Coluna do Andy

30 de Setembro de 2010, Mestre Maciel anunciava no Portal a possibilidade de o canal fechado infantil Cartoon Network exibir as séries CH (exceto Clube do Chaves) a partir de novembro deste mesmo ano:

É forte a possibilidade do canal por assinatura Cartoon Network exibir a partir de novembro os seriados mexicanos "Chaves" e "Chapolin". Alguns veículos de comunicação divulgam a estreia das séries CH na emissora a partir de 1º de novembro.

Hoje em dia não é difícil encontrar algum telespectador que tenha TV a Cabo em casa, o CN está praticamente em todas as TVs por Assinatura. E eu e o Mestre Maciel (e o burro na frente / pode passar) somos um desses privilegiados (eu tenho Sky e o Mestre Maciel a NET).
O melhor da notícia é que os episódios serão exibidos com a dublagem MAGA (a dublagem do SBT).
Com isso, mesmo que o CN fosse exibir somente os episódios exibidos regularmente no SBT (episódios normais), só o fato de poder assistir CH com qualidade digital na dublagem MAGA em uma emissora que não maltratasse tanto como o SBT maltratou as séries CH seria um grande avanço na nação chavesmaníaca. Tanto que eu apostei com o Mestre que o CN iria abrir a estreia com o episódio 'Vamos Todos à Acapulco' (típico do SBT quando volta a exibir CH em rede nacional), ele também apostou nesse episódio.
Todos nós estávamos contando os dias para que chegasse novembro e acompanhar as séries CH na TV a Cabo. Quando chegou o dia 31 de outubro (dia histórico para mim que vou contar nas curtas) os chavesmaníacos, que tem o canal fechado TLN (Televisa Nacional), foram presenteados com o episódio 'O Bilhete de Loteria' (episódio esse que não era exibido desde 1992, onde o professor Girafales perde o bilhete premiado no restaurante da Dona Florinda).
Com esse feito foi comprovado que o SBT não vai privar de exibir os episódios que não fazem mais parte do pacote do SBT e aumentaram as expectativas de um dia o CN exibir algum perdido do SBT, como por exemplo, 'A Festa da Pichorra' (presente no DVD O Melhor do Chaves – Volume 7, da Amazonas Filmes) ou a saga de 'Os Espíritos Zombeteiros' (que fez-nos cair em um alarme falso em 2004, fazendo o tiro sair pela culatra e no lugar foi exibido 'Matando Aula no Domingo', totalmente mutilado, e 'Seu Madruga o Carpinteiro') agora com qualidade superior a do meu velho sinal analógico.
Ainda assim optei por não criar expectativas quanto a exibição de um perdido e de fato o CN não exibiu um episódio perdido, não exibiu um, nem dois, mas três episódios inéditos.

Dos três episódios dois são esquetes: As Apostas (versão com Chaves e Quico, com o mesmo enredo do Chaveco e Chimontrúfia, do Clube do Chaves) e Ladrões Espertos (com Beterraba e Peterete, presente no DVD O Melhor do Chaves, da Imagens Filmes).

Além do inédito de Chaves 'Brincando de Escolinha' [presente nos DVDs da Amazonas Filmes: O Melhor do Chespirito – Volume 2 (como material extra) e O Melhor do Chaves – Volume 5] com a dublagem MAGA.
E para fechar com Chaves de ouro, foi exibido os créditos do episódio.

Quem pensou que acabou, fomos surpreendidos novamente: o episódio foi encerrado com os créditos

Agora sim se pode dizer que aumentaram as esperanças de serem exibidos episódios que não vemos desde 1992 e com qualidade superior que a dos episódios disponíveis para download no meio CH (só lembrando que alguns desses episódios estão disponíveis para download na seção Episódios do menu Multimídia).
Com esse benefício do CN o assinante que mora fora de São Paulo não vai sofrer mais com as afiliadas do SBT em função do horário reservado para a programação local.
Agora poderei conhecer as cenas dos créditos dos episódios que nunca mais foram vistos, como por exemplo a cena dos créditos do episódio 'Epidêmia de Gripé' onde o Chaves sai do pátio da vila e vai para a rua. Lá ele fica passando pelas cenas dos créditos que é a rua com os baldes, a maleta do Senhor Barriga e os papéis molhado. Só não estava a caminhonete (na cena dos créditos da versão de 78 sim, mas com a imagem congelada).
Antes do episódio 'O Leiteiro' foi exibido um esquete com o Beterraba (que nesse esquete foi nomeado pela dublagem de "Sai-De-Trás") e Peterete com a história "Disputando a Chefia do Bando" (foi feito um remake desse esquete com o Chocolate... er perdão... Chómpiras e Botijão, presente no DVD O Melhor do Chespirito – Volume 7).

Chaves levando um cascudo do Seu Madruga nos créditos do episódio 'O Leiteiro'

Quando terminou o episódio 'O Leiteiro' e começou a subir os créditos, após o Seu Madruga despejar todo o leite para cima da Chiquinha, ele dá uma surra nela com o cinto. O Chaves se revolta e começa a chutar o leite derramado no chão para cima do Seu Madruga, que lhe dá um cascudo, mas o Chaves continuava sujando o Madruga sempre que ele virava a cara pro outro lado.

Foi exibido na quinta (04/11) o esquete 'Disputando a Chefia do Bando' (E) e na sexta o episódio 'Jogando Bola' (D), a semana fechou com Chaves de ouro

Na sexta o chavesmaníaco foi presenteado com o perdido (exibido uma vez em 1990) 'Jogando Bola' (mais conhecido como "Corinthians! Corinthians! Rá! Rá! Rá!"). Eu só vi o primeiro bloco desse episódio em 1990, inventei de querer jogar Atari 2600 o resto do dia, só pude assistir ele todo em 2003, quando baixei no extinto Club do Chaves em um vídeo gravado de uma exibição internacional e sincronizado com o áudio em português.
Muitas novidades virão, vamos aguardar.
Vamos para as curtas.

Quico – Olha, Chaves, eu tenho um pirulito e não te dou!
Chaves – Eu não queria mesmo, pois o Nhonho vai me dar um sanduiche de presunto se eu achar algum círculo nessa figura.
Quico – Deixa-me ver!
Chaves – É muito difícil!

Quico – Ai Chaves, como você é burro. Não tem círculo nenhum, o Nhonho está te fazendo de besta.

Antes de prosseguir quem não viu o meu depoimento sobre o governador eleito da Paraíba em 2006, publicado na 26ª edição da minha coluna, irei repostar aqui (do contrário você vai ficar boiando). Quem já viu ou já está por dentro, ignore o texto em letra azul:

Com quase 53 mil votos de diferença, o governador Cássio Cunha Lima, da Coligação Por Amor à Paraíba (PSDB/PFL) foi reeleito neste domingo (29), derrotando o senador José Maranhão, da Coligação Paraíba de Futuro (PMDB/PT).

Cássio conseguiu mais de um milhão e três mil votos (51%), contra pouco mais de 950 mil (48%) do senador José Maranhão. A diferença pró Cássio foi de quase 53 mil votos.

Nos sete maiores colégios eleitorais da Paraíba, o senador José Maranhão levou a melhor em quatro, e o governador Cássio Cunha Lima em três. Mais uma vez, Campina Grande, fez a diferença, dando grande maioria ao governador reeleito, com mais de 69% dos votos válidos, contra 39% dados a Maranhão.

Veja os números: João pessoa - Maranhão 208.967 (60,98%), Cássio 133.735 (39,02%); Campina Grande - Cássio 143.112 (69.25%), Maranhão 63.562 (30,75%); Cajazeiras - Cássio 17.194 (60,68%), Maranhão 11.141 (39,32%); Sousa - Cássio 17.726 (54,39%), Maranhão 14.866 (45,61%); Patos - Maranhão 24.037 (50,34%), Cássio (23.711 (49,66%); Bayeux - Maranhão 29.775 (58,02%), Cássio 21.385 (41,08%); e Santa Rita - Maranhão 33.166 (57,05), Cássio 24.967 (42,95%).

Antes de conquistar seu segundo mandato como governador Cássio Cunha Lima foi prefeito de Campina Grande, sua cidade natal, em mandatos de 1989 a 1992, 1997 a 2000 e 2001 a 2002, quando se afastou da Prefeitura para concorrer ao governo do Estado. Foi também deputado constituinte (1986-1988), voltando à Câmara em 1994.

O governador reeleito é casado com Silvia Almeida Cunha Lima, com quem tem três filhos: Diogo, Marcela e Pedro.

O candidato derrotado, José Targino Maranhão, foi governador e é atualmente Senador da República pelo estado da Paraíba. Começa a sua carreira política sendo eleito deputado estadual no ano de 1955 pelo PTB, partido pelo qual volta a ser eleito deputado estadual por mais dois mandatos consecutivos, Em 1967 filia-se ao PMDB, pelo qual mais uma vez volta a ser eleito deputado estadual, ficando neste cargo até 1969.

Em 1982, elege-se deputado federal constintuinte, voltando a se eleger ao cargo em 1986, na legislatura 1987-1991, Em 1990 volta a concorrer a uma vaga de deputado federal, sendo eleito nesse mesmo ano com 25.860 votos, pra o período 1991-1994.

Em 1994, é eleito vice-governador na chapa de Antônio Mariz, aonde acaba assumindo o mandato em virtude da morte de Mariz a cerca de dez meses depois de ter assumido o mandato de governador, Em 1998 enfrenta disputa acirrada pela candidatura a reeleição ao governo do estado pelo PMDB, onde o grupo liderado pelo então senador Ronaldo Cunha Lima e por seu filho, o então prefeito de Campina Grande Cássio Cunha Lima, queriam indicar o nome de Ronaldo pra a disputa do governo, com uma vantagem apertada Maranhão vence Ronaldo, na disputa interna e se sagra candidato pelo PMDB, na eleição pra governador, vence com folga e com 877.852 votos, cerca de 80% dos votos válidos, reelege-se governador da Paraíba.

Em 2001, rompe politicamente com a Família Cunha Lima, que migra para o PSDB, no ano seguinte Maranhão renuncia ao governo do estado pra se candidatar ao Senado onde acaba obtendo 831.083 votos sendo o senador mais votado da história da Paraíba, no governo do estado entra em seu lugar o então vice-governador Roberto Paulino, que com seu apoio se torna o candidato do PMDB ao governo, Mais acaba sendo derrotado por Cássio Cunha Lima que vence Paulino no segundo turno.

Em 2006, Maranhão tentou voltar ao Palácio da Redenção contra Cássio Cunha Lima, que foi eleito no segundo turno à reeleição. Maranhão recebeu 950.269 votos, correspondendo a 48,65% dos votos válidos desse turno.

Dos 5 candidatos que eu votei ao longo dessas eleições, somente um foi derrotado. Um candidato a Deputado Estadual. As 17 horas desse domingo eu saí da internet e liguei a televisão na TV Miramar para acompanhar a apuração dos votos para o governo do estado. As 19h30 +/- com 90% dos votos apurados, soltei a frase do Téo José “NÃO PERDE MAIS” CÁSSIO! Chega de Maranhistas no poder. O lema que eu dou a Zé Maranhão é o inverso do Paulo Maluf: “Rouba e não faz”!

Aqui na minha cidade, a maioria teve a preferência pelo Zé, mas Campina Grande não decepcionou. E as cidades do interior da Paraíba marcou presença nas urnas.

Alckmin, ao ser derrotado, deu uma breve entrevista no mesmo dia, agradeceu pelos votos recebidos e desejou boa sorte ao presidente re-eleito Luis Inácio Lula da Silva. Mas o Senador José Maranhão não quis gravar entrevista, após ter sido derrotado pelo governador Cássio Cunha Lima. Só na segunda-feira as 13h30 que ele concedeu uma entrevista coletiva, alegando que irá provocar um terceiro turno no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e se possível, irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nâo aceita derrota e promete apresentar provas contra Cássio.

Bem, Senador, aceita uma vez na vida que não se pode ganhar tudo. E da próxima vez, utilize o seu espaço para apresentar as propostas e não para fazer ofensas ao candidato adversário!

Obrigado aos paraibanos que votaram em Cássio 45 para governador, e parabéns ao Cássio por mais essa vitória!

Pois bem, dia 29 de outubro de 2006 eu comemorava a reeleição de Cássio Cunha Lima (PSDB) e a derrota de Zé Maranhão (PMDB), que não tinha aceitado a derrota e que iria recorrer no TRE e TSE.
Mas a minha alegria e a dos outros 1.003.101 votos durou pouco, pois em 30 de julho de 2007 Cássio Cunha Lima foi cassado pelo TRE-PB (Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba) acusado de usar um programa social da Fundação de Ação Comunitária (FAC) em benefício de sua candidatura à reeleição durante o período eleitoral de 2006.
O que isso significa? Que Cássio teria que passar o seu cargo de governador para o segundo mais votado, no caso o Zé Maranhão.
Os Paraibanos foram à loucura (eu inclusive) ao saber que o maior corrupto da Paraíba, que não fez p**** nenhuma no estado se comparando com o que Cássio fez e poderia fazer, tinha conseguido ser governador no tapetão e com isso descartando os 1.003.102 de votos que a Paraíba deu a Cássio, mostrando que não queriam o velho do PMDB de volta ao poder. Que, aliás, o Zé nunca chegou na faixa do um milhão de votos nem quando governador e nem quando senador.
Nas comunidades do Orkut dedicada a Cássio, muitos xingavam o TRE por ter tirado o mandato do melhor governador que a Paraíba já teve. Uma usuária de uma dessas comunidades contou que na cidade dela (não lembro mais a cidade, mas fica no sertão da PB) quando Zé foi governador por duas vezes seguidas ele nunca foi à cidade dela e quando Cássio foi eleito governador, foi na cidade dela e mandou recursos que trouxe um melhor desenvolvimento àquela cidade na moradia e na saúde. Ela disse que a família dela “não quer aquele velho governando de novo não”.
O mais estranho é que os advogados de defesa no julgamento do TRE tiveram permissões negadas de apresentar as defesas que inocentariam o governador.
Alguns começaram a ficar desconfiados de que os juízes do TRE eram do PMDB (se proceder tá explicado...) e os juízes aparentavam estar desesperados (os advogados de Zé mais ainda...).
E nessa mesma noite houve carreata em João Pessoa e Campina grande dos maranhistas (eleitores de Zé Maranhão que odeiam Cássio e adversários de Zé) comemorando a cassação de Cássio e a volta de Zé ao governo. Na capital a maioria é Zé Maranhão e em Campina Grande a maioria é Cássio (claro, pois Cássio nasceu em Campina).
Cássio, emocionado, em entrevista coletiva estava confiante que iria vencer essa batalha e permanecerá a verdade.
E felizmente dois dias depois, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concede uma liminar que lhe garante no cargo de governador até o julgamento final do processo no TSE. Em 10 de dezembro de 2007, Cássio é novamente cassado pelo TRE por suposto uso eleitoreiro do Jornal estatal "A União" também durante a campanha eleitoral de 2006.
Em entrevista ao JPB 1ª edição (telejornal local da TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo em João Pessoa) Zé Maranhão respondeu que o TRE mais uma vez fez justiça e mostrou que o crime não compensa.
Cássio estava mais tranquilo, negou as acusações, que é perseguido por um sistema de comunicação da Paraíba (os paraibanos sabem qual...) e que o Zé Maranhão teve uma acusação semelhante e nada foi feito (já tinha passado cinco anos), a acusação de Cássio quanto a essa questão foi julgada em menos de um ano.
Afirmou que Zé luta com as armas da mentira, mas que Cássio trabalha com os instrumentos da verdade.
Através de uma nova liminar, consegue permanecer no cargo.
Veio o dia 20 de novembro de 2008 e Cássio Cunha Lima teve a confirmação da Cassação do caso FAC pelo TSE e os recursos do advogado de Cássio foram negados nesse julgamento. Os maranhistas estavam em festa e o Zé Maranhão já estava pronto para renunciar o senado e assumir o governo da Paraíba pela 3ª vez, quando Cássio consegue uma medida cautelar, por cinco votos a dois, tendo assim o direito de ficar no poder até que saia o resultado final do processo.
Após julgamento de embargos impetrados ainda em 2008, Cássio Cunha Lima tem seu mandato cassado em definitivo no dia 17 de fevereiro de 2009, assumindo em seu lugar o segundo colocado nas eleições, o ex-senador José Maranhão.
Com a cassação, Cássio Cunha Lima ficou inelegível até 2009 (3 anos a partir do ano que foi eleito da última vez).
O dia 18 de Fevereiro a Paraíba amanheceu em luto, muitos servidores públicos perderam emprego e a violência aumentou em todo o estado. A Paraíba deixou de progredir como estava progredindo no governo Cássio; tudo isso porque Zé Maranhão não estava acostumado a perder, assim como foi derrotado no primeiro turno e no segundo turno em 2006 para o seu maior rival político.
Tudo bem que ele ainda tinha o senado, que serviu como estepe para essa derrota, mas e se o Zé for derrotado em 2010? Não vai ter nenhum cargo para ocupar, logo, o desespero seria maior. Mas a princípio Zé estava tranquilo que poderia vencer, já que Cássio não iria poder se candidatar em 2010 porque já tinha sido reeleito em 2006, acreditava que não iria ter candidato a altura, assim como não teve nenhum em 1998 e Zé venceu com folga.
Mas Zé esquece que é odiado por Campina Grande ainda mais agora que conseguiu tirar o governo de um conterrâneo, poderia receber o troco nas urnas em 2010.
Cássio lamentou por a justiça ter errado, mas estava fazendo planos para se candidatar ao senado em 2010, já que a pena terminou em 2009.
Em 2009 o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), eleito no primeiro turno em 2004 com 215.649 votos (64,45% dos votos válidos) e reeleito no primeiro turno em 2008 com 262.041 votos (73,85% dos votos válidos), decide não ser mais aliado de Zé Maranhão (que teve seu apoio em 2004 e 2008 e o apoiou em ambos os turnos em 2006) e começa a fazer várias críticas de seu governo. Circulou um vídeo no YouTube em 2009 que o Zé estava dando uma entrevista em uma emissora sobre as críticas do mago (a emissora que sempre perseguiu Cássio, pois sendo Cássio cassado, Maranhão renunciaria o senado para voltar ao governo e em seu lugar no senado ficaria o dono dessa emissora, o que infelizmente aconteceu) e quando pensou que o programa não estava mais do ar, soltou o verbo: “eu tenho é pena dele sobre essas críticas... ah tá no ar?”. Logo cai a ficha e percebeu que o programa ainda estava no ar.

Eu tenho é pena de tu Zé, que se mostrou arrogante e superior aos demais.
Antes disso Ricardo Coutinho já tinha vontade de governar a Paraíba e queria aproveitar a ótima fase que estava com sua administração em João Pessoa, mas não pode contar com Zé porque ele estava pensando em se candidatar a reeleição em 2010, mas que gostaria de ver o mago no senado.
Cássio Cunha Lima, visto que Ricardo rompeu a aliança com Zé, não perdeu tempo e propôs uma aliança com Ricardo Coutinho. Ricardo se candidataria ao governo do estado em 2010 e Cássio levaria as cidades do cariri, curimataú e sertão as propostas que Ricardo tem para o estado, e claro, apresentaria a excelentíssima prefeitura que Ricardo teve em João Pessoa.
Cássio Cunha Lima deu todo o seu sangue para fazer de Ricardo Coutinho o governador da Paraíba e tirar o seu maior inimigo político, Zé Maranhão, do Palácio da Redenção.
Em 31 de março de 2010 Ricardo Coutinho renuncia a prefeitura de João Pessoa para concorrer ao governo da Paraíba pelo PSB. Zé Maranhão não se intimidou e estava certo que Cássio não iria conseguir mudar o voto dos eleitores do interior, uma vez que eles não conheceram o prefeito da capital paraibana.
Nas pesquisas para governador, Maranhão sempre saia na frente do mago, mas abaixo de 50%. A primeira pesquisa ibope que deu mais de 50% para Zé Maranhão foi à pesquisa realizada entre os dias 25 e 27 de agosto que dava a vitória a Zé com 53% das intenções de votos e Ricardo Coutinho ficou com 31%.
Mas não era isso que mostrava as carreatas e passeatas de Zé e do mago, essas foram às verdadeiras pesquisas.
O problema é que o eleitor indeciso, que não quer perder o voto, vota em quem está liderando nas pesquisas. No caso em Zé Maranhão, por isso as chances de Zé ganhar no interior eram imensas.
Mas Cássio continuou lutando para mostrar a toda Paraíba que Ricardo era a melhor escolha.
Zé Maranhão continuava provocando Cássio em seu guia eleitoral, até que um dia o Cássio se defendeu de suas acusações em seu guia eleitoral ao senado e disse: Pára com isso Maranhão, deixe de me provocar e vai trabalhar! Porque já já Ricardo lhe pega (no minuto 2:27):

Zé Maranhão, por achar que estava ganho a eleição, só compareceu a um debate no primeiro turno. E no debate mais importante, que era o debate da TV Cabo Branco a ser transmitido para toda a Paraíba, ele não compareceu.
Estiveram no debate somente Ricardo Coutinho (PSB) e Nelson Jr (PSoL). Todos criticaram a ausência de Zé Maranhão e até no Jornal da Globo foi anunciado que o Zé Maranhão, governador da Paraíba, foi o único que não compareceu ao debate.
Já disseram... com a licença da expressão... que o buraco da Globo é mais embaixo? Pois é, Zé...
Na última pesquisa ibope encomendada pela TV Cabo Branco, entre os dias 1 e 2 de outubro, Zé Maranhão caiu para 47% (52% dos votos válidos) e Ricardo Coutinho subiu para 43% (46% dos votos válidos). A ausência de Zé no debate da principal emissora da Paraíba lhe tirou muitos votos (ah quem diga que se ele tivesse ido, perderia muito mais votos).
Com esse resultando aumentou as esperanças de um possível segundo turno, com Zé Maranhão na frente, claro, mas que poderia ser revertido no segundo turno.
E às 17 horas do dia 3 de outubro de 2010, começa as apurações dos votos na Paraíba. A primeira deu Zé Maranhão com 53% dos votos válidos e Ricardo Coutinho com 47% (1 ponto a mais que na última pesquisa ibope no primeiro turno), a pesquisa boca de urna da TV Cabo Branco já dava vitória a Zé Maranhão, mas as apurações posteriores provocou uma reação nos votos de Ricardo a ponto de ficar 49% para cada lado, Zé continuava na frente por alguns décimos, mas já estava garantindo um segundo turno na Paraíba.
Finalmente Ricardo passa Zé Maranhão e fecha o primeiro turno com 49,74% dos votos válidos (um pouco mais de oito mil votos de diferença para o segundo colocado) e Zé Maranhão com 49,30%.
Para quem torcia por um segundo turno, mesmo com Zé Maranhão na frente de Ricardo, eu achei, Ricardo conseguiu fechar o primeiro turno na frente.
Pela primeira vez João Pessoa e Campina Grande elegeu o mesmo candidato (Já que 2002 a maioria em João Pessoa votou em Roberto Paulino em 2002 e Campina Grande em Cássio Cunha Lima, em 2006 a maioria em João Pessoa votou em Zé Maranhão e Campina em Cássio) e ambas as maiores cidades da Paraíba a maioria votou em Ricardo. João Pessoa porque a maioria está com o ex-prefeito da capital, Campina Grande porque gostou das obras de Ricardo na capital e porque está com raiva de Zé por ter tirado Cássio do governo no tapetão.
Veja como foi a reunião do PMDB após o resultado no primeiro turno:

Zé Maranhão estava tão confiante nas pesquisas do ibope e outras pesquisas que Ricardo lhe pegou e passou. Você ainda tem pena de Ricardo seu Zé?
Em sites relacionados à política da Paraíba vazou a informação de que Zé Maranhão admite que ‘só um milagre’ salva a sua campanha. Ele deu toda a credibilidade às pesquisas que davam por certa sua reeleição no primeiro turno. O governador teria revelado que uma provável derrota no pleito deste ano de 2010 significaria o fim de sua carreira política. Ele queria encerrar sua vida pública com chave de ouro, no auge. Uma derrota para o candidato que ajudou a levar ao poder na prefeitura de João Pessoa seria humilhante para Maranhão.
Cássio avisou: vai trabalhar porque já já Ricardo lhe pega.
Após ter fechado o primeiro turno atrás do mago, Zé informou nas entrevista que agora iria participar de todos os debates.
Ao contrário do primeiro turno, que ele só foi a um debate, no segundo turno ele só faltou a um debate. Curioso que no primeiro turno ele só compareceu ao segundo debate, no segundo ele só faltou o segundo debate. O mago foi em todos em ambos os turnos.
A primeira pesquisa ibope do segundo turno realizada entre os dias 13 e 15 de outubro colocou Ricardo Coutinho na frente com 52% e Zé Maranhão com 40%.
Nada de acomodação! Não iremos repetir o mesmo erro dos maranhistas que estavam seguros da reeleição de Zé no primeiro turno e o mago pegou e passou.
No decorrer do segundo turno Ricardo Coutinho foi vítima de panfletos apócrifos que denegriam sua imagem, como por exemplo, de que ele era ateu e que iria consagrar João Pessoa a Satanás, por causa das sete estátuas que tem na capital (que na verdade foram feitas por artistas paraibanos que não tem nada a ver com símbolos satânicos).
Peraí ou ele ateu ou não é! Se ele é ateu porque iria consagrar João Pessoa a Satanás? Se o ateu, que não acredita na existência de Deus, não acredita também na existência do diabo.
Os eleitores da oposição divulgavam uma foto de Ricardo Coutinho em terreiro de macumba. Na verdade a foto foi tirada em uma escola municipal de João Pessoa onde Ricardo participava a um evento comemorativo ao dia da consciência negra, com lideranças da cultura e religião negra. A religião afro-brasileira era uma delas.
E outra Ricardo não é ateu e nem macumbeiro, ele é católico e ele nunca colocou a política acima de sua fé e nunca misturou igreja com política.
Ainda assim os religiosos mais fanáticos mudaram o seu voto e passaram pra Zé ou votaram em branco.
Fizeram um vídeo em resposta a reunião do PMDB após o primeiro turno:

Esse deZÉspero dos vermelhinhos me irrita, mas justiça seja feita.
Em outra atitude desesperada, Zé Maranhão promete o PEC 300 (Projeto de Emenda Constitucional) em pleno segundo turno. Alguns policiais ficaram iludidos com essa proposta, que lhe daria um salário digno a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, e Agentes Penitenciários; e decidiram mudar seus votos para Zé.
A PEC 300 chegou até a ser assinada um dia antes das eleições do 2º turno, para ver se Zé Maranhão virava o jogo nas urnas.
Enquanto isso, no primeiro turno Cássio Cunha Lima (PSDB) foi o mais votado para o senado com 1.004.183 votos (mais votos que na sua reeleição de 2006). Mas devido a Lei Ficha Limpa ter sido aprovada no congresso (que na visão da justiça, que cassou o mandato de Cássio equivocadamente, Cássio está com a ficha suja) as vagas foram para o segundo e terceiro mais votado (ambos do PMDB, ou seja, farinha do mesmo saco), pois foi barrado no TRE mediante essa nova lei.
Cássio entrou com recurso no TSE, que infelizmente foi confirmada a impugnação no TSE em 21 de outubro.
Maranhistas fazem a festa e soltam fogos em João Pessoa e Campina Grande, gritam “O CASSADO CUNHA LIMA É HEXA!” (hexa porque Cássio foi cassado duas vezes no TRE em 2007, uma no TSE em 2008, outra em 2009, impugnado no TRE em 2010 e confirmado no TSE no mesmo ano...). Mas a coligação de Zé Maranhão ficou preocupada porque eles queriam que isso tivesse sido julgado bem depois das eleições. Pois corre o risco de perder muitos votos por revolta dos admiradores de Cássio Cunha Lima.
Pessoenses (que admiram Cássio) e campinenses ficaram revoltados com a decisão do TSE e mais do que nunca decidem dar o troco ao Zé Maranhão dia 31 de outubro nas urnas, votando no mago para governador. Tudo isso que o Cássio está passando foi resultado de um certo Zé não ter aceitado derrota em 2006, mas esquece que aqui se faz aqui se paga.
Zé Maranhão compareceu ao último debate do segundo turno, promovido pela TV Cabo Branco para Toda a Paraíba no dia 28 de outubro.
Preciso dizer que o mago venceu o debate?
Claro que vez ou outra o mago não conseguia terminar de falar antes de o tempo esgotar, mas estourou menos que o miZÉra que não se cansava de ouvir a frase “seu tempo esgotou, candidato”.
Outra atitude deZÉsperada da coligação Paraíba Unida (PMDB e partidos aliados) foi de extrair uma fala de Ricardo, que deixou bem distorcida para tentar fazer o povo entender que o mago é a favor da legalização da maconha.
Sábado chegou e o JPB 2ª edição divulgou a última pesquisa ibope do 2º turno, encomendada pela TV Cabo Branco entre os dias 29 e 30 de outubro. Ricardo caiu para 49% (52% dos votos válidos) e Zé Maranhão subiu para 45% (48% dos votos válidos).
Resultado dos panfletos apócrifos que denegria a imagem do mago, o PEC 300 proposto por Zé Maranhão no 2º turno, montagem de vídeo do mago apoiando a legalização da maconha e outros boatos.
Interessante que quando Ricardo era aliado de Zé, o velho só falava bem de Ricardo, elogiava bastante a prefeitura dele na capital. Foi só virar concorrente na vaga pelo governo, que começou a falar mal da administração dele em João Pessoa. Nos debates o Zé só dizia que o mago era ingrato e o mago justificou que rompeu com ele quando viu que o governador não estava cumprindo com as suas promessas de campanha.
Mas justiça foi feita nas urnas e no dia 31 de outubro Ricardo Coutinho foi eleito governador com 1.079.164 votos (53,7% dos votos válidos) contra 930.331 votos (46,3% dos votos válidos). O rompimento da aliança com Zé e união com Cássio Cunha Lima, político forte na Paraíba, fez toda a diferença.

Que lapada, heim Zé? Apanhou do mago por 148.833 votos, do Cássio perdeu por 52.833 votos. Quase o triplo da surra que o senhor levou em 2006.
Agora fiquei preocupado, Ricardo não vai poder assumir o governo. Por quê? Porque não pode bater em idoso (risos).
Pois bem seu Zé, pela quarta vez a Paraíba disse NÃO ao seu governo. Venceu a coligação Uma Nova Paraíba (coligação do PSB e aliados), é tempo de mudança. Diga NÃO ao atraso, NÃO ao ZÉtrocesso, NÃO ao medo (comissionados e servidores públicos que são obrigados a votar no Zé com receio de perder o emprego), NÃO ao coronelismo, NÃO as greves constantes que tinha quando Zé era governador na década passada porque nunca deu aumento ao funcionário público, NÃO a briga política que nos faz prender ao passado.
A esperança venceu o medo, agora vai nascer uma nova Paraíba.
Eu saí de João Pessoa em 2007 quando vim morar em Goiânia, mas quando eu vi as fotos e vídeos no YouTube de como estava João Pessoa atualmente, parecia outra cidade. A capital evoluiu bastante, foi tudo obra de Ricardo Coutinho.
Foi Ricardo que fez, Ricardo sabe fazer!
Essa é a notícia boa, vai fazer em todo o estado o que fez em João Pessoa!
Zé afirma que dessa vez reconhece a derrota e parabenizou o mago por essa vitória, mas a coligação Paraíba Unida, que é encabeçada por José Maranhão (PMDB), ingressou no final da tarde deste domingo (31) com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o governador eleito, Ricardo Coutinho (PSB).
Será que o velho quer ganhar o governo no tapetão de novo? Será que o mais de um milhão de votos do povo paraibano vão ser jogados na lata de lixo pela terceira vez?
Zé, pelo amor de Deus, o senhor não é o dono da Paraíba! Ponha isso na sua cabeça!
Pela sexta vez consecutiva (incluindo as eleições do primeiro e segundo turno do ex-governador Roberto Paulino em 2002) a Paraíba já falou nas urnas que não quer você governador nunca mais.
Deixa o povo votar! Vaza por favor! Se for sempre ganhar no tapetão, é melhor não ter mais eleições na Paraíba, deixa o Tribunal escolher e pronto. Indo por esse lado, nâo vai mais precisar de o voto ser obrigatório.

Assim como Ricardo Coutinho, que rompeu a aliança com Maranhão, o candidato do PSDB Marconi Perillo, eleito governador em 1998 e reeleito em 2002, quando viu que o atual governador Alcides Rodrigues (PP) não estava cumprindo com suas promessas apresentadas na campanha de 2006, resolve romper essa aliança.
O sucessor do governador Alcides Rodrigues foi o Vanderlan Cardoso (PR), que ficou em terceiro nas urnas do primeiro turno.
Foi para o segundo turno o Marconi Perillo, que ficou em primeiro nas urnas, e o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB), prefeito reeleito nas eleições do primeiro turno em 2008 com 472.319 votos (74% dos votos válidos) derrotando o candidato Sandes Júnior (PP) que obteve 100.335 votos (15% dos votos válidos).
Na última pesquisa Ibope do segundo turno Marconi e Iris tiveram um empate técnico, com Marconi na frente. Já na pesquisa SERPES encomendada pela TV Anhanguera (afiliada da Rede Globo em Goiânia) Marconi Perillo estava com uma folga, na faixa dos 11% de vantagem.
Eu disponibilizei o debate do segundo turno promovido pela TV Anhanguera no dia 29 de outubro no YouTube e pude observar que o Iris ficou atacando o Marconi do começo ao final do debate. Marconi ainda apresentou algumas propostas.
Sem contar que o Iris estourou o tempo várias vezes, Marconi Perillo conseguiu responder todas dentro do tempo.
Veja você mesmo (ou quando tiver tempo):

Nesse debate eu pude ver que o Marconi era o mais preparado e o vermelhinho estava muito desesperado.
Do mesmo jeito que o mago foi vítima dos panfletos apócrifos, com Marconi Perilo também não foi diferente.
E com razão foi eleito governador pela terceira vez, com 1.551.132 votos (52,99% dos votos válidos), Iris Rezende derrotado, que também já foi duas vezes governador de Goiás.
Os três vídeos a seguir são resumos dos telejornais da TV anhanguera: o Bom Dia Goiás apresentou o resultado das eleições, o Jornal Anhanguera 1ª edição Iris comentando sua possível derrota e o Jornal Anhanguera 2ª edição com o novo governador de Goiás nos estúdios:

Se você não viu ainda o vídeo original, clique no vídeo acima ou você não entenderá o remake abaixo feito pela minha pessoa:

O maior evento CH do Rio de Janeiro está chegando, você carioca que gosta de CH, faça planos para estar lá! Mais detalhes clicando no banner acima!
Pois você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda!

Chaves - Pois eu tenho certeza que tem círculos sim!
Quico - Chaves! Você não sabe que somente os idiotas têm certeza de tudo o que fala?!
Chaves - ... tem certeza?
Quico - Completamente! ... er... que coisa não?
Nhonho - Melhor eu revelar de uma vez, senão vamos ficar aqui até o entardecer.
Chaves - Ao contrário, da luz nasce a discussão!
Nhonho - Da discussão nasce a luz!
Chaves - Isso, isso, isso, isso, isso...
Nhonho - Na verdade são infinitos círculos.
Chaves - Infi o que?
Nhonho - ...nito.
Chaves - Nossa!
Nhonho - Se olharem melhor a figura verão que tudo isso são círculos, que distraidamente parece que são espirais.
Quico - Quem morreu?
Nhonho - Ninguem morreu, porque?
Quico - Pois você acabou de dizer que vários expiraram!
Nhonho - Eu disse "espiral" e não "expiraram"!
Chaves - Não, eu não espirrei.
Nhonho - Melhor eu ir embora daqui, pois suas burrices podem ser contagiosas!

Obrigado por ter lido e até a últma edição de 2010!

andy.henriques@gmail.com