E chegamos ao último Box de DVDs CH da Amazonas Filmes, mas antes iremos para a terceira parte das curiosidades CH:

Curiosidades CH 2009 – 3

Comentários do Box 8

Como eu havia prometido, vou-lhes dizer o que o Seu Madruga disse no áudio original do diálogo a seguir:

Seu Madruga – Isto vai esquentar a goela e o bucho!
Bruxa do 71 – Seu Madruga!
Seu Madruga – Eu disse “bucho”, não foi “bruxa”.

Eu tinha criticado a adaptação da GABIA, na minha coluna anterior, que foi a seguinte:

Seu Madruga – Está ótimo para animar a festa!
Bruxa do 71 – Seu Madruga!
Seu Madruga – Eu disse “festa”, não disse “velha”.

Adaptação essa muito podre por sinal. O diálogo original é esse:

Don Ramón – Estas como para animar al cotorro!
Bruxa do 71 – Don Ramón!
Don Ramón – Dije “cotorro”, no “cotorra”.

“Cotorro” e “cotorra” no México são os nomes carinhosos dado ao papagaio e a papagaia. Mas no caso do diálogo acima, o “animar al cotorro” seria uma forma de expressão mexicanista.
Quanto a “cotorra”, além de ser uma papagaia, também é equivalente a uma mulher solteira ou sem filhos. Dón Ramón teria chamado a Bruxa do 71 de solteirona. Isso explica a sua raiva em seguida.
Muito mais engraçado o diálogo da adaptação MAGA, combina com a Bruxa do 71.

Aquele diálogo no início do terceiro bloco (que no Brasil ainda é o segundo, salvo quando junta o terceiro com o quarto bloco) com o Chaves e o Quico:

Chaves – Quico, tem duas coisas que eu gosto: festa e ceia. Sabe por quê?
Quico – Não!
Chaves – Nem eu “ceio”.

E o Quico, pra variar não entendeu, pergunta: “se não sabe porque perguntou?”. Pois bem, esse diálogo é criação da MAGA, no áudio original não tem esse diálogo, tampouco tem na adaptação GABIA.

Depois de a Bruxa do 71 prometer que o ano que vem “terá 12 meses” (interrompido e completado pelo Chaves) e ela sem querer falar isso:

Bruxa do 71 – No próximo ano... bom é... o ano próximo... digo... quer dizer que... é... no próximo ano...
Seu Madruga – Vai dizer que o próximo ano vai ser o ano que vem, não é?

O curioso é que no áudio original o Don Ramón pergunta se ela vai dizer que no próximo ano vai ser 1980. Sendo que esse episódio é de 1973. Logo o Madruguinha só sabe contar até 1973...

Vamos ao Box...

O oitavo Box de DVDs CH da Amazonas Filmes finalmente inovou no layout da caixa e das capas, saindo totalmente do padrão dos volumes anteriores.
Eu comecei vendo os episódios do DVD O Melhor do Chaves na segunda dia 6 de abril e terminei no sábado dia 11, vendo o extra do DVD. No sábado eu comecei a fazer os comentários do referido DVD. Na segunda do dia 13 eu comecei vendo o DVD O Melhor do Chapolin Colorado e terminei nessa sexta 17 com o extra, também de Chapolin Colorado, e no mesmo dia eu fiz os comentário desse DVD. Sábado 18 eu vi o DVD completo de O Melhor do Chespirito e assim que terminei de ver, conclui a minha coluna.
Sem mais delonga, vamos aos comentários:

O Melhor do Chaves – O Melhor das Crianças da Vila

Esse DVD vem com cinco episódios de Chaves e um quadro extra de Chespirito, são eles: O Festival da Boa Vizinhança; A Explosão do Nhonho; O Retorno da Chiquinha; A Continuação da Venda da Vila; A Noite de Natal; Extra: A Mosca é uma Coisa Burra.
Nenhum episódio normal do Chaves consta no DVD, somente um perdido e o resto inéditos. O lado ruim de terem colocado número de episódios acima do normal em um DVD é que dois episódios precisaram passar por cortes, e sobrou para o primeiro e o quinto episódio da lista. O DVD do Chaves volume 8 foi traduzido pelo colaborador de multimídia do nosso site Eduardo Rodrigues, parabéns por ter participado e aceitado o desafio.

O Festival da Boa Vizinhança Essa é a parte 4, inédita na televisão brasileira. Só tem o segundo bloco deste episódio, com isso, o clipe “Ouça Bem, Escute Bem” não foi incluído no DVD.

Quico (que mais uma vez na legenda aparece escrito com o K-I-K-O...) solta a sua palavra mágica “Quicos! Quicos! Magaquicos!”. Sem querer querendo o saudoso Marcelo Gastaldi (MAGA) foi homenageado.

Quico, Dona Florinda (que estava bem vestida), e o professor Girafales; empurram o Seu Madruga no palanque.

O “mágico” Chaves vai apresentar um número e chama um voluntário. Adivinha quem se ofereceu.

O menino do oito faz uma mistureba no chapéu do Senhor Barriga, e a mágica falha. Senhor Barriga, irritado, pega o seu chapéu e, na distração, coloca na cabeça. Leva o maior banho de tinta e outras coisinhas mais.

Todos começam a rir do Senhor Barriga, menos o Chaves, que estava com receio de levar um sermão do gorducho. Quando o Senhor Barriga vê que os outros estão rindo em sua volta, assume que o erro foi dele nessa parte e ri também com os outros. Finalmente o Chaves da risada da situação.

A Explosão do Nhonho – Com um enredo inédito no Brasil, esse episódio foi o melhor episódio deste DVD. Quando eu comecei a participar do meio CH eu era bastante burro na época. Só sabia das coisas que se passavam dentro dos episódios exibidos no Brasil, nunca o que rolava por fora. E nessa ingenuidade minha eu pensava que o SBT tinha exibido todos os episódios e que os episódios descontinuados (no Brasil é claro) nunca tinham sido gravados pela produção. Com isso, nunca me passou pela cabeça de que tinha episódios inéditos no Brasil (como eu era bem Quico). Claro que isso já faz alguns aninhos. E em uma ocasião no meu primeiro ano de meio CH, um chavesmaníaco perguntou no FUCH (Fórum Único Chespirito) onde poderia conseguir o episódio que o Chaves estourava o Nhonho com um prego. Eu, na minha grande inocência, perguntei “QUE EPISÓDIO É ESSE QUE TU TÁ FALANDO, MENINO???? ISSO NUNCA PASSOU NO SBT!!!”. Quando um outro chavesmaníaco responde que ele é inédito no Brasil. E eu novamente: “E EXISTE EPISÓDIOS INÉDITOS AINDA???? JURAVA QUE O ÚLTIMO INÉDITO JÁ TINHA SIDO EXIBIDO NO SBT: O ANO NOVO NA CASA DO SEU MADRUGA...”.
Foi o preço que paguei por nos primeiros anos de internet eu só usar para jogar e ver fofocas em
Ófuxico: soltar essas enormes pérolas no meio CH.

Chiquinha está recortando uma foto do Seu Madruga para colocar em seu caderno, trabalho sobre a desnutrição. Detalhe que na fala original a Chiquinha não chama o lingüiça de professor... digo... não chama o professor de lingüiça (D).

O Quico tenta invejar a Chiquinha com o seu balão de gás e a Chiquinha corta a corda. O Chaves percebe que o balão ficou preso no varal de cima, a Chiquinha mente que o balão é dela e promete dar a metade de um sanduíche de presunto se ele tirar pra ela. Quando aparece o Quico e pergunta o que o Chaves vai fazer, a Chiquinha interrompe o Chaves para o Quico não descobrir que o seu balão não foi embora e o Chaves não descobrir que o balão é do Quico. Cantando bem alto nas fotos acima: AI! AI! AI! AI! TÁ CHEGANDO A HORA!

Após o Chaves apanhar do Seu Madruga e entrar no barril com a tesoura do chimpanzé reumático, estoura todos os balões do Quico e da Chiquinha. Chega o Nhonho com o seu balão de gás, mas o Chaves se engana de balão e estoura o Nhonho, como pode ser visto nas fotos acima.
Parabéns ao Berriel por sua belíssima atuação na voz do Nhonho.

O Retorno da Chiquinha – Segunda versão do episódio O Regresso da Chiquinha, e episódio perdido no Brasil. Foi nesse episódio que eu descobri que a frente da vila era a rua, quando o Quico fala pra sua mamãe que o Seu Madruga não está em casa, ele está lá na rua (claro que eu era menino na época).
Depois que foi exibido no SBT o comercial do Álbum de Figurinhas do Chaves, eu queria ver esse episódio no SBT para ter certeza de que a cena do anúncio do álbum era a mesma cena da chegada da Chiquinha. Mas para meu azar, nunca mais consegui ver esse episódio no SBT e quando pensei estar passando, e vi a chegada diferente da Chiquinha, levou alguns segundos para cair a ficha de que se tratava de uma outra versão desse episódio. Pois peguei a falta do Quico chorando bem alto para a sua mamãe escutar (após o beliscão da Chiquinha) e da cena do Chaves batendo no Quico: “Chaves - Não vou agüentar mais não”, “Quico - eu também não agüentei”, desmaiando em seguida.
Vamos matar a saudade, revendo algumas cenas:

Estamos na cena que o Seu Madruga fica beliscando o Quico a cada vez que o bochechudo rir dele, uma hora belisca a Dona Florinda.

A seguir a carta lida pelo Chaves, Nas fotos da esquerda a carta está sido lida erradamente, nas da direita as correções; como constam nas legendas.

As fotos seguintes representam o título propriamente dito, e do jeitinho que eu vi no comercial do novo Álbum de Figurinhas do Chaves, usarei a adaptação do comercial (vou ter que acessar meu banco de dados mental):

Chiquinha – Chegou! Chegou!

Chaves – Ah! Obaaaaaaaaaaaaaaaaa! Chegou meu álbum de figurinhas que legaaaaal!!! Cadê... cadê ele?

Chiquinha – Tá lá nas bancas, tem um monte de gente lá! Suas figurinhas autocolantes são mesmo um barato!

Curioso é que só uma vez esse comercial passou completo, nos comerciais seguinte, após esse diálogo, mostrava o Álbum de Figurinhas do Chaves, com o narrador falando “o novo álbum do Chaves” e cortava o comercial. Estou falando por Manaus, porque foi lá que eu vi esse comercial. Pode ser que a TV Acrítica não tenha gravado tudo (afiliada do SBT até 2007, quando aderiu a Record e o SBT deixou de ser o canal 4, passando a ser o canal 10).

Adivinha o que o Chaves vai fazer nessa cena. Derruba as maletas com o Seu Madruga e tudo.

Quico chorando como a Chiquinha.

Quico chorando alto (D) para sua mamãe escutar.

Burrice na dublagem GABIA: quando o Chaves fala que agora não vai agüentar mais não, o Tatá teve a idéia idiota (e não são idéias grandes) de dublar como “agora sim eu te arrebento” (E), tirando o sentido do Quico ter respondido “eu também não agüentei” (D). El Chavo fala “a Hora si no suporto” e el Quico “yo también no suporto mucho”.

A Continuação da Venda da Vila – Segunda parte do episódio A Venda da Vila, pela primeira vez em português.

O episódio começa com as crianças chorando porque o Senhor Barriga vai vender a vila.

Nota 10 por terem escolhido o doutor Chapatin como o doutor do Senhor Barriga (na fala original não é mencionado o nome do médico), ficou bem mais engraçado e com isso dá para imaginar que os exames do Senhor Barriga poderiam dar em m****.

O carequinha comenta que ainda não levou um só golpe (E), quando o Barriga é recebido com uma vassourada (D).

Que bom que foi mantido o “mequetrefe” dito pela Bruxa do 71 (D), termo muito usado entre 1994 e 1995 por aí a fora.

Seu Madruga decide comprar a vila.

A idéia dele é ficar com a vila (E) e dever 14 anos de prestação (D).

O carequinha tenta assediar a bruxa (E), mas é o Seu Madruga que se sente assediado (D).

As crianças têm a idéia de infernizar a vida do carequinha para que ele desista de comprar a vila, mas o carequinha avisa que isso é o de menos: após comprar a vila ela será derrubada (E) e no lugar será construído um edifício de luxo (D).

O Senhor Barriga anuncia que não venderá mais a vila.

O carequinha volta a lembrar o que dizia o seu eletrocardiograma.

Entretanto o “velhinho” se enganou (tinha que ser o doutor Chapatin) e deu o eletrocardiograma de outro paciente (D).

Todos comemoram. O Senhor Barriga fica tão feliz que decide perdoar todos os aluguéis atrasados.

Ficou muito mais engraçado realmente o médico do Senhor Barriga ter sido o doutor Chapatin, na dublagem GABIA. Parabéns pela criatividade.

A Noite de Natal – Esse episódio também teve alguns cortes, mas não é pra menos, esse episódio tem 40 minutos de duração. É a versão de 80 do episódio Natal na Casa da Dona Florinda, cuja versão anterior eu fiz muitas críticas em relação à adaptação, presente no DVD O Melhor do Chaves 7. Desta vez não caíram no mesmo erro (em relação às cenas que foram repetidas nessa versão).

Ao contrário do natal na casa do Senhor Barriga, onde a Chiquinha pedia uma bicicleta, agora ela pede uma boneca com corpo de um bebê. Ela quer saber com que B se escreve bebê, o Chaves responde que é com a mão (D), no áudio original ele responde que é com B de bebê.

Chaves diz a Chiquinha que se escreve com B de Burro ou B de Vaca (no original ele pronuncia V de vaca, por lá algumas palavras o V também ter som de B).

Na adaptação a Chiquinha então pergunta como pode ser B de Vaca se vaca de escreve com V. O Chaves respondeu com uma pergunta “mas e o touro?”. A pergunta no áudio original é “bezerro”. Se tivesse mantido o bezerro, faria sentido no Brasil o Chaves ter dito “B de Vaca”.

Enquanto no áudio original a Chiquinha torna a perguntar se escreve com B de Burro ou de V de Vaca, na adaptação ela agora está perguntando onde se coloca o acento.

O Chaves explica a Dona Florinda que a Chiquinha quer ter um bebê e ela toma um susto. Ficou um pouco adulto essa parte...

Quando a Dona Florinda se toca que se trata de uma boneca com corpo de bebê.

Fica aliviada.

O Chaves pergunta como escreve e a Dona Florinda responde que com as mãos. No original o Chavinho pergunta com que V e ela responde “com os olhos”.

A Chiquinha pergunta a Dona Florinda se escreve com B de Burro e onde coloca o acento, a Florinda responde que é com B de Burro e o acento no segundo “e”. No original a Chiquinha perguntou se bebê se escreve com B de Burro ou V de Vaca, a Florinda responde somente que é com B de Burro (bem que poderia ter deixado o “com B de Bestia” como foi dito na casa do Senhor Barriga, no áudio original).

O Chaves pergunta qual o desenho do acento. No original ele pergunta qual é o B de Burro.

Se é o que faz um chapeuzinho (E) ou bastão de guerra (D), que aparece em forma de V. Isso porque o Chaves tinha perguntado se o B era o que tem “una pancita” ou “amor y paz”.

A Dona Florinda disse que é o que faz um chapeuzinho (E), o bastão de guerra não se faz (D). Ela respondeu no original que é o que tem “una pancita”, que o “amor y paz” será essa noite (afinal, é véspera de natal).

A Dona Florinda pergunta ao Chaves se ele não gostaria de cear essa noite em sua casa e diz o que vai ter de comida.

Eu pulei algumas partes para não me estender muito (e nem vou bater no teto), mas nesse episódio a Chiquinha avisa que seu papai viajou em busca de emprego e que não voltará até que faça uma imensa fortuna. Mas se a Dona Florinda quiser fazer uma ceia no ano 3000 (2000 no original).
Tem também a cena que a Dona Florinda volta do salão de beleza e a Chiquinha diz que o cabelo dela está parecendo um queijo suíço (bem que poderia ter mantido a piada da casa do Senhor Barriga adaptada pela MAGA, que ela fala que o penteado de Dona Florinda parece um baita queijo de Minas, e parece mesmo...).
Dentre outras cenas que vocês irão conferir ao adquirir esse DVD.

Chaves está procurando a bola “mais grande” (E), tudo bem que no Brasil não se usa o termo “mais grande” e sim “maior”, mas levando em conta que o Chaves é criança e é normal a criança falar “mais grande”, “mais melhor”. Pois bem, a Chiquinha responde que a bola mais grande... digo... maior... é o Senhor Barriga.

Chaves ganha um caminhãozinho, mas fica pensativo quando olha para o presépio.

Dessa vez não inventaram de o Chaves dizer que conhece um menino que dorme no chão, mas sim foi mantido o “filho da porteira”.

Pequeno como o menino Jesus.

Chaves dá uma saída.

Ainda bem que não trocaram o “aqui tem banheiro” (D) por “mais isso não é hora” de novo.

A Bruxa do 71 acha que o Chaves ficou envergonhado.

Agora sim a cena teve sentido, com o Chaves dizendo que deu o seu caminhãozinho para o filho da porteira por ser um menino pobre. Parabéns a equipe.

Todos ficam comovidos com a atitude do menino do oito.

E o caminhãozinho vai aparecendo em Chroma Key.

Essa seria a cena dos créditos.

Começam a subir os créditos do DVD, mas com uma falha no áudio dublado: começa a ser exibido o extra do DVD nos créditos (mas os créditos continuam) e fica assim até terminar os créditos.

A Mosca é uma Coisa Burra – Extra do DVD com um quadro do Chespirito tentando dormir, mas a mosca o atrapalha.

Na cena acima ele enche o dedetizador e tenta dar uma “dedetizada” na mosca. Quem vence a guerra?

Nota 8 porque melhoraram bastante em relação ao DVD anterior, mas podem melhorar mais.
Passemos para o DVD do Chapolin.

O Melhor do Chapolin Colorado – E Agora quem Poderá nos Salvar?

Esse DVD vem com cinco episódios, sendo que um é extra do doutor Chapatin fazendo uma conferência sobre o Chapolin. Os episódios são: Vale Tudo na Guerra do Amor; Fotos no Museu, Não. As Estátuas não Dizem “Puxa”; Expedição Arqueológica em: O Problema dos Fósseis é que são Difóceis de Encontrar; O Fantasma do Tesouro Pirata... digo... O Tesouro do Pirata Fantasma; Extra: Conferência Sobre um Chapolin.
São todos os episódios normais, sendo que dois são ex-inéditos: “Fotos no Museu, Não. As Estátuas não Dizem ‘Puxa’” e “Conferência Sobre um Chapolin”. Ambos são episódios que contam com a presença do doutor Chapatin. A princípio o extra não era episódio normal, mas como este colunista que vos escreve só obteve este DVD bem depois do dia 5 de julho de 2008, quando esse episódio foi exibido no SBT.
Vamos aos episódios:

Vale Tudo na Guerra do Amor – Clássico episódio da noiva do Carlos (Florinda Meza) ser cobiçada por um musculoso (Rubén Aguirre).

Destaque na cena do Chapolin colocando terra na mão (se enganou de vaso) para levantar um haltere.

Fotos no Museu, Não. As Estátuas não Dizem “Puxa” – Ex inédito exibido no dia 29 de abril de 2006 pelo SBT, Chapolin Colorado e doutor Chapatin se encontram.

Martha Volpiani, dubladora da Florinda Meza, é homenageada nesse episódio pela GABIA e a guia do museu ficou conhecida como “Martinha” (no áudio original, e na dublagem MAGA, o nome da guia não é mencionado).

Expedição Arqueológica em: O Problema dos Fósseis é que são Difóceis de Encontrar – A característica deste episódio é o Ramón Valdez se lamentando “não poderiam ter chamado outro herói? O Batman, o Super-homem...”.

Mas na dublagem GABIA o Supersam também foi citado (até mesmo o Fantástico Jaspion).

O Fantasma do Tesouro Pirata... digo... O Tesouro do Pirata Fantasma – Esse foi o primeiro trecho que eu vi na tevelisão, quando eu ainda tinha sete anos. A minha mãe me chamava para ver o fantasma (pirata Alma Negra), e a cena que eu vi era do Tatatatatatatatatatatatatataravo do Carlos por detrás do Chapolin Colorado, sumindo quando o Chapolin vira a cara.

Na nova dublagem, quando o Chapolin vê o pirata Alma Negra, exclama “caraca” (o que teria exclamado o Chapolin de Cassiano Ricardo?).

E eu ficava boquiaberto quando as anteninhas do Chapolin começaram a cair. E depois não me lembrei mais de nada nesse dia. Só sei que na TV que eu vi (sem controle remoto) o uniforme do Chapolin aparecia rosado. Isso que é imagem de cinema...

Sempre rio com essa cena: o Carlos pensa que agora sim tinha morrido definitivamente o seu tatatatatatatatatatatatatatatatata... quantos tatas já falei? Digo... digo... desde quando os fantasmas morrem?

Conferência Sobre um Chapolin – Nunca fui tão burro no dia 5 de julho de 2008: eu estava acessando o FUCH (Fórum Único Chespirito) e no título do tópico, exibido pelo índice do fórum, era “Uma Conferência sobre o Chapolin”. Aí eu nem passei perto do tópico porque pensei que se tratava de um programa de fofocas exibindo cenas do humorístico do SBT. Quando o Mestre Maciel atualiza a seção “Linha do Tempo” (que você encontra no menu INFORMAÇÕES) e anuncia “Outro inédito de Chapolin estréia em 5 de julho: ‘Uma Conferência sobre o Chapolin’”.

Fiquei besta por eu só ter descoberto no dia seguinte de que se tratava de um episódio do Chapolin, narrado pelo doutor Chapatin. Episódio extra do corrente DVD.
Participam deste episódio: Doutor Chapatin, o vovô matador de ratos, Rosa Rumorosa, e o professor Baratinha. Além de cenas de episódios conhecidos, de episódios inéditos, e de versões inéditas (O Cachorro Bebê, por exemplo).

Apesar de ter sido um DVD só com episódios normais (tirando o caso do extra que eu contei na descrição deste DVD), a seleção foi ótima. Vamos para o próximo DVD.

O Melhor do Chespirito – A Turma do Chaves

Ao contrário do DVD anterior, que veio com nove quadros e um extra, este DVD veio com três quadros e um extra. Isso porque o quadro do Chómpirras se passa no hotel que eles trabalham. É o quadro de maior duração com 39 minutos e 11 segundos.
Os quadros contidos neste DVD são: O Veneno de Maruja; O Robô Robotizado; Consulta sem Consolo; Extra: Juleu e Romieta de Shakespearito – Parte 1.

Vamos aos quadros:

O Veneno de Maruja – A história se passa no hotel do senhor Cecílio. Um hospede entra com uma cobra no hotel, mas a cobra foge da caixa.

Ninguém adivinhou que o que estava na perna do botijão era uma lingüiça... cobra vermelha? Se acabamos de ver que ela é amarela com bolinhas pretas (que a propósito também se chama Maruja)...

A gente pode não ter mordido a isca, mas a Chimontrúfia sim, pensou que estava pegando numa cobra.

Chaveco (ou Chómpirras...) ri da Chimontrúfia ter confundido a lingüiça com a cobra.

E vai mostrar o que ela tinha segurado.

Mas...

Se engana de lingüiça (ou de cobra...).

Que coisa não?

O Robô Robotizado – Chaparron tem outro problema com a rebimboca, e no tapa dado pelo Lucas, o malhuco é convertido em robô (mentalmente). Ele repete algumas cenas do robô Pancho, de um episódio do Chapolin (colocar açúcar na mão de um vendedor por exemplo).

Consulta sem Consolo – Quadro do doutor Chapatin onde um paciente não sabe o que tem, o doutor não perde a oportunidade e mostra a sua especialidade: cobrar adiantado.

Juleu e Romieta de Shakespearito – Parte 1 – Extra com o mesmo enredo do episódio do Chapolin Colorado. Com a presença do Ramón Valdez como o pai da Romieta, mas o Juleu passa a ser interpretado pelo próprio Chespirito. Será mais uma das histórias do Chapolin Colorado em algum episódio? Na foto acima o pai da Romieta aponta o Juleu e o amigo (Rubén Aguirre) com as balas, mas se esqueceu do revólver.

A mesma falha dos créditos com o áudio dublado no DVD do Chaves se repetiu nesse: áudio do início do extra do DVD

Aqui encerro os comentários e as curiosidades, passemos para as curtas.

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A Atadolfa vai abrir a porta (uma porta de madeira com duas vidraças vagabundas):
Conde Terranova – Bom dia!
Atadolfa – Bom dia!
Conde Terranova – Sou Conde Terranova.
Atadolfa – Ah, o patrão está esperando. Venha até a sala.
Conde Terranova – Grato.
Atadolfa – Eu vou avisar o patrão que o senhor está aqui.
Conde Terranova – Está bem, obrigado.
Enquanto a Atadolfa sai de cena, o Conde Terranova surrupia uma estatueta e coloca por dentro do seu paletó. Rouba um cinzero e coloca no bolso do paletó. Carlos entra em cena:
Carlos – Senhor Conde, é um prazer.
Conde Terranova – Ah, é uma honra para mim.
Carlos – Eis o álbum de selos que eu te falei, cada um vale uma fortuna.
Conde Terranova – Ah, vamos ver, vamos ver.
Carlos – Quer chá senhor Conde?
Conde Terranova – Já que é tão amável, eu aceito. Como não?!
Enquanto o Carlos vai servindo o chá, o Conde tenta roubar um dos selos, mas não dava tempo de fazer isso despercebido.
Carlos – Açucar?
Conde Terranova – Ah, duas por favor.
Quando o Carlos ia pôr o açúcar, toca o telefone. A Atadolfa atende.
Atadolfa – É pro senhor, patrão.
Carlos – Ah sim, obrigado, com licença senhor Conde, fique a vontade se quiser o senhor mesmo se servir.
Conde Terranova – Pois não, incômodo algum.
Atadolfa vai pra cozinha enquanto o Carlos atende o telefonema (com o álbum de selos junto...). Enquanto isso o Conde Terranova vai colocando o açúcar no café, e guarda a colher no bolso da camisa. Toma todo o café e guarda a xícara no bolso da camisa, o pires no bolso do paletó. Serve-se outra xícara de café, mexe com a colher e guarda-a no outro bolso do paletó. A xícara também no mesmo bolso, o pires no bolso de cima do paletó. Enquanto ouve o Carlos falando no telefone, pega o açucareiro e joga todo o açúcar no bolso da camisa. Decide guardar o açucareiro no bolso do paletó. Finalmente o Carlos desliga o telefone, enquanto a Atadolfa se despede do patrão e do Conde Terranova (e percebe que algumas coisas sumiram enquanto ela deixou o Conde sozinho na sala, mas deixa pra lá...):
Carlos – Olha Conde, eu preciso sair urgente, tenho que estar no meu escritório e só volto às 11 da noite.
Conde Terranova – Ah que pena, então não poderei comprar os selos, pois amanhã a tarde volto para a Cidade do México, e só teria hoje para eu avaliar e amanhã bem cedinho então comprar os selos...
Carlos – Não isso nunca! Vamos fazer o seguinte: eu te dou o chaveiro com a chave da porta principal e a do portão. Você continua vendo os selos, guarda o álbum na prateleira, tranca a porta e o portão, e coloque o chaveiro na caixa do correio embutida no muro. Amanhã a gente se encontra para fazer a negociação.
O Conde Terranova começa a se sentir tentado:
Conde Terranova – Er... er... sim.. como não... claro, ótima idéia.
Carlos – Eu não costumo deixar ninguém sozinho na minha casa a não ser a Atadolfa, mas como você é de confiança, eu te abro essa exceção.
Conde Terranova – Er... muito obrigado pela confiança... senhor Carlos... agora vai para não chegar tarde... eu volto amanhã cedo.
O Carlos vai para o escritório, enquanto o Conde Terranova já pensava em roubar o chaveiro, quando ia guardar no seu bolso, se toca que isso não pode roubar, fazendo sinal de negativo com o dedo indicador e balançando a cabeça negativamente para a câmera. Então ele começa a roubar os dois selos mais caros (já que o álbum não cabe em nenhum lugar na sua roupa...) e pensa num plano para não levar suspeita de que foi ele quem roubou. Quando ele olha para a porta principal, e em seguida olha para a câmera com um sorriso malicioso.
Ouve-se um barulho de quebra de vidraça e aparece o conde com uma marreta na mão, olha para a marreta e esconde dentro do paletó.
Tranca a porta e resolve sair pelo buraco.
No dia seguinte o Carlos aparece desesperado porque a porta foi arrombada e a Atadolfa ainda não chegou. Quando chega o Conde Terranova:
Conde Terranova – Bom dia senhor Carlos!
Carlos – Bom dia, senhor Conde.
Conde Terranova – Nossa! O que houve por aqui? Tô vendo que a porta foi arrombada...
Carlos – É, pois é...
Conde Terranova – Não me diga que o senhor não conseguiu pegar o chaveiro na caixa do correio?
Carlos – NÃO, NÃO! Peguei sim. Quando eu passo pelo portão é que eu vejo um monte de caco de vidro do lado de fora, no degrau da entrada. Alguém entrou na minha casa essa noite e levou um monte de pertences [finalmente o Carlos percebeu que os pertences (roubados pelo Conde) sumiram].
Conde Terranova – Nossa, que mal. Enfim, eu vim comprar os selos porque o meu avião sai daqui uma hora.
Carlos – Ah sim, vou pegar o álbum, e com a venda dos selos comprarei tudo o que foi roubado.
O Carlos pega o álbum na prateleira e entrega ao Conde Terranova:
Conde Terranova – Estranho, não estou achando os exemplares raríssimos. Os selos de 2 centavos da Guiana Inglesa por exemplo.
Carlos – Deixe-me ver... hehehe, não está achando... mas onde é que está isso?
Conde Terranova – Bom, vou ter comprar selos em outro lugar então. Tenho que ir para não perder o avião.
Carlos – Ma...ma...mas..ma... mas eu não mexi mais nesse álbum!!! Será que os ladrões, que arrombaram a porta e roubaram os pertences, roubaram também os selos????
Chega a Atadolfa:
Atadolfa – Bom dia patrão, bom dia senhor Conde. Nossa! O que fizeram com a porta?
Carlos – Antes, poderia por acaso me dizer quem foi o infeliz que pegou o meu álbum de selos?
Atadolfa – O senhor!
Carlos – Eu sabia... O quê?
Atadolfa – Sim, o senhor é o único que mexe nesse álbum.
Enquanto isso, o Conde Terranova vai roubando alguns cacos de vidro e guardando no bolso.
Carlos – Então pode me explicar como é que faltam os dois selos mais caros da minha coleção?
Atadolfa – Eu não sei, senhor.
Carlos – Pois eu sei! Foi você que os roubou!
Atadolfa – Eu?
Carlos – Sim, senhorita! Você entrou na minha casa enquanto estava vazia e arrombou a porta para roubar os selos e alguns pertences!!! AGORA MESMO VOU DAR PARTE A POLÍCIA!!!!
Atadolfa – Ouça...
Carlos – JÁ FALEI! Com licença, senhor Conde.
Conde Terranova – Esteja à vontade.
Atadolfa começa a chorar.
Conde Terranova – Acalme-se moça, acalma-se, vamos, acalme-se. Além disso, estou certo de que você nem sabia que esses selos tinham algum valor.
Atadolfa – Ainda mais que estão todos usados, se ao menos estivessem novos, chuinf!
Conde Terranova – Hipótese confirmada!
Atadolfa – O senhor é que é.
Conde Terranova – Não mocinha, eu digo que eu tenho certeza que não foi você que roubou os selos.
Atadolfa – Ah... sim, mas... de qualquer maneira, eu vou ter que passar humilhações com a polícia... oh! E agora? Quem poderá me defender?
Chapolin abre a porta:
Chapolin – EU!
Atadolfa – Olhe, é o vermelhinho!
Chapolin – Não contava com minha astúcia! Siga-me os bons!
O Chapolin tropeça nos cacos de vidro que estão do lado de fora e cai na entrada.
Atadolfa – Cuidado vermelhinho, não está machucado?
Chapolin – Não, claro que não. Fiz isso intencionalmente para certificar do perigo daqueles cacos de vidro ali fora, sabe que todos os meus movimentos são cuidadosamente calculados.
Imagine o Chapolin com a voz aguda de antigamente...
Conde Terranova – Quer dizer que você é o famoso polegar vermelho?
Chapolin – Sim e você?
Conde Terranova – Não, eu não. Sou o Don Ramón Antony Esteban Gomes Valdéz y Castillo, Conde de Terranova.
Atadolfa – Como eu sou uma boba, eu nem trouxe um cafezinho ainda, eu já volto.
E sai de cena, com o Chapolin dobrando uma perna como ela.
Chapolin – Quem precisa da minha ajuda? A garota ou você?
Conde Terranova – Bem, é mais a garota. Ela foi acusada de ladra.
Chapolin – Ah mais essa garota não tem cara de gatuna,
Conde Terranova – Sim, mas não se pode confiar, polegar. Tem gente com cara de inocente capaz de te roubar as meias sem tirar os sapatos.
Chapolin – Hehe, não exagera. Quem poderia roubar as meias sem mexer nos sapatos?
O Chapolin percebe que está sem as meias, enquanto aparece uma parte da meia do Chapolin, do lado de fora do paletó do Conde Terra Nova, que empurra pra dentro rapidinho.
Chapolin volta à casa:
Chapolin – Me desculpem a demora, pois eu tinha esquecido uma parte do meu uniforme.
Carlos – Sim eu sei, mas de qualquer forma não conseguirá evitar que a polícia leve essa gatuna.
Chapolin – Calma, calma, não priemos cânicos. Me diga uma coisa: você queria vender os selos para o Conde São-Bernardo?
Conde Terranova – Conde Terranova, senhor.
Chapolin – Perdão! E o que foi que eu disse?
Conde Terranova – São Bernardo.
Chapolin – Bem, é tudo raça de cachorro né.
Carlos – Bem, eu queria vender, vermelhinho, o que isso tem com o caso?
Chapolin – Porque existe outra pessoa que sabe forçosamente da existência desses selos.
Carlos – Claro, a empregada. Quem mais?
Chapolin – Eu não sei, mas se você quer vender os selos, é porque deve ter colocado um anúncio no jornal. Não é verdade? O Conde Buldogue chegou a ver os selos antes de ter sido surrupiado?
Conde Terranova – Terranova, senhor!
Chapolin – Sim, isso! Ué, o que aconteceu com o carrinho de levar o bule e o café?
Todo desmontado no paletó do Conde Terranova.
Carlos – ATADOLFA!
Chapolin – Que foi que eu fiz?
Carlos – Atadolfa é o nome da empregada.
Chapolin – Ah...
Carlos – Mas respondendo a sua pergunta, eu precisei voltar ao meu escritório e deixei o senhor Conde com as chaves da porta da frente e do portão para ele terminar de ver os selos. Ele saiu, deixou as chaves na caixinha do correio e foi embora. Quando entrou alguém, que deve ter pulado o muro arrombou a porta e roubou vários pertences e os meus selos valiosos. A suspeita é de que essa pessoa tenha sido a Atadolfa.
Chapolin – Hum... mas me diga, você pôs ou não pôs o anúncio no jornal?
Carlos – Não, eu não pus nenhum anúncio. Quem pôs foi o Conde Terranova.
Conde Terranova – Sim, eu realmente pus o anúncio dizendo que eu me interessava em comprar selos de valor.
Chapolin – Diga uma coisa: o senhor já era conhecido do Conde Fox terrier?
Conde Terranova – Terranova, senhor!
Carlos – Sim, eu conhecia, vermelhinho, mas o que tem isso a ver?
Chapolin – Nada, nada, mas temos que continuar com as investigações.
Coloca uma banana perto do Conde.
Chapolin – Eu gostaria de saber... SE POR ACASO...
Olha para o Conde para tentar flagrar-lo.
Chapolin – Se POR ACA...
Olha novamente para o Conde para tentar flagrar-lo.
Chapolin – Se POR A... se... er... ... ...
Conde Terranova – Você está se sentido bem, polegar?
Chapolin – Sim, claro, claro... eu estava dizendo se por acaso... QUIETO!!!
Esmaga a banana, pensando estar a mão do Conde sobre ela.
Conde Terranova – Se permite uma sugestão, eu conheço um exorcista de primeira.
Chapolin – Não me interessa. E está me ocorrendo um método sensacional? Por acaso não teria aí a mão...
Tenta apoiar o pé no braço da poltrona, mas cai.
Chapolin – É de família... por acaso não tem aí a mão um selo muito valioso?
Carlos – Sim, mas pra quê você quer?
Chapolin – Me empresta aí, depois eu explico.
E abre o álbum com os selos que tinham ficado.
Carlos – Mas tome cuidado porque esse selo vale 700 mil cruzeiros.
O Conde Terranova começa a ser tentado.
Chapolin – Agora diga a empregada que venha até aqui.
Carlos – Eu não estou entendendo, mas você deve saber o que faz.
Chapolin – 700 mil cruzeiros!
Coloca os selos bem perto do Conde.
Chapolin – Tentador, não acha, Conde Chiuaua?
Conde Terranova – Terranova, senhor!
Chapolin – Ah é isso mesmo.
E o Chapolin finge estar distraído para flagrar o Conde tentando roubar o selo.
Chapolin – Mas que casa bonita essa, não? Eu diria que – tentou – é uma das casas mais bonitas que eu já vi. – tentou de novo – O senhor não acha que é uma casa muito bonita?
Conde Terranova – Sim, belíssima, maravilhosa. Você não gostaria de conhecer o terraço?
Chapolin – Hum, boa idéia. – tentou novamente – Mas será que o terraço não é por ali?
Conde Terranova – Pode ser, pode ser.
Chapolin – Não é por ali... não é por a... não é por... mas eu... eu... eu... ... ...
Conde Terranova – AAHHHH E AGORA QUEM VAI ME AJUDAR?
Chapolin – EU... ajudar você?
Conde Terranova – SIM!!! A MIM!!! A MIM!!! IIIHHHH!!! IIIIIIHHHHHH!!!! IIIIIIHHHHHH!!!! IIIIIIHHHHHH!!!!!!! Sim polegar, sou eu o ladrão!!! Eu mesmo! Mas faço sem querer!
Chapolin – Ah sim, hahaha.
Conde Terranova – Sério polegar, eu juro. É que sou... cleptomaníaco.
Chapolin – Tecalcomania?
Conde Terranova – Você não sabe o que é cleptomania?
Chapolin – Se não sei o que é cleptoma o que?
Conde Terranova – ...nia.
Chapolin – Puxa! Não, que é?
Conde Terranova – Pois é uma doença, polegar – Chapolin solta um sorriso de quem não engole – verdade. Nós os cleptomaníacos roubamos sem querer. Quer dizer, não podemos resistir a tentação de roubar. Mas não temos necessidades.
Chapolin – Nunca vão ao banheiro?
Conde Terranova – Não é isso, não temos necessidades econômicas.
Chapolin – Aahhh já sei, então roubam como os donos de banco?
Conde Terranova – Não, roubamos por hábito.
Chapolin – Aaahh, como fazem alguns políticos então?
Conde Terranova – Não polegar, não, veja... roubamos, mas... roubamos sem a intenção de fazer mal a ninguém.
Chapolin – Como os juízes de futebol?
Conde Terranova – Sim, como os juízes de futebol, sem sem a intenção de fazer mal a ninguém.
Chapolin – É, mas os resultados são fatais.
Conde Terranova – Sim, mas polegar...
Carlos – Vermelhinho! VERMELHINHO!
Chapolin – Quê?
Carlos – A empregada fugiu de casa, vermelhinho? E nem encerrou o expediente dela ainda!!! Estou perdido!!! ESTOU PERDIDO!!!
Chapolin – Não, espere!!! Já te achamos você está aqui, ó!
Carlos – Não é bem isso, o que eu quis dizer é que nunca mais vou ver os meus selos!
Chapolin – Bom, quem sabe. Você por acaso não gostaria de escutar o quê que tem pra dizer aqui o Conde Terranova?
Conde Terranova – É CHIUAUA, SEN... ah, hehe, finalmente acertou!
Carlos – Eu não entendo o que teria a me dizer o Conde Terranova?
Conde Terranova – Bem, sabe... simplesmente... duas palavras... ... ... até breve!
E se manda.
Chapolin – Ei!
Tenta correr atrás.
Carlos – Vermelhinho, eu não consigo entender!
Chapolin – Mas eu sim!

Como o Chapolin desconfiou do Conde com tanta facilidade? Vão tentando descobrir que mais abaixo eu dou o resultado.

O Caso da Aposentadoria da Velha

Vamor rir mais uma vez com Os Lunáticos:

 

 

Elenco:

Vinícius Sousa - Velha Vó
Augusto Sant'Anna - Orelha
Gutemberg Silva - Serjão

Participação especial do Gato Ari como: Sinforoso.

Saiba mais sobre Os Lunáticos, baixando sua coluna em PDF clicando aqui (coluna escrita pelo luispancada).

E não deixem de visitar: www.youtube.com/lunactv.

Vamos ao mistério...

Tarde da noite e o Conde Terranova tenta pular o muro da casa do Carlos, mas não consegue:
Conde Terranova – Oh e agora, quem poderá me ajudar?
Chapolin – Eu!
Conde Terranova – O Polegar vermelho!
Chapolin – Não contavam com a minha astúcia!
Conde Terranova – Que bom que você veio, Polegar Vermelho, queria que você me ajudasse a devolver os selos.
Chapolin – Eu suspeitei desde o começo!
Conde Terranova – Quero dizer... que se o cara descobre que eu surrupiei os selos, me cai a cara de vergonha.
Chapolin – Bem, se te cai a cara podia aproveitar para arrumar uma outra menos feia. De qualquer modo eu já sei o que é que você quer: você quer que eu me encarregue de entrar e devolver os selos pra que ninguém saiba que foi você o ladrão, não é verdade?
Conde Terranova – Exatamente, polegar, pode entrar na casa sem que ninguém perceba?
Chapolin – Certamente, é o que eu vou fazer: reduzindo meu tamanho com uma das minhas famosas pílulas de nanicolina. Olha só!
E o Chapolin ficou mais pequeno menor do que já é.
Conde Terranova – Caramba!
Chapolin – Não contavam com a minha astúcia! Agora sim estou pronto, sigam me os bons!
Conde Terranova – Espera polegar! Ainda tenho que te entregar os selos para que me faça o favor de devolvê-los. Toma! E cuidado para não estragá-los.
Chapolin – Bom, espero que eu consiga não amassá-los. Agora sim, sigam me os bons!
E o Chapolin começa a escalar o muro.
Chapolin – Nessa hora eu agradeço as minhas aulas de alpinismo.
Conde Terranova – Isso, polegar, isso! Polegar! Polegar! Polegar!
Chega a Atadolfa com uma sacola.
Atadolfa – Boa noite!
Conde Terranova – Boa noite! Polegar... Você aqui?
Atadolfa – Sim, eu voltei porque cheguei a conclusão que o ladrão não podia ser outro senão o senhor.
Conde Terranova fica cabisbaixo.
Conde Terranova – Mas por favor não diga nada, o Polegar vai devolver os selos sem que ninguém perceba.
Atadolfa – Tá falando do vermelhinho?
Conde Terranova – É!
Atadolfa – E cadê ele?
Chapolin – Aqui.
Atadolfa – Ah... cê ta mais achatado que da última vez.
Chapolin – É.. achatado eu vou ficar sempre que tiver uma pessoa chata... eu reduzi meu tamanho tomando uma de minhas famosas pílulas de nanicolina.
Conde Terranova – Por favor não o distráia. Polegar! Polegar!
Atadolfa – Vermelhinho!
Conde Terranova – Polegar!
Atadolfa – Vermelhinho!
Conde Terranova – Polegar!
Atadolfa – Vermelhinho!
Conde Terranova – Polegar!
Chapolin – Fiquem quietos!
O Chapolin se atrapalha na próxima escalada!
Atadolfa – AAAHHHH!!!!
Chapolin – Calma, calma, nada de pânico! Lembrem-se todos os meus movimentos são cuidadosamente calculados.
Atadolfa – Mas de qualquer forma vê se toma cuidado, vermelhinho. Se cair pode até morrer.
Conde Terranova – E o que é pior: vão saber que eu sou um ladrão.
Chapolin chega ao topo.
Chapolin – Não contavam com a minha astúcia!
Conde Terranova – Bravo polegar! Mas anda logo com isso!
Chapolin – Já vou, já vou!
O Carlos está no seu quarto analisando o seu álbum de selos, quando ouve a voz da Atadolfa:
Atadolfa – Toma cuidado! Não vai cair!
Carlos olha na janela e pega um revolver na gaveta:
Carlos – Parado aí!
E atira! Chapolin se desvia dos tiros até acabarem as balas. Enquanto o Carlos entra para colocar mais balas no revólver, Chapolin pula numa corda e consegue derrubar o revólver do Carlos, que já tinha recarregado.
Carlos – Diabo! Mas esse aí é o vermelhinho!
Chapolin – Quem esperava?
Carlos – É que eu ouvi a voz de Atadolfa e vi alguma coisa se mexendo aí fora. Mas com licença, me deixa ajudá-lo.
Chapolin – Já era tempo.
Conde Terranova – Que será que aconteceu?
Atadolfa – Não sei, mas acho que eu ouvi a voz do patrão Seu Carlos.
Conde Terranova – Caramba! Então todo mundo vai ficar sabendo que eu sou um ladrão!
Atadolfa – Calma não se preocupe, eu tenho certeza que o vermelhinho saberá resolver este caso.
Conde Terranova – Você acha?
Atadolfa – Claro que sim!
Conde Terranova – Então se é assim, eu te devolvo o Box CH da Amazonas Filmes - Volume 8, que estava na sua sacola.
Atadolfa – Ai, obri... aahhh!!??
Atadolfa fica irritada olhando Para a câmera, enquanto o Conde Terra Nova solta um sorriso amarelo.
Carlos – Você, Vermelhinho? Então foi você que me roubou os selos?
Chapolin – Pois é.
Carlos – Eu não posso acreditar. Ah já sei, foi só uma brincadeira, não foi?
Chapolin – Hã? Ah sim... sim... é... foi brincadeira mesmo!
Carlos – Agora estou entendendo: você diminuiu com essa pílula de nanicolina e me levou os selos. Claro, já pensando em devolver mais tarde. Mas você recuperou o seu tamanho normal antes de passar por baixo da porta e teve que quebrar o vidro da porta para poder sair. Claro, já pensando em pagar o vidro mais tarde.
O Chapolin fica surpreso.
Carlos – Hehehehé, cara de pau, é um brincalhão. Mas não precisa pagar pelo vidro, essa brincadeira me pode mostrar que porta com vidro não é uma boa opção, e mandarei colocar uma porta toda a base de madeira.
O Chapolin respira aliviado.
Carlos – Mas, você é mesmo um máximo vermelhinho.
Chapolin – Não contavam com a minha astúcia!
No dia seguinte, a Atadolfa oferece um chá ao Conde Terranova:
Atadolfa – Aceita um chá, senhor?
Conde Terranova – Não, obrigado. Eu prefiro fugir da tentação. Bem, já é hora de ir andando.
Carlos – Mas porque tanta pressa, senhor Conde?
Chapolin – Deixa, ele sabe porquê.
Conde Terranova – Exatamente! Com licença.
Carlos – Claro.
Alguma coisa foi levada.
Chapolin – Vai.
Carlos – Boa gente o Conde Terranova, né?
Chapolin – Bem, até certo ponto.
Carlos está sem as calças e o Chapolin sem as meias de novo.
Carlos – Er... eu já volto... dessa vez ficou faltando uma parte do meu paletó.
Chapolin – Eu também, ficou faltando uma parte do meu uniforme outra vez, hehehé.
Carlos sai de cena
Atadolfa – Vermelhinho! Antes di ir, me responda uma pergunta?
Chapolin – Qual?
Atadolfa – Como você tinha suspeitado do Conde tão rapidamente, se você tinha ficado pouco tempo por aqui?
Chapolin – Muito simples, você não se lembra que eu tinha tropeçado nos cacos de vidro que estavam do lado de fora? Que o Conde tinha quebrado para pensarem que alguém entrou aqui.
Atadolfa – Sim vermelhinho, mas e daí?
Chapolin – Para alguém quebrar o vidro da porta, ele teria que ser quebrado pelo lado de fora, não é?
Atadolfa – É... sim, mas então?
Chapolin – Não acha que para ter sido quebrado pelo lado de fora, os cacos de vidro não deveriam estar do lado de dentro?
Atadolfa – É verdade! Bravo vermelhinho, você é um máximo!
Chapolin – Não contavam com a minha astúcia!


Que raciocínio, mês de maio marcamos um novo encontro!

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