completa do texto original de “A Recuperação” fez este episódio entrar no coração dos chavesmaníacos, pois daí que trechos como “O conquistador do México foi Hernán Cortez”, “Quem foi que chorou na árvore da noite triste?”, “A quem queimaram os pés foi a Cuauhtémoc” e “Meu pai e eu contemplamos a estrelinha do espaço iluminando as coooooooisaaaaas” foram eternizados.
            Mas, para a adaptação do episódio “Independência do Brasil – versão 1” do quarto box, resolvi apostar nos nossos queridos personagens tupiniquins e por isso inventei que a amante de Dom Pedro I, Marquesa de Santos, seria capaz de carregar a pedra grandona e “andarilhar” com ela. Sem contar que o maior adversário da Família Real ser o Barcelona também foi obra minha (alusão ao Real... Madrid). Por falar no episódio da Independência, a troca de fatos mexicanos por brasileiros colou tanto que o SBT, numa atitude para lá de bizarra, tornou a terceira e mais famosa versão anual desde 1999. Ou seja, os dois episódios da Independência só são apresentados uma vez por ano (e no horário paulista, nunca em rede) nas proximidades do dia 7 de setembro, mesmo falando originalmente da Independência do... México. Vale lembrar que, no segundo episódio, Seu Madruga e Dona Clotilde comentam sobre Montezuma e Cuauhtémoc, por sinal heróis mexicanos.


"Meu pai é de Cabo Frio e minha mãe é da Pousada do Rio Quente", uma das mais criativas tiradas da equipe de dublagem

            A trupe de Marcelo Gastaldi é responsável por adaptações imortais de trechos, bem sucedidas em alguns casos e mal feitas em outros. Na primeira dublagem do episódio da Cleópatra, quando perguntado sobre a utilidade dos gladiadores, Júlio César (Chespirito) larga que “estão todos atlás das glades”. No original, ele diz que os gladiadores servem para que lhe sirvam Coca-Cola (frase por sinal mantida na segunda dublagem, exibida no fim de 2005). Particularmente, acho “atlás das glades” melhor do que Coca-Cola. Num outro exemplo bem brasileiro, na segunda dublagem do episódio em que um louco furioso escapa do manicômio, logo na primeira cena Dr. Chapatin ensaia as massagens com as duas mãos e a enfermeira (Florinda) coloca que o médico está “ouvindo um sambinha”. Convém ressaltar que, nesta segunda dublagem (também apresentada no fim de 2005), o nome do louco, Poucas Trancas, foi mantido como no original, ao invés da denominação Porca Solta, nome inventado pela Maga e que, pela apresentação desta versão da dublagem até 2000, acabou se tornando mais popular. E o que dizer da resposta de Chapolin em “O Abominável Homem das Neves” quando perguntado sobre como sente calor e frio ao mesmo tempo? “É que meu pai é de Cabo Frio e minha mãe é da pousada do Rio Quente”. Ou o criativo poema criado pela Maga para Don Juan Tenório ao ver Dona Inês na versão do SBT para o episódio: "Não sei se é fato ou se é fita/se é fita ou se é fato/o fato é que ela me fita/e eu a fito de fato". Extraordinário!


Acapulco ou Guarujá?

            Em contrapartida, a equipe de dublagem pisou na bola num caso que até quem não é tão chavesmaníaco assim conhece: a famigerada e inexplicável troca de Acapulco por Guarujá. A justificativa é que os dois episódios vividos na mais famosa praia mexicana foram dublados numa época diferente com relação aos trabalhos da equipe da Maga no primeiro, em que todos os personagens viajam e, de última hora, Seu Barriga resolve levar o Chavinho. Tanto que, coincidência ou não, na última exibição da saga pelo SBT no fim de 2006, as partes em que ouvimos “Guarujá” mais a cena em que Chiquinha diz que Seu Barriga “tem um cortiço em São Paulo” foram cortadas na edição. Mesmo assim, como a adaptação foi feita pela equipe Maga, todos acabam perdoando e o Guarujá, assim, também faz parte do folclore chavesmaníaco.


"Professor, o senhor conhece a Cohab?", "É que o cavaleiro vive no quartel e a barata da vizinha está na minha cama". Coisas que só a incrível dublagem do Clube do Chaves nos proporciona. Clique
aqui para assistir a essas e outras tosquices do esquete "Aula de Música"

            Não é necessário lembrarmos com riqueza de detalhes das expressões chulas presentes no Clube do Chaves, marcantes na voz do dublador Cassiano Ricardo principalmente no quadro do Dr. Chapatin, cuja parte triste da história da obra de Chespirito no Brasil é simbolizada pela frase “Essa vagabunda, cherrión!”. Nomes como Gugu, Gustavo Kuerten, Carla Perez, Nelson Ned e até a Cohab do Negritude Júnior (minha nossa senhora...) foram lembrados na mal-sucedida dublagem do original Programa Chespirito. Exemplos podem ser conferidos desde a última quinzena de dezembro, pois de vez em quando passam no SBT alguns esquetes do Clube de madrugada (depende da duração dos filmes exibidos antes na sessão “Fim de Noite”). Ah, e no desenho que estreou no primeiro dia do ano, Chaves chegou a dizer em um dos episódios “chipote chillón”. Não seria mais fácil traduzir o tal do chipote como “marreta biônica”?
            Voltando a falar das adaptações nos DVD’s, nos três últimos boxes lançados, a equipe do Fã-Clube, já ciente da autoridade e da liberdade que possui nesta função, botou pra quebrar bolando piadas cômicas e inspiradíssimas. Vamos relembrar algumas delas.


"O Consultório Psiquiátrico": aproveitamento show de bola da estória do Pedrinho e o Lobo, segundo Chapolin

            No terceiro box, praticamente todo o diálogo do famoso episódio do Chapolin “O Garoto que Mentia” foi aproveitado no esquete “O Consultório Psiquiátrico” do Chaparrón. Lembram-se da parte em que Chapolin tenta contar a história do Pedrinho e do Lobo ao garotinho (María Antonieta de las Nieves) que joga fora seus brinquedos e diz que eles foram roubados para que seus pais lhe comprem novos? Pois todo o diálogo aparece na voz de Chaparrón deitado no divã da psiquiatra (Florinda). O louco, que no quadro pensa que é um carneiro, diz o seguinte: “Era tão mentiroso que um dia encontrou os Três Porquinhos e disse que era o Chapeuzinho Vermelho. Então um dia viu a loba cair dentro do poço, mas a loba também era mentirosa porque não era loba, e sim uma armadilha. Depois São Francisco de Assis salvou sua vida e a história termina com o Chaparrón Bonaparte”. No original, Chaparrón diz coisas sem noção como que o lobo, amamentado por Rômulo e Remo, o pedira em casamento. Perfeita adaptação de Valette Negro.
            No quarto box, o Fã-Clube estava realmente inspirado. Na primeira versão do Desjejum, Seu Madruga, após bater no Chaves por ter levado uma bolada na goela durante o jogo de pingue-pongue, diz que só não lhe dá outra porque vai pedir ao mesa-tenista Hugo Hoyama que o ensine a jogar decentemente. Com essa, Hugo Hoyama, favorito para levar mais um ouro para sua coleção no Pan-Americano do Rio, entra para a galeria das celebridades homenageadas pela dublagem dos seriados. Galeria composta por gente como Tarcísio Meira, Chiquinho Scarpa, Jece Valadão, Barbirotto, Maitê Proença, Pelé, Luís Pereira, a loira pelada que aparece no Jô Soares, entre outros.
            Seu Madruga, sabendo que ia apanhar de Dona Florinda, largou duas pérolas nos episódios “Independência do Brasil” e “O Varal da Vila”. No primeiro, relembrando a segunda versão hoje perdida da “Independência”, Seu Madruga começa a, toscamente, revelar o seu espírito ufanista ao exaltar “viva o Brasil, viva o meu Brasil brasileiro”, logo após a mãe do Quico dizer que lhe dará o seu sete de setembro. Percebe-se que, no original, o pai da Chiquinha tenta se explicar para Dona Florinda como de costume. Mas o resultado final ficou muito engraçado pela tosquice da cena. Tosquice que de vez em quando não pode faltar nos seriados. E em “O Varal”, Dona Florinda, ao se dirigir com fúria para castigar Seu Madruga, coloca que ele pretende se vingar. Então o chimpanzé reumático pronuncia metade da clássica frase “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”, antes de apanhar. Pode ser ouvido um “a vingança nunca é ple...”. Nota dez!
            Em “Lá no Rancho Mediano – O Retorno”, eis os nomes completos dados pela equipe do Fã-Clube aos personagens principais: Chanfle Charrito Chopin de Chocolate e Chalouco (Chespirito) e Gerúndio Particípio do Pronome do Advérbio Possessivo (Raul Padilla). Os nomes no original são bem diferentes.


"O Berro que o Gato deu": até os bastidores das séries viraram pivô de brincadeiras

            O quinto box é marcado por duas bizarríssimas piadas que brincam com os bastidores do seriado, algo inexistente na era clássica da dublagem. No extra do “Bombeiro”, Chaves diz que se o Professor Girafales se alongar mais, irá parar no “teto do estúdio”. Acharam incrível? É por que não viram essa tirada, presente no esquete “O Berro que o Gato Deu”, do Dr. Chapatin. Após o médico perguntar ao paciente (Ramón Valdez) se ele insinua que o doutor é velho, o imortal intérprete do Seu Madruga, na voz do esplêndido Carlos Seidl, alega que Chapatin já era um velhote quando fez figuração no primeiro episódio do Chaves. Detalhe que o texto é tão longo que quase não se encaixa na fala de Ramón Valdez. Mesmo assim, Seidl dá show!
            E, por fim, as excelentes tiradas no esquete “Com Inventário e Inventor, Fica Louco o Auditor” do Chaparrón. Lucas Pirado (Rubén Aguirre), com o dublador Osmiro Campos pra lá de inspirado, diz que nasceu em Tangamandápio, e ainda apresenta aos auditores, que desejam ver os livros de contas da dupla, publicações que têm como título “O Sucesso Mundial dos seriados Chaves e Chapolin” e “Breve Introdução ao Ensino com Comentários do Professor Girafales”. Pode-se dizer que a equipe do Fã-Clube arrebentou!
            Tudo bem que é importante manter o máximo do brilhante texto de Chespirito, considerado inocente e satírico ao mesmo tempo. Mas uma adaptação “a la brasileira” de vez em quando não faz mal a ninguém. Muito pelo contrário...

MESTRE MACIANDO NA SAPUCAÍ
As últimas do meio CH

Mais uma do famigerado Roberto Vásquez (E), o homem que se faz passar por Quico e que jura de pés juntos que criou o personagem e foi seu verdadeiro intérprete: no último dia 21 de janeiro, um domingo, após mais um de seus “shows” para os ingênuos fãs (pior que eu fui um deles, cliquem aqui e vejam o porquê), uma confusão se armou na pacata cidade de Marcelino Ramos, região norte do Rio Grande do Sul e 423 km distante de Porto Alegre. Após descobrirem que não era Carlos Villagrán quem havia motivado cada um dos espectadores a desembolsar oito reais pelo ingresso (e mais cinco por uma foto), o povo, sentindo-se enganado, chamou a polícia. Dizem que um grande sururu ocorreu por lá, com Vásquez sendo hostilizado pelos cidadãos de Marcelino Ramos. Porém, se a população de lá desejava a prisão do espertalhão, somos obrigados a utilizar a linguagem política: tudo acabou em pizza. Roberto Vásquez deixou a cidade dois dias depois impune e livre para aplicar seus golpes em outros lugares. O pior é que uma vez o nosso polivalente chavesmaníaco Gustavo Berriel contatou Vásquez para indagá-lo sobre seu ato ilegal e recebeu a resposta de que poderia sofrer um processo por “acusação sem provas”. Parafraseando Osmar Lins: peroba nele! Meus parabéns aos marcelinoramenses (se estiver incorreta esta naturalidade, me avisem) pela mobilização!

Chespirito desprezou as previsões do bruxo Antonio Vázquez Alba, que disse que o Legítimo Mestre morrerá neste ano (também, olha o nome do meio do cara... ê praga que não acaba mais, hein?) e deixa claro que ainda viverá por muitos anos. O criador de Chaves e Chapolin também completou que pretende lançar mais dois livros: um de comédia e outro de futebol, cujo título será “Me Despido del Futbol”. Por aqui, ainda aguardamos o lançamento da versão traduzida da autobiografia de Chespirito, intitulada “Sin Querer Queriendo – Memorias”.

O desenho do Chaves superou as minhas expectativas. A animação possui a mesma pureza do seriado, e a imaginação dos personagens despontando sem dúvida é
um dos pontos fortes do desenho, no ar desde o primeiro dia do ano no SBT e garantindo a vice-liderança de audiência no horário, marcando entre 9 e 11 pontos, com picos de 12 (até o portal Globo.com postou uma nota sobre o sucesso da animação). Com respeito às atuações dos dubladores, a voz de Tatá Guarnieri casou-se perfeitamente com o Chaves do desenho (algo que ainda não aconteceu no seriado, nos DVD’s); Sérgio Stern não vem comprometendo na substituição à Nelson Machado – que não participa do desenho por não concordar com o valor oferecido pelo SBT - para Quico (assim calando a boca dos céticos); Marcelo Torreão (Seu Barriga) possui um timbre mais marcante com relação à Gilberto Baroli (dublador do dono da vila nos DVD’s), porém precisa se soltar mais um pouco; e Gustavo Berriel vem dando um show como Nhonho (que aparece bastante em função da ausência da Chiquinha), conseguindo fazer uma voz idêntica a do saudoso Mário Villela e roubando a cena em muitos momentos. Mais um a favor do Berry! Os demais dubladores tradicionais mantêm o ritmo de sempre, com destaque para Carlos Seidl, também diretor de dublagem do desenho, que encarna perfeitamente o cômico Seu Madruga da animação. Os 13 episódios da primeira temporada já foram apresentados e estão sendo reprisados pelo SBT. Haja reprise, já que no México a exibição dos episódios é semanal enquanto que no Brasil é diária. Mas os 13 episódios da segunda temporada (mais remakes, ao contrário do que havia sido divulgado de que seriam histórias com enredos inéditos) já começaram a ser dublados, antes mesmo da estréia mundial. Os 13 novos episódios têm estréia prevista para março no SBT e contarão com as personagens Glória e Paty na versão animada da “Nova Vizinha”. Devido à pendenga jurídica entre Chespirito e María Antonieta de las Nieves, Chiquinha continuará ausente no desenho. Mais detalhes da dublagem da segunda temporada você confere clicando aqui.

Falando em Carlos Seidl, mais uma vez ele deu o ar da graça na Globo. Dessa vez, apareceu como um oficial de justiça que entrega uma intimação aos personagens de Marcos Caruso e Lília Cabral na novela “Páginas da Vida” no último dia 24/1. Parecia até o Seu Madruga dizendo "Senhor Alexandre Flores e senhora Marta Toledo Flores?". Para uma novela tão arrastada como essa (e pra piorar, Manuela do Monte mal aparece), a nova aparição do Madruguinha na Vênus Platinada – mesmo que por míseros segundos - não deixa de ser uma atração à parte. Seidl já deu o ar da graça também em produções como “Malhação”, “Celebridade”, “América”, “JK”, “Belíssima”, “Linha Direta”, “Caldeirão do Huck” e “Sob Nova Direção”. Talvez um dos únicos atores a participar de praticamente TODAS as produções da Globo... Olha ele em cena com Marcos Caruso na foto à esquerda. Valeu pela foto, E.R.

A empresa Xalingo irá lançar no mercado vários brinquedos da linha “Chaves”, como dominó, jogo de memória, bicicleta pra criança, casinha pra montar, entre outras novidades. Também está previsto o lançamento de um livro denominado “Chaves de um Sucesso” (D), de autoria de Pablo Kaschner. A publicação tem 248 páginas e será lançada pela editora Senac-Rio ao preço de R$ 29. É esperar para conferir!

Para encerrar: vocês não repararam em dois nomes curiosos que aparecem nos créditos de alguns programas da TV brasileira? Por exemplo, no “Hoje em Dia” da TV Record, o responsável pelo VT se chama César MAÇACOTE. Não lembra o gato do Quico? E o encarregado da sonorização do Jornal Hoje é ninguém menos do que Leonardo MATSUMOTO. É exatamente a resposta dada por Chapolin quando perguntado se ele sabe falar japonês no episódio do Sympatho Yamasaki. Cada coisa...

Mestre Maciel

marcofelgueiras@brturbo.com.br