O QUARTO BOX DE DVD'S DA AMAZONAS FILMES
Fotos: Fabão

            O lançamento do quarto box foi muito especial para mim, particularmente. Porque a partir dele que minha humilde colaboração nos roteiros começa a aparecer. Neste processo, fui útil nas adaptações dos DVD's do Chaves. Uma grande honra ajudar nesta empreitada, não imaginam o prazer que dá ao enxergar meu nome entre os encarregados da consultoria e colaboração nos "Créditos da Versão Brasileira" no menu dos DVD's. Posso dizer que fiz alguma coisa de mais significativa para a nação chavesmaníaca. O companheiro Thomas Henrique sentiu o mesmo, pois também estreou no quarto box. E em breve, não percam as colaborações de E.R (nosso polivalente colaborador Eduardo Rodrigues) e Mc-Jay-x (do site Danizinha) nos boxes futuros.
            Antes de começar a falar de cada episódio dos DVD's, queria explicar como que era feito o processo de adaptação dos "libretos". Primeiramente, o texto era traduzido do espanhol para o português. Em seguida, esta primeira tradução era repassada para Gustavo Berriel, presidente do Fã-Clube e... vocês devem saber que, sem o Berriel, não sei se este projeto iria em frente. Mas voltando: os scripts que chegavam nas mãos do Berriel vinham com falas traduzidas ao pé-da-letra, ou seja, sem muito sentido, com piadas forçadas e sem graça e sentido. Aí que começava o trabalho do Fã-Clube Chespirito-Brasil. Deus abençoe a mente de Paulo Duarte, representante da Amazonas, que teve a utilíssima idéia de convidar o Fã-Clube para colocar as piadas com a qual já estamos acostumados.
            Gustavo Berriel encaminhava o script com a tradução ao pé-da-letra para cada membro do Fã-Clube, em especial Valette Negro, Lippe, BrunoSamppa, Maurício Melo e Tiago Frazão. Thomas e eu começamos a partir deste quarto box. O que fazíamos? Analisávamos fala por fala de scripts que ultrapassavam 100 páginas de Word, já que, costumeiramente, estavam presentes as falas de todos os episódios de um DVD. A sugestão de piada ou modificação no diálogo eram colocadas na cor vermelha abaixo da fala traduzida. Eis um exemplo da adaptação que fiz no episódio da "Independência do Brasil", presente no DVD nº 4 do Chaves que comentarei daqui a pouco:

MADRUGA. SABE PELO MENOS FOI O MAIOR OBSTÁCULO ADVERSÁRIO DE D. PEDRO?
MADRUGA. MAS NINGUÉM SABE QUEM FOI O MAIOR ADVERSÁRIO DA FAMÍLIA REAL?

CHAVES. OS SEMÁFOROS!
CHAVES. O BARCELONA!

MADRUGA. CHAVES, NÃO ESTOU FALANDO DA RUA D PEDRO I, ESTOU FALANDO DO EXÉRCITO DE D. PEDRO I CONTA PORTUGAL!
MADRUGA. NÃO ESTOU FALANDO DO TIME DE FUTEBOL DO REAL MADRID, E SIM DA VINDA DE D. JOÃO E SEU FILHO D. PEDRO AO BRASIL.

(...)

CHAVES. VOCÊ VAI SER A PARTIDÁRIA
CHAVES. VOCÊ VAI SER A MARQUESA DE SANTOS.

CHIQUINHA. E EU VOU PARTIR VOCÊ.
CHIQUINHA. QUALÉ, EU SOU CORINTIANA.

CHAVES. LOGO SE VÊ QUE VOCÊ NÃO ESTUDOU PORQUE A PARTIDÁRIA FOI A PRIMEIRA QUE COMEU AS TORTAS.
CHAVES. LOGO SE VÊ QUE VOCÊ NÃO ESTUDOU PORQUE A MARQUESA DE SANTOS TAMBÉM GOSTAVA DE D. PEDRO.

CHAVES. PORQUE COLOCOU UMA PEDRONA NA CABEÇA E ELE "ANDEI" ATÉ A PORTA...
CHAVES. E DE TÃO APAIXONADA SERIA CAPAZ DE COLOCAR UMA PEDRONA NA CABEÇA E "ANDARILHAR" COM ELA...

CHIQUINHA. "ANDEI" NÃO, É ANDOU SEU BOBO.
CHIQUINHA. SE DIZ "ANDAR", BURRO!

CHAVES. POIS "ANDOU SEU BOBO" PORQUE COLOCOU A PEDRONA NA CABEÇA.
CHAVES. ELA ANDOU COMO UMA BURRA, O IMPRESSIONOU E CONQUISTOU O CORAÇÃO DELE.

            Após todos os scripts analisados, eles eram enviados de volta para Berriel com todas as alterações feitas. Quando era conveniente, podíamos sugerir piadas mais ousadas, totalmente diferenciadas do original. Mas é claro que nossa prioridade era manter os diálogos dos antigos estúdios Maga. As sugestões eram avaliadas pelo Berriel e pela direção de dublagem. Algumas passavam e outras não... Uma piada engraçada podia ser reprovada por não caber na fala do personagem. Mas posso dizer que a maioria das minhas entraram (como as exemplificadas acima), e espero que a galera goste! Só dou graças a Deus por essas piadas inicialmente sugeridas não terem entrado. Afinal, de qual rua Dom Pedro estão falando? Qual a relação da partidária com tortas? Ou melhor, quem é a partidária?
            Só para fazer uma rápida análise dos dubladores, Osmiro Campos (Professor Girafales) deixa o estilo gritão dos discos anteriores e passa a dublar da maneira que todos conhecem da Maga. Outro que readquiriu definitivamente o ritmo de 20 anos atrás foi Carlos Seidl (Seu Madruga), embora notemos a rouquidão de sua voz em alguns diálogos. Cecília Lemes melhorou como Chiquinha, e Tatá Guarnieri (Chaves), Nelson Machado (Quico), Martha Volpiani (Dona Florinda), Helena Samara (Angelines Fernandez) e Alexandre Marconatto (Horácio Gómez Bolaños) mantêm o ritmo dos boxes anteriores. Gilberto Baroli melhorou um pouco como Seu Barriga, mas seu ponto forte nos DVD's é realmente o trabalho feito para o personagem Botijão, sabendo manter a frieza do marido da Chimoltrúfia no momento certo (sobretudo na cena dos tapas em Chompiras). Gustavo Berriel vem surpreendendo positivamente como Raul Padilla. Após a atuação de altos e baixos no box 3, Berry acerta o tom criando vozes diferenciadas e versáteis, se destacando principalmente em "Lá no Rancho Mediano - o Retorno". Felizmente, ninguém mais repara a jovialidade da voz do mais jovem de todos dubladores dos seriados. O som original em espanhol foi bastante melhorado, está muito mais audível. Ele só é abafado quando despontam algumas trilhas de fundo altas demais, principalmente no episódio do Riacho Molhado do Chapolin. Quanto às legendas, infelizmente elas continuam destoando do texto dublado e alguns erros de português também são notados, além de nomes próprios com letra minúscula, entre outros equívocos. No DVD do Chaves, adaptado por mim, o texto da legenda é exatamente o da primeira tradução ao pé-da-letra ao invés do modificado. Por exemplo, Chaves diz "Você vai ser a Marquesa de Santos" e aparece, nas letras, "Você vai ser a partidária". Ou pior, no disco de Chespirito, está de volta a legenda "Diga licenciado" ao invés do "Fala belo" de Lucas Pirado.
            Vamos partir agora para a análise de cada episódio.

            DVD DO CHAVES - Neste disco cujo título carrega a proeza de estar impresso "escapOliu" com "o" mesmo, os episódios contidos são "O Último Exame da Escolinha", "O Primeiro Desjejum do Chaves", "Seu Madruga Leiteiro", "Independência do Brasil" e "O Varal da Vila". Todos são inéditos no país, à exceção do corriqueiro "Seu Madruga Leiteiro", único episódio de apresentação comum no SBT de todo o box. O disco apresenta mais dois extras inéditos: "Lá no Rancho Mediano - O Retorno" e "A Lenda de Fausto".

            O Último Exame da Escolinha - Disponibilizado na íntegra logo após aparecer cortado no DVD de Chespirito do box 2, trata-se do episódio que antecede o clássico da "Recuperação", um dos mais impagáveis do seriado. Enquanto percebemos Osmiro mais contido na dublagem do professor, adotando assim o tom que conhecemos da fase clássica, percebemos atuações deficientes de Tatá (Chaves) e Cecília (Chiquinha), felizmente apenas neste episódio. O dublador do órfão não está inspirado, tanto que acaba baixando o santo de Marcelo Gastaldi, mas numa falha deste. Lembram quando Gastaldi gagueja no episódio "O Castigo da Escola", em que Chaves solta um "nós tudo aqui dã-dã falan-do do Mestre Lingüi... QUÊÊ?" e não consegue terminar a fala antes da interrupção do professor? Pois ocorre o mesmo com Tatá, que acaba perdendo o tempo numa das presepadas de Chaves em que acaba falando o que não deve logo após o "SI-LÊN-CIO" do Mestre Lingüiça. Já Cecília começa naquele tom pesado demais para Chiquinha, lembrando a voz feita no episódio do "Roupa Velha" (box 1), mas se reencontra no final. Uma boa tirada do Fã-Clube foi o "tesourinha" que Quico fala tentando explicar ao Mestre o que significa o número dois que faz com a mão. Engraçado que o "strike two", conhecido do episódio "Seu Madruga Sapateiro" e também presente no texto original virou "strike tú" na voz de Machado. E, como os fóruns já haviam noticiado, infelizmente prevaleceu a teimosia de Nelson Machado e ele resolveu dublar, ao invés dos "W" de Volkswagen, o tal do método "Wash e Wear" presente no "libreto" original. A vontade de Nelson foi obedecida, mas não é preciso dizer que a piada perdeu e muito a graça, né? Para rirmos pra valer, recomendo o DVD 2 de Chespirito, em que Quico cita a fictícia lavadora, para a alegria de todos. Talvez a única bola fora do extraordinário Nelson Machado nas séries CH. Ponto para Valette Negro, incansável e insistente defensor da "Lavadora Volkswagen". Em tempo: agora que a piada dublada foi Wash e Wear, na legenda o que aparece? "Vamos supor que o W seja de Volkswagen...". Sem comentários...

            O Primeiro Desjejum do Chaves - Primeira versão mais curta do episódio do Desjejum, as diferenças são as seguintes: Seu Barriga participa até o fim do episódio e a mesa de pingue-pongue é do Quico (na segunda versão, ela pertence ao Nhonho). No mais, a história não possui grandes distinções com relação à versão corriqueira do SBT. Fiel à versão Maga, mantive a frase de Chaves "ronca como um porco resfriado" ao invés de "ronca como um cachorro com raiva", como a tradução sugeria. O Berriel e eu fomos unânime de que o simbólico "mais um a meu favor" dito de forma triunfal por Chaves também tinha que continuar, em detrimento a "mais um ponto a meu favor" ou "dois-um a meu favor". Detalhe que Chiquinha chega a dizer a Quico "só não te dou outra porque", mas o clássico bordão do Madruguinha faz parte do texto original mesmo. A piada mais arrojada do episódio é de minha autoria. Não deixa também de ser uma homenagem a um atleta que se esforça para praticar um esporte com poucos recursos financeiros no Brasil: o mesa-tenista Hugo Hoyama. Após levar uma bolada na goela de Quico, Seu Madruga pensa que foi Chaves o autor do acidente e lhe dá um cascudo. E completa com "só não te dou outra porque VOU PEDIR PARA O HUGO HOYAMA TE ENSINAR A JOGAR PINGUE-PONGUE DECENTEMENTE". Carlos Seidl, como sempre, soube dar um tom cômico à piada. Resumindo: mais um a meu favor!

            Seu Madruga Leiteiro - Como já relatei na coluna anterior, fui o responsável pela mudança da piada do "leite de fé" para "leite de vacaciones", com a aprovação da maioria dos chavesmaníacos. Recapitulando: enquanto na dublagem Maga, Seu Madruga diz que o leiteiro fazia tudo com muita fé, pois estava de férias, no Gábia o pai da Chiquinha diz que o leiteiro está "de vaca", e completa "de vacaciones". Atenção para a complementação apoteótica: "digo, férias em espanhol, aprendeu?". Gustavo Berriel, como relatou no Fórum do Fã-Clube, teve de peitar os colegas do Fã-Clube e de dublagem para aprovar a piada, a considerando ousada e ao mesmo tempo mais coesa do que a clássica do leite de fé. Felizmente, percebemos que o resultado ficou muito superior ao da dublagem Maga (não querendo me gabar...). Outras vezes em que entrei em ação: impedi Quico de dizer "achei um litro de leite", deixando evidentemente a fala "achei um ninho de vacas" após o bochechudo encontrar a garrafa de leite escondida pelo Quico; e resgatei falas clássicas da dublagem como a seqüência "Anum", "Que Anum", "Anum sei" (a opção dada pela tradução até era boa: "Kiko, Kiko tenho a ver com isso", mas preferimos deixar o engraçadíssimo "Anum"); Madruguinha dizendo "tô falando, só tem doido por aqui" (Carlos Seidl dublou brilhantemente esta parte); e, por fim, na cena em que Chaves derrama leite no Quico, na dublagem original Sandra Mara Azevedo (antiga voz da Chiquinha) diz um cômico "você é mais burro que um burro". Sugeri que essa frase fosse usada ao invés da manjada "o que você tem de burro..." e minha vontade foi atendida. Muito legal Cecília Lemes dizendo, indignada: "Você é mais burro que um BUUUURROO!". Ah, e antes que me perguntem, mudamos para "Seu Madruga, Seu Madruguinha" a cena em que Quico fala, originalmente, "Seu Ramón, Seu Ramonzinho" (típico dos primórdios da dublagem...). Mas o resultado ficou ótimo! De todos os episódios dos DVD's até agora, talvez "Seu Madruga Leiteiro" tenha o texto mais fiel à Maga - com exceção, é claro, da troca do "leite de fé" pelo "leite de vacaciones".

            Independência do Brasil - Este, mais o do Varal, compõem apenas um episódio, mas que no DVD está dividido em dois. Trata-se de uma primeira versão da história em que as crianças brincam de "grito da Independência". Com muito esforço e algumas horas de raciocínio, consegui fazer adaptações coerentes, relacionando fatos que realmente aconteceram na história do Brasil. Como vocês devem saber, no original eles citam a história mexicana, e enquanto na dublagem o personagem central citado é Dom Pedro I, em espanhol as crianças e Seu Madruga falam de Miguel Hidalgo y Costilla (1753-1811), considerado o pai da nação do México (o autêntico "Pai da Pátria"). Ausentes na tradução original, acrescentei Dom João VI (pai de Dom Pedro I) e Marquesa de Santos (amante de Dom Pedro I) na lição de história e nas brincadeiras da criançada. Nas adaptações feitas por mim, faço Chiquinha dizer que o pior inimigo de Dom João foi o cara que pintou o retrato dele, pois ficou feio demais (melhor do que dizer que ele estava estampado nas notas de 50, de 100, ou qualquer outro valor...) e Chaves responde que o maior inimigo da Família Real é o Barcelona e Seu Madruga coloca que não está falando do time de futebol do REAL Madrid. Na primeira cena em que Chaves e Chiquinha estudam na casa do Seu Madruga, a única falha minha, na verdade uma distração, foi no momento em que Seu Madruga tenta responder quando foi assinada a ata da Independência. Quando Madruguinha responde que eles assinaram a ata na hora mesmo, só quando eu comecei a ver o episódio no DVD que me lembrei: era pra ter feito o pai da Chiquinha dizer "na parte de baixo da página", parafraseando Pópis. Me esqueci mesmo, não sei como não percebi isso... Mas voltando à falar das piadas bem modificadas, quando a dupla vai brincar no pátio de "grito da Independência", Chaves - o Dom Pedro I na brincadeira - avisa a Chiquinha que ela será a Marquesa de Santos. Ela devolve: "qualé, eu sou corintiana". Consegui, num mesmo episódio, fazer duas piadas referentes a times de futebol, e que me perdoem palmeirenses, são-paulinos, flamenguistas, colorados... mas é que como o Corinthians sempre é citado nos seriados... Neste episódio novamente aparece a famigerada pedra carregada com quem algum personagem histórico "andarilha", e resolvi criar uma história romântica: Marquesa de Santos, de tão apaixonada por D. Pedro, carregaria a tal pedra nas costas para impressionar o imperador a fim de conquistar seu coração (com sucesso). Destaque para a cara que Chiquinha faz logo após Chaves contar que Marquesa de Santos gostava de Dom Pedro, com a lingüinha pra fora de Chiquinha combinando perfeitamente com a fala. E a cena mais engraçada de todos os boxes até agora talvez tenha sido idéia minha (de novo, não querendo me gabar...), juntamente com Valette Negro, de reaproveitar o "viva o Brasil" dito por Seu Madruga na segunda versão perdida do episódio antes de apanhar da mãe do Quico. Após Dona Florinda dizer para Seu Madruga que lhe dará o seu sete de setembro, de maneira hilariante o pai da Chiquinha, prestes a receber a bofetada, começa a dizer "VIVA O BRASIL, VIVA O MEU BRASIL BRASILEIRO". Há quem não tenha gostado pelo dito não combinar com as expressões feitas por Seu Madruga, pois nota-se que, na verdade, ele tenta se explicar pra mãe do Quico como sempre. Mas o resultado final ficou MUITO ENGRAÇADO! Cena mais tosca impossível, costumo repeti-la dezenas de vezes quando coloco o DVD aqui em casa, e rio em todas as ocasiões. E, por fim, Berriel resolveu fazer uma homenagem à Dona Neves numa citação pioneira nas cenas das perguntas de Chaves referentes à avozinha do Seu Madruga. A piada, sugerida por mim, foi esta: "sua avozinha estava no Ipiranga quando Dom Pedro gritou?". Na dublagem, ficou "DONA NEVES estava no Ipiranga quando Dom Pedro gritou?". Valeu apenas pela homenagem, porque, sinceramente, riria mais se ouvisse "sua avozinha" como é comum.

            O Varal da Vila - Continuação do episódio, a história é basicamente a mesma do clássico "Troca de Chapéus", em que Dona Florinda e Seu Madruga brigam por um usar a parte do varal que corresponde ao outro (a discussão das crianças presente em "O Exame de Admissão" também aparece). Resgatei a fala "basta me lembrar a cada sete dias" de Seu Madruga logo após responder à Dona Clotilde, que pede que ele se lembre de que ela não é nenhuma bruxa, além da resposta "pensa que é bonequinha de corda", em detrimento à sugerida "precisa de corda para amarrar os bobes". No fim do episódio, uma grande pérola creditada a Gustavo Berriel: quando Dona Florinda diz que Seu Madruga quer se vingar dela, antes de tomar o tapa, Carlos Seidl larga "A VINGANÇA NUNCA É PLENA..." e apanha. Extraordinária tirada!

            Lá No Rancho Mediano - O Retorno - Versão dos anos 80 do hilariante episódio da saga do Cinema, desta vez Florinda Meza interpreta a filha de Gerúndio, Raul Padilla dá vida a Gerúndio e Angelines Fernández é Socorro. Chespirito e Rubén Aguirre continuam nos mesmos papéis. É uma versão que pouco deve à original, mais porque Ramón Valdez interpretava Gerúndio, e isso basta para considerarmos qualquer comparação uma heresia... O texto e as situações são basicamente os mesmos da versão que conhecemos. Uma das raras diferenças é que os dois patriarcas dizem seus nomes completos. O personagem de Chespirito, que na versão clássica chama-se Coronel Ramírez, virou CHANFLE CHARRITO CHOPIN DE CHOCOLATE E CHALOUCO. Engraçadíssimo, pois o nome, sugerido por Berriel, aproveita uma expressão corriqueira dos seriados (chanfle), dois personagens vividos por Bolaños (Charrito e Chopin) e, por fim, o pivô da grande polêmica do meio CH de 2005 de que os nomes de Chaparrón e Chompiras nos DVD's seriam, respectivamente, Chalouco e Chocolate, segundo um trote aplicado por Berriel, Valette e Lippe ao pessoal do FUCH. Muitos chavesmaníacos fervorosos se descabelaram, acharam que tudo aquilo era o apocalipse, e se enfezaram mais ainda quando souberam que tudo não passara de trote. Deste episódio, originou-se o Fórum do Fã-Clube, já que o trio se retirou do FUCH em função do péssimo humor de alguns fãs descontentes com a brincadeira, que, em contrapartida, achei saudável e divertida. O nome parece até uma vingança de Berriel a certos chavesmaníacos, pois ele chega a largar, na voz de Gerúndio, um "SEU CHALOUCO", o chamando pelo sobrenome. Como Berriel se vangloria até hoje, ele conseguiu colocar os famigerados Chalouco e Chocolate nos boxes. Voltando aos nomes completos, o nome de Gerúndio foi uma sugestão minha: GERÚNDIO PARTICÍPIO DO PRONOME DO ADVÉRBIO POSSESSIVO. Isso mesmo, uma mistura sem noção de inúmeras formas gramaticais. E só pra constar: Tatá e Berriel estão muito bem na dublagem do episódio.

            A Lenda de Fausto - Versão dos anos 80 para o episódio do Chirrin e Chirrión do Diabo, o roteiro também é idêntico ao original. A diferença é que Rubén Aguirre é Mefistófeles, María Antonieta de las Nieves (lindíssima no episódio) interpreta Margarida e Horácio Gómez Bolaños é o namorado de Margarida. Faço duas colocações: o que é a bizarra fantasia do diabo de Mefistófeles nesta versão do clássico de Chespirito? E, por fim, foi muito mal sucedida a pergunta de Fausto a Margarida: "Do que gosta mais, de um louro ou de moreno?". Quem adaptou o episódio (não fui eu) não deve ter se lembrado que, nessa ocasião, Fausto pergunta qual tipo de talher que ela prefere, de ouro ou de prata. Tentaram fazer com que ela optasse diretamente por "louro", ao invés de fazer Fausto trocar "ouro" por "louro" para enfim aparecer o papagaio na gaiola.

            DVD DO CHAPOLIN - O conteúdo é o mesmo do DVD original "Lo Mejor del Chapúlin Colorado vol. 6". Os episódios são "A Nova Lenda do Riacho Molhado", "Festival de Fantasias" e "Troca-Troca de Cérebros". Todos são episódios conhecidos, mas em diferentes versões das exibidas pelo SBT. Os dois extras são "O Agiota, a Ruiva e o Pobre" e "O Mistério de Chambón", inéditos e ambos da década de 80. Detalhe que há uma incrível falha no menu Episódios do DVD: quando você vai colocar no "Festival de Fantasias", acaba, erradamente, linkando para "Troca-Troca de Cérebros".

            A Nova Lenda do Riacho Molhado - Versão mais recente do episódio, foi gravado em 1985 com Chespirito já mais envelhecido e com uma barriguinha saliente começando a despontar. Nesta versão, Rubén Aguirre interpreta Riacho Molhado ("Zopilote Mojado" no original) e Horácio Gómez Bolaños faz o pai de Florinda. Só o que muda é o final, sendo o mesmo do "Abominável Homem das Neves" (presente no quinto box, a ser analisado na próxima coluna): Chapolin começa a bater no ator que faz o Riacho alegando que precisa de um índio morto para o filme que está rodando. Para quem não se lembra, na versão original, não só Riacho (vivido por Carlos Villagrán) como também Chapolin são atores contratados pela comissão de turismo. Nada a ver a chata música de fundo, que toca durante todo o episódio.

            Festival de Fantasias - Primeira versão do clássico exibido no SBT. Trata-se de uma versão muito melhor, pois nela brilham Ramón Valdez e Carlos Villagrán, além das bizarras aparições de Quico na festa. É um episódio de quarenta minutos, de duas partes, mas apresentado no DVD como um episódio único. O roteiro é o mesmíssimo da versão de 1980 que conhecemos, mas se destacam Peterete (Ramón Valdez) e sua fantasia de Pantera Cor-de-Rosa, Villagrán como o detetive e Rubén Aguirre como o dono da casa. Cenas de grande destaque: Quico aparecendo, de forma apoteótica, soltando um "cale-se, cale-se, você me deixa louco". O bochechudo dá um empurrão numa figura, que vai direto ao sofá, e faz "gentalha, gentalha" num juiz de futebol; Villagrán fazendo uma hilária imitação de Jerry Lewis dançando com Florinda, que está parecida com aquelas bonecas das primeiras décadas do século XX (detalhe que ela se admira num espelho rachado antes de começar a dançar com Carlos); Edgar Vivar, como Papai Noel, desejando "merry christimas" a Peterete, e este perguntando "a mulher de quem?"; o juiz de futebol dando cartão vermelho a Chapolin depois que este lhe pendura uma tabuleta de "cego"; Peterete, após dar um cascudo no Chaves (que faz uma rápida aparição), responder "só não te dou outra porque eu sou a flor silvestre que perfuma os campos"; Chapolin largando que a vovó interpretada por Florinda veio fantasiada de "maracujá de gaveta"; Chapolin dizendo a Peterete que tem um primo que é ladrão e se chama Chompiras; Peterete aparece dando uma de leão da MGM num painel que está escrito "Churrisimos". Uma pena que devem ter cortado a cena em que Chompiras, disfarçado de pedra, topa com Peterete, pois já pula para o bandido fantasiado de Pantera-Cor-de-Rosa penteando a pedra para lhe acertar um tapa. E também não gostei muito da exclusão da piada "e da próxima vez, eu te disfarço de lista telefônica e arranco até a última página", trocada por "eu te disfarço de telefone público e encho seu nariz de moedas". Fora isso, é um episódio maravilhoso, um dos grandes momentos da história dos seriados!

            Troca-Troca de Cérebros - Segunda versão do episódio, gravada provavelmente um pouquinho depois da primeira. Ramón é o cientista maluco, e Rubén Aguirre um dos capturados para a terrível e diabólica experiência. No mais, Florinda continua sendo a jornalista, Horácio Gómez permanece eternamente como Pepe e Carlos como o cientista atrapalhado. A história não muda quase nada, e o nome do cachorrinho Tirolês é aproveitado, embora ele não tenha nome no áudio original. As diferenças: a parede de fundo do cenário é semelhante a uma colméia, e por isso, quando Chapolin aparece sentado nela, Ramón pensa que o herói é uma abelha; e com relação às duas versões conhecidas do episódio, nesta a porta do laboratório se abre quando se sobe uma lâmpada ao invés da conhecidíssima vela no candelabro. Por isso, infelizmente, o lendário "Pepe, já tirei a vela" não pôde ser usado. A frase foi trocada pela também divertida "Pepe, já subi a lâmpada". E na ausência de Edgar Vivar, cabe a Rubén Aguirre fazer o papel do homem pesado, de maneira a Carlos pedir um baú só pra ele. Outras observações: foi aproveitado o "ideota" sinônimo de "grande idéia" sempre presente em vários episódios do Chapolin e Pedro de Lara foi mais uma vez homenageado, já que Chapolin assemelhou a voz de Florinda após o transplante à do folclórico jurado de Silvio Santos.

            O Agiota, a Ruiva e o Pobre - Esquete dos anos 80 em que Chespirito interpreta um proprietário de casa de penhores que costuma cobrar juros altos para devolver os objetos penhorados. Ele encara a senhora (Angelines) a quem emprestou dinheiro para pagar a conta do hospital onde teve seu filho e um mendigo (Horácio) que decide penhorar sua arma. A senhora adquire o revólver e ameaça o agiota, que é forçado a entregar o objeto empenhado por Angelines: o próprio filho recém-nascido. Tatá acaba forçando um pouquinho a barra ao fazer um sotaque português para Chespirito. E só para lembrar: se o produto está perfeito, cliente satisfeito!

            O Mistério de Chambón - Em outro esquete dos anos 80, Cândida (Florinda) fica aflita com a crise de sonambulismo que assola as pessoas que a cercam. Ela chama o médico, enquanto seu vizinho e colega de trabalho Vicente Chambón (Chespirito), sua tia (cuja cara não aparece, mas que vive implicando com Chambón), a nova vizinha (María Antonieta) e seu pai (Edgar Vivar) a atazanam andando para todos os lados de sua casa como sonâmbulos. Destaque para as cenas em que María Antonieta beija Chambón a cada vez que ele diz "vizinha" (e sua posterior confissão de que ela sonhava que beijava um cachorro velho); María fingindo que está tocando piano e Chambón e Edgar como sonâmbulos dançando comicamente; e a cena final, em que o médico (Horácio Gómez) também entra na casa de Florinda como sonâmbulo. Muito bom episódio!

            DVD DO CHESPIRITO - Os episódios contidos são "Manual de Defesa Pessoal" (Chompiras), "A Disputa pelo Sítio" (Chaparrón), "Férias na Prisão" (Chompiras), "Cantemos Vitória" (Chaparrón), "O Mendigo na Praça" (Chapatin), "O Crime mais Abominável de Nossas Vidas" (Chompiras), "O Emprego Ideal" (Chaparrón) e "Os Exercícios Físicos" (Chapatin). Todos inéditos no país, da primeira metade da década de 80, o disco apresenta o extra "O Bar que Fecha só Depois do Último Cliente", clássico dos anos 70. Uma reclamação a ser feita à Amazonas Filmes: os DVD's 4 e 5 de Chespirito vieram com problemas, pois um de meus aparelhos de DVD's faz uma leitura muito irregular dos discos. Ora as introduções não aparecem, pulando direto para o menu; ora a reprodução do DVD trava no último episódio e sequer lê o episódio extra. Coloquei em outro aparelho os discos e as reproduções ocorrem normalmente, apesar de algumas falhas no episódio extra do bar no DVD número 4, com a imagem dando alguns breques, apesar que o episódio é reproduzido tranqüilamente até o seu final.

            Manual de Defesa Pessoal - Chompiras e Botijão se queixam que cada dia está mais difícil se assaltar, pois as pessoas estão mais precavidas, escondendo suas carteiras e se defendendo melhor. Chimoltrúfia sugere que a dupla aprenda lições de defesa pessoal e Chompiras, a cada vez que lê uma das lições, pena, já que Botijão as pratica nele mesmo. Até que Chompiras se vinga, fazendo com que Botijão fique encurvado, dando uma gravata leve nele para que o gatuno bata sua carteira, colocada no bolso de trás do marido de Chimoltrúfia. Um bordão é criado para Botijão: "Foi a gota d'água", dito sempre antes dos famosos tapas em Chompiras antecedidos pela penteada.

            A Disputa pelo Sítio - Chaparrón e Lucas decidem saber do sítio que os vizinhos estão vendendo. Chaparrón pensa que é um vaqueiro e arma a maior confusão quando um comprador de verdade do sítio (Raul Padilla) aparece. A dupla alega que Raul quer roubar o sítio dos vizinhos (Florinda e Horácio), que acabam acreditando na história dos loucos e aplicando a maior surra em Raul. Excelente episódio do Chaparrón! Lucas ganha um novo bordão: "Menino". E como são episódios mais antigos, neste DVD não ouvimos o bordão "não há de queijo, só de batata", e sim "não tem de queijo".

            Férias na Prisão - Chompiras é preso pelo Sargento Refúgio (Rubén) e fica na mesma cela que Botijão, que possui uma arma dada por Chimoltrúfia durante uma das visitas ao marido. Porém, as balas dadas por ela não são compatíveis com o tambor do revólver. Entre tantos tapas que Botijão acerta em Chompiras, eles tramam um plano para escapar da prisão. Botijão se passa por doente e rende Refúgio com sua arma, enquanto Chompiras toma o revólver do Sargento. Com as duas armas, a dupla confessa que a arma de Botijão não tem balas. Porém, o Sargento conta que a dele também não tem e, assim, o plano de fuga fracassa.

            Cantemos Vitória - Continuação do episódio "A Grande Guerra", presente no box 3. Chaparrón e Lucas continuam pensando que estão num front de batalha, quando na verdade não passa de uma construção. A dupla duela com os operários (Edgar e Horácio) e, entre outras maluquices, imaginam estar num avião. Lucas inclusive confidencia a sua altura a Chaparrón: "Um e noventa e cinco, sem sapatos". Quando Horácio acerta Chaparrón com um tijolo, ele diz que o "avião" (na verdade, um andaime) foi danificado e que só há um pára-quedas (o mesmo guarda-chuva quebrado do box anterior). Enquanto Lucas tenta fazer uma "aterrissagem forçada", Chaparrón pousa ao solo com o guarda-chuva, em mais um dos inconfundíveis chroma-keys by Chespirito. Ao final, Chaparrón e Lucas cantam vitória: "vitória, vitória, da cor do café/se não me quiser/vou embora a pé".

            O Mendigo na Praça - Remake do antigo episódio em que Chespirito vive o homem que é assaltado pelo mendigo e da aventura do Chapolin "Pedintes em Família". Dessa vez, o mendigo é vivido por Rubén Aguirre, a vítima é o Dr. Chapatin e a mendiga é Angelines Fernández. Rubén, também muito bem como o mendigo, rouba o dinheiro do médico e de Angelines, que toma a arma dele e o espanta. Como ela fica com todo o dinheiro que o mendigo roubou, Chapatin decide pedir esmolas. Destaque para Chapatin tentando lutar com o mendigo. O doutor se atrapalha e acaba caindo. Rubén toma a grana de Chapatin e diz "escorrega essa grana" de forma engraçada, já que, no original, ele fala "velho bobo" (até na legenda aparece assim). O "escorrega" é referente às versões anteriores do episódio e também de um dos esquetes de Chompiras e Peterete. Também poderia ser usado "cai aqui com essa grana".

            O Crime mais Abominável de Nossas Vidas - Expulsos do sindicato de ladrões, Chompiras e Botijão decidem cometer um crime que consideram abominável para retornar ao sindicato: roubar uma escola. Lá dentro, eles começam a se recordar do tempo em que estudaram naquela mesma sala de aula, e inclusive Botijão cita que foi ali onde conheceu Chimoltrúfia. Depois, a dupla reflete que o que fazem é errado e desistem de roubar a escola. Botijão resolve jogar fora sua arma e acerta Chompiras. O gordo, no fim, acaba sendo admitido de volta ao sindicato por ter agredido um "homem pobre e indefeso".

            O Emprego Ideal - Chaparrón deseja conseguir um emprego, e Lucas dá a idéia dele atuar como cabeleireiro. E acaba sobrando para os vizinhos. A pentelha Florinda, que vem pedir uma xícara de café, seu pai (Horácio) e até Lucas acabam tendo suas cabeças enfeitadas com shampoo (daqueles de spray, lembrando o episódio "Seu Madruga Cabeleireiro"). No fim, Horácio fica carequinha, carequinha (dá pra notar, nitidamente, que a careca é postiça). Uma pergunta: qual a moral daquela dancinha de Chaparrón e Lucas ("desse emprego eu não gosto, la la li li ron")?

            Os Exercícios Físicos - O melhor episódio do DVD. Chapatin, recomendado por seu amigo (Raul Padilla), resolve fazer exercícios numa academia. E prossegue uma série de trapalhadas, com Chapatin tomando socos do saco de areia, do figurante narigudo (que atua como um boxeador), se enrolando com o elástico e com os demais aparelhos. Num desses acidentes, Chapatin acaba indo contra a parede e derrubando tudo. O policial (Horácio Gómez Bolaños) decide levar Chapatin para a delegacia, mas o médico foge dele. Uma perseguição cômica ocorre dentro da academia, com Chapatin jogando tudo em cima do guarda. No fim, Chapatin escapa e o policial decide levar Raul preso pra não perder o dia. Talvez o melhor esquete do Chapatin, só perdendo, é claro, para o antigo em que o doutor atrapalha o casamento da enfermeira.

            O Bar que Fecha só Depois do Último Cliente - Esquete clássico dos anos 70, um remake foi exibido no Clube do Chaves em 2001. O garçom (Chespirito) e o dono do bar (Ramón Valdez) estão loucos para fechar o estabelecimento, mas têm de esperar um casal de namorados (Carlos Villagrán e Florinda Meza) que, apaixonados, não deixam o lugar, pois um fica admirando o outro. Eles fazem de tudo pra mandar o casal ir embora, mas sem sucesso. Até que Ramón dá sua arma para que, com o tiro, espante Carlos e Florinda. Chespirito dispara, e eles deixam o bar. Porém, o garçom mirou a arma para Ramón, que cai morto (não se vê sangue saindo do dono do bar). Há uma falha na dublagem, em que Chespirito fala alguma coisa pra Ramón, que responde normalmente. A voz de Tatá não é ouvida na cena. Não sei se deu falha no áudio de Tatá.

            Bem, era isso! Até a próxima coluna, com a análise do quinto box. Fiquem agora com as últimas do meio CH.

MESTRE MACIANDO NA SAPUCAÍ
As últimas do meio CH

Na América Latina, o desenho animado do Chaves (E) estreou no dia 21/10. Por aqui, deve ser apresentado pelo SBT a partir de dezembro. Infelizmente, em função de desentendimentos financeiros, a animação terá apenas dois dubladores dos que estamos acostumados: Carlos Seidl (Seu Madruga) e Osmiro Campos (Professor Girafales). Como de praxe, os dubladores reinvidicam um contrato por tempo limitado e não de tempo infinito, pois o SBT apresenta as séries com a mesma dublagem há anos sem dar um tostão para os dubladores (o mesmo fez a Imagem Filmes e seu DVD com as vozes tradicionais). Martha Volpiani, dubladora da Dona Florinda, alega que a emissora da Anhangüera oferece minguados R$ 60 por hora pelo trabalho. Por isso, não houve acordo e o SBT até hoje comanda testes para definir as vozes dos personagens no desenho. Gustavo Berriel realizou os testes na tentativa de prosseguir sendo a voz oficial de Nhonho e de Jaiminho, como nos boxes. O jeito é aguardar a definição dos novos dubladores, mas já prevejo o fracasso do desenho no pais por isso, como também crê o Fã-Clube Chespirito-Brasil em carta enviada para o SBT. Realmente, essa belíssima profissão de dublador é digna de mais respeito, pelamordedeus... E desde o dia 30/10, a emissora do Cenoura vem exibindo dois episódios na íntegra de Chaves, das 18h às 19h. Como sobrou um vazio na programação com o fim da novela "Cristal", e a nova novela ainda não tem data para estrear, adivinhem para quem apelam? Ganha um refresco de tamarindo quem acertar...

Eis os episódios que estarão no sexto box de DVD's da Amazonas Filmes. DVD DO CHAVES: Festinha na vila (1973, perdido), Chirimóia versão 1 (1973, inédito), O Sonho que deu Bolo (comum), Seu Madruga cabeleireiro versão 1 (1973, inédito), O Belo Adormecido versão 2 (inédito) e Tortinhas de Merengue versão 2 (inédito). DVD DO CHAPOLIN: Cleópatra e Júlio César (inédito e diferente do que estará no DVD de Chespirito), Ainda que a Cela seja de Ouro, não deixa de ser chato ficar preso (inédito), Os Piratas do Caribe (inédito da década de 80), O Pianista (inédito) e O Vendedor de Mata-Moscas (inédito). DVD DO CHESPIRITO: O futebol é minha melhor medicina (Chapatin), A coceira do Chompiras (Chompiras), Concerto de piano (Chaparrón), O analista que não deu pé (Chapatin), Cleópatra e Júlio César (anos 90, com María Antonieta como Cleópatra), De grão em grão, a galinha enche o papo (Chaparrón), O grande golpe (Chompiras) e Cristóvão Colombo (inédito). É aguardar pra ver! A foto à direita foi batida pelo Kagiva.

Ainda sobre os boxes, as caixas de número 4 e 5 já chegaram nas lojas, pois o vi à venda na Livraria Cultura de Porto Alegre. E Gustavo Berriel anunciou que fará uma nova voz para Nhonho. O timbre diferente da voz feita por Mário Vilella presente no DVD número 2 do Chaves vai ser mudado, pois Berriel, na época, estava sendo testado na função e não havia sido recomendado pela Patrícia Scalvi, diretora de dublagem dos Estúdios Gábia, que ele tentasse imitar a voz de Vilella. Pois essa imitação passará a ser vista a partir do box 7, quando Nhonho deverá aparecer nos episódios com mais freqüência.

Algumas notícias da dublagem nos estúdios Gábia, postadas pelo Berriel no Fórum do Fã-Clube. Cecília Lemes (Chiquinha) interrompeu as gravações e chorou durante a dublagem de um episódio de Natal em que o Chavinho dá seu brinquedo de presente a outro menino pobre. Nelson Machado (Quico) não aceitou algumas sugestões de texto do Fã-Clube. Na verdade, ele aceitou a maioria sim, mas algumas ele acaba mudando na hora. Ele é o dublador que executa o trabalho de forma mais rápida. Às vezes ele nem ensaia e já sai gravando uma cena inteira, quase sem olhar para o texto (e por isso acaba criando coisas na hora). E nos intervalos, ele aproveita para beber muita água e fumar um cigarro. Já Martha Volpiani (Florinda) concordou que a voz da Florinda estava um pouco mudada por culpa da Chimoltrúfia. Agora, desde o box 6, a Patricia pediu que ela comece dublando o DVD de Chaves, para a voz da Chimol nao influenciar na Florinda. E a voz da Florinda está mais suave. Sobre Carlos Seidl (Seu Madruga, à esquerda encarnando o personagem), ele consegue gravar um box inteiro em um único sábado. Como ele trabalha na Herbert Richers de segunda a sexta, ele só pode ir a São Paulo aos sábados. Acaba gravando um box inteiro, e olha que o Seu Madruga é o personagem que costuma mais ter falas nos episódios de Chaves.

A Globo não esconde sua admiração pelos personagens de Chespirito. Aproveitando a notícia de que Mike Tyson irá lutar com mulheres e até com o cantor norte-americano Tom Jones, de 66 anos, o site do Globo Esporte resolveu fazer um joguinho de Flash em que Tyson encara diversos adversários curiosos (D). Um deles trata-se do Chapolin Colorado. Você pode escolher para lutar com o Tyson, além do Polegar Vermelho, adversários como Maguila, Clodovil, Daniela Cicarelli, Chuck Norris, Obina, entre outros. É um joguinho tosco, mas dá pra perder um pouco de tempo e acertar Tyson com a marreta biônica (amarela). Para jogar, clique aqui.

Uma grande prova da remasterização de imagens promovida pelo SBT esta na figura ao lado. A imagem antes esbranquiçada do maravilhoso episódio "Não te Enrugue Couro Velho que te Quero pra Tambor" despontou, na exibição do último dia 28/10, repleta de cores, quase ausente até a última exibição em 2001. Compare nas figuras á esquerda e perceba a diferença na montagem feita por Thomas H.

E o Mundo Chespirito terminou! Um dos sites mais tradicionais do meio CH passará a se chamar Clube do Chaves e funcionará no endereço www.clubedochaves.com.br . No novo link, você pode conferir os novos episódios presentes para download, entre eles os primeiros do desenho animado do Chaves, que estreou no último dia 21 de outubro. O site deverá reestrear seu conteúdo em breve. Só desejo uma boa sorte para BrunoSamppa, Thomas H, Pépe e cia!

O porto-riquenho Reniet Ramirez, webmaster do www.reniet.com/chespirito, postou um vídeo cedido pelo chileno Jorge Rodriguez. O vídeo mostra Ramon Valdéz, como Seu Madruga, em um programa do Chile em 1982 (E). Ele conta várias piadas, como "quando era criança, lavava mangueiras, só que por dentro", canta uma música e fala que gosta muito de comer (mas que tem tendência natural para emagrecer). Eis o link para assistir. Imortal Monchito! Também está disponível o vídeo com o clipe "O País da Fantasia" em português, cantado por Marcelo Gastaldi e presente numa montagem feita na exibição do episódio da Branca de Neve por uma emissora estrangeira. Clique aqui para ver. Aliás, se quiser ver a lista de vídeos de Chaves e Chapolin do nosso polivalente colaborador Eduardo Rodrigues, clique aqui.

Dessa vez, Kagiva veio a minha casa. E num dia sugestivo: uma sexta-feira 13. Felizmente, a controvérsia ocorreu e a visita foi das mais felizes. O showman da Zero Hora, vulgo Mauricio Trilha de Vargas, viu alguns DVD's das séries durante a tarde em que passou aqui em casa, além de novamente posar para fotos batidas por mim para a matéria que escrevo sobre a "Chavesmania" para uma publicação da PUCRS, já que as primeiras haviam dado galho. Na imagem à direita aparecem ele e esta figura que vos escreve (com a camisa CH, mas se bem que nem precisava identificação, pois a carinha do Kagiva - e seus óculos by John Lennon - é inconfundível).

 

 

 

OS PIRATAS DO CARIBE - SEGUNDA VERSÃO (PRIMEIRA PARTE)
Resumo do episódio inédito exibido no dia 23/9/2006
Fotos: Thomas Henrique


Os piratas soltam a voz

            PRIMEIRO BLOCO - O episódio começa lembrando a primeira versão. Todos os piratas, felizes e alegres, cantam uma música. Composta por Chespirito, ela se chama "Ansiosos de Navegar" e possui a mesma melodia de "Jovem Ainda" ("Se você é jovem ainda/jovem ainda/jovem ainda/amanhã velho será/velho será/velho será..."). Eis a letra abaixo:

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar

Has de saber
Que para ser pirata
Debes tener
Si llega la ocasión
Que doblegar
Tormentas y huracanes
Sin permitir
Que tiemble el corazón

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar


Pirata soy
Lo digo con orgullo
Quién como yo
A la hora de luchar
Pues todo aquél
Que cruce mi camino
Sabrá por qué
Soy rey en Altamar

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar


Al regresar
Con viento a toda vela
Siento que voy
Tal vez a descansar
Pero al poner
Los pies en tierra firme
Siento que ya
Me urge navegar

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar

            Bem humorados, os piratas Samandica (Carlos Villagrán) e Pança Louca (Edgar Vivar) querem jogar cartas. Mas Matalote (Rubén Aguirre) lembra que eles deveriam estar vigiando a prisioneira. Trata-se de Flor Marina (Florinda Meza), que era taberneira mas que foi presa pelo Pirata Alma Negra (Ramón Valdez) por "coisas do amor". Matalote ordena que Samandica e Pança Louca vigiem a cela. Os dois vão contrariados, mas combinam de jogar cartas lá mesmo. Na cela, Flor Marina adormece. Ela acorda e percebe que os dois piratas se aproximam da cela. Ela volta a se deitar, a fim de fingir que dorme. Samandica, que é manco, lembra que Alma Negra pode afogá-los caso Flor Marina escape. Ao responder se está com a chave da cela, justifica que "mais vale premediar do que revenir". De cima do caixote que servirá de mesa, Samandica retira uma rata chamada Ricarda e a expulsa dali. No momento em que irão começar a jogar, Pança Louca resolve ir "no fundo à direita" e pede para Samandica esperar. Flor Marina, de dentro da cela, se levanta e chama por Samandica. Ela diz que quer lhe falar uma coisa. Samandica pede para que não tente escapar. Ela alega que é uma débil e frágil mulher, enquanto Samandica é um pirata forte e poderoso. Flor Marina coloca que tem um cúmplice que está atrás de Samandica lhe apontando uma pistola. Ele pensa que é brincadeira por um milésimo de segundo, mas logo levanta as mãos pedindo para que não o mate. De dentro da cela, Flor pega a pistola do pirata. Samandica pergunta onde está a pistola. Ela diz que está na sua mão. Samandica diz que tem uma pistola igual a aquela, quando percebe enfim que teve a arma roubada. FIM DO PRIMEIRO BLOCO


O vestido caiu bem para Samandica

            SEGUNDO BLOCO - Do lado de fora da cela, Flor Marina aparece trajando as roupas do pirata Samandica. Enquanto isso, do lado de dentro, Samandica aparece com as roupas de Flor Marina (blusa rosa, colar branco e saia grande). Ela diz que está uma belezinha. Pança Louca volta do banheiro e não acha Samandica. Ele cutuca o prisioneiro, pensando que é Flor Marina, e pergunta pelo amigo. Não é preciso dizer que ele tem uma surpresa quando vê Samandica com roupas de mulher dentro da cela. Depois, um irritado Matalote os tacha de idiotas. Samandica coloca que ela é mais esperta do que ele pensa. Matalote diz que eram dois homens contra uma pobre mulher. Pança Louca diz que não estava. Matalote lembra que Alma Negra pode enforcá-los no mastro maior do barco. Pança devolve que Alma tinha deixado Matalote como responsável pela prisioneira. Matalote se apavora. Samandica diz que ele também será enforcado e Pança Louca completa que os três estão com o mesmo programa. Os três invocam Chapolin, que aparece do lado de dentro da cela. Matalote pergunta como Chapolin fez para entrar se a cela está trancada com cadeado. Chapolin lembra de ditados como "mas vale a mão do que cinco voando", "mais vale um pássaro na mão do que força", "mais vle um pássaro que tenha muita força e se não aparecer voando...". Samandica, enquanto abre a porta da cela, explica que deixaram Flor Marina escapar. Pança Louca protesta, dizendo que só ele deixou. Os três começam a brigar e Chapolin pede que fiquem em silêncio. Chapolin lembra de uma coisa dolorosa: que sua mão está presa na porta. O herói deseja saber porque Flor Marina era mantida prisioneira, e os piratas acham que ele ficará nervoso. Chapolin exige saber o motivo e Alma Negra aparece atrás do herói, que se assusta. Chapolin o reconhece e Alma Negra especifica que é o "capitão de todos os corsários dos sete mares".


Alma Negra volta a atacar

            Alma corrige o que disse, afirmando que são seis mares, porque um já está morto. Alma pergunta se Chapolin conhece o Mar Morto, o herói responde que sim, e o pirata afirma que foi ele quem matou. Alma o indaga sobre o Mar Vermelho. Chapolin começa a rir, indagando que Alma o pintou. O pirata concorda, e completa que o pintou com sangue. Chapolin quer saber desde quando Alma Negra é capitão de todos os corsários do mundo. Alma responde que é o capitão desde quando morreu o último, um pouco antes do penúltimo, e um pouquinho antes do anterior... até chegar ao primeiro. Alma Negra completa que todos morreram de resfriamento porque ele os resfriou. Alma lembra que todos eram de baixa estatura e que não suporta baixinhos por eles o deixarem nervoso. Enquanto isso, Chapolin se mantém na ponta do pé e sobe na grade da cela para "crescer mais um pouco". Chapolin diz que é crescidinho. Ramón Valdez faz uma cara bizarra. Depois, Chapolin, Samandica e Pança Louca são presos por Alma Negra e seu cúmplice Matalote. Alma dá 24 horas para que Matalote encontre Flor Marina, sob a ameaça de também ser preso. Matalote promete que a trará antes desse tempo. Alma Negra conta a Chapolin que Flor Marina era sua prisioneira porque ela não aceitou se casar com ele e, enquanto rodopia sua faca, coloca que o mesmo acontecerá a todos que se opuserem a seus desejos. Chapolin lembra que nunca Alma Negra lhe propôs casamento e completa que achou bom ela ter escapado. Mas Alma Negra lembra que é dela que depende sua vida, porque se Flor não voltar em 24 horas, ele os matará. Alma faz o movimento de quem risca o pescoço, e acaba se ferindo com sua faca. Alma deixa a prisão, e Chapolin diz que aquilo não é justo e começa a gritar "quero ver meu advogado". Samandica diz que não adianta nada, pois daqui a pouco cortarão os pêlos dele (traduzido ao pé da letra, pois era para ser dito "cabelo"). Chapolin brada pedindo pra ver seu barbeiro. Pança Louca pede para que Chapolin se cale e pede para Samandica vigiar pra ver se Alma não voltará. Pança e Chapolin começam a andar de lado, de fininho (lembrando o episódio da Festa à Fantasia). Pança Louca diz que está disposto a vender caro seu couro. Chapolin pergunta quem é que pagará por um couro de tambor usado. Pança diz que precisam de uma pistola. Chapolin diz que tem, mas que esqueceu em sua casa ontem. O herói completa que sua pistola não dispara balas de verdade, só supositórios. E recomenda a Pança que, quando tiver problema de bronquite, vá a sua casa. E que tem uma metralhadora para pneumonia. Pança diz que fingirá que está doente. Chapolin pergunta: "com bronquite ou com pistola?". Pança Louca se irrita e completa que, quando o guarda vier ver o que ele tem, Samandica colocará seu dedo nas costas do guarda fingindo que é uma pistola. O guarda Pouco Pêlo (Ricardo di Pascual, o intérprete do Seu Calvillo em "A Venda da Vila", do garçom carequinha do restaurante, do Anão Soneca em "Branca de Neve"...) aparece e Pança Louca se deita, alegando estar doente. Samandica diz que é necessário lvá-lo ao hospital. Pouco Pêlo diz que a comida lhe fez mal. Chapolin diz que é melhor levá-lo ao banheiro. Samandica pede que ele seja atendido e Pouco Pêlo abre a porta da cela. Samandica, com o dedo, rende Pouco Pêlo. Pança Louca pede para que Chapolin pegue a pistola, mas Chapolin pega a mão de Samandica. Pouco Pêlo percebe que Samandica está apontando apenas seu dedo. Por trás, Pança pega a arma de Pouco Pêlo e o rende definitivamente. Mas Matalote, do lado de fora da cela, aparece armado pedindo para que a arma seja devolvida a Pouco Pêlo. O guarda a recupera. FIM DO SEGUNDO BLOCO


Chapolin não perde a oportunidade de debochar do pirata

            TERCEIRO BLOCO - Matalote aponta a arma para Chapolin, Pança Louca e Samandica, que estão sentados em uma mesa na taberna. Pança pergunta se Matalote vai mesmo os entregar. Ele revela que tem de ficar bem com o Alma Negra. Samandica diz que Matalote começa a enfraquecer. Chapolin toca na barriga de Pança Louca e revela que não parece. Pança diz que é jovem e que tem muito pela frente. Chapolin: "E por trás também". Perguntado se não tem medo, Chapolin lembra de mais ditados: "Depois da tempestade vem o vento", "em casa de ferreiro, boa cara" e "o ferreiro tem cara de pau e tá meio seca". Pouco Pêlo traz canecas de vinho para os réus e cobra por elas. O trio não tem dinheiro, mas Matalote paga, alegando que os condenados a morte tem direito de beber de graça. Matalote pede para que Chapolin segure suas pistolas. Sem perceber que está armado, Chapolin entrega uma das armas para Pança Louca. O herói percebe que tem uma mosca no seu vinho e pede para Samandica segurar a outra. O pirata, que alega não ter a vista boa, pede para que o herói veja se tem mosca no seu vinho também. Matalote pega as canecas pensando que são suas pistolas. Samandica, sem perceber que está com uma pistola, brinda e coloca o cano da pistola na boca, pensando que carrega a caneca de vinho. Samandica aponta a arma para Matalote, mas Chapolin e Pança levantam as mãos. Matalote diz que não pode levantar, pois está segurando as canecas, e não quer que derrame os vinhos. Samandica diz que eles não podem ser desperdiçados e pede que ele coloque as canecas em cima da mesa. Uma das pistolas está na frente de Pança Louca (que não a percebeu), e no momento em que Matalote coloca as canecas, Samandica põe a sua pistola na mesa. Matalote pega as pistolas novamente. Samandica pede para que ele levante as mãos, mas aponta a caneca. Pança Louca tem a impressão de que deixaram escapar uma bela oportunidade. Chapolin diz que "um Chapolin vencido nunca será Colorado". O herói deseja mostrar os bíceps, mas acaba derramando todo o vinho. Chapolin ainda completa que derrubará Alma Negra com um golpe, e acaba derramando a outra caneca em cima de Samandica. Chapolin diz que está "ardendo" de vontade de encontrar Alma Negra. O pirata aparece por trás. Depois, na cela, Pança Louca anda por um lado e por outro, Chapolin fica encostado na grade e Samandica sentado, sem ter o que fazer. Alma Negra reaparece e diz que tem uma boa notícia, que tem pistas de onde está Flor Marina e que vai buscá-la imediatamente. Pança pergunta se isso os salvarão de serem enforcados no mastro maior do barco. Alma Negra diz que dependerá se Flor Marina quiser se casar com ele. Chapolin começa a rir, dizendo que nunca uma moça tão bonita se casará com um velho tão feio. Alma Negra se irrita e diz que tem uma maneira de impedir que os prisioneiros escapem. Ele chama por Matalote e Pouco Pêlo, que trazem dois caixotes com bolas de ferro. Pouco Pêlo diz que "isso está mais pesado do que filme pornográfico". Alma Negra revela que irá acorrentá-los com aquelas bolas. Chapolin diz que, se pensa que ele fará aquilo... Alma Negra faz uma cara feia. Chapolin concorda com Alma, que pede para que Matalote os vigie. Alma Negra e Pouco Pêlo deixam a prisão. Flor Marina anuncia o próximo episódio. FIM DO EPISÓDIO

OS PIRATAS DO CARIBE - SEGUNDA VERSÃO (SEGUNDA PARTE)
Resumo do episódio inédito exibido no dia 30/9/2006


Chapolin, Samandica e Pança Louca são prisioneiros de Alma e Matalote

            PRIMEIRO BLOCO - Após o resumo narrado por Marcelo Gastaldi, toda a cena da prisão - desde o momento em que Alma Negra aparece dizendo que encontrou Flor Marina, que os acorrentará com as bolas de ferro até a hora em que deixa a cela com Pouco Pêlo -, é repetida. Matalote ordena que os prisioneiros coloquem as bolas de ferro em cima de uma prateleira fixa na parede. Chapolin responde que não quer fazer a ação. Matalote ameaça antecipar a execução e brinca que não seria necessário Chapolin ser pendurado no mastro mais alto, e que um cabo de vassoura já seria suficiente. Chapolin se lembra de alguns ditados: "O que ri por último come mais chocolate", "O que tem mais saliva ri melhor" e "O que ri por menos chocolate é o último que come". Matalote ordena que eles comecem a colocar as bolas em cima da prateleira, não dando confiança para os protestos de Chapolin, Pança Louca e Samandica, e deixa a cela. Os dois piratas perguntam "Oh, e agora quem poderá nos ajudar?". Chapolin logo se apresenta. Os dois, insatisfeitos, repetem a pergunta, para irritação do herói. Chapolin diz que está fazendo de tudo para salvar a Flor Marina e completa que, se for embora, a deixará nas garras de Alma Negra, e se ficar, estará presente para ajudá-la. Pança Louca exalta Chapolin, o chamando de "grande". O herói devolve, o chamando de "esbelto". Depois, Samandica começa a tirar as bolas de dentro do caixote e reclama que Chapolin e Pança Louca não estão fazendo nada. Chapolin pede pra disfarçar que alguém se aproxima. É Pouco Pêlo, que joga o olho de vidro de Alma Negra dentro da cela. Samandica pergunta por que ele jogou o olho. Pouco Pêlo responde que Matalote havia pedido para colocar o olho dos prisioneiros. Após o guarda deixar a cela, Chapolin concorda em ajudar Samandica com as bolas. O pirata a entrega a Chapolin, que a coloca na prateleira (torta, caindo pra direita). A bola rola em direção à Pança Louca, que acaba sendo atingido por ela. Após tomar outra bolada, Pança desmaia. Samandica vai ver o que aconteceu, enquanto Chapolin põe mais uma bola. Samandica também é atingido e desmaia junto com Pança. Chapolin fica indignado por alegar ser o único que trabalha enquanto os dois "descansam". Chapolin solta uma das bolas e ela vai direto a seu pé. Samandica acorda e, no momento em que a bola colocada pelo herói vai indo em sua direção, se levanta e, com a cabeça, muda a direção da prateleira. Resultado: a bola cai em cima de Chapolin. Indignado, o herói resolve mostrar o que aconteceu, sem antes pedir que Pança Louca fique parado na ponta da prateleira. Chapolin coloca a bola e ela vai deslizando. Mas Samandica deixa o local onde está e vai perguntar a Pança o que acontece. A bola chega à pontinha da prateleira e, com a mudança de direção, acaba deslizando pra direita, caindo novamente em cima de Chapolin. Pança se desespera, pedindo para que agilizem o trabalho das bolas, lembrando da pena de serem pendurados no mastro maior do barco de Alma Negra. Pança Louca coloca uma bola na prateleira, ela desce, mas Chapolin a agarra firme. Na tentativa de agilizar o trabalho, Chapolin vai devolvendo as bolas para Samandica, e Pança vai colocando cada uma na prateleira. Resultado: Chapolin é atingido por uma porção de bolas. Samandica repara que há um desvio na prateleira. Chapolin pede que Pança Louca coloque a mão na ponta da prateleira para impedir que as bolas caiam. Samandica se encarrega de jogar as bolas para Chapolin colocá-las na prateleira. Samandica joga sem parar, e Chapolin vai colocando, com Pança segurando. Até que Samandica começa a jogá-las rapidamente e acerta várias bolas no herói. Chapolin se irrita e joga uma bola na direção de Samandica. A bola atinge Pança Louca, que segurava as demais presas na prateleira. Com o impacto, Pança a solta e as três bolas que segurava caem em cima dele. Chapolin volta a enfileirar as bolas, com Samandica segurando a ponta da prateleira. Neste momento, Alma Negra entra na cela armado e pede para que Chapolin levante as mãos. Chapolin as levanta e, como segurava uma bola naquele exato momento, atinge o pirata em cheio. Alma desmaia. Matalote também aparece. Ele conseguiu capturar Flor Marina e empurra a taberneira para dentro da cela. Com uma pistola, pede para que todos levantem as mãos. Samandica obedece, soltando as bolas fixas na prateleira. Todas caem em cima de Chapolin. FIM DO PRIMEIRO BLOCO


Alma Negra coloca um grilhão em Chapolin

            SEGUNDO BLOCO - Matalote acorrenta, com as bolas, Chapolin. Sobre Flor Marina. Alma Negra diz que não precisa, pois acha que ela se comportará bem. Ela alega preferir tirar zero em comportamento a se casar com o pirata. Matalote deixa a cela e Alma começa a rir. Chapolin também. Mas Alma se irrita e o herói pára de rir. Alma diz que Samandica e Pança Louca foram salvos, mas que Chapolin e Flor Marina serão executados. Ela alega ser jovem pra morrer. Chapolin concorda. Ela afirma que quer continuar vivendo. Chapolin novamente concorda. Flor lembra que é mulher. Chapolin está prestes a concordar, mas logo refuga, por motivos óbvios. Alma lembra que ela pode se salvar casando-se com ele. Flor nega. Chapolin diz "eu, quem sabe". Alma se enfurece. Chapolin diz que o pirata não pode fazer isso. Alma debocha e deixa a cela. Flor pergunta quem poderá defendê-la. Chapolin se apresenta, mas ela lembra que o herói também está prisioneiro e que tem um grilhão no tornozelo. Chapolin coloca que seria necessário colocar mais um grilhão em seu cérebro para impedir que pensasse numa forma de sair. Ele diz que é necessário esperar que ocorra um terremoto para que derrube as paredes da prisão. Ele diz que tem idéias, mas antes de dizer, Flor diz que não adianta. Até que ela concorda com uma delas. Chapolin se dirige à parede e dá um soco nela. Ele diz que aquela era a idéia. Flor pede para que Chapolin use a cabeça e ele dá uma cabeçada na parede. Flor coloca que a cabeça era pra ser usada pra pensar. Chapolin acha que ela já está pedindo muito, mas pensa em outra coisa e afirma que ela tem que ajudar. Flor Marina diz que é capaz de fazer tudo. Chapolin sugere que ela se case com Alma Negra. Flor Marina afirma que seu coração pertence a outro. Chapolin vai se animando, até que ela diz que ele pertence a John Travolta. Chapolin se irrita. Os dois começam a pensar, até que Chapolin brinca com suas pílulas encolhedoras. Flor pergunta a utilidade das pílulas, Chapolin explica e ela deixa claro que podem escapar se reduzirem de tamanho. Chapolin acha boa idéia, mas percebe que só há uma pílula. Flor diz que Chapolin pode sair e pegar a chave da cela. O herói concorda, toma a pílula e encolhe. FIM DO SEGUNDO BLOCO


Flor Marina e Chapolin tentam escapar à base de dinamite

            TERCEIRO BLOCO - Chapolin, com tamanho reduzido, sai por debaixo da cela. Ele pergunta onde pode estar escondida a chave. Flor sugere que ela esteja dentro de um dos caixotes. Chapolin sobe por uma corda caída e vai escalando caixote por caixote. Flor acha que a chave está no caixote de cima. Chapolin checa e vê que não. Flor pede que o herói se esconda, pois alguém se aproxima. Chapolin entra no caixote. Dentro dele há botões, uma caneca de vinho e cartas de baralho. Enquanto isso, mancando, Samandica chega até a prisão. O pirata pergunta das cartas do baralho e a taberneira alega não saber. Ela logo sugere que estejam onde guardam a chave da cela. Samandica vai checar e acha apenas a chave, mas não as cartas. Até que o pirata encontra as cartas e as recolhe. Chapolin, enquanto isso, permanece escondido dentro de uma pequena caixa, de onde sai depois. Flor pergunta se não acha melhor que ele deixe a chave da cela por ali. Samandica fica desconfiado, mas Flor lembra que Alma pode entrar na cela e assediá-la. Samandica concorda e joga a chave em cima do caixote onde está Chapolin. A chave, por conseqüência, cai em cima do herói. Samandica se despede e Flor pergunta se Chapolin se ele está com a chave. Ele a joga para Flor, que a pega. A taberneira deixa a cela e procura por Chapolin. Eis que ele aparece por trás e com seu tamanho normal. Acabara o efeito da pílula. Eles tentam sair da prisão, mas percebem que a porta está fechada por dentro. Chapolin sugere que aguardem o terremoto que derrube as paredes, mas logo pensa em outra coisa. Chapolin tem uma idéia e pega, de um caixote, uma banana de dinamite. Ele, planejando explodir a porta, acende a dinamite com uma vela. Mas, por engano, o herói coloca a vela próxima da porta e a dinamite no candelabro. Chapolin tapa os ouvidos e logo percebe que a dinamite está no lugar errado. Polegar efetua rapidamente a troca e a porta vai pelos ares com a explosão. Comicamente, Alma Negra sai em maltrapilhos afirmando que Chapolin e Flor Marina estão livres. FIM DO EPISÓDIO

A BOLA DE CRISTAL
Resumo do episódio inédito exibido no dia 14/10/2006


Fotos: Alma Negra

            PRIMEIRO BLOCO - Segunda versão do episódio presente no terceiro DVD do Chapolin da Amazonas Filmes, cuja última exibição pelo SBT havia sido em 1990. Ao contrário da primeira, onde se passa nos dias atuais, esta versão é de época, com móveis e vestuários dos séculos XVIII ou XIX (a mesma distinção nas duas versões do episódio "O Anel da Bruxa"). O coronel (Rubén Aguirre) pergunta se a bola colocada no meio da sala de Workshetter (Carlos Villagrán) é a pertencente ao Rajá Cara Rachada (na outra versão, Rajá de Kalambour). Carlos afirma que sim e que ele podia prever o futuro com ela como se visse uma peça de teatro. Ele alega que Cara Rachada chegou até a ver na bola cenas de sua própria morte. O coronel alerta para a possibilidade do Rajá estar vivo, e Carlos contesta, lembrando que todos os jornais divulgaram sua morte. Rubén diz que o Rajá, vendo cenas de sua morte, poderia tê-la fingido. Workshetter quer saber o que o Rajá ganharia com aquilo. Rubén diz que Carlos adquiriu a bola num leilão e deseja saber o preço que ele pagou. Workshetter tenta disfarçar, mas o coronel insiste, lembrando que a bola subiu de valor.


Workshetter adquiriu a bola do Rajá Cara Rachada num leilão

            Workshetter vê uma imagem na bola e diz ser de sua mulher. Na verdade, é o reflexo dela, já que ela se aproxima. Florinda chega e oferece uma bebida para o coronel, que pede um bourbon. Ela pergunta sobre o que ela achou da bola de cristal. Carlos coloca que o coronel acha que ele foi enganado. Depois que o coronel diz que a bola subiu de valor pela publicidade que teve, uma faca é arremessada na direção de Workshetter e cravada na parede, juntamente com um pergaminho. Nele, diz que "quem tiver em seu poder a bola de cristal, morrerá muito em breve". Ele pergunta "por que? por que? por que?". Uma nova faca com uma nova mensagem é arremessada. Nela, está escrito "porque sim". Florinda nota que as facas foram atiradas da janela e o coronel decide investigar. Florinda pede que o marido se livre da bola, e ele nega, alegando que gastou muito dinheiro por ela. Ela lembra que Workshetter corre risco de vida. Ele admite e invoca Chapolin. O herói aparece pendurado na chaminé de cabeça pra baixo.


Chapolin chega para resolver mais um caso sinistro

            Lembrando o episódio do Cherrin e Cherrion do Diabo, ele diz "ue, astúcia minha com contavam não" já que está de ponta-cabeça. Chapolin, de cara, quase derruba a bola de cristal. Ele logo a acha parecida com as bolas usadas para ler o futuro. Workshetter lê novamente a mensagem de que quem tiver a bola corre risco de morte. Chapolin se assusta e larga a bola. Workshetter consegue pegar a bola e chama o herói de "anta". As anteninhas de Chapolin detectam a presença do inimigo. Carlos se apavora e pergunta a Chapolin se o herói não teria medo que lhe arremessassem uma faca. Chapolin pergunta "quem, eu?. Uma faca vai em sua direção com a mensagem "sim, tu". Chapolin tenta fugir, alegando ter uma consulta no dentista. Ele chama sua marreta biônica com um assobio e bate no coronel, achando que ele é o bandido. FIM DO PRIMEIRO BLOCO


As facas trazem mensagens ameaçadoras

            SEGUNDO BLOCO - O coronel se recupera da surra que levou de Chapolin, enquanto este tenta se desculpar por não saber que ele é um amigo da família. Perguntado se encontrou alguém, ele diz que não viu. Novamente, as anteninhas de Chapolin detectam a presença do inimigo. Ele tenta espiar pela fechadura e bate o olho na maçaneta. Enquanto Florinda pergunta o que aconteceu e Chapolin se volta pra ela, o coronel decide espiar também e o herói, quando volta, espia o traseiro do coronel, que leva um tapa nas costas.


Não é melhor espiar a fechadura?

            Enquanto Chapolin discute, eis que surge um sujeito com um turbante e roupas estranhas. Chapolin não o vê por estar de costas para ele. O coronel tenta avisá-lo com gestos faciais, mas Chapolin começa a fazer caretas pra ele. O herói espia a barriga do sujeito. Após Chapolin se dar conta de que não espiava pela fechadura, o homem pede a bola de cristal, alegando ser dele. Florinda nega entregá-la e protege a bola. Workshetter pergunta com que direito ele invade sua casa. O homem alega ser o Rajá Cara Rachada (Ramón Valdez). Chapolin pergunta quem rachou ele, já que está com a cabeça enfaixada. Workshetter diz que é um turbante e quer que ele prove que é o Rajá, que responde ser o maior faquir do mundo. Florinda pergunta se ele toca flauta e hipnotizam cobras e deita-se em cima de tábuas de pregos. Após receber respostas afirmativas, pergunta porque ele se deita em tábuas de pregos. "Porque pregos são mais baratos que facas", responde o suposto Rajá.


Um sujeito se faz passar pelo falecido Rajá Cara Rachada

            Perguntado se dói, ele começa a rir e depois coloca que a dor é uma coisa mental e que pode ser controlada mentalmente. Ele pega uma tora da lareira cuja ponta pega fogo e diz que tudo é questão de concentração. O Rajá apaga a labareda de fogo, começa a repetir "não vai doer, não vai doer" e toca na ponta da tora queimada por alguns segundos, sem sentir dor. Enquanto todos se impressionam, Chapolin acha aquilo fácil, já que concentrando qualquer um consegue. O Rajá pergunta se Chapolin consegue, ele diz que sim. Florinda lembra que aquilo requer muita concentração e o coronel diz que o herói está bastante concentrado. Após se irritar, Chapolin pega a tora pegando fogo e pergunta o que tem de dizer. O Rajá lembra que é "não vai doer". O herói começa a repetir "não vai doer, não vai doer... sim vai doer". Workshetter avisa que é melhor ele não arriscar. Chapolin diz que vai só pra mostrar pro "Rachado". Logo, o Rajá corrige seu nome. Chapolin apaga o fogo da ponta e logo começa a enrolar "eu faço, eu faço". Ele volta a repetir "não vai doer" e toca na ponta da tora por alguns segundos. Chapolin agüenta firme, enquanto Workshetter e sua esposa se impressionam e o Rajá se surpreende. Chapolin atira a tora na lareira e mantém o semblante de vitória por alguns segundos. Lentalmente, sua cara começa a se transformar na de dor. Até que Chapolin não agüenta e, com a mão queimada, sai da sala rapidamente e a mergulha num aquário com peixe e tudo.


"Não vai doer, não vai doer... vai sim"

            Chapolin, ao tirar sua mão do aquário, tira um peixe da manga. Florinda pergunta se ele não quer uma pomada pra queimaduras. Chapolin alega que só estava lavando a mão. Ela diz que irá trazer de qualquer maneira. O coronel diz que a cara do Rajá a lembra de algo. Chapolin responde que lembra um bode. O coronel decide investigar. Enquanto isso, o Rajá vê o futuro na bola e diz a Workshetter que ele morrerá num encarrilhamento de trem em Acapulco. Workshetter lembra que não há trens em Acapulco. Rajá completa que por isso ele se salvará. Workshetter coloca que o Rajá é um charlatão. O Rajá pergunta se ele também é adivinho. Workshetter deixa claro que ele não é o Rajá Cara Rachada, que ameaça hipnotizá-lo e fazê-lo pensar que é um chimpanzé. Workshetter diz que, para ser hipnotizado, a pessoa tem que ter um cérebro velho. Chapolin decide espiar o acontecimento.


O Rajá planeja roubar a bola de cristal

            O Rajá deseja fazer um teste e pede para que Workshetter olhe nos seus olhos. O Rajá cruza as mãos e logo Workshetter adormece. O Rajá se surpreende por perceber que o hipnotizou muito rapidamente. Mas Workshetter diz que fingiu só pra ver sua cara. O Rajá pede para que faça outro teste e tenta hipnotizá-lo novamente. Enquanto o Rajá tenta hipnotizar Workshetter, Chapolin, que espia tudo, começa a sentir sono. O efeito da hipnose cai sobre o herói. Chapolin dorme de pé e Workshetter também, enquanto o Rajá pede que ele durma. Em seguida, o Rajá pede que ele imite um chimpanzé a cada estalar de dedos. No primeiro estalar, Chapolin sente a hipnose e começa a pensar que é um chimpanzé. Workshetter, ao ser pedido que imite um chimpanzé, faz um sinal para o Rajá e de novo alegou estar fingindo para ver até onde ele chegaria. O Rajá se surpreende, dizendo que nunca fracassou e completa que, para perder o efeito da hipnose, é necessário um novo estalar de dedos. O Rajá estala e Chapolin volta ao normal. Workshetter não acredita e o Rajá estala de novo os dedos. Chapolin volta a agir como chimpanzé. FIM DO SEGUNDO BLOCO


Chapolin acaba sendo hipnotizado

            TERCEIRO BLOCO - Chapolin continua achando que é um chimpanzé, se pendurando na janela, se coçando, fazendo caretas. Workshetter, enquanto isso, expulsa o Rajá de sua casa. Ele pede para recolher seu turbante. Workshetter novamente estala os dedos e Chapolin volta ao normal. O Rajá coloca a bola de cristal dentro do turbante. O Rajá sai e enquanto Workshetter explica a Chapolin que o homem é um farsante, ele percebe que a bola de cristal sumiu. Workshetter percebe que o Rajá colocou a bola no turbante e antes de persegui-lo, estala os dedos. Chapolin volta a agir como um chimpanzé, e entre outras ações, acaba engolindo o peixinho do aquário.


Como chimpanzé, comete mil e uma loucuras

            Florinda traz a pomada para queimaduras e estranha ao ver Chapolin se pendurando no lustre. Ele toca na lareira, e começa a sair fogo. Chapolin se assusta. Florinda tenta dar a pomada, mas o herói começa a espremer todo o tubo, fazendo cara de retardado e depois sai da sala. O coronel aparece dizendo que o homem que apareceu na casa é um vigarista de forma internacional, já que ele se passava pelo Rajá Cara Rachada, vendia a bola e depois a recuperava. O coronel e Florinda se dão conta que a bola desapareceu. Chapolin volta para a sala carregando um cabo com dois baldes.


Se Chapolin nasceu em setembro (entre 23 e 30), logo honra seu signo de libra

            Florinda então estala os dedos imaginando que seu marido guardou a bola, e Chapolin volta ao normal e logo estranha o motivo pelo qual segura os baldes. Florinda sai e resolve avisar ao marido que tenha cuidado com a bola. Chapolin alerta que o "cara de bode" pode ter levado. O coronel estala os dedos e Chapolin volta a pensar que é um chimpanzé. Chapolin sobe no sofá onde o coronel está sentado e começa a cheirar e a mexer no cabelo do coronel, que fica espantado. Florinda volta, alegando não encontrar o marido, e o coronel pede que ela distraia Chapolin. Ele novamente estala os dedos e Chapolin volta a si. Sem jeito, Chapolin se senta. Enquanto Florinda tenta saber o que Chapolin estava fazendo, Workshetter aparece com a bola, comemorando que a recuperou. Ele lembra com deboche que o Rajá pretendia fazê-lo pensar que ele era um chimpanzé a cada estalar de dedos. Workshetter estala e Chapolin passa a imitar um chimpanzé novamente.


O chimpanzé Chapolin acaba quebrando a bola de cristal

            Os três acham engraçado, percebem que Chapolin está hipnotizado e começam a estalar os dedos sem parar, ativando e quebrando o encanto. Até que, enquanto o herói age como chimpanzé, Chapolin se pendura no lustre e acaba, sem querer, derrubando e quebrando a bola de cristal. FIM DO EPISÓDIO

O ESPIÃO INVISÍVEL
Resumo do episódio inédito exibido no dia 21/10/2006


Fotos: Thomas Henrique

            PRIMEIRO BLOCO - O doutor (Ramón Valdez) está envolvido em suas experiências científicas. Tanto que sua sobrinha (Florinda) chega no seu laboratório e apresenta o seu namorado (Carlos Villagrán), que lhe estende a mão. Porém, o doutor nem nota a presença do casal e continua fazendo experiências, que consistem em derramar substâncias de um tubo de ensaio para um balde. Florinda coloca que quando seu tio faz suas experiências, se esquece do mundo. Carlos contesta, dizendo que ele está apenas pintando um vaso. Mas eis que, a cada pincelada, o objeto desaparece. Ramón fica faceiro por fazer o vaso desaparecer com a tinta, enquanto Carlos, sem perceber, começa a rir do doutor. Florinda coloca que ele já fez descobertas maravilhosas. Ramón consegue pintar todo o vaso, e exalta que criou o invento mais maravilhoso do mundo. O doutor percebe a presença de Carlos em seu laboratório. Florinda diz que ele é jornalista e Ramón se zanga. Carlos é expulso pelo doutor, que se recusa a informar as fórmulas de seus inventos a um jornalista. Florinda contesta, enquanto Ramón dá seus motivos por ter expulsado o rapaz. Ele pergunta à sobrinha o que traz na mão. Florinda responde que nada, e Ramón coloca o vaso invisível na mão de Florinda, que fica impressionada por sentir que segura algo. mas sem ver o objeto. Ramón diz que o verniz que inventou deixa os objetos invisíveis. Ele leva o balde com o verniz até a porta e começa a pintá-la. Ela vai desaparecendo a cada pincelada. Florinda observa espantada, enquanto segura o vaso invisível, e diz que seria terrível se o invento caísse na mão de algum espião. Enquanto isso, alguém espia da janela as ações de Ramón. O sujeito tenta se esconder, mas é visto pelo jornalista. Trata-se de seu Severiano Miron (Edgar Vivar), que segundo Carlos, é o "espião secreto mais famoso do mundo". Enquanto o jornalista lembra que ele deu uma entrevista para o jornal "Fofoca Requentada", Severiano começa a chorar. Ele reclama que como pode ser um espião, se todos o conhecem. Carlos diz que tudo é o preço da fama e lhe pede uma foto. Severiano diz que, pra conseguir uma foto dele, tem que falar com seu empresário. O espião deixa o local, enquanto Carlos vai para o outro lado. Dentro do laboratório, Florinda continua segurando o vaso invisível e Ramón termina de pintar uma das metades da porta. A sobrinha revela que acabou de ver o espião Severiano Miron. Ramón na hora percebe que se trata do espião secreto e tenta detê-lo. Ele acaba dando uma topada na parte da porta que acabou de deixar invisível. Ele sai e Florinda invoca Chapolin. O herói aparece pela janela. FIM DO PRIMEIRO BLOCO


Chapolin pinta um pedaço de pau com o verniz

            SEGUNDO BLOCO - Florinda diz que seu tio fez uma descoberta de valor incomensurável e de poder imenso. Ela pergunta o que tem nas mãos. Chapolin responde "dedos". Florinda deseja saber por que está com as mãos na posição de quem segura algo. Chapolin diz que é artrite. Ela diz que tem um vaso nas mãos e Chapolin toca na testa da moça. Ele tenta deixar a casa, alegando que tem um amigo psiquiatra muito bom, mas dá uma topada na porta invisível. Chapolin pergunta quem moveu a parede. Ela explica que a porta está fechada. Chapolin não acredita e dá outra topada na porta. Florinda entrega o vaso para Chapolin, que o segura. Ela bate na porta invisível. Ela diz que a porta e o vaso estão invisíveis. Quando ela revela que o herói segura um vaso, ele se assusta e o larga, o quebrando. Ela explica que o verniz inventado por seu tio torna os objetos invisíveis. Chapolin, com o balde do verniz, começa a fazer experiências. Ele pinta um pedaço de pau, o deixando invisível. As anteninhas de Chapolin detectam a presença do inimigo. O herói planeja agredi-lo com o pau que deixou invisível. Enquanto Chapolin se esconde, Carlos, do lado de fora, tenta entrar no laboratório, mas dá uma topada na porta. Florinda diz que Carlos é seu namorado. Chapolin explica que a porta é invisível e tenta provar se apoiando na porta. Mas ela está aberta, já que Florinda a abriu para Carlos entrar, e Chapolin vai direto ao chão. O jornalista continua não acreditando. Chapolin pega o pedaço de pau que pintou e pergunta a Carlos se ele enxerga o que traz na mão. Carlos pergunta se o herói está de fogo. O herói deixa claro que o jornalista não pode ver, mas pode sentir o objeto. Chapolin tenta acertar a cara de Carlos, mas o jornalista não sente nada. Chapolin se dá conta de que não segura nada, mas percebe que o pau está na outra mão e enfim Carlos sente o golpe. Carlos segura o objeto invisível e Chapolin e Florinda explicam sobre o verniz, o apontando. Carlos brada que o verniz é uma excelente notícia para o seu jornal e deixa o laboratório. Florinda tenta detê-lo, alegando que seu tio não quer que ninguém saiba da invenção, mas em vão.


O jornalista Carlos decide botar a boca no trombone

            Florinda pede que Chapolin tente agarrá-lo e o herói diz que irá alcança-lo dando um salto de dentro do laboratório para a janela lateral, no momento em que ele passar por lá. Mas Chapolin acaba indo parar numa lata de lixo, que traz consigo uma mensagem "obrigado por colocar o lixo em seu lugar". Ramón aparece e gosta de saber que finalmente aprenderam a jogar o lixo no lixo. Ramón coloca a marreta biônica, caída no chão, dentro da lata e entra no laboratório. O doutor e sua sobrinha aparecem na sala do laboratório, idêntica a do episódio "O Roubo do Anel de Brilhantes". Com o balde do verniz, Ramón pega um borrifador e começa a enchê-lo com a substância. Florinda diz que Chapolin não deteve Carlos, e Ramón coloca que também não achou o espião Severiano. Ramón, depois de dizer "sigam-me os loucos", usa o borrifador para fazer desaparecer um ramalhete de flores segurado por Florinda. Na primeira borrifada, o objeto some na hora.


Com o mata-moscas, os móveis desaparecem na hora

            Ambos se impressionam, e Florinda solta as flores, já que acaba se espetando. Ela diz que não sabe onde largou a planta. No momento em que ela diz que as flores podem ter caído na poltrona, Ramón se senta e sente sua poupança espetada. Foi ali mesmo que caíram as flores invisíveis. Ramón borrifa em uma das poltronas, e na hora ela desaparece. Florinda lembra que o invento é um perigo nas mãos de um bandido e sugere que Chapolin cuide dele. Ramón nega, colocando que apenas ele usará o invento. Ramón acaba dando uma tropada na poltrona e acaba novamente se espetando nas flores colocadas na poltrona. Florinda tenta convencer seu tio a deixar o invento com o Chapolin Colorado, mas Ramón não concorda. O SBT efetua o corte para o intervalo na hora errada, no momento em que o espião Severiano entra na sala do laboratório, ao mesmo tempo em que a clássica música de suspense do seriado começa a ser ouvida. FIM DO SEGUNDO BLOCO


Seu Severiano, o espião secreto mais famoso do mundo

            TERCEIRO BLOCO - Disfarçado de faxineiro, Severiano finge varrer o chão do local. Chapolin aparece e avisa que não há nada para ele espiar. Severiano diz que ali há uma tinta que torna invisível os objetos. O herói debocha, dizendo que não existe uma invenção daquelas, enquanto senta na poltrona invisível e até estica as pernas em cima dela. O espião diz que ele está sentado no ar e aí que Chapolin se dá conta. Severiano pergunta se Chapolin está convencido que existe a tinta que deixa tudo invisível. Chapolin, enquanto desconversa, senta na poltrona e acaba se espetando com as rosas invisíveis colocadas na poltrona. O herói alega que na casa tem pulgas que selecionam os lugares onde picam. Carlos aparece cumprimentando Severiano, mas o espião sai dizendo que não suporta a presença de jornalistas. Carlos diz que ninguém acreditou no que ele disse no jornal, e Chapolin alerta que ele poderia ter trazido o pessoal para uma demonstração. Chapolin faz pose para se sentar na poltrona invisível, mas erra o local e vai direto ao chão. O herói acaba topando nela. Carlos a sente com o tato. O jornalista diz que o tio de sua noiva o matará se ele o vir no laboratório. Chapolin sugere que ele se esconda atrás da poltrona e ele obedece. Mas ele se esconde atrás da invisível e é evidente que daquela maneira ele pode ser visto... Chapolin pede que ele vá atrás de outra poltrona e decide fazer cobertura para o jornalista se sentando, mas novamente se espeta nas rosas invisíveis. Ramón aparece e, refletindo melhor no que Florinda disse, resolve entregar o borrifador com o verniz para que Chapolin cuide. O herói reclama dizendo que não tem cara de mata-moscas e que aquilo pode ser útil para um lugar onde há pulgas. Ramón pergunta se há outra além de Chapolin, que se zanga. Chapolin diz que toda vez que ele se senta na poltrona, uma pulga o pica, e ele borrifa o verniz no móvel a fim de desaparecer a dita pulga. Mas acaba evidenciando o jornalista, que está escondido. Ramón novamente expulsa Carlos de seu laboratório, lhe mostrando por inúmeras vezes um cartão vermelho. Severiano aparece disfarçado de leiteiro, trazendo consigo um suporte com garrafas de leite, e deseja ver o "mata-moscas" com o verniz. Chapolin não lhe entrega e borrifa o invento no espião, que desaparece. Depois, Ramón pergunta se Chapolin o emagreceu com o mata-moscas e o herói diz que ele emagreceu tanto que desapareceu. Ramón diz que o herói o deixou invisível. Florinda aparece e mostra que a metade da porta pintada ficou visível novamente. Chapolin deduz que o efeito do verniz seja temporário.


Chapolin está prestes a duelar com o espião invisível

            Ramón vai tentar esconder a fórmula antes que o espião a encontre, mas percebe que alguém trancou a porta por fora. Severiano, invisível, diz que foi ele quem trancou resolve procurar a fórmula por todos os cantos do laboratório, começando pelas gavetas. Ramón diz que o espião está dentro do laboratório e Chapolin tenta arrombar a porta por diversas vezes, sem sucesso. Ramón diz que com mais 510 golpes, ela cai. O espião retira tudo de dentro das gavetas, desde caveiras até livros, mas sem encontrar a fórmula. Florinda lembra que a janela está aberta e Chapolin sugere que ela seja fechada, pois pode entrar um ladrão. Ela diz que Chapolin pode entrar por lá e pegar o espião invisível. Severiano, do lado de dentro, ameaça virar tudo do avesso caso não digam onde está a fórmula. O espião invisível começa a derrubar tudo, enquanto Ramón e Florinda permanecem aflitos. Chapolin entra no laboratório pela janela e o espião diz que nunca o herói terá condições de enfrentá-lo. Enquanto Chapolin diz que não foi derrotado nunca, jamais, Severiano lhe acerta com uma das gavetas e ri triunfalmente. Chapolin tenta acertá-lo com a marreta, mas a princípio acerta o vazio, enquanto o espião continua rindo. Chapolin dá um golpe surpreendente por trás e acerta Severiano. O espião tenta tomar a marreta de Chapolin, que tenta segurá-la. Os dois disputam a marreta. O herói a joga pela janela e garante que pode pegá-lo de mãos limpas. O espião acerta pontapés no traseiro de Chapolin, que revida com um coice, atingindo Severiano. Chapolin puxa o cabelo do espião e lhe dá uma gravata. O herói enfia o dedo no olho de Severiano e começa a pegá-lo de maneira a carregá-lo. Severiano, implorando, garante que Chapolin não lhe agüentará. Chapolin se esforça para carregá-lo e consegue levantar o espião, fazendo um esforço sobrenatural. Até que Chapolin não agüenta e acaba jogando Severiano pela janela. De dentro da sala, Ramón fica apavorado com a possibilidade de ter sua fórmula roubada, enquanto Florinda lhe pede calma. O doutor se senta na poltrona invisível, mas ela reaparece. Ramón deduz que o espião voltará a ficar visível. Carlos vai passando enquanto Chapolin diz a Severiano, ainda invisível, que da próxima vez será pior. A lata de lixo em frente à janela está caída. Quando Carlos o chama pelo nome, eis que Severiano reaparece caído em cima da lata. O jornalista ajuda o espião a se levantar e diz que deseja fazer uma entrevista com ele. Antes da imagem escurecer, dá para notar o espião irritado com o jornalista. FIM DO EPISÓDIO

Mestre Maciel

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