UMA CENA QUE SIMBOLIZA A REALIDADE
Fotos: Mestre Maciel


Chaves: uma vítima da sociedade

            Estamos em época de eleições. Como sempre, inúmeros sujeitos invadem todas as emissoras abertas de TV e as estações de rádio com o intuito de pedir, de maneira desesperada, o seu voto. Apelam para a velha tática clichê de enfileirar uma proposta atrás da outra, e isso sem contar os corriqueiros chavões como "pela ética e pela cidadania", "vamos acabar com a corrupção", "menos impostos, mais empregos", entre outras papagaiadas. Essas promessas todos nós sabemos que não passam de pura garganta, que tudo será esquecido logo após o período eleitoral. E o eleitor-telespectador assiste, naturalmente, ao horário político ouvindo tudo por um lado e saindo pelo outro. Os problemas sofridos pela nação são especificados e detalhados, e o receptor fica ciente da gravidade da situação, mas passivo quanto a esses acontecimentos. Um outro exemplo: quem acompanha na TV, seja por noticiário ou documentário, a miséria de um casal com uma grande quantidade de filhos espalhados pelo barraco onde moram, lamenta profundamente a precariedade da vida de tal família e começa a refletir, a estabelecer debates sobre como melhorar as condições daquela gente. Porém, tudo da boca pra fora! Tal debate, na mais triste realidade, não passa de um inexpressivo mar de lamentações, com todos os infortúnios especificados e lamentados. Mas encontrar soluções adequadas que é bom... nada, né? Pura demagogia!


O "café da manhã de todas as manhãs" de Chaves deixa o professor sem palavras

           Um exemplo marcante encontramos no episódio "Isto Merece um Prêmio". A cena escrita por Roberto Gómez Bolaños é a autêntica síntese da subjetividade de tais debates: muito falatório e pouca (ou melhor, nenhuma) ação. Um verdadeiro retrato da realidade, explorada pelos políticos a fim de conseguir votos para desfrutar de quatro anos da mais pura mamata. Eis o resumo completo da cena.
            Na sala da casa de Dona Florinda, Chaves e Quico mostram seus desenhos ao Professor Girafales. Logo após o desfile de bizarrices protagonizado pelo "tabuleiro de xadrez para principiantes", "máquina de escrever com uma tecla só" e "sanduíche de ovo", Chaves mostra um cartaz sem nada desenhado e o órfão diz que fez o "desenho" sozinho, sozinho. Girafales, indignado, pergunta o que significa aquilo. Chaves responde: "É o meu café da manhã de todas as manhãs". A resposta é complementada por um conformado "que que eu vou fazer?".


O café e as bolachas estão servidos, enquanto Girafales mantém-se pensativo

            Então, por um minuto ininterrupto, o Professor mantém-se quieto, atônito e pensativo. Enquanto isso, Dona Florinda traz café e biscoitos para servir aos três que se encontram na sala. Quico, que a havia decepcionado anteriormente com a história da "estrelinha de bom menino", implora pra sua mãe que o deixe comer um biscoitinho. A diferença social de Quico para Chaves fica evidente pelo tratamento dado por Dona Florinda ao filho único, bastante mimado pela mãe nessa ocasião (e em todas) com a fala abaixo:
            - Olha, tesouro, eu poderia permitir que você comesse até 20 biscoitos. Mas por ter me enganado com a história da estrela, não vai comer mais que 18! Nenhum a mais!


Dois biscoitinhos a menos deixam o dono da "estrelinha de bom menino" chateado

            Quico, ainda assim, acaba ficando triste com "o castigo" absurdo imposto pela "valentona do 14", que especifica que de vez em quando tem que ser enérgica com os filhos. Ela então percebe que Professor Girafales permanece calado e sem reação. Dona Florinda o cutuca e aí o Mestre Lingüiça dá início ao debate.
            - Desculpe, Dona Florinda! Mas é que fiquei pensando como é possível que hajam meninos como o Chaves e muitos outros que não têm absolutamente nada para comer.
            - Bem, é verdade! Esse é um grande problema! As pessoas deveriam pensar nisso! - diz Florinda, enquanto os três começam a se servir dos biscoitos. Chaves, atrás do sofá, se empolga com o lanche servido, mas percebe que ninguém lhe oferece. Dona Florinda e Professor Girafales vão comendo e conversando.
            - É incrível que não haja qualquer sensibilidade.
            - Mas o que é que o senhor queria, professor? Ninguém se importa com os problemas dos outros!
            - Mas é preciso perceber que...
            - Claro, professor, por isso há tanta fome no mundo!
            - É uma lástima!


O trio se farta de bolachas. Pro Chaves, necas!

            - É preciso amor!
            - De compaixão!
            - Sim!
            - Pra ajudar...
            - Pois é, nem fale...
            - A fome é uma coisa muito séria! - o diálogo segue, com Girafales, Florinda e Quico discutindo, enquanto cada um pega um punhado e se empanturram de bolachas. Chaves, sem reação, assiste à conversa e se dá conta de que os três não lhe oferecerão nada. O trio não consegue mais falar por já terem enchido suas respectivas bocas de bolacha.


O debate é sobre a fome, enquanto um menino faminto é ignorado

            - E se ninguém ajudar... - diz Dona Florinda, após cinco segundos, com a boca cheia.
            Neste instante, Chaves, sem ser notado pelos três, deixa a casa de Dona Florinda. Sem esboçar reação, o órfão, com o semblante sério e mostrando conformidade com a situação, se refugia em seu barril quieto, sem balbuciar nenhuma palavra.
            A cena é simplesmente perfeita para descrever a indiferença dos endinheirados para com a os mais necessitados. Os debates sobre a pobreza sempre ocorrem. Mas, como ficou provado na emblemática cena acima, é muito blá-blá-blá e pouca atitude. A genialidade de Chespirito reproduziu de maneira singular como é discutida a desigualdade social e a admissão da passividade por parte de quem tem menos recursos, sabendo que o capitalismo, que prolifera em nosso mundo, torna a situação bastante irreversível. São milhões de miseráveis espalhados mundo afora. Por isso, o pensamento definitivo é que, se nós tivermos o que comer diariamente, já está bom demais. Dona Florinda e Professor Girafales, com a mesa farta de cafezinho e bolachas, apresentavam uma artificial diplomacia com aquela discussão vaga. Isso sem contar o desprezo sofrido pelos mais necessitados. Exemplos são encontrados no proprio seriado, através do tratamento dado por Professor Girafales ao Chaves em duas ocasiões. No episódio "Seu Madruga Professor", o órfão é o último a chegar na classe e o Mestre deixa claro que nem tinha dado por sua falta. E no julgamento realizado no mesmo cenário da cena descrita mais acima, Girafales recomenda a Quico que não utilize xingamentos para se referir a um ser "entojado" como Chaves.


A sina de um representante da classe baixa, vencido por uma falsa diplomacia e sobretudo pela indiferença

            E há quem acredite em chavões (nada a ver com o nosso querido personagem) e em um turbilhão de promessas que jamais serão cumpridas por parte dos milhares de postulantes a cargos públicos espalhados por todo o Brasil. Não estou querendo desestimular o leitor a exercer o seu direito de cidadão ao dar o seu voto no dia 1º de outubro. Muito pelo contrário! Quero que você, querido chavesmaníaco, tenha orgulho em definir os próximos mandantes de nosso país e de seu Estado. Afinal, pra que a nossa incansável luta em 1984 pela volta das eleições diretas para presidente? Mas só pra deixar claro que o patamar social nos próximos quatro anos deverá ser o mesmo. Pouca coisa, senão nada, mudará! Não é um político qualquer chegar, trocar beijos, abraços e apertos de mão, e dizer "temos que fazer isso", que a coisa acaba em final feliz. Infelizmente, às vezes, querer não é poder. Não é por Professor Girafales e Dona Florinda lastimarem que tantas crianças passem fome no mundo que, no fim das contas, meninos como Chaves terão todo dia um prato de comida na mesa. Eles continuarão saindo de cabeça baixa, conformados e passivos com a miséria com a qual são obrigados a conviver.

MESTRE MACIANDO NA SAPUCAÍ
As últimas do meio CH

O que imaginávamos que fosse apenas um mal-entendido por parte do SBT, no fim era verdade. Os boxes de DVD's 4 e 5 (capas à esquerda) realmente já estão à venda por enquanto apenas na internet. Os compradores já estão recebendo as caixas, lançadas com total antecedência. O SBT contribuiu para esta queda de protocolo com a exibição de um comercial apresentando inclusive as capas do quarto e do quinto boxes. Você pode adquirir os dois novos boxes pelo telefone 0800-6436100 ou pelo site WKPG por R$ 99,90 cada caixa (mais o frete). A lista de episódios de cada DVD você encontra na seção Produtos - Nacionais - DVDs, recém-atualizada. A propósito, eis a lista dos DVD's a serem lançados nos futuros boxes: El Examen (box 4), Travesuras en La Vecindad (box 5), La Fiesta, Lo Mejor de Quico, Lo Mejor de Don Ramon, Lo Mejor del Profesor Jirafales, Lo Mejor de los Niños de la Vecindad e Navidad con El Chavo del 8 (confira o conteúdo de cada um na seção Produtos - Estrangeiros - DVD's Especiais).

Ainda sobre os novos boxes, a partir do quarto que começa a aparecer a minha humilde colaboração para a adaptação dos textos. Por exemplo, fui o responsável pela revisão do script do clássico "Seu Madruga Leiteiro", um dos pouquíssimos episódios exibidos no Brasil presente nas duas caixas (repletas de episódios inédtos). De cara, fiz uma alteração em uma clássica piada do início da história, em que Dona Florinda diz que o leiteiro lhe trazia "leite de fé" e o Seu Madruga diz que ele está de férias. Sugeri ao Gustavo Berriel, coordenador das adaptações, que Dona Florinda dissesse que lhe era fornecido "leite de vaca", e o Seu Madruga coloca que o leiteiro está de vaca... de "vacaciones". Aí o Madruguinha completa com "férias em espanhol, entendeu?". Procurei, com essa mudança, dar mais humor e sentido à piada, já que a original (do "leite de fé") considero um pouquinho sem noção e forçada. Alguns não aprovaram, sendo fiéis à tradicional versão MAGA. Outros, porém, já se mostram mais adeptos à nova piada. Eduardo Rodrigues, nosso polivalente colaborador, coloca que a dublagem by Gábia de "Seu Madruga Leiteiro" já supera a antiga. Gustavo Berriel detalha a opção pela nova piada: "Eu pensei muito antes de aprovar, afinal foi uma mudança muito ousada. Quase não deixei passar, mas eu analisei bem os argumentos do Mestre e vi que era realmente uma sacada muito inteligente, que se encaixa perfeitamente na cena e na atuação do Ramón. Finalmente aprovei a piada. O Lippe e os demais diretores do Fã-Clube quase me queimaram vivo, pois eles adoravam a piada do "leite de fé". Mas resolvi ousar e aprovar a sugestão do Mestre, pelo fato de que, já que temos a oportunidade de redublar um episódio clássico, já batido na versão Maga, por que não mudar uma piada por outra tão boa quanto ou melhor. É cômica a cara do Seu Madruga todo metido pra Dona Florinda: 'vacaciones, férias em espanhol! Aprendeu?' tirando a maior onda porque aprendeu uma palavrinha de outro idioma! Reparem no gesto que o Seu Madruga faz, gabando-se todo!! Pura perfeição!". Berriel, na mensagem, me parabenizou! Eu, que já estava grato por participar desse garboso projeto, imagina como eu me sinto ao não só alterar pra melhor uma piada clássica como também por quase todos gostarem. Só o que eu tenho é agradecer a todos! Recentemente, fiz o último trabalho na adaptação de textos (sobre os novos episódios que adaptei: segredo de estado). Dou ao Berriel, ao Paulo Duarte, à Amazonas e a todos os chavesmaníacos o meu eterno "muito obrigado"! E enquanto não recebo os meus boxes, posso curtir a nova piada do "leite de vacaciones" neste link. Confiram também a nova versão de "chegou o leiteiro, chegou cantando" (musiquinha cantada por Seu Madruga no começo do episódio) neste link. Neste tópico do Fórum do Fã-Clube você pode encontrar inúmeros vídeos com trechos dos episódios dos novos boxes (editados por Eduardo Rodrigues e Fábio Barbano). Confira!

Ainda sobre os boxes: o jornal paulistano Agora está fazendo uma promoção para lá de chamativa aproveitando o gancho do Dia das Crianças. Todas as quintas-feiras, na compra de um exemplar do jornal e pagando mais R$ 14,90, poderá ser adquirido um dos DVD's do primeiro box da Amazonas Filmes. O periódico irá lançar, nas semanas seguintes, os títulos do Chespirito e do Chapolin. Pra quem mora na capital paulista e ainda não comprou o primeiro box, taí uma excelente oportunidade! Os DVD's, na maior cidade do país, serão bem distribuídos e com excelente visibilidade, além, é claro, do baixíssimo preço. O box inteiro sairá por irrisórios R$ 44,70 (se descontarmos o preço do jornal, que é R$ 1,50), quase o valor de apenas um dos três DVD's (o jornal diz que cada DVD sai por 34,90 nas lojas, embora eles não sejam vendidos separadamente). Uma excelente iniciativa do jornal Agora, e também uma bela propaganda do incansável serviço de Gustavo Berriel, Paulo Duarte, Amazonas Filmes e Fã-Clube Chespirito-Brasil. À direita, a nota que anuncia o comércio dos DVD's.

A propósito de submarinos atômicos, não repararam que 2006 é o ano da Corneta Paralisadora? Três aventuras novas protagonizadas pela cômica arma conhecemos desde março: a segunda versão da volta da corneta (presente no DVD nº 2 do Chapolin), uma aventura mais antiga e inédita (no DVD nº 3) e agora o entremés exibido no último dia 16 de setembro pelo SBT (resumido mais abaixo), onde a arma é tosquíssimamente (se é que existe essa palavra) chamada de "pistola". Para quem antes lamentava o fato de conhecer apenas dois episódios em português da "chicharra paralisadora" até março, agora não tem do que se queixar...

Esses dias, Chespirito (E) levou um tombo e teve de ser levado às pressas para o hospital, onde, depois de vários exames - incluindo uma radiografia -, os médicos detectaram a ruptura de uma costela. Mas já está tudo bem com o Legítimo Mestre, que também corre risco de ficar mudo. Roberto Gómez Bolaños perdeu recentemente a audição do ouvido esquerdo e Florinda Meza, sua esposa, está atuando como sua intérprete. Chespirito também pode perder a voz em função de um enfisema pulmonar, resultado de 40 anos em que foi fumante. Por isso Chespirito afirma que sua maior vitória na vida foi ter parado de fumar há onze anos. Minha nossa! É bom Bolanõs vir logo ao Brasil antes de... não quero nem pensar!

Fora os problemas de saúde, Chespirito continua colhendo os louros de suas obras-primas. Recentemente, os personagens Chaves e Chapolin viraram selos postais no México. Dê uma conferida neles abaixo (eles insistem em utilizar fotos em que Bolaños já está um pouco mais gordo, preterindo imagens da fase clássica)! Homenagem mais do que justa!

Mais novidades: o desenho animado do Chaves, produzido pelo filho de Chespirito, Roberto Gómez Fernández, já tem data para estrear no Brasil. Segundo a colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, o SBT começará a exibir o desenho em dezembro. Os produtores brasileiros também estão atrás de dubladores para substituir os falecidos, como Marcelo Gastaldi (Chaves), Mário Vilella (Seu Barriga) e Older Cazarré (Jaiminho). A tendência é que as vozes sejam as mesmas para a maioria dos personagens, como nos DVD's. Tem de avisar à galera da Via Anhangüera que Tatá Guarnieri e Gustavo Berriel estão a postos. No exterior, o desenho estreará na França no mês de outubro. Só para constar: devido aos inúmeros processos movidos por Chespirito contra María Antonieta de las Nieves, Chiquinha não estará no desenho, assim como já não fez parte do álbum de figurinhas lançado pela Editora Panini.

No último dia 8 de setembro, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Maurício Trilha de Vargas, o famoso Kagiva (D, dando uma de Cristo Redentor durante sua viagem ao Rio de Janeiro), sócio do jornal Zero Hora e colaborador de inúmeros sites CH. O que dizer desse fã incondicional dos Bee Gees? Trata-se da simpatia em pessoa, simplesmente! Em sua residência, tive a oportunidade de ver um vídeo filmado por ele do evento CH realizado no Rio em 20 de novembro de 2005, conheci a famosa bola Kagiva que originou o apelido tão conhecido no meio CH (de tão usada, está uma autêntica bola quadrada, tão sonhada pelo Quico) e também conferi a idêntica imitação do narrador esportivo Pedro Ernesto Denardin da Rádio Gaúcha (aclamada pelo próprio locutor, o mesmo que disse que o Inter estava rasgando e pisando em cima da camisa do São Paulo na final da Libertadores). Kagiva foi o meu entrevistado na matéria sobre a "Chavesmania" que deverá figurar na publicação da cadeira de Redação e Produção de Revista no Jornalismo da PUCRS, a ser impressa no fim do ano. Em breve, disponibilizo pra vocês o texto na íntegra. Valeu, Kagiva! Foi um glorioso prazer te conhecer pessoalmente! Já o espero para uma visitinha em minha casa.

Antes dos resumos dos novos inéditos de Chapolin exibidos pelo SBT, nada como falar de minha diva Manuela do Monte (E). Apesar de praticamente não aparecer na novela "Páginas da Vida" (mas essa hora vai chegar) e de suas cenas como Joana terem sido quase todas cortadas na reprise mutilada de "A Casa das Sete Mulheres" (os cortes em "Chaves" são fichinhas perto desses...), ela marcou presença - e como - em uma entrevista para a revista Estilo de Vida de setembro. Na publicação, ela (que deverá estrear na Marquês de Sapucaí desfilando pela Renascer de Jacarepaguá, escola do Grupo A do Rio) soltou uma das pérolas do ano: "Não gosto de sair feia nas fotos". Não que eu esteja querendo criticar a minha musa, mas que ela largou uma tremenda de uma abobrinha, isso largou! Vejam a foto dela publicada na revista e confiram o porquê de minha incredulidade. Como essa beldade de lábios carnudos e vermelhos, pele alva e cabelos pretos encaracolados (embora eu prefira liso) pode um dia aparecer feia numa foto?

Qual o motivo pela minha dedicação afinco à Coluna do Mestre, por eu ter tanta disposição ao mostrar as últimas do meio CH e bater esse papo tão crítico e sincero com o chavesmaníaco, procurando colocar em debate exatamente o que ele pensa? Confiram a mensagem do internauta Lucas Correia Ribeiro: "Estou passando apenas para reafirmar que sou seu fã, e dizer que continuo admirando suas colunas no Turma CH. Sério mesmo, percebe-se claramente em seus textos, não apenas o seu profundo conhecimento sobre as séries CH, mas também um enorme carisma que, aliado à sua incrível capacidade de escrever de forma acessível, e ao mesmo tempo rica, prendem o leitor de tal maneira que, não importa o quanto você escreva, sempre o deixará com vontade de ler mais. Este tipo de conciliação é, infelizmente, muito difícil de se encontrar em um jornalista atual, o que me leva a ter certeza de que seu trabalho será conhecido e admirado por todos futuramente, desde que você continue assim". Tamanha injeção de ânimo serve para eu me dedicar nas próximas mil encarnações ao Turma CH e aos chavesmaníacos! Um abraço do fundo do meu coração, Lucas!

No último dia 23 de setembro, estreou no Brasil a segunda versão do famoso episódio dos Piratas. Com o título original de "Os Piratas de Pittsburgh, perdão, do Caribe", trata-se de uma versão mais atual com relação ao clássico que conhecemos, com algumas mudanças no roteiro original. Uma rápida sinopse (antes do resumo ilustrado que deverá figurar em breve no Turma CH): a taberneira Flor Marina (Florinda Meza), prisioneira do Pirata Alma Negra (Ramón Valdez), consegue escapar da cela. Encarregados de vigiá-la, os piratas interpretados por Carlos Villagrán e Edgar Vivar são presos por Alma Negra por a terem deixado escapar. Chapolin é chamado para socorrê-los. Ricardo di Pascual, intérprete do Sr. Calvillo em "A Venda da Vila" e do garçom carequinha, participa da aventura. O Brasil ainda desconhece o fim da história, já que é um episódio de duas partes. O desfecho será apresentado no próximo sábado, dia 30. Destaque para a música "Ansiosos por Navegar", cantada em espanhol e que abre o episódio, cuja melodia é a mesma da já conhecida "Jovem Ainda". Eis a letra da música, composta pelo Mestre Bolaños:   Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar (bis)
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar


Has de saber
Que para ser pirata
Debes tener
Si llega la ocasión
Que doblegar
Tormentas y huracanes
Sin permitir
Que tiemble el corazón

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar
Queremos siempre cantar (bis)
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar


Pirata soy
Lo digo con orgullo
Quién como yo
A la hora de luchar
Pues todo aquél
Que cruce mi camino
Sabrá por qué
Soy rey en Altamar

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar (bis)
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar


Al regresar
Con viento a toda vela
Siento que voy
Tal vez a descansar
Pero al poner
Los pies en tierra firme
Siento que ya
Me urge navegar

Ansiosos de navegar
De navegar, de navegar
Felices en Altamar
En Altamar, en Altamar (bis)
Queremos siempre cantar
Siempre cantar alegres
Pues en el barco
Nos sentimos en el hogar
  Algo muito sinistro antecedeu a exibição desse episódio. O usuário do Fórum Feio, Forte e Formal Alma Negra (coincidência, não?) descobriu que o SBT o exibira exatamente dez horas antes, às 3h45min da madrugada de sexta pra sábado. Tanto que, antes mesmo da apresentação de "Os Piratas do Caribe" na hora do almoço, as fotos do episódio já estavam no FFFF. Quer dizer então que o SBT também passará a exibir a série "Chapolin" às sextas de madrugada? E o que é mais intrigante: exatamente o mesmo episódio do sábado à tarde, significando um avant-premiére, um autêntico aviso prévio ao chapolinmaníaco? Se for confirmado mesmo tudo isso, que notícia extraordinária! O que vai ter de gente acordando nas madrugadas de sexta pra sábado... Ê SBT maluco!!!!!!!

            Fiquem agora com os resumos completos e ilustrados dos quatro últimos episódios inéditos de Chapolin apresentados pelo SBT: "O Ladrão do Museu de Cera", "A Pistola Paralisadora", "Enfermos por Conveniência" e "Os Prisioneiros de Maria Bonita". E o SBT não aprende mesmo... Continua perdendo pontos preciosos de audiência por não avisar que exibirá inéditos. Simplesmente acredito que eles pegam a primeira fita que vêem pela frente e colocam no ar.

O LADRÃO DO MUSEU DE CERA
Resumo do episódio inédito exibido no dia 19/8/2006


Fotos: Alma Negra e Fórum Feio, Forte e Formal

            PRIMEIRO BLOCO - Numa praça (semelhante a do episódio Pedintes em Família), o guarda (Carlos Villagrán) se dirige até o telefone público. Enquanto ele disca, chega uma moça (María Antonieta de las Nieves), também disposta a usar o telefone. O guarda percebe que sua ligação não se completa e coloca o fone no gancho. A moça se aproxima para pegar o fone, mas é surpreendida pelo guarda, que o apanha novamente. Isso ocorre duas vezes, para a irritação da moça, que começa a olhar para o relógio. O guarda pergunta se ela vai usar o telefone. Ela ironiza negando e diz que vai comprar um pastel. Mais uma vez o guarda coloca o fone no gancho e o tira novamente no momento em que a moça tenta pegá-lo. Ela pergunta se o guarda não terminou e ele diz que está tentando telefonar pra sua casa. María Antonieta afirma que uma pessoa que ocupa por muito tempo um telefone público não possui cultura nem educação cívica. Ela até se desculpa por falar daquela maneira, justificando que não tem osso na língua. "Acho que engoliu", responde o guarda, que se refere, na verdade, ao telefone que engolira sua ficha. O guarda pergunta se ela não tem uma para emprestar e ela diz que a única ficha que possui é para o telefonema dela.


O policial atrapalhado não deixa a moça usar o telefone

            Enquanto María tenta tomar o fone do policial, ele se lembra que tem mais fichas no bolso de sua calça, mas percebe que ele está furado. Ela novamente pede o fone, mas o guarda se lembra que, em uma outra ocasião, quando seu bolso estava furado, a ficha foi parar dentro de seu sapato. Ele o tira e realmente acha a sua ficha, para irritação da moça. O policial atrapalhado disca e acaba usando o sapato como fone. Ele procura por mais uma ficha, lembrando que já usou 15 fichas a fim de tentar falar com sua casa, já que o assunto é urgente. Ela pergunta se há alguém doente e se aconteceu algo importante. O policial nega e diz que quer perguntar pra sua mulher se já consertaram o telefone. María Antonieta se revolta e toma o fone do policial, que fica todo sem jeito. Enquanto finalmente ela começa a usar o telefone, um sujeito (Ramón Valdez) se aproxima do telefone, passando na frente do guarda, que diz que chegou primeiro. Ramón pergunta: "em que hipódromo você corre?". O policial afirma que a fila está atrás dele. Ramón olha pra trás e diz que, se ela estava, já saiu. O guarda deixa claro que não admite que nenhum idiota passe em sua frente. Ramón, por sua vez, permite e deixa o guarda passar. O sujeito coloca que não veio para telefonar, e sim para trabalhar. Ramón se aproxima do telefone, pega a bolsa de María Antonieta pendurada no gancho do poste telefônico, e foge. Ela, tão distraída com o bate-papo, nem percebe. O policial finalmente se dá conta de que Ramón é um ladrão e grita, chamando pela polícia. Até que Villagrán se dá conta, tira e olha para o seu quepe, e tira a brilhante conclusão: "Eu sou a polícia". O guarda perde o ladrão de vista e, em frente a um balanço de playground, invoca Chapolin. O herói aparece em um escorregador.


O episódio marca a estréia do uniforme com o coração maior

            Ele desce e vai de encontro ao policial, que antes de se estender no chão, se pendura no balanço. Villagrán especifica a Chapolin que o ladrão roubou a bolsa da moça, que continua batendo o maior papo sem perceber nada do que aconteceu. O policial não sabe explicar ao Chapolin a direção em que foi o gatuno. Em uma das direções apontadas pelo guarda, fica o museu de cera. O policial se dirige até lá para procurar o ladrão, enquanto o herói o buscará pela praça. Chapolin decide recorrer às suas anteninhas de vinil para encontrá-lo e quase que sobre até o topo do escorregador. E enquanto María Antonieta continua falando bobagens pelo telefone, as anteninhas começam a captar a presença do inimigo. E Ramón realmente se aproxima, vê Chapolin, e esconde a bolsa na barriga. Polegar Vermelho logo estranha ao ver o volume a mais trazido no estômago de Ramón, que alega ser um tumor. Chapolin vai ver se ele dói e Ramón finge sentir dor. O herói pede para que ele se cuide e se afasta.


Como um tumor pode mudar de lugar? E de uma hora pra outra?

            Ele tira a bolsa e agora a esconde nas costas, já que Chapolin resolve voltar. O herói estranha que o "tumor" desapareceu. Ramón alega que o seu tumor sempre muda de lugar pelo seu corpo, enquanto a alça da bolsa acaba escapando e ficando toda pra fora. Chapolin pensa que ele tem rabo, mas o ladrão explica que sua cinta é muito comprida e sai do lugar. Chapolin justifica que Ramón é tão magro que a cinta, folgada, dá 14 voltas pelo seu corpo. Rindo, o herói chega a recomendar que ele coma mais, já que está fraco, enquanto Ramón mescla riso com irritação. Chapolin retoma o assunto anterior, dizendo que procura por um homem que carrega uma bolsa de uma mulher. Ramón recomenda que Chapolin vá até a Praça da República (uma das mais populares de São Paulo, em que pessoas de todos os "tipos" costumam marcar presença...). O herói especifica que o que procura é um ladrão que roubou a bolsa e pergunta se Ramón não o viu. Quando ele vai responder, percebe que a bolsa de María Antonieta está no chão. Ele responde que não, enquanto tenta esconder a bolsa com as pernas. Chapolin estranha o seu comportamento, chamando a atenção para um olhar de peixe morto. Até que o Polegar vê a bolsa caída. Enquanto ele se abaixa para apanhá-la, Ramón acerta Chapolin com um porrete. O herói diz: "Se acha que esse golpe me afetou, permita-me dizer que sim". E ele vai a nocaute. Ramón foge com a bolsa, enquanto María Antonieta continua conversando no telefone com a maior descontração. FIM DO PRIMEIRO BLOCO


O ladrão golpeia Chapolin e foge com a bolsa

            SEGUNDO BLOCO - No museu de cera, a guia (Florinda Meza) apresenta aos visitantes o salão mais popular do museu: o salão dos delinqüentes. Enquanto ela explica que ali estão as estátuas de cera dos mais famosos delinqüentes do mundo, o ladrão (Ramón) se refugia entre os visitantes. Chapolin e o guarda (Villagrán) vão à sua caça, mas em outro lugar do museu. Ela diz que as estátuas são tão bem feitas que parece que elas estão vivas. Ramón concorda. Ela pede para que os visitantes lhe sigam e começa a apresentar um a um os monumentos (representados por atores que ficam estáticos). O primeiro é Landru, o assassino de mulheres. Quando ela pergunta se eles o conhecem, Ramón diz que sim. O segundo é Dillinger, gângster dos anos 30. Sua estátua está na frente de uma bilheteria de um cinema, e Florinda explica que ele morreu metralhado pela polícia na saída do cinema. Ramón também alega conhecê-lo e imita os movimentos de quem segura uma metralhadora. Uma outra estátua presente na sala é de um juiz de futebol (tão massacrado por Chespirito em seus "libretos" que ganha um lugar entre os delinqüentes). Florinda pergunta se os visitantes não sabem que é o próximo bandido. Ramón diz que sabe, enquanto olha para o outro lado preocupado. Florinda, já um pouco irritada, pergunta a ele quem é. Ele não sabe responder e ela diz que se trata de Al Capone.


A guia do museu perde a paciência com o ladrão

            Ramón então tenta reconhecer as demais estátuas e se aproxima de um velho. Ele mesmo afirma ser o zelador do museu (Rubén Aguirre). Ou seja, não se trata de nenhuma estátua (ao menos no script do episódio). O zelador avisa que já está na hora de fechar o museu. Florinda leva os visitantes até a saída. Ramón vai junto. O zelador, em frente a uma placa que diz "proibido fumar", pega um cigarro. Ele acende o fósforo em plena placa.


Não está lendo o cartaz?

            O zelador, meio pancada, começa a dar "boa noite" para cada estátua. Para Al Capone, ele pede que não encha a cara. Para Nero (o mesmo que botou fogo em Roma), nada de "saidinhos". Para Landru, cuidado quando for ao baile de mulheres famosas. Para o juiz (a quem ele chama de Yamasaki), ele pede para que não marque pênaltis fora da área. Para Dillinger, que não bagunce o museu, pois no dia seguinte será domingo e muitas pessoas o visitarão. De repente, o zelador se depara com Chapolin, que estranha o fato dele conversar com as esculturas.


O zelador tem a mania de conversar com as estátuas. Que o digam (no sentido horário) o juiz de futebol, Landru, Dillinger e Al Caponer

            Rubén o qualifica como novo, porém mal-feito, naturalmente pensando que Chapolin é uma estátua. E ainda diz que a cera não foi suficiente para fazê-lo em tamanho natural. Chapolin nega ser uma estátua e diz que está atrás de um ladrão. Nesse instante, a câmera foca o juiz de futebol e Ramón, que aparece. Antes da câmera voltar para Rubén e Chapolin, percebe-se nitidamente uma piscada de olho do ator que interpreta a estátua do árbitro. Chapolin diz que se escondeu no museu um homem de carne e osso, ou mais osso que carne. Ramón, escondido, ouve.


Até Chapolin é confundido com uma estátua

            Chapolin diz que o policial está vigiando a entrada do museu e, por isso, acredita que Ramón não tenha conseguido sair. O zelador pede que Chapolin não danifique as esculturas. O herói retruca, dizendo que sabe que as peças do museu têm que ser tratadas com muito cuidado. Pra variar, acidentalmente, o herói derruba umas das peças (essa, um boneco-manequim). Chapolin arranca o braço do boneco, que se soltou depois da queda, e o joga no lixo. De repente, Chapolin se depara com um monumento de Adolf Hitler (muito bem representado por Horácio Gómez Bolaños). Hitler está com cara de mau e com o braço esquerdo levantado. Chapolin mostra a língua para ele, o encara, faz caretas e lhe dá um tapa no estômago. Hitler baixa o braço. Chapolin tenta levantá-lo, mas o braço sempre cai. O herói tenta levantar o braço direito, mas acaba virando a estátua de maneira que ela fite o herói, o encarando. Chapolin tenta virar sua cabeça, mas ela sempre volta. Polegar então dá um "pedala", um tapa na cabeça da estátua, e ela acaba virando pra baixo. Chapolin se abaixa e o braço direito da estátua cai e atinge o herói, que vai ao chão. Enfezado, Chapolin arregaça as mangas e dá uma surra na estátua. O zelador ouve o barulho e pergunta o que aconteceu. Chapolin, com o quepe de Hitler escondido nas costas, diz que não ocorreu nada. Enquanto isso, aparece um dos pés e uma das mãos do monumento, todo arrebentado, dentro da lata de lixo. FIM DO SEGUNDO BLOCO


Chapolin x Hitler: um encontro que dá o que falar

            TERCEIRO BLOCO - O zelador pergunta a Chapolin se ele sabe onde está Hitler. "Sim, no inferno", recebe como brilhante resposta. Ele deixa claro que está falando da estátua. Chapolin afirma que ela saiu e não quis deixar recado. O herói decide continuar procurando o ladrão e diz "sigam-me os bons". Apontando para a estátua do juiz de futebol, Chapolin diz: "Você não, Arthur". O herói (ou a dublagem Maga) se referia ao inglês Arthur Ellis, árbitro da chamada "batalha de Berna" - como é conhecida a partida de quartas-de-final da Copa de 1954 entre Brasil e Hungria, em que o escrete húngaro venceu nossa seleção por 4 a 2 - cuja atuação fora muito contestada pelos brasileiros. Enquanto o zelador resmunga sozinho, Ramón volta para o salão dos delinqüentes e se finge de estátua. O policial aparece e percebe a presença do ladrão, que permanece estático, agindo como se fosse um monumento. O guarda saca sua arma e pede a Ramón que levante as mãos. Rubén o tacha de louco e diz que estátuas não podem levantar as mãos, achando que Ramón realmente é uma. Villagrán afirma que ele não é estátua. Chapolin aparece e também vê Ramón. O zelador diz que é um grave delito danificar as estátuas. Chapolin, todo sem jeito, diz que o Hitler "começou com umas coisas", o deixando nervoso. Chapolin pergunta por Ramón e Villagrán deixa claro que ele não é uma estátua, ao contrário de Rubén, que insiste que ele é um monumento e deixa o salão, dizendo que irá contatar os responsáveis pelo museu para expulsá-los do local.


O ladrão se passa por estátua

            Chapolin dá razão ao zelador, achando também que Ramón é uma estátua, e compara os ladrões, gatunos e assassinos com vendedores de "autos-usados" e editores de fotonovelas. Villagrán pergunta se Chapolin tem certeza de que realmente é uma estátua. O herói afirma que sim, pois a considera muito bem feita. Ramón abre um sorriso, sem os dois perceberem. Chapolin se refere aos olhos de cachorro de pelúcia, o irritando um pouco. Chapolin resolve dar um beliscão na perna da estátua. Naturalmente, Ramón sente, mas agüenta firme. Chapolin, vendo que o ladrão não esboçou reação, justifica que a "estátua" está forrada com couro de burro. Novamente, Ramón se enfurece. Chapolin resolve apertar as bochechas de Ramón e diz que elas estão forradas com couro de hipopótamo. Villagrán se impressiona com os pêlos do nariz, que se parecem de verdade. Chapolin os arranca, enquanto Ramón suporta.


Ele pena com Chapolin e, arrependido, devolve a bolsa de María Antonieta

            Quando o policial pede para Chapolin para que não perca tempo e ajude a procurar o verdadeiro ladrão, as anteninhas de vinil de Chapolin novamente detectam a presença do inimigo. Villagrán e Chapolin se viram de costas, enquanto Ramón pega seu porrete a fim de dar outro golpe no herói. Mas Chapolin se vira antes e vê que a "estátua" mudou de posição, pois Ramón novamente fica estático na hora em que o herói o fita. Isso ocorre diversas vezes até que Chapolin chega à conclusão de que Ramón não é estátua. O ladrão pede para que Vermelhinho prove, aí percebe que falou demais e volta a ficar na posição anterior, se fingindo de estátua. Chapolin pega a marreta biônica e o atinge sem parar. O policial acaba levando um golpe também. O ladrão, arrependido, decide devolver a bolsa a Chapolin e ao policial. Na praça, Villagrán explica a Chapolin como foi que Ramón roubou a bolsa de María Antonieta, que continua falando no telefone. Ele a coloca no gancho do poste telefônico onde a moça a havia deixado, no momento em que ela encerra a conversa e desliga o telefone. Ela pega a bolsa e vai embora, sem perceber nada do que aconteceu, para espanto de Chapolin e o policial. FIM DO EPISÓDIO

A PISTOLA PARALISADORA
Resumo do entremés inédito exibido no dia 16/9/2006


Fotos: Bruno CH e Fórum Feio, Forte e Formal

            Provavelmente a estréia da corneta paralisadora (chamada, pela dublagem, de "pistola"), nesse antiquíssimo esquete. A mocinha (María Antonieta de las Nieves) chega em sua casa e é cercada por três homens, que fazem plantão na porta. Ela pede que a deixem passar. Enquanto ela espera que seu pai (Ramón Valdez) abra a porta, o trio canta a moça, que se enfurece. Ao entrar, ela esbraveja que está cansada daquele bando de vadios. Ramón (que, no episódio, usa o chapéu do Seu Madruga) pede para que ela não ligue e pega o pincel a fim de pintar a janela. Ela diz que os três vivem o dia inteiro na frente de sua casa. Ramón diz que eles acabarão cansando. Ela discorda e sugere que eles comprem um cachorro bravo. Um dos vadios abre a janela da casa enquanto Ramón passa o pincel na tinta. O pai da moça acaba, sem querer, dando uma pincelada na cara do homem. Ele ameaça dizendo que "isso não vai ficar assim". Ramón diz que não mesmo, pois ele, se tomar um banho, tira a mancha de tinta. O homem diz que Ramón está avisado e fecha a janela (ele só consegue cerrá-la na segunda tentativa).


Quem mandou meter o nariz onde não é chamado?

            María se preocupa com a possibilidade dele contar tudo para seus amigos e de eles virem se vingar. Ramón diz que "cão que ladra não morde". Ela pergunta a seu pai se não viu o que eles fizeram com a fachada da vizinha da frente e Ramón pensa que María Antonieta se refere à cara da vizinha. Ela fala que a fachada da casa é que está destroçada e teme que eles façam o mesmo com a casa deles. Ela invoca Chapolin, que aparece do lado de fora da casa. De cara, o herói leva uma pincelada no rosto. Chapolin, invocado, entra na casa e tenta tomar o pincel de Ramón. Ele vai parar na cara do pai de María Antonieta. Ela diz que seu pai acabou de pintar a cara de um idiota. O herói, com o rosto manchado, pensa que ela fala dele e agradece, ironicamente. Ramón diz que pintou a cara de outro idiota e mais uma vez Chapolin se irrita.


Sobrou pra Chapolin também

            Ramón decide pegar um copo de leite e María avisa que a gangue pode querer se vingar deles. Chapolin diz que se ele puser um só pé na casa é porque é cocho, e se pôr os dois, terá que passar pela "barreira intransponível" que se auto-intitula. Então ele apresenta a ela a "pistola" paralisadora (bizarríssimo nome dado pela Maga neste esquete para a nossa tão conhecida corneta ou buzina) e mostra como ela funciona (uma borrifada paralisa e duas recuperam o movimento). Chapolin testa em Ramón e ele pára. Ela chega a pensar que ele ficará paralisado pra sempre, mas Chapolin dá duas borrifadas e Ramón volta ao normal.


Apresentei a pistola... paralisadora

            Ele começa a pintar a porta. Chapolin o paralisa e a abre. Na volta, ele vai pintar e percebe que a porta está aberta. Ramón se espanta e pensa que roubaram a porta. Ele alega não ter percebido que a abriu, fecha a porta e continua a pintar. Chapolin mais uma vez o paralisa e abre a porta novamente. Nesse momento, o homem da gangue que fora pintado na janela aparece na frente da porta. Após as duas borrifadas, Ramón volta a pintar a cara do elemento. Ele fecha a porta e se assusta com a presença do homem, mas María Antonieta, despreocupada, avisa que já está protegida por Chapolin e pela "pistola" paralisadora.


Tome mais tinta na cara do cara

            A impressão que temos é que batem na porta (embora não se ouça nada). Chapolin pede para que ela a abra, que ele se encarregará do resto. O elemento entra e quebra um vaso. Ramón alega que ele custou muitos dólares. Quando ele pega o segundo vaso, o herói o paralisa e troca o vaso por um balde de tinta. Nem é preciso dizer que ele toma um banho após as duas borrifadas. Os três começam a rir, e o homem ameaça bater em Ramón. Chapolin novamente paralisa o cara, que ficará como estátua no fundo da casa até o fim do episódio. Novamente, não ouvimos a porta batendo, mas o trio percebe que mais alguém quer entrar. Chapolin pede para que ela abra a porta. O segundo elemento (José Antonio Mena, o mesmo ator que foi o parceiro de Carlos Villagrán na primeira versão perdida do Planeta Vênus e o primeiro Senhor Furtado, em episódio nunca exibido no Brasil) toma o copo de leite de Ramón e começa a bebê-lo. Chapolin o paralisa e troca o copo de leite por um de tinta. Precisa dizer o que acontece a seguir?


José Antonio Mena não agüenta e ri durante a cena

            Com a boca suja e manchada, ele deixa claro que Ramón irá beber um vaso inteiro de tinta. Ele começa a encher o vaso de tinta, quando Chapolin coloca a corneta em ação novamente (Mena acaba se paralisando um segundo depois da "pistola" acionada) e coloca um funil na mão do cara, com a mangueira ligada ao bolso de sua calça. Quando ele recupera os movimentos, ele começa a jogar a tinta no funil e ela vai parar no seu bolso, sujando toda sua calça. Ele, inconformado por ter sujado sua calça nova, ameaça dar um banho de tinta em Ramón. Ele novamente paralisa o elemento. Mais uma vez, não ouvimos a porta bater, mas se sabe que mais um do bando está querendo entrar. María Antonieta abre a porta. O terceiro do bando é Arturo García Tenorio, intérprete do Bebê Jupteriano, do marciano de "Aventuras em Marte" e do pai do gorducho Jaime Palilo em "Carrossel". Ele entra e Chapolin aciona a buzina. Arturo leva um banho de tinta do homem com a calça suja, que recupera os movimentos bem na hora. Arturo ameaça molhar seu parceiro, quando é paralisado por Chapolin. O bandido percebe que Chapolin está presente e se prepara para lhe dar um soco. Chapolin o paralisa antes. Ramón se coloca na frente do elemento, que está como estátua e posicionado para acertar um soco. Ramón então começa a pintar a cara de José Antonio Mena, que comicamente começa a rir em uma cena que se revela o supra-sumo da tosquice. Quando Ramón termina de pintar seu rosto, Chapolin aciona a "pistola". Como Ramón ainda permanece na frente do cara, acaba levando um soco na cara. Vermelhinho novamente aciona a corneta e ativa Arturo, que está posicionado para sujar alguém com o balde de tinta. Ramón, no meio do caminho, toma um banho.


Chapolin paralisa a todos, até ele mesmo. Reparem que, à esquerda, Mena (de amarelo) continua se mexendo, mesmo com o herói já tendo lhe acionado a corneta

            Chapolin paralisa a todos novamente (a exceção do primeiro bandido, que permaneceu por alguns minutos no fundo da casa paralisado, e de María Antonieta, que misteriosamente desapareceu no último minuto do episódio), inclusive a si próprio. No final, todos acabam paralisados. Detalhe que José Antonio Mena - que já havia rido enquanto tinha seu rosto pintado por Ramón - mesmo com o herói tendo acionado a corneta nele, continua se mexendo, puxando o bolso direito de sua calça querendo tirar o excesso de tinta. Ele deveria ter se ligado de que o entremés não havia terminado ainda. FIM DO ENTREMÉS

ENFERMOS POR CONVENIÊNCIA
Resumo do entremés inédito exibido no dia 16/9/2006


Fotos: Bruno CH e Fórum Feio, Forte e Formal

            Ramón está pronto para ir ao jantar dos executivos quando sua esposa (María Antonieta de las Nieves), uma mulher gorda, de bobes na cabeça, com olheiras e deitada, diz que se sente muito mal. Ele se queixa, dizendo que ela passa mal sempre às segundas, dia em que ele costuma jantar com os executivos. Ramón lamenta que ela não passe mal às terças, dia em que ele está acostumado a visitar a sogra. María chega a afirmar que está melhor, mas começa a tossir sem parar. Ela diz que só durará de duas a três semanas. Ramón diz que as mulheres nunca cumprem o que prometem.


María Antonieta se finge de enferma

            Ele pergunta se a esposa já chamou o médico e quando ela diz que ele não deve tardar a chegar, eis que aparece o Dr. Chapatin (com uma peruca antiga). O velho pede que Ramón mostre a língua. Ele chega a mostrar, mas logo afirma que não está doente. Chapatin diz que Ramón tem cara de defunto fresco. Ramón retruca, dizendo que o médico tem cara de defunto em conserva. Chapatin lhe dá uma sacada e quer saber se Ramón insinua que ele é velho. Ramón responde que Chapatin foi o médico do Mar Morto e toma um outro golpe do saquinho do doutor. Finalmente ele se depara com María Antonieta, que alega doer todo seu "lindo corpo". Chapatin diz a Ramón que não serve para curar delírios mentais. O executivo confidencia que ela não o engana, pois sabe que sua esposa não tem nada. O médico crê que ela seja hipocondríaca. O marido diz que, por parte de pai, ela é polaca. Chapatin lhe dá outra sacada e explica que hipocondríaca é uma pessoa que sempre acredita que esteja doente.


Reparem na peruca diferente do doutor Chapatin

            Ela diz que fez pernas de frango na noite anterior e amanheceu com 40. Chapatin pergunta se ela amanheceu com 40 pernas de frango e ela diz que se refere à temperatura. María alega que as pernas de frango não lhe caem bem. Ramón: "Fazer o quê? Essa é a sua constituição". Ela coloca que não pode comer as pernas de frango e que amanheceu com as amídalas inflamadas. Ramón lembra que ela saiu para jogar pingue-pongue com as crianças. Ela pergunta se é bom jogar pingue-pongue com as amídalas inflamadas. "Melhor com as bolinhas convencionais", responde Chapatin, que sente "coisas" ao imaginar que poderia jogar pingue-pongue com as amídalas que operou na noite anterior. Ela se queixa que a noite toda foi tosse, tosse, tosse, tosse... Ela pergunta: "você sabe o que é tosse, tosse?". "Tosse ao quadrado", é a resposta do doutor, que pergunta se ela teve catarro. Ela diz que soltou 14 galões e Ramón complementa que ainda tiveram mais dois baldes. O médico, após dar outra sacada em Ramón, a questiona sobre desmaios. Ela coloca que sente tudo girando, de maneira a pensar que fosse uma bailarina. Chapatin crê que esteja equivocada. Indagada sobre sensação de fadiga, ela finge cansaço e concorda que a tenha. "Dores?". "Não veio, a Das Dores faltou" (boa sacada da Maga: trocou o espanhol "dolores" por "Das Dores", ao contrário do episódio "A Outra Mulher" do Chompiras, do segundo DVD de Chespirito, em que Chompiras pergunta pela "prima Dolores"). Chapatin pergunta se ela é tapada de nascimento e Ramón diz que é por maioria de votos. Ela alega ter todas as dores, e que uma delas começa pela nuca, passa pelo pescoço e vai até as costas. Sobre falta de apetite, ela diz que às vezes sente.


Precisa mesmo anotar o nome dos remédios?

            Dr. Chapatin receita uns remédios para ela. Ramón pergunta como se encontra. "Em qualquer farmácia", responde. Ramón quer saber como se encontra sua mulher. Chapatin pergunta se ela está perdida. Ramón quer saber como ela está e o doutor responde, com franqueza, que há melhores. Ramón coloca que não o chamou para dizer o que todos já sabem. Chapatin pede para que Ramón vá até a farmácia e compre um frasco de "cloridrato de micleticocolocococinol". Chapatin pergunta a Ramón se ele se lembrará do nome de cabeça ou é melhor anotar. Evidentemente, Ramón acha melhor que ele anote, "por via das dúvidas". Chapatin também dá a dica que, se não der certo, que compre "pastilhas de formicetilcarbonilicetinarol" e, se falhar também, que adquira um "lifato de alantomontéia". E, por fim, a dica derradeira: "se nem o primeiro, nem o segundo e nem o terceiro remédio derem resultado, é só lhe dar um sedativo e pronto".


Que falta faz uma segunda-feira...

            Ramón deixa claro que não comprará nenhum remédio. María Antonieta se desespera, achando que o marido deixará que ela morra. Ramón alega que é mentira dela e pergunta porque que ela nunca passa mal às terças, dia em que costumam visitar a mãe dela. Chapatin corrige dizendo que estão numa terça-feira. María, de uma hora pra outra, já se sente bem disposta e, toda sorridente, começa a se arrumar, enquanto Ramón é quem cai na cama, alegando dores no seu "lindo corpo". FIM DO ENTREMÉS

OS PRISIONEIROS DE MARIA BONITA
Resumo do entremés inédito exibido no dia 16/9/2006


Fotos: Bruno CH e Fórum Feio, Forte e Formal

            Um homem (Ramón Valdez) e sua filha (María Antonieta de las Nieves) estão presos numa cela. Ela quer saber quem é a mulher que os mantém prisioneiros. O pai responde que é uma velha louca que se julga ser Maria Bonita (Juana Gallo, em espanhol), que aparece vestida elegantemente, com um chapéu de cowboy mais dois cartuchos de balas colocados acima de seu vestido marrom. A vilã (uma irreconhecível Florinda Meza, que apresenta ao Brasil o seu antigo nariz antes de operá-lo) afirma que é Maria Bonita e chega junto com o comparsa Al Capone (José Antonio Mena, o mesmo colecionador de gafes de "A Pistola Paralisadora"), que está de posse de uma metralhadora. Ramón questiona como ela pode pensar que é Maria Bonita em pleno "fim do século XX" (a dublagem, pelo menos, ocorreu antes de 2001, convém lembrar - o episódio, no Brasil, estreou apenas em 2006 - vai entender...).


Na falta de um Lampião, Maria Bonita vai de Al Capone

            Maria Bonita quer que os dois estejam em perfeito estado para serem atirados nas águas geladas do tanque. Al Capone deseja já tacar María Antonieta no tanque e Ramón nega, afirmando que não toma banho. Maria Bonita diz que chegou a hora de um dos dois e deixa a cela, junto com Al Capone que, ao terminar de falar, solta uma rápida risadinha. Os dois saem e María Antonieta invoca Chapolin. O herói aparece em um trapézio colocado atrás do tanque (na verdade, a mesmíssima piscina com toscaças bordas de espuma do entremés do Conde Terra Nova) e passa seguidas vezes por cima da piscina, sem conseguir colocar os pés do outro lado. Os dois seguram Chapolin, que escapa de cair na água.


Trapézio em uma cela? É assim a aparição triunfal do nosso herói

            María diz ao herói que querem jogar ela e seu pai no tanque. "E não é sábado", completa Ramón. Marcelo Gastaldi dubla um "caramba" e um "recaramba" no lugar do característico "nossa" ("chanfle" em espanhol). Chapolin escapa de cair no tanque e Ramón diz que só há uma saída na cela. Chapolin deixa claro que resgatará os dois e terá a ajuda do "barril voador" (a famosa "égua voadora"). Chapolin especifica o golpe de luta livre: o pega pela cabeça e o joga assim. Nem é preciso explicar que o Vermelhinho, ao ensaiar o golpe, acaba caindo no tanque.


E tome mergulho nas águas geladas do tanque

            Ramón tenta tirar Chapolin da água e acaba caindo no tanque. Chapolin sai, e Ramón deixa o tanque em seguida, acreditando que pegou uma "peneumonia". Já Chapolin diz que agiu intencionalmente e que todos os seus movimentos são "geladamente" calculados. O herói pede para que os dois vigiem e abre a porta da cela. O impacto do abrir da porta acaba derrubando Ramón no tanque novamente. Na hora em que diz que já tomou banho mais do que todos os dias de sua vida, mais uma vez Ramón é jogado no tanque após Chapolin abrir a porta e voltar para a cela. Chapolin (cujo uniforme começa a se despedaçar de maneira idêntica ao episódio do Conde) acha que os dois estão se divertindo e explica que, do lado de fora da cela, há uma outra porta trancada a chave e que é impossível sair.


Mais uma vez, o uniforme de Chapolin se despedaça

            Ramón acha uma escada, mas Chapolin a acha inútil para tentar escapar de um recinto fechado, enquanto ele se apóia na escada que Ramón segura rente ao tanque. Quando Polegar diz que ela não serve, Ramón a tira e Chapolin torna a se apoiar, mas no vazio. Mais uma vez, Chapolin cai na água. María Antonieta tenta tirá-lo do tanque, mas é ela quem acaba caindo também. Chapolin se irrita, ameaçando ir embora se continuarem brincando de mergulhar.


Chapolin nada em cima da escada

            Ramón tem a idéia de levar a escada até uma janela colocada mais acima para escapar. Ela está encostada na parede. O herói então começa a subir na escada e ela cai pra trás. Chapolin mais uma vez vai parar no tanque. Ele tenta se pendurar na escada caída sobre o tanque para sair, mas ela vira e Chapolin pára na água de novo. Até que Vermelhinho consegue ficar acima da escada e, para sair do tanque, nada em cima dela. Após finalmente perceber que não está na água, Chapolin sai do tanque.


Al Capone flagra a tentativa de fuga

            Eles novamente colocam a escada na parede, próxima da janela. Até que surge Al Capone com sua metralhadora e flagra a tentativa de fuga. Ramón dá um tapa na arma do gângster e os dois se encaram. Até que Chapolin, no trapézio, puxa Al Capone até o tanque com as pernas. Com a metralhadora, Ramón rende Maria Bonita e escapa da cela com a sua filha. A vilã tenta tirar seu comparsa da água, mas Chapolin volta à cela e o impacto da porta faz com que Maria Bonita também caia no tanque (num espetacular mergulho).


Enquanto os créditos começam a subir, notem que, com o antigo nariz, o rosto de Florinda fica um pouco diferente

            Enquanto Chapolin brada o seu clássico "não contavam com minha astúcia", Maria Bonita e Al Capone pedem ajuda para sair da água. Destaque para o exageradíssimo dublador do comparsa gritando, de maneira cômica, "eu quero a minha mãe". FIM DO ENTREMÉS

Mestre Maciel

marcofelgueiras@brturbo.com.br