O
SEGUNDO BOX DE DVD'S DA AMAZONAS FILMES
Fotos
do DVD: Fabão
O box número 2, nas lojas desde o fim de março, marca a
afirmação de Tatá Guarnieri, que começa a ganhar a simpatia
da maior parte dos chavesmaníacos. Algo para se aplaudir, já
que Tatá substitui ninguém menos do que o inigualável Marcelo
Gastaldi. Certo, nunca ninguém irá superar o saudoso Maga. Mas
que Tatá está fazendo um trabalho digno do reconhecimento do
exigente fã da obra de Chespirito, isso é inegável. Tem que
corrigir alguns defeitos, mas o seu resultado final está
agradando. O segundo box marca também a nova voz do Seu Barriga.
O dublador Gilberto Baroli tem uma atuação de altos e baixos.
Mas o grande destaque vai para Gustavo Berriel. O nosso colunista
e presidente do fã-clube Chespirito Brasil, em seu primeiro
trabalho como dublador, dá a Nhonho um timbre inquestionável e
uma gigantesca simpatia, além de improvisações de grande
estilo. Alexandre Marconatto, responsável pela voz de Horácio
Gómez Bolaños no DVD do Chapolin, tem um timbre tão semelhante
a Silton Cardoso (dublador original do Godinez) que até pensei
que fosse o próprio. Os demais dubladores tradicionais
mantêm-se na média, levando em consideração a evolução de
Carlos Seidl (fora de forma no primeiro box), o ritmo totalmente
recuperado de Cecília Lemes e o show de descontração de Osmiro
Campos, dono da melhor atuação do segundo box. Quantos aos
episódios, não temos tantos inéditos quanto no primeiro. Nos
DVD's de Chaves e Chapolin, sobressaem-se episódios perdidos e
comuns. Espero que, nos próximos box's, seja dada uma ajeitada
no som em espanhol, que está muito alto e distorcido.
Seguindo o exemplo ocorrido no último Natal, quando minha
análise do primeiro box da Amazonas Filmes foi publicada no
Turma CH, novamente disseco cada episódio dos três DVD's, agora
do box 2, comentando sobre eles, apontando acertos e erros do
texto (adaptado pela equipe de Berriel, Valette Negro e
companhia, e que contará com a minha humilde colaboração a
partir do quarto box) e analisando detalhadamente a atuação de
cada um dos dubladores.
DVD
DO CHAVES - Os episódios contidos são: "O Dia
Internacional da Mulher", "Já Chegou o Disco
Voador", "Troca de Chapéus", "O Sanduíche
de Presunto" e "O Cãozinho da Bruxa do 71". O
primeiro tem exibição normal no SBT, sempre nos dias 8 de
março. O segundo é um episódio cancelado desde 1992 e se trata
da primeira versão, sem a Chiquinha, do famoso episódio do
disco voador. O dos Chapéus é o popular "O Chiclete Grudou
no Chapéu" e é a mesma versão perdida até 2003 e que
hoje tem exibição normal na emissora do Cenoura. Já os dois
últimos nunca passaram no Brasil: "O Sanduíche de
Presunto" é de 1982, quando o seriado "Chaves"
já se tornara um esquete do Programa Chespirito; e "O
Cãozinho" é a primeira versão do episódio da suposta
varinha mágica da Bruxa do 71, com Seu Madruga e Quico nos
lugares de Professor Girafales e Nhonho, respectivamente. Ah, e o
DVD do Chaves é o único que, nos créditos, aparece uma
homenagem "in memoriam" ao saudoso Mario Villela.
O Dia Internacional
da Mulher - Episódio que inicia a segunda versão da saga da
Nova Vizinha, com Olivia Leiva como Glória e Rosita Bouchot como
Paty (nos episódios posteriores, ausentes no DVD), o texto
procurou ser bem fiel à dublagem clássica. Glória ganhou uma
voz mais consistente e forte do que a original da Maga, tímida e
melosa. Ressalto duas pequenas falhas. A equipe de supervisão do
texto, na cena em que Quico interfere no diálogo entre Seu
Madruga e Glória, manteve o texto original da dublagem Maga que
"atrás da portaria fica o açougueiro". A
piada da terceira versão, com Regina Torné, é muito mais
engraçada. Pra quem não se lembra, é assim: "Me disse
que não tinha ninguém na portaria", "Como
não, tem um porco na porcaria!". E segue o
questionamento do Quico, incluindo "A leitoa-mãe?..."
E a piada do porco ainda serve de gancho para Seu Madruga que,
após beliscar Quico, pergunta a ela se não tinha ninguém na
"porcaria". Muito mais cômico! (No original, Seu
Madruga fala de "porteria", que lembra
"portero", goleiro em espanhol. Quico cita alguns
jogadores neste momento e um deles é Enrique Borja, o
homenageado que, na dublagem, foi substituído por Luís Pereira
no célebre episódio do futebol). E o segundo pequeno equívoco
foi Tatá demorar um pouco para concluir a frase "o
senhor já se fantasiou de esqueleto", logo após Seu
Madruga pedir para as crianças falarem que ele morreu. Quando
Tatá pronuncia "esqueleto", as risadas já abafam sua
voz e acaba por matar um pouco a piada. Poderiam dispensar "o
senhor" da frase e teríamos o "já se
fantasiou de esqueleto" hilário que tira o pai da
Chiquinha do sério. Marcelo Gastaldi, na dublagem clássica, dá
um tom de gozação perfeito para esta fala, tornando as risadas
inevitáveis. Há um microcorte depois da cena em que Seu Madruga
diz que Glória é o tipo de vizinha que sempre quis ter. Em
seguida, já aparece Dona Clotilde abraçada a Don Ramón. Mas
isso não prejudica nem um pouco o entendimento da história. Foi
mantida na dublagem Gábia a fala lenta de Chiquinha de cada
palavra que escreve na parede, incluindo "boooo-lo"
ao invés de "pastel". Tal troca de palavras
já faz parte do folclore do seriado e o curioso é que, na
dublagem Maga, Chiquinha (dublada originalmente por Sandra Mara
Azevedo) diz "tacar o bolo" como maneira de
disfarçar o vocábulo diferente escrito com o giz. E realmente, no texto original, Dona
Florinda diz, antes de bater em Seu Madruga: "Ah, é
masoquista! E eu sádica". Confesso que não tinha
muita certeza se a mamãezinha do Quico pronunciava "sádica",
mesmo. O DVD me ajudou a confirmar. Ah, e com a imagem digital do
episódio, a risada tosca e fora de hora de Olivia Leiva ao
deixar a vila após Chaves e Quico lhe contarem da suposta morte
de Seu Madruga fica ainda mais evidente. Afirmo que a atriz não
teve um bom desempenho nesta série, ao contrário de Regina
Torné, da versão seguinte de 1978, que dá um show de
interpretação e carisma. E não sei se ninguém reparou, mas,
no momento em que Quico sai de sua casa após Seu Madruga
expulsar Chiquinha (que atrapalhava sua conversa com Glória),
aparece na parede à direita da porta da casa 14 o nome
"Quico" escrito com o giz, provavelmente o mesmo do
trio "murio, pase e pastel".
Já Chegou o Disco
Voador - Primeira versão do episódio, sem a Chiquinha. O
script é praticamente o mesmo do episódio que conhecemos e de
normalíssima exibição no SBT. Apenas o início é diferente,
relembrando "O Violão do Seu Madruga", em que Chaves e
Quico fazem uma disputa de bilboquês, com o bochechudo tentando
trapacear no jogo dizendo a Chaves que no corredor atrás dele
tem um sanduíche de presunto (e tem mesmo), e que queria pegar o
resto do sanduíche para dar a um amigo que tem o mesmo nome. Aí
quando Quico pergunta o verdadeiro nome do órfão, Seu Madruga
interrompe o diálogo e o resto da história já é conhecido por
todos nós. No texto da dublagem Gábia, na sigla SEBI (Sujeito
Embromador Bem Identificado), ocorre a troca da palavra "embromador"
(segunda versão do episódio, dublagem Maga), por "enganador".
Lembrando que, na dublagem original da Maga para esta primeira
versão do episódio, a sigla é CEBI, com "caloteiro"
sendo o primeiro vocábulo da sigla em que Seu Barriga qualifica
negativamente Seu Madruga. Um momento brilhante dessa primeira
versão que se difere da segunda é a comparação de Chaves a
respeito das distintas formas físicas de Seu Madruga e Seu
Barriga. Durante uma discussão dos dois, que aparecem de perfil,
o órfão utiliza o pauzinho do bilboquê para comparar Seu
Madruga e a bola do brinquedo para "homenagear" o dono
da vila (como mostra a imagem acima, à direita). Uma pena que o
som da Maga não pôde ser utilizado, porque, logo depois desta
cena, Seu Barriga estende a mão para cobrar o aluguel de Seu
Madruga e o pai da Chiquinha faz uma cara cômica, marcada por
olhões arregalados. Na dublagem original da Maga, toca uma
musiquinha muito engraçada neste exato momento (aquela que ecoa
no episódio do Cofrinho do Seu Madruga, logo após Quico deixar
claro para Seu Barriga que os capacetes de futebol americano são
usados em cima dos jogadores, e nunca em cima da bola),
garantindo as gargalhadas. Sobre as atuações dos dubladores,
Tatá, pelo menos neste episódio, não está tão inspirado,
sobretudo com o seu insosso "chego-ou, chego-ou",
durante a discussão com Quico (que dizia que o disco voador já
tinha ido embora) enquanto Seu Madruga entra e sai do banheiro.
Aliás, faltou a dublagem casar a discussão com a ação do Seu
Madruga, que por uma vez chegou a entrar desesperadamente no
banheiro mesmo com nenhuma voz ecoando durante a discussão. E
Baroli, por fim, teve um desempenho decepcionante como Seu
Barriga. A princípio, sua voz não convenceu no personagem, mas
esperamos que ele evolua. Claro, estamos cientes de que Mário
Villela é a voz do dono da vila e substituí-lo é praticamente
impossível. Mas falta mais presença e mais carisma no timbre de
Gilberto Baroli (que em nada lembra Villela) para Seu Barriga.
Precisa melhorar nos box's seguintes.
Troca de Chapéus - Achei
infeliz a troca do nome do episódio, conhecido popularmente e
oficialmente como "O Chiclete Grudou no Chapéu". É um
título mais apropriado para "Roupa Suja se Lava em
Público", em que ocorre, de fato, uma troca de chapéus
entre os personagens. No mais, a dublagem Gábia também
manteve-se fiel ao texto original e da Maga. A não ser no
seguinte diálogo entre os brigões Girafales e Madruga: "Você
parece um frangote", "Mas não para as suas
galinhas". Ele é do "libreto" original, mas
a versão Maga para o diálogo acho particularmente muito mais
engraçada: "Você está muito fraquinho",
"Nem tanto quanto pareço". O apelido
carinhoso de Seu Madruga continua sendo "Mamá". No
mais, as piadas originais do terceiro bloco foram mantidas, como
que o chapéu serve de ventilação e para o verão.
O Sanduíche de Presunto - Pela primeira vez, a Amazonas Filmes nos disponibiliza um episódio da década de 80, quando "Chaves" já se tornara um reles esquete do Programa Chespirito. Os figurinos de Chiquinha e Pópis estão diferentes, os mesmos usados pelos personagens no Clube do Chaves, exibido pelo SBT em 2001 e 2002. O episódio, de curta duração, é praticamente uma versão mais reduzida do perdido "As Panquecas de Dona Clotilde". Começa com Pópis preparando sanduíches para ela e para Chaves, que pega os ingredientes do lanche da prima do Quico enquanto esta entra na casa de Florinda para pegar mais mantimentos. No fim, Pópis troca os sanduíches e Chaves fica apenas com os pães. Lembrando que, na versão que era apresentada pelo SBT, Quico era o autor da artimanha. Martha Volpiani parece estar um pouco enferrujada ao fazer a voz fanha de Pópis (cuja voz original não é muito diferente da Chiquinha, aliás, as distinções das vozes femininas em espanhol nos seriados praticamente inexistem...). Agora, todos os destaques vão para meu amigo Gustavo Berriel, autor de uma voz pura, suave e adorável para Nhonho. Com uma performance impecável, Berriel manteve a simpatia do personagem e ainda deu um show nas improvisações. Quando o filho do Seu Barriga entra pela segunda vez em cena, de cara o colunista do Turma CH larga um "olha o passo do elefantinho". Nhonho não diz isso originalmente e Berriel se lembrou da tirada de Mario Villela no início do episódio do Ratinho do Quico, presente no DVD da Imagem Filmes. A segunda pérola de Berriel foi após o soco que Nhonho leva de Chaves. Em off, o dublador estreante solta um "ai, minha mandíbula" que o personagem também não fala no texto original. Fantástico! Eis um depoimento de Gustavo Berriel após os elogios que lhe fiz por e-mail: "Eu procurei não ficar tentando imitar o Mario Villela, mas sim dar vida ao personagem, fazendo uma voz próxima tanto da original quanto da voz do Mario. E como aquele foi meu primeiro trabalho, eu estava sendo testado por diretores de dublagem, na hora a minha preocupação era interpretar bem e não imitar. Agora que já ganhei o papel, pretendo fazer uma voz bem mais próxima à do Mario. Acho que agora sim eu posso imitar porque estou mais seguro". Porém, recomendei-lhe que ele mantivesse exatamente este timbre para o personagem, pois se tentar melhorar, estraga! Aliás, dou meus parabéns a meu grande parceiro Gustavo Berriel pela belíssima atuação e também agradeço de coração o convite para participar desta dura empreitada que é adaptar o texto dos episódios para a dublagem nos Estúdios Gábia. Ficarei agraciado quando presenciar, a partir do quarto box, meu nome nos créditos. Ah, este episódio, de 1982, é erradamente datado como se fosse de 1974.
O Cãozinho da
Bruxa do 71 - O
episódio foi bastante cortado, totalizando diminutos dez
minutos. Dona Florinda, na edição da Televisa, só aparece no
começo da história ao entregar a varinha com que Satanás
brincava. Nesta antiga versão de "A Varinha Mágica da
Bruxa do 71", a varinha se resume num pedaço de galho
torto. Seu Madruga faz o papel do Professor Girafales na versão
comum do episódio no SBT e Quico a de Nhonho.
Numa consideração final sobre os dubladores neste DVD, Nelson
Machado manteve o estilo do primeiro box, menos gritão do que de
costume e muito mais contido. Helena Samara continua dando um
show e realmente parece que ela dubla Dona Clotilde diariamente
há mais de 20 anos ininterruptos. Osmiro Campos está um pouco
fora de forma ao fazer o "ta ta ta" do Mestre
Lingüiça, mas parece que é o profissional que mais se diverte
ao participar novamente da dublagem dos episódios de Chaves e
Chapolin, pois a descontração lhe toma por completo. Como disse
anteriormente, Carlos Seidl está muito melhor do que no primeiro
box e Cecília Lemes pegou o ritmo da Chiquinha, um pouco ausente
nos DVD's anteriores. Tatá Guarnieri evoluiu como Chaves, mas
ele dá ao personagem um tom muito inocente. Algumas vezes,
Marcelo Gastaldi acrescentava uma pitada de ironia em algumas
frases. E não é necessário Tatá fazer uma voz tão aguda na
hora do "ninguém tem paciência comigo" e
"tá bom, mas não se irrite". Soa muito
forçado!
DVD
DO CHAPOLIN - É o mesmo "Lo Mejor del Chapúlin
Colorado volume 4", lançado originalmente no México e em
outros países. Esses são os episódios: "O Poço do Racha
Cuca", "A Volta da Corneta Paralisadora",
"Chuva de Aerolitos" e "O Racha Cuca". Dos
quatro episódios, apenas o da Corneta é inédito, pois se trata
de uma segunda versão da história costumeiramente apresentada
pelo SBT. Os demais já são conhecidos do grande público,
simplesmente três grandes clássicos do seriado. O DVD ainda
traz dois extras: "O Gordo e o Magro" e
"Confusões no Velho Oeste", esquetes inéditos. Tatá
Guarnieri continua muito bem como Chapolin, com uma voz muito
marcante e carismática. O herói continua sendo o melhor
trabalho do dublador nos DVD's.
O Poço do Racha
Cuca - O texto da
dublagem é praticamente o mesmo da versão Maga. Percebi um
minúsculo corte logo após a entrada do Chapolin, quando o balde
cai na cabeça do personagem de Horácio Gómez Bolaños (a
atuação de Marconatto faz o chavesmaníaco não sentir saudades
de Silton Cardoso). Na exibição normal pelo SBT, aparece por
uns dois segundos Horácio esperando o balde cair. No DVD, ele
cai imediatamente. E no momento em que Racha Cuca cai no poço,
na versão em português o som desaparece por cinco segundos e
retorna quando Chapolin aparece do lado de fora do mesmo. Já no
som original, não ocorre nenhum defeito.
A Volta da Corneta
Paralisadora -
Versão de 1979 para o clássico episódio, dessa vez Edgar Vivar
faz o papel do ricaço apaixonado. Edgar não interpreta o rico
atrapalhado com a maestria de Carlos Villagrán na versão
anterior, até porque o gordinho costumava fazer, nos seriados
CH, personagens mais sérios. É uma versão muito inferior à
sempre exibida pelo SBT. Gilberto Baroli não se sai muito bem na
dublagem de Vivar no episódio, pois tenta fazer uma voz de
atrapalhado, até idêntica a do ator no som original, mas
forçada demais. Algumas vezes temos que nos esforçar para
entender o que Baroli fala. Curiosidades: Florinda Meza deve ter
passeado em Ohio, para exibir uma blusa daquelas com brilhantes
escrevendo o nome do Estado norte-americano; a manutenção da
fala "isso é muito caro", no momento em que
Rubén e Vivar quebram os vasos de Ramón, que não diz a frase
no script original; e a citação de Antônio Marcos como o homem
por quem Florinda é apaixonada. Será que foi uma homenagem ao
cantor, que foi parceiro de Marcelo Gastaldi no conjunto "Os
Iguais"? No original, ela cita John Travolta.
Chuva de Aerolitos - Também foi fiel ao texto
que conhecemos. Carlos Seidl, no episódio, faz a sua voz normal
ao invés da mais estridente com que dublou o personagem de
Ramón Valdez na dublagem Maga (o ator também faz uma voz
diferente da sua original no som em espanhol). No mais, não há
muitas diferenças. A não ser a voz um pouco mais envelhecida de
Martha Volpiani para a mocinha vivida por Florinda e o ainda
insosso "eu vou, eu vou" de Tatá, algo que
ele ainda tem que melhorar um pouco.
O Racha Cuca - O melhor episódio do
seriado "Chapolin" na minha opinião foi muito
prejudicado pelo som remasterizado pela Televisa. É colocada de
maneira ininterrupta uma enjoativa música de faroeste durante os
momentos em que Racha Cuca aparece, abafando a trilha original da
história e os diálogos, o que acaba por tirar e muito o brilho
do episódio. E, infelizmente, muitas falas clássicas da Maga
sofreram alterações. Pra começar, trocaram, durante o assalto
de Racha Cuca ao banqueiro (Villagrán), a divertidíssima frase
"Bons assaltos pro senhor" por "Tenha
bons assaltos"; substituíram o "esperem",
quando Chapolin atrapalha a bebedeira do banqueiro e do xerife
(Vivar), por "escutem", tirando um pouco o
sentido da seqüência "espero... que a gente consiga um
bom plano" (apesar que o "escutem"
é do texto original), e a resposta de Chapolin "as
pernas" (após a pergunta de Racha sobre quem o trouxe
ao povoado) foi trocada por "as patas".
Também é do script original, mas "pernas" é muito
mais engraçado e irônico. E faltou Tatá dar a Chapolin a
malandragem de Maga, durante as gargalhadas (o som original ecoa
no DVD neste instante), que diz, de forma cômica: "as
pernas, essa foi boa, né?". E na famosa cena em que
Racha Cuca diz, sem mexer a boca, "prepare-se pra viajar
e não será uma viagem pra Disneylândia", na verdade
foi um erro de edição de imagens do SBT, que nessa parte mostra
uma cena congelada de Racha Cuca apontando a arma para Chapolin.
O DVD nos apresenta uma imagem inédita, do bandido puxando
Vermelhinho pela camisa enquanto diz a frase. Então a culpa não
foi de Carlos Seidl, como inicialmente pensava... Bom que a
dublagem da hilariante cena em que o banqueiro cai morto após
afirmar que Racha Cuca não havia errado o tiro foi feita de
maneira brilhante. E, por fim, Carlos Seidl, a dublagem Gábia,
esquece de dizer a fala "é assim, é?", antes
de bater em Chapolin na cena final do episódio. Ah, Gilberto
Baroli teve mais uma atuação infeliz, ao começar o episódio
fazendo uma voz semelhante ao do episódio da Corneta
Paralisadora e depois a trocando, inexplicavelmente, por sua voz
normal. A manutenção da frase "Vamos à Disneylândia
com o Polegar Vermelho" era mais do que uma obrigação
por parte da equipe do fã-clube e, em função dos cortes
esquisitos da edição apresentada pelo SBT, imaginava que este
episódio era dividido em duas partes pela emissora e um resumo
do mesmo era apresentado. Mas felizmente ele está completo
mesmo... E as minhas críticas às mudanças de algumas falas e
à algumas pequenas falhas de Tatá Guarnieri durante a dublagem
do Chapolin no episódio podem fazer com que me tachem de
ranzinza. Mas este é talvez o episódio mais cômico feito por
Chespirito e também quem sabe a mais inspirada atuação de
Marcelo Gastaldi em toda a sua carreira. Por isso, realizar algo
melhor do que a extraordinária dublagem original deste
magnífico episódio é algo impossível.
O Gordo e o Magro - Episódio de 1983, do Programa Chespirito. Roberto Gómez Bolaños e Edgar Vivar encaram mais uma vez a famosa dupla, que, no esquete, se atrapalha com baldes de tinta.
Confusões no Velho Oeste - O melhor momento de todo o box 2. Este episódio, denominado originalmente "Las Coplas", é marcado por uma cômica e inspirada trova entre os personagens de Chespirito e Rubén Aguirre, que brigam para se casar com a mocinha vivida por Florinda. Tanto a dublagem caipira como o som original são impecáveis. Baroli tem a sua melhor atuação nos DVD's dublando o pai de Florinda (Vivar); Chespirito, e sua voz rouquíssima, chega a assustar com o seu poderoso "mesmamente" e Tatá tem um desempenho maravilhoso. E, por fim, temos a divertida trova, muito bem traduzida por Gustavo Berriel, que revelou ter suado para construir novas rimas, pois a letra da música em português ficou muito diferente da em espanhol. Talvez o grande momento do DVD seja a atuação hilariante de Osmiro Campos, cantando com um tom pra lá debochado, em contrapartida a Rubén Aguirre, que entoa a música com uma bela afinação. Ah, e Chespirito, o homem do "pli-pli" (enquanto caminha lentamente) que "lavrou a terra, empunhado a enxada com essas mãos até vê-las sangrar", finge que canta com toda sua rouquidão, ocasionando mais gargalhadas. É um sarro... Berriel também gostou do figurante que se posiciona atrás de Rubén, que faz umas caras engraçadas e, por alguns momentos, mexe a boca como se estivesse cantando a música. Confira a letra da trova abaixo:
(Rubén)
Eu venho do Rancho Grande
Venho lá de muito longe
Venho lá de muito longe
Eu venho do Rancho Grande
Eu tenho uma potranca
Que se vejo ela agarro
E tenho que disputá-la
Com um chato muito baixo
(Chespirito)
Eu venho do Rancho Pequeno
Mas eu tenho uma mula grande
Mas eu tenho uma mula grande
Eu venho do Rancho Pequeno
Estou aqui mais de uma hora
Mas não é mais importante
Ainda bem que limpa minha bota
Alguém que tem língua grande
(Rubén)
Pra que gastar uma bala
Com uma mula mal vestida
Com uma mula mal vestida
Pra que gastar uma bala
Melhor dar uma bofetada
Dar um golpe à sua medida
É só mexer o meu braço
Que a boca fica toda destruída
(Chespirito)
Meu amigo, eu te sustento
Na felicidade e na tristeza
Na felicidade e na tristeza
Meu amigo, eu te sustento
Se quiser eu te mantenho
Não é pra ser ameno
Continuo te alimentando
Como um burro comendo feno
(Rubén)
As terras do meu ranchinho
Pela Flor eu abandono
Pela Flor eu abandono
As terras do meu ranchinho
Mas pra esse "pequetito"
Com certeza isso eu não faço
Cantando com Chespirito
Que nem precisa de tanto espaço
(Chespirito)
Pior é você que é "arto"
Dá trabalho pra garota
Dá trabalho pra garota
Pior é você que é "arto"
E já que a resposta "sarta"
Então eu faço a pergunta
Como é que você se safa
Quando o casal se junta
(Rubén e
Chespirito, após Florinda decidir se casar com Horácio Gómez)
De que adianta ser discutir
Por uma mulher qualquer
Por uma mulher qualquer
De que adianta discutir
Sua esperteza acaba por ir
De tantas rimas fartas
E você acaba por sair
Com o rabo entre as patas
DVD DO CHESPIRITO - É o mesmo "Lo Mejor del
Chespirito volume 1". Os episódios são "Pode me dar
uma mãozinha (Chaparrón)", "E o Passado te Condena
(Chompiras)", "Napoleão e Josefina (épico)",
"A Arca de Noé (Chaparrón)", "A Outra Mulher
(Chompiras)", "Quem não quer Subir na Vida
(Chapatin)", "O Guarda-Chuva vai Cantar
(Chompiras)" e dois clássicos do Chaves: "O Último
Exame" e "Brincando de Escolinha". É realmente
muito estranho assistirmos aos episódios sem as costumeiras
risadas. Nos episódios do Chaparron e do Chompiras, os fundos
musicais não são muito habituais aos personagens e são
diferentes das músicas ambientais originais, sempre utilizadas
no Clube do Chaves. Uma curiosidade: na capa do DVD, aparece em
primeiro plano Dr. Chapatin. Porém, ele aparece em apenas um
episódio no disco...
Pode
me dar uma Mãozinha - Não tenho certeza, mas
acho que esse episódio foi exibido pela CNT em 1997 com o nome
de "A Operação". O Valette Negro pode me confirmar.
Chaparron acerta uma martelada na mão e Lucas propõe que ele
coloque uma nova no lugar da machucada. Então, Lucas tenta
serrar a mão do guarda (Moysés Suárez), que concordou em dar
"uma mãozinha" para Chaparrón, sem imaginar que o
louco está levando o assunto ao pé da letra. Tatá está se
saindo bem como Chaparrón, mas está deixando o personagem muito
discreto. Sinceramente, prefiro Cassiano Ricardo o dublando. Este
dava um tom mais cômico e irônico ao personagem, além de
caprichar no "beeeeeeelo" (agora na legenda aparece
"fala belo" ao invés de "diga está
livre"). Já o "belo" de Tatá é mais
apagado. Uma pena também que a dublagem Gábia anda trocando o
engraçadíssimo "a propósito dos submarinos atômicos"
(do texto original e sempre presente no Clube do Chaves) por
"e por falar nisso". Isso tem que ser
imediatamente corrigido!
E o
Passado te Condena -
Exibido no dia de estréia do Clube do Chaves, no dia 2 de junho
de 2001. Aliás, foi o primeiro episódio de Chompiras (na
época, Chaveco) apresentado no SBT. Na história, Sargento
Refúgio (Rubén) se lembra de uma ocasião em que Chompiras
sempre saía de uma loja com um saco na mão e afirma suspeitar
de que o ex-bandido roubava algo, mas não podia prendê-lo sem
ter provas. No fim, Chompiras confessa que roubava apenas os
sacos. Tatá dubla muito bem Chompiras (Cassiano Ricardo também
teve boa atuação com o personagem), Baroli se sai muito bem
como Botijão e Martha Volpiani se mantém impecável como a
impagável Chimoltrúfia (saiu-se novamente bem no desabafo da
faxineira sobre ela não ganhar nenhum presente do Papai Noel).
Detalhe: a marcante frase do Sargento "mereço um
aumento?" virou "mereço uma promoção?".
Napoleão
e Josefina - A pior
atuação de Tatá Guarnieri em todos os DVD's até agora. Ele
deu a Chespirito uma voz grave demais, que pouco tem a ver com o
ator. O episódio, um remake do especial do Cinema em que
Napoleão se nega a se entregar às tropas inglesas, foi exibido
apenas pela CNT, em 1997.
A Arca
de Noé - Assim como
"E o Passado te Condena", também foi apresentado na
estréia do Clube no SBT, marcando a estréia de Chaparrón (na
época, Pancada) na emissora do Cenoura. A primeira cena do
episódio para mim é uma das mais engraçadas já feitas por
Chespirito, a que Lucas pergunta se o baixinho não é Chaparrón
Bonaparte, ele checa sua carteirinha no espelho e confirma que é
ele mesmo. A musiquinha que toca durante a cena infelizmente
abafa o diálogo, feito por maestria por Cassiano, no Clube.
Repito: Cassiano Ricardo se saiu maravilhosamente bem como
Chaparrón e Chompiras. Mas suas atuações péssimas em Chaves e
Chapolin lhe deram um pesado fardo. O enredo do episódio:
Chaparrón e Lucas pensam que o elevador é a arca de Noé e
imaginam que cada pessoa que entra no local é um dos animais que
escaparão do dilúvio. Para muitos, é o melhor episódio do
Chaparrón (prefiro particularmente "Pequenas Figurinhas,
Grandes Negócios).
A
Outra Mulher -
Episódio inédito no Brasil: Chilmontrúfia se finge de morta a
fim de pegar Botijão no flagra, já que suspeita que o marido
esteja lhe traindo após ler um bilhete escrito por ele para
Chompiras. Mas o final engasga a faxineirinha: no bilhete,
Botijão pedia para Chompiras comprar uma caixinha de música
para sua esposa. O som da caixinha até chega a emocionar os
chavesmaníacos no fim do episódio.
Quem
não quer subir na Vida? - Exibido no Clube do
Chaves: quatro engenheiros vão fazer um exame médico no
consultório do Dr. Chapatin. Um deles diz que o mais saudável
irá viajar para o espaço. Na intenção de se livrarem da
missão, todos fingem estar doentes para escapar. De fato,
conseguem. Mas, na realidade, quem se saísse melhor no exame se
tornaria o gerente geral da empresa. Destaques para a excelente
atuação de Tatá como Chapatin, com uma voz perfeita para o
personagem; para os nomes bizarros criados para compor os
trocadilhos em espanhol, como os senhores (co)Tonete, Pada(ria)
e, por fim, o Eduardo Ronaqueda, cujo apelido é Edu Ronaqueda
(é hilário ouvir Tatá tirando sarro do nome); e para essa
excelente tirada: "Insinua que eu sou velho?",
"Não sei, mas você conheceu o Presidente Médici
quando ele ainda era soldado raso".
O
Guarda-Chuva vai Cantar - Apresentado na CNT e no SBT:
Chilmontrúfia imagina que terá a grande chance de se tornar uma
cantora ao saber que o empresário musical Serápio Olhão irá
se hospedar no Hotel Boa Vista. Chompiras informa que ele
carregará um guarda-chuva. A faxineira trata mal um senhor que
chega com sua esposa ao hotel por não ter o objeto, mas recebe
com toda a pompa o segundo que aparece, por segurar um
guarda-chuva. Ela mostra todos os seus dotes melódicos (Martha
Volpiani, pra variar, nota mil na dublagem), mas no fim descobre
que o primeiro senhor é Serápio Olhão e que o segundo havia
apenas consertado seu guarda-chuva.
O Último Exame - É a primeira parte do episódio da Recuperação, com Seu Madruga e Dona Florinda na classe. Mas aparece bastante mutilado, com apenas dez minutos de duração. Começa com a chegada de Dona Florinda e Quico à classe e segue com muitas piadas presentes na versão mais recente do episódio, de exibição normal no SBT. Mas sem dúvida o assunto que mais chama a atenção é o resgate da fictícia "Lavadora Volkswagen". Dessa vez, Quico, na lousa, fala sobre roupa limpa (e, depois, Chaves desenha o porquinho). Nosso colunista Valette Negro teria irritado o dublador Nelson Machado ao insistir na manutenção da piada original da dublagem Maga. Nelson queria que estivesse no texto traduzido a versão oficial do "libreto", um tal de método "Wash e Way". É isso que Quico e Pópis, na versão que conhecemos, fala na verdade. E a correção que o Professor Girafales faz é que o segundo "W" é de "way", e não o "wear" dito por Quico. Na dublagem, tanto Quico quanto Pópis falam "dablo" ao invés de "dablio". Quico chega a perguntar, no DVD, se é "dablion" que se diz. Excelente saída. Nelson Machado, que teria saído irritado dos estúdios Gábia com a manutenção da idéia de Valette, deveria estar feliz, pois deu a Quico uma interpretação engraçadíssima ao falar "Lavadora Volkswagen" no episódio. Às vezes, me dá crises de riso só de lembrar. Sem dúvida, muito mais engraçado do que Wash e Way, coisa que eu, pelo menos, nunca ouvi falar (o consolo de Nelson é que os tais de Wash e Way aparecem na legenda). Ah, e Osmiro Campos, ao pedir que Quico vá para a lousa ao invés de chorar, ordena com um desespero tão cômico que o fã chega a tomar um susto. Tô falando: como o Osmiro está descontraído...
Brincando
de Escolinha - É o mesmo episódio cujo compacto foi
apresentado no extinto Falando Francamente, de Sônia Abrão. Se
tem cortes, são curtos. Chiquinha brinca de escolinha na frente
de sua casa. Quando ela sai, Chaves aproveita para desenhar com o
giz na janela e acaba sujando a cara de Seu Madruga. Depois,
Chiquinha faz um círculo no paletó do Seu Barriga. Depois, as
crianças aprontam todas ao tentar lavar a janela do Seu Madruga,
sobrando novamente para a roupa do dono da vila. No fim,
Chiquinha encontra a solução para que ninguém mais a suje:
escreve com o giz algo como "proibido escrever nessa
janela", para desespero de Seu Madruga.
Agradeço ao meu amigo Fabão, colunista da CHBR, pela autorização do uso de suas fotos.
Agora é esperar pelo terceiro box, que já está com a dublagem
concluída e que deverá estar nas lojas entre junho e julho.
Galera, vão economizando o dinheiro de seus porquinhos, pois
mais novidades vêm aí! É só aguardar! E mais orgulhoso fico
por começar a fazer parte deste importante projeto, algo
gratificante e que me deixa com mais orgulho ainda de ser um
chavesmaníaco.
MESTRE
MACIANDO NA SAPUCAÍ
As últimas do meio CH
Essa é para a
gauchada: a emissora Ulbra TV passará a exibir Chaves a partir
de maio. O seriado será apresentado no espaço "Programas
do Baú", onde dividirá espaço com outros clássicos como
"Os Três Patetas", "A Feiticeira",
"Profissão Perigo", entre outros. A Ulbra TV pega no
canal 48 por UHF ou no 21 a NET, em Porto Alegre. Para o povo das
demais localidades, o site da emissora é www.ulbratv.com.br e o link par abrir e
ver no Quick Time é este: rtsp://200.203.120.212:554/ulbratv.sdp
. À esquerda, uma imagem do comercial veiculado na Ulbra TV, que
a princípio utilizou cenas do DVD da Imagem Filmes, como o
episódio "Barquinhos de Papel". Estou curioso para ver
os episódios que serão exibidos, se serão legendados ou
dublados, enfim... A data da estréia ainda está indefinida, mas
mal posso esperar!
Incrível:
Roberto Vásquez (D), o homem de Portão-RS que se passa por
Quico, terá um programa na TV Urbana, afiliada gaúcha da Rede
TV!. O nome da atração será "Kiki" e, segundo
fontes, terá mulheres fantasiadas de Chiquinha. Berriel, ao
alertar o circo para o qual Vásquez atua que ele é um farsante,
sofreu uma ameaça de processo. E aposto que muitos que, por
acaso, assistirem ao programa vão pensar que se trata do Quico
verdadeiro. Não caiam nessa, galera! "Kiki" também
tem estréia prevista para maio. Outra coisa que
desperta curiosidade...
O site ohaYO, após publicar o bate-papo com Gustavo Berriel, coloca a disposição mais três entrevistas com dubladores dos seriados CH. Clique nos nomes para ler as entrevistas de Cecília Lemes, Osmiro Campos e Nelson Machado.
O site de Mário Lúcio de Freitas, um dos parceiros do imortal dublador de Chespirito Marcelo Gastaldi, divulga inúmeras fotos da banda "Os Iguais", da qual a dupla fazia parte. Essa à esquerda é uma delas. Ao centro, está o ainda menino Mario Lúcio e, à direita, de gravata azul, o nosso grande Gastaldi. A foto foi tirada em 1964 durante a Associação dos Radialistas das Organizações Victor Costa (ex-TV Paulista, hoje TV Globo).
E, para encerrar, abaixo estão algumas fotos do seriado do Kiko captadas por WJS, usuário do FUCH, que conseguiu assistir a uma emissora mexicana (XHRAE Canal 28) no satélite Amazonas Banda C. Destaque para a aparição do imortal Ramón Valdez.
Mestre Maciel