Estávamos conversando eu e o pança loca e...
Lucas Fernando - E o burro na frente!
Pode passar!
Lucas Fernando - O QUÊ?
Que estava conversando eu e o pança loca e...
Lucas Fernando - Estávamos conversando pança loca e eu.
pança loca - não, você não estava...
Bem, estava conversando com o chavesmaníaco pança loca, ex-colunista do antigo site Chiquinha Brasil e usuário do FUCH (Fórum Único Chespirito)...
luispancada - Os três? Mas é o mesmo, tonto uaAUhUHAauhAUAHuAHuaHaJhaaUhAU!
E VOCÊ CALE A BOCA! Enfim, estávamos discutindo as personagens da Turma da Mônica e nisso eu contei que quando eu era criança, fazia as histórias da turminha a caneta e criava histórias com cenas do seriado Chaves .

Da série: Histórias CH na Turma da Mônica

Na minha segunda versão do desenho da turminha, eu segui o padrão dos cartoons e deixei todos com quatro dedos nas mãos (nos pés não precisei mexer, porque o Cebolinha usava sapato e os demais não tinham dedos)...

Os Hóspedes do Senhor Barriga

Na coluna 47 eu contei a história da festa da amizade, versão Turma da Mônica, onde eu coloquei na historinha um primo da Mônica, que sempre era vítima do Cascão, mas o Cebolinha levava a culpa de tudo. Por exemplo, o Cascão zomba do Pipo (apelido que eu dei ao primo da gorducha), o Pipo se irrita e dá um soco na cara do Cascão, esse se enfurecia e falava:

Cascão - Agora sim, eu vou te arrebentar com esta pedra!
Pipo - Ai, não Cascão! Primaaa!
Vem o Cebolinha e toma a pedra do Cascão a tempo.
Cebolinha - O que você pensa que tá fazendo? Dá isso aqui!
Mônica - O que foi, priminho, o que houve?
Pipo - Prima, ele quer me bater com aquela pedra!
Cebolinha - Sim, essa!
Mônica - Ah é?! GRRRRR!
Cebolinha - E ainda bem que eu vi a tempo e...
POF!
Dá uma coelhada.
Mônica - Vamos embora, Pipo, e não se misture com esse pestinha!
Pipo - Sim, prima... PESTINHA! PESTINHA! PRRR!

Só que não tinha como eu fazer o Cebolinha bater no Cascão para que ele entrasse no barril... digo... no latão de lixo. Para isso, sempre que ele precisasse entrar, tinha quer ser quando ele tivesse com vontade de tirar um cochilo.
Mas então, essas histórias, com cenas CH, eu usava quando eu tinha mais de 10 anos, ou seja, os desenhos eram menos peores do que eram quando eu tinha menos de 10 anos. Mas quando eu tinha menos de 10 anos, eu já fiz uma pequena história inspirada em um episódio de Chaves. Na verdade em uma saga. Nada menos que a saga "Os Hóspedes do Senhor Barriga".
No entanto, como na época eu só tinha assistido a saga uma vez, quando eu tinha entre 8 e 9 anos de idade, eu não me liguei nos principais detalhes. O foco principal foi o Professor Girafales ter ido à vila e quebrado a cara, porque ela se foi com o dono, como disse o Jaiminho.

E o senhor cale-se!

Como eu era pequeno, não me liguei que o Mestre Linguiça pensou que ela tinha o traído com o Botijão com Patas. Nem prestei atenção no "Eu os peguei em flagrante", "Dona Traidora", "Mas com a honra a salvo! Com a honra a salvo!" e "Não quero saber de nada!". Na hora eu pensei que ele tinha ficado chateado porque ela não o avisou e o fez perder a viagem. Mas que no episódio seguinte ele a tinha perdoado e resolveu visitá-la na casa do Barriga até que ela voltasse pra sua casa.
Naquela ocasião eu nem me liguei que no episódio 4 ainda estavam brigados, isso porque como eu era criança, e como no episódio 3 estavam de bem, é comum, quando a gente é criança, estar de bem com quem brigamos sem a necessidade de pedir desculpas, pois são brigas que se apagam na areia e as crianças esquecem com facilidade, como se não tivesse acontecido nada. E quando eu vi o professor visitando a Dona Florinda no episódio 3, entendi que ele já tinha esquecido do ocorrido e já estavam de bem.
Então, quando eu tinha menos de 10 anos, eu adaptei a história da saga e coloquei algumas coisas que eu me lembrava. Nessa o Cebolinha se mudou de casa, o pai já tinha ido trabalhar e só estava ele e a sua mãe...
Valette Negro - A minha mãe?
A mãe dele, gringo burro!
Valette Negro - Mais respeito! Eu não sou só burro! Eu sou burro, idiota e pateta!
Está bem, falando nisso, saia na rua gritando "eu sou burro, idiota e pateta" para ganhar mais moral.
Valette Negro - Já é! Fui! Eu sou burro! Sou idiota! E também sou pateta!
Todos - Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há!
Bem, continuando... então o Cebolinha tinha ficado preocupado porque lembrou que o Cascão iria na casa dele, mas ele não soube que se mudaram. Então o Cascão vai na casa do Cebolinha, dá de cara com a casa fechada e descobre (não lembro como) que ele se mudou.
Chega à nova casa e fala "AHÁ!" (mas sem o "eu os peguei em flagrante", porque não tinha prestado atenção nisso na época). Quando a mãe do Cebolinha ia falar, o Cascão derruba a no chão, dizendo "E VOCÊ CALE-SE!". Também não prestei atenção no "nunca pensei isso da senhora, Dona Florinda, e menos ainda com esse barril esparramado", "lembre-se que os ricos também chora" "com essa almôndega com pernas".
Voltando ao Cascão, ele fala mais duas vezes "E VOCÊ CALE-SE" (eu sempre me esquecia de chamar as adúlteras de senhora e os adúlteros de senhor, usando o popular "você"... as vezes deixo escapulir e chamo de "você" sem querer querendo...) e derruba, então, mais duas vezes. Na verdade o professor derrubou o Barriga quatro vezes, mas quem disse que eu contei na época? Aí o Cascão, indignado, vai embora e o Cebolinha fica triste (esqueci-me do desmaio no sofá). No dia seguinte o Cascão visita o Cebolinha na nova casa, e ninguém se lembrava de mais nada, muito menos a mãe do Cebolinha. E todos viveram felizes para sempre.
A historinha terminou nessa parte porque eu só tinha uma folha de papel A3, que eu dividi em quatro páginas.