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A TESOURA ESTÁ CADA VEZ MAIS AFIADA

Amarelinhas e Balões: eterna vítima da tesoura

 

            Quarta-feira, 13 de abril de 2005, 17h45min. Num ato executado diariamente por minha parte, coloquei minha fita no ponto com a esperança da exibição de uns episódios do seriado "Chaves" que desejava regravar em boa imagem ou, numa possibilidade extremamente mais remota, de algum episódio mais raro ou até mesmo perdido. Até a data citada acima, tinha a fixa intenção de regravar o episódio do Disco Voador, que até então só havia sido apresentado uma única vez desde a volta do dia 8 de novembro: no último dia do ano de 2004. Lembro-me da data porque meu pai estava em casa naquela tarde de sexta-feira, e ele altera um pouco a rotina de casa, pois ele não gosta dos seriados. Fiquei tão nervoso na hora em que o seriado começou que, na hora em que liguei a TV no SBT (a fita já estava no ponto), o episódio havia recém iniciado (já havia passado a parte do "Senhor Burro", para mim a mais engraçada do episódio). De tão enfezado que fiquei, acabei não gravando e procurei me conformar com o fato de que sua reprise aconteceria mais cedo ou mais tarde.

            Mas não foi o que eu pensei! O episódio demorou três meses e meio para ser exibido (nesse meio tempo, até para o Pará eu fui). Daí voltamos ao mais recente dia 13 de abril. Todo esse tempo fiquei na expectativa pela reexibição da saga do Disco Voador. O seriado começa no SBT, com a exata apresentação do dito cujo. Na hora tive um péssimo pressentimento, já que ocorreu o que mais temia: a sua exibição como o primeiro episódio do dia. Até os mais leigos quanto ao seriado sabem que o primeiro episódio do dia geralmente é mutilado pelo SaBoTagem, com cortes profundos, mal-feitos e totalmente nítidos. E tive essa surpresa desagradável após 103 dias de espera: o episódio sofreu um lamentável corte de quase cinco minutos. A tesoura afiada dos cabeças-de-camarão sacrificou desde a parte em que o "SEBI - Sujeito Embromador Bem Identificado" Seu Madruga engana Seu Barriga até as trapalhadas de Chaves com o bilboquê. Tudo para privilegiar, pela trocentésima vez, a maçante saga do Restaurante, cujo início tradicional é a cena em que Chaves olha para Paty com aquela cara de bobo, enquanto Godinez diz "Esse aí vive se metendo onde não é chamado". O SistemaBemTosco insiste em exibir todos os episódios do Restaurante em seqüência, desde "Os Penetras" (de início há pouco descrito) até a última parte dos Ratos. O curioso é que só "Crise de Lancherrose" e "Churruminos" são apresentados aleatoriamente. Ê, SóBurroTapado...

 

Os chavesmaníacos sofrem nas mãos do SaBoTagem

 

            Chaves vem firme na programação vespertina, com uma média de doze pontos e consolidando sua presença entre as cinco maiores audiências da emissora do "Cenoura". Mas o SaBoTagem vem extrapolando nos cortes, deixando o chavesmaníaco cada vez mais inconformado com o fato do "emissoreco" insistir em três episódios diários - um deles bastante editado - e em manter Chapolin fora da programação. Puxo pela memória algo acontecido na época em que Chaves recém havia regressado à programação, em novembro de 2004: o nosso ex-colunista Yanmar, pelo FUCH, meteu pau no SBT em razão dos cortes. Ele tomou um sabão de todos os usuários, já que, naquela ocasião, a euforia pela volta do seriado prevalecia e os cortes eram de menos. Hoje, quase seis meses depois, qualquer fã já possui total liberdade e motivos de sobra para protestar.

            Na mais recente fita que venho gravando, praticamente toda ela contém episódios cortados. Até porque, com os estapafúrdios três episódios diários, nunca mais histórias como "O Último Exame", "Santa Ignorância - Pérolas", "O Cãozinho Satanás", "Nascas de Bacana", "Amarelinhas e Balões", "Miss Universo" e "A Escolinha do Professor Girafales" serão apresentadas na íntegra, pois já são figuras tarimbadas como "primeiros episódios do dia", com o horário das 17h45min em ponto reservadinho. Ou seja, sempre serão submetidas à tesoura.

 

"Nascas de Bacana" nunca mais foi exibido na íntegra

 

            O pior é que, sem qualquer tipo de necessidade, o emissoreco monta umas três ou quatro edições diferentes de um mesmo episódio. Não seria mais fácil manter apenas a edição completa? Por exemplo, gravei em boa imagem há uns três meses a mesma edição cortada de "A Escolinha do Professor Girafales" que tenho em imagem de antena, gravada em 1998. Isso mesmo: eles mantém há anos os episódios com esses repugnantes cortes. São três as cenas suprimidas: Chaves dizendo que empresta o seu livro para Chiquinha, que o havia esquecido em sua casa; o fim do segundo bloco, quando Chaves alega que já endireitou a carteira, mas permanece de costas para o Professor admirando Paty (é o único momento em que toca no seriado um trecho de "Legalzinha a sua Roupa", versão do disco do Chaves); e Professor Girafales falando que todos quebram a casca do ovo, com Nhonho, em seguida, aparecendo com um saco de ovos que irá comer no recreio. Há também uma edição mais condensada ainda do mesmo episódio - a última que foi apresentada -, que se inicia a partir de Professor Girafales explicando que costuma chamar as suas alunas de "linda", ou seja, todo o início da história vai pra banha. É impressionante...

 

"Eu o perdôo, Professor! Mas nunca mais volte a fazer isso, hein?". Será que a discussão de Paty com o Mestre Lingüiça em "O Último Exame" voltará a ser exibida?

 

            "O Último Exame" vem sendo sempre exibido com o maldito corte da segunda metade do primeiro bloco. Desde a volta de novembro, os chavesmaníacos ainda não presenciaram Professor Girafales corrigindo as provas e confirmando a reprovação de todos os seus alunos, Paty tendo aquele papo-de-louco com o Mestre ("se você tivesse colocado 'aprovado" nas provas, nenhum de nós teria sido reprovado") e Godinez dizendo que Higino e Verônica não vieram à aula. Nas duas vezes em que o episódio foi apresentado, há um pulo da cena em que Chiquinha cola no livro colocado nas costas de Chaves direto para a que o Professor ameaça ter uma conversa séria com os pais de seus alunos. "E com as mães não?", pergunta Paty em seguida.

 

Em treze anos, esta cena só foi apresentada uma única vez: em 2003

 

            A audácia é que até episódios fora-de-série estão sendo vítimas da tesoura, como "O Show de Ioiô" e "A Chirimóia". Nas últimas vezes em que ambos foram apresentados, os cortes reinaram. O ex-perdido só foi exibido uma vez na íntegra: na distante semana da Pasárgada Sbteriana, no dia 2 de setembro de 2003 (nove dias antes da visita de Edgar Vivar ao "Falando Francamente"). Na segunda apresentação (fim de 2004), houve um pequeno corte no começo do último bloco, envolvendo a cena em que Seu Madruga se esforça para arrastar o saco de terra. Já no dia 8 de abril, não vale nem a pena lembrar... A primeira parte de "Seu Madruga Fotógrafo", por outro lado, desde o seu retorno em 15 de setembro de 2003 vem sendo exibida sem a cena em que Chiquinha explica que Quico pode brincar com eles com a condição de que não grite "Ai, cale-se, cale-se, você me deixa louco". Por isso que ninguém entende o porquê de Quico se segurar tanto para não berrar o seu clássico bordão enquanto Chaves fala, fala, fala, e não bate a corda para Chiquinha pular.

 

Quando será que as "Pérolas" de Godinez voltarão a ser apresentadas sem cortes?

 

            Outra coisa que me irrita profundamente são os micro-cortes, supressões de cenas que chegam a durar menos de um segundo. Houve um festival desses micro-cortes no último bloco de "O Vendedor de Balões", que deixaram as mudanças de cenas esquisitas e sem nexo. Tais cortezinhos são bem nítidos, de maneira ao mais leigo dos chavesmaníacos percebê-los. Em contrapartida, na última exibição de "Santa Ignorância", ocorreu um corte tão perfeito que eu só o reparei pelo fato de conhecer o episódio. A cena em que Professor Girafales pergunta como se diz "amarelo" em inglês foi suprimida, juntamente com as respostas da Pópis ("a - ma - rue - lou") e do Nhonho ("amarelo se diz gielou"), do questionamento do Chaves ("ele disse gelo e gelo não é amarelo, é branco") e do protesto da Chiquinha ("e se fosse uma raspadinha de laranja?"). Pulou direto do momento em que Girafales diz que menino em inglês se diz "boy" para a cena em que Godinez pede uma pergunta ("Como se diz azul em inglês? Blue! E azul-escuro? Blue-marinho!"). Foi o corte mais perfeito que já vi, tanto que voltei a fita umas três vezes até descobri-lo. Daí eu pergunto: qual a necessidade de editar cenas de forma tão perfeita? Não é mais fácil manter o episódio na íntegra? Outro questionamento: será que, em "O Exame de Admissão" (cujo primeiro bloco não é apresentado há séculos), a piada do gielou - que se repete nesta história - também vai cair fora devido ao problema de tradução? Omessa...

 

Dia das Crianças e Dia dos Namorados: nem os episódios anuais escapam da tesoura

 

            E nem os ditos episódios anuais escapam. Uma história bizarra ocorreu no fim de 2003, época em que o cancelamento do seriado Chaves já estava anunciado e um episódio totalmente cortado era exibido por dia. O usuário do FUCH de nick Mr. Nice Guy fez a seguinte aposta: se ocorressem cortes na série "O Natal na Casa do Senhor Barriga", ele mudaria seu nick para Mr. Nice GAY pelo período de um mês. Foram trinta longos dias em que meu amigo virou motivo de chacota... Voltando mais no tempo, nos anos de 2000 e 2001 o SBT não apresentou o clipe da música "Isso, Isso é o Amor", que fecha o episódio do Dia dos Namorados. Já o clipe “É Aqui”, que encerra "Dia das Crianças", foi apresentado com o seguinte corte nos anos 2000 e 2002: a supressão da segunda passada do trecho a partir do verso “Sonhei essa noite com a parada das crianças...”. Da cena em que Pópis aparece com a carinha suja no corpo de uma boneca, a emissora encerra o clipe e o episódio com a última passada do refrão. A parte não exibida do clipe se passa num castelo onde Dona Neves está sentada numa cadeira contando histórias para Chaves. O Nhonho aparece nesta cena como figurante, com uma juba de leão cercando sua rechonchuda face. Depois, Chaves e Dona Neves se dirigem a um roupeiro, de onde o orfão tira uma espada. De uns tempos pra cá, até a saga de "Seu Madruga na Escola" virou anual, apresentada somente no período em que acabam as férias escolares, na metade de fevereiro. Pô, a diarréia mental da alta cúpula sbteriana é cada vez pior e, de birra, não tomam um Elixir Paregórico para que desça tudo...

 

Somos Cafonas voltou, mas sua primeira versão, com a impagável careta de Monchito, foi pro saco

 

            Além desses cortes ridículos, outro fato me deixa muito intrigado (só para antecipar: eu não comi muito trigo): o cancelamento de episódios como "Seu Madruga Leiteiro", "O Dia de São Valentim", "A Nova Vizinha, primeira parte da versão com Regina Torné" (essa substituída pela mais antiga "Dia Internacional da Mulher" devido à citação do tal dia) e "Seu Madruga Fotógrafo parte 2" (a apresentação da parte 1 sempre depois do maçante "Matando Aula no Domingo" confirma o seu inexplicável cancelamento). As antigas versões de "Falta D'água", "Professor Apaixonado" e "Mal-Entendido" foram substituídas por versões mais recentes, que até pouco tempo tinham exibições raríssimas. Quer dizer que, para o SaBoTagem voltar a exibir episódios há tanto tempo ausentes - incluem-se aí os oito ex-perdidos que voltaram -, é necessário cancelar outros já bastante conhecidos pelo público? Pelo menos é essa a idéia que estamos tendo. Será que a Televisa estabeleceu ao SBT um número limitado de episódios aptos para exibição? Ou é simplesmente capricho dos cabeças-de-camarão? Minha resposta: tchuin, tchuin, tchum, clain! Nem os asnos do emissoreco da Via Anhangüera devem saber...

 

Exatos seis meses depois, o Evento CH estará de volta à UERJ

 

            Mudando de assunto, o segundo Evento em homenagem à arte de Chespirito que será realizado novamente na UERJ objetivará a volta do Chapolin. Essa é a minha esperança, lembrando que a boa repercussão do Evento de 30 de outubro de 2004 foi decisiva para o regresso do Chavinho à programação do SBT. Quem sabe o emissoreco não quebrará este angustiante "tatu" de quase 600 dias de ausência do Chapolinchinho logo após a festa do próximo dia 30 de abril que trará novamente o dublador Carlos Seidl nos braços do povo chavesmaníaco. Mais uma vez vou estar ausente, pois não dá para ir a pé de Porto Alegre ao Rio de Janeiro... Estou curioso para conferir a repercussão do novo Evento, que acontecerá exatamente seis meses após o próspero primeiro. Quem sabe o tema da minha próxima coluna não será mais animador... Você, internauta de bom gosto que mora na Cidade Maravilhosa, não deixe de comparecer à UERJ no dia 30. O ingresso custa R$ 5,00, mais um quilo de alimento não-perecível.

            E se você quiser conferir mais detalhes sobre os cortes grotescos, clique aqui para visitar a nossa seção dedicada a este pesado fardo para os chavesmaníacos.

 

MESTRE MACIANDO NA SAPUCAÍ

As últimas do meio CH

 

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Não é só Chespirito, do elenco dos seriados, que apresenta problemas de surdez. María Antonieta de las Nieves (E) admitiu possuir deficiências auditivas, de maneira a desmentir para a imprensa boatos de que estaria completamente surda. A eterna Chiquinha, porém, admitiu ter problemas na audição há mais de vinte anos. "De um ouvido, sou surda e do outro, tenho sessenta por cento de perda. Utilizo, para trabalhar, um aparelho que me permite ouvir melhor" - revelou María Antonieta a uma emissora de televisão chilena. O importante é que a nossa querida atriz continua firme em seu trabalho na novela "Sueños y Caramelos" e na interpretação da travessa filha do Seu Madruga. Força, Chilindrina!

 

Olha o Chamagol mais uma vez aí, gente! Chora, cavaco! Sebastián González, o irreverente atacante chileno e fã de carteirinha dos seriados CH, voltou a atacar. Depois de marcar, de cabeça, o primeiro gol do Atlante (time que defende no México), Chamagol comemorou com uma peruca que reproduzia o cabelo e o bóbis de Dona Florinda. Ele inclusive utilizou uma engraçada coreografia, dando tabefes de mentirinha em seus parceiros de time. A cena foi exibida no Sportscenter, na ESPN Internacional. Pô, não vi! O cara é palhaço de carteirinha, mas tem um profundo bom gosto. E a m... do SaBoTagem nem pra divulgar... de qualquer maneira, a foto da cena está à direita.

 

Edgar Vivar (E), o homem que acariciou nossos corações em setembro de 2003, está de volta ao trabalho. Ele anda atuando em uma novela realizada na Argentina qu e conta a historia de Frijolito, um menino que foi criado sem pai, cuja mãe guarda um grande segredo. A novela, que estreou no dia 5 de abril, é apresentada atualmente pela rede de televisão hispana nos Estados Unidos, Telemundo. Muita prosperidade para o eterno Seu Barriga nesta nova empreitada.

 

Cybergamba, o mago dos jogos CH, acabou de lançar o seu mais novo rebento: Madruga Craft, cujo planejamento foi anunciado no ChaPapo que realizei com o pai do Street Chaves na passagem de setembro para outubro de 2004 (clique aqui para ler a entrevista com Cybergamba). Ele, na ocasião, nos explicou as características do jogo: "É uma versão do Warcraft com os personagens do Chaves. Será possível criar exércitos, torres de guarda e outras coisas. Terá muitas passagens secretas e itens escondidos. O jogo é meio estratégia e meio RPG". Madruga Craft já está à disposição para download em www.streetchaves.cjb.net .

 

O mesmo Cybergamba também anda planejando um novo jogo, que aparenta ser ainda mais interessante: "Chapolin & Super Sam - A Lenda dos Super-Heróis". Ele não tem data prevista para estrear, mas, em todo o caso, aí vai uma prévia do jogo, presente na figura à esquerda.

 

No dia 6 de abril, durante o programa "Esporte Total Na Geral" na Band, o barbudinho disse que Daniel Passarella era parecido com o Chaves. Em seguida, mostraram uma reportagem onde o técnico corintiano treinava futevôlei. O argentino aproveitou para desafiar Romário para uma partida. Ao término da reportagem, apareceu uma charge na praia onde Romário diz: "Ih, Peixe! E agora? Quem quer jogar comigo?". Aí surge Passarella com o uniforme do Chapolin dizendo "Eu! Passarella Colorado!" (não lembro se as falas foram exatamente essas). A charge se encerra com Passarella dizendo "Não Contavam Com a Minha Astúcia". Afinal, vocês acham o Passarella igual a Chespirito? Comparem!

 

Na revista "Minha Novela" de duas semanas atrás, saiu uma nota na tradicional coluna "Direto do México" sobre o desenho animado do Chaves. O Mestre revelou que o projeto, comandado por seu filho Roberto Gómez Fernández, está indo adiante e que os dubladores estão sendo escolhidos. Chespirito alega ser uma satisfação conferir os testes dos dubladores, já que ao mesmo tempo percebe a consagração de seu personagem. Não vejo a hora de conferir este desenho.

 

Chespirito será homenageado no reality-show Código FAMA. No próximo dia 7 de maio, os 22 participantes do programa irão interpretar os personagens da vila e o Chapolin, além de cantar as músicas do seriado. O Código FAMA Internacional começa no dia 30 de abril (dia do Evento na UERJ) e vai até o dia 14 de maio, e reúne crianças de todos os países da América Latina, inclusive o Brasil. O vencedor vai viajar pelo mundo e protagonizar telenovelas.

 

Carlos Villagrán desponta na foto à direita no histórico reencontro com Chespirito em 2000. Mas até hoje, Pirolo guarda grande mágoa de seu ex-parceiro de cena Chespirito. Eis algumas declarações do intérprete do Quico ao longo do tempo, todas com respeito ao intérprete de Chaves e Chapolin: 

- "Quando começamos a fazer o programa, em 1972, éramos uma família e isso se notava no programa. Depois, veio a popularidade, a inveja e o egoísmo. Nesse momento emergiu tudo o que existe de feio dentro dos seres humanos. E Chespirito quis ficar com tudo. Em 79, me tiraram do grupo injustamente e, atrás de mim, por solidariedade, Ramón Valdéz saiu". 

- "Quando fazíamos shows, 80% das perguntas nas conferências de imprensa eram para Quico. Ofereciam outros trabalhos pra mim, mas Chespirito não deixava. Dele eram as velas, o bolo e o aniversário.
- "Sempre que um grupo se transforma em um fenômeno, dissolve ou termina mal, como os Beatles."
- "O Chaves era órfão, não tinha comida, nem casa, nem cachorro. Tudo para que o público o protegesse, o amasse. E o Quico era a contraparte, para que as pessoas o odiassem. Mas, no terreno da comédia, o vilão simpático também é querido. E logo se converteu em favorito."

Discórdia lamentável... Ao assistir aos seriados, o segredo é esquecer os conflitos da vida real e se ligar no clima do seriado. certamente as brigas serão esquecidas pelo público.

Em contrapartida, no último dia 30 de março, Carlos Villagrán (E) concedeu uma animada entrevista. Sempre de bom humor, brincando com os jornalistas e fazendo piadas, Villagrán não consegue abandonar o bochechudo. "Passo tanto tempo fazendo o Quico que comigo aconteceu o seguinte: sou uma criança em um corpo adulto. Por isso eu vejo o que as pessoas não vêem: as coisas lindas e mágicas da vida". Mas são do senhor de 61 anos as sábias palavras: "Antes, o humor era uma necessidade. Hoje, é uma obrigação". Hoje, o popular Pirolo está de férias em Córdoba. Sempre vestido de branco (dos pés à cabeça), anda com muitos colares, pulseiras e relógio - quase tudo de ouro! Tem projetos na gaveta para dirigir e escrever para a televisão ou cinema.

 

Os amigos Edgar Vivar e Rubén Aguirre andam cada vez mais confidentes. Os dois, além de se dedicarem aos cuidados com a saúde, dirigiram juntos um programa de suspense na televisão. Sem contar que Edgar andou recomendando ao intérprete do Professor Girafales uma visita ao Brasil, de quem falou muito bem. Qual seria a outra impressão, tamanho o carinho da nação chavesmaníaca tupiniquim? Quem sabe o eterno Professor Girafales não pinta por aqui também...

 

Já tem data marcada a estréia do site Redação CH: dia 1º de maio. Lá, serei responsável pela coluna "Ombudsman - Meio CH". Aí você vai se perguntar: o que é um ombudsman? Aguarde! Vou deixar um suspensezinho para dar mais charme...

 

Por fim, lamento a morte de Karol Josef Wojtyla, nosso querido Papa João Paulo II. Sua popularidade, apesar do alto conservadorismo, jamais será esquecida! Por outro lado, saúdo a estréia do meu compadre Gustavo Berriel (o cabeludinho, terceiro da esquerda pra direita na foto) como colunista do nosso site. Custou, mas finalmente realizei um sonho de publicar a Coluna do Berriel no Turma CH. Ele, sem dúvida, qualificará ainda mais os textos publicados em nosso site. Uma boa parte das notícias publicadas na seção Mestre Maciando desta edição da coluna foram divulgadas pelo próprio Berriel no FUCH. Ele sempre está por dentro do atual cotidiano de nossos queridos ídolos. E as boas notícias não param por aí: em breve, estreará o novo design do Turma CH. Sei que ele vem sendo prometido há algum tempo, mas o Didi, responsável pelo futuro formato de nosso site, jurou que não vai desaparecer dessa vez. Aguarde mais novidades no seu, no meu, no nosso Turma CH: sempre trabalhando em prol da felicidade do internauta de bom gosto!

 

E não se esqueça: tem Evento CH na UERJ no próximo dia 30!

 

 

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Mestre Maciel

marcofelgueiras@ig.com.br