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Estamos em 4 de março de 2007, muito acontecimento aconteceu nesse acontecido em relação a minha última coluna escrita em 25 de dezembro de 2006.
Dia 15 de janeiro fiquei sem internet em casa em função da minha mudança de estado, onde eu deixo a minha querida João Pessoa, cidade essa que tenho habitado desde 21 de agosto de 1992. Para morar na cidade de Goiânia em Goiás, cidade essa que também é boa “por demais da conta”.
A programação era a seguinte:
Na terça-feira 16/01 dormiríamos em Aracaju (Sergipe), 17 em Feira de Santana (Bahia), 18 dormiria na casa da minha tia em Brasília e finalmente no dia 19 na minha nova casa em Goiânia.
Mas a vida é uma caixinha de surpresa.
Infelizmente houveram imprevistos. Pra começar, no dia 16 só saímos depois das 11 horas (meio dia no horário brasileiro de verão) e paramos em uma pousada na estrada de Alagoas, nem sequer chegamos a Maceió (capital).
No dia 17 estávamos na Bahia, mas nem chegamos a feira de Santana como previsto.
No dia 18 não conseguimos sair da Bahia. Nós paramos um pouco depois de Barreiros, mas o caminhão parou um pouco depois de Ibotirama e antes de Barreiros.
No dia 19, as 10 horas, chegamos no estado de Goias. Adiantamos o relógio para 11 horas. Não ia mais dar tempo de parar em Brasília porque sexta-feira teríamos que já estar na nova casa.
Mas a vida é uma caixinha de surpresa.
Acontece que o motorista do caminhão (meu tio) não faz mudança em dia de sábado (ou seja, cerveja... digo... que entre o pôr-do-sol de sexta e o pôr-do-sol de sábado toda a mobília ficaria no caminhão. E se for esperar até o pôr-do-sol de sábado para descarregar, estaria escuro (obvio, se é pôr-do-sol, hehehe), então teríamos que fazer tudo isso no domingo de manhã (21/01).
Então estava decidido a ficar o fim de semana em Brasília na casa da minha tia.
Mas vida é uma caixinha de surpresa.
Minha mãe ligou para a sua irmã dizendo que estávamos todos indo para lá passar o fim de semana, mas a minha tia não estava sabendo de nada disso que a minha mãe planejou. Alias, nem sabíamos que passaríamos a noite de quinta lá, caso não tivesse saído nada errado. Minha tia até recebería-nos (o meu pai ficaria no hotel provavelmente) mas ela já estava com hóspede em casa, vindos do Paraguai.

E agora? Meu tio não vai descarregar a mudança depois do pôr-do-sol. Iríamos passar o fim de semana no hotel em Goiânia.


ESPEREM!

Uma coisa que o meu tio lembrou (eu já sabia, mas fiquei na minha hehe), é que o pôr-do-sol em Goiânia é bem mais tarde que em João Pessoa, no verão. Em João Pessoa, nesse dia, o pôr-do-sol estava marcado para as 17h42 no horário de lá. Mas o pôr-do-sol de Goiânia, nesse dia, estava marcado para as 19:50 no horário brasileiro de verão. E seria possível chegar na nova casa antes das 19 horas.
E realmente chegamos em Goiânia as 18h30 horas e tava o maior solzão, dava para descarregar o caminhão tranqüilo.
Mas a vida é uma caixinha de surpresa.
O caminhão se perdeu do carro, alguns minutos o carro reapareceu.
Mas a vida é uma caixinha de surpresa.
Dessa vez foi o meu pai que não achava a rua que dava acesso a nossa avenida. Ficamos dando voltas e voltas até o meu pai ter que perguntar a um pedestre.
Chegamos na nova casa as 19h05, dava ainda para descarregar do caminhão o essencial.
Mas a vida...
Joseph Climber: VAI TOMAR NO C*!!!
Quando nós entramos no novo apartamento... tudo sujo, baratas mortas; até fazer a limpeza e colocar veneno e esperar o veneno secar por causa das cachorrinhas; levaria duas horas no mínimo. Até lá o sol foi embora tranqüilo.
Tivemos que ir para um hotel, e no sábado foi feito a limpeza.
Apropósito, o meu PC sofreu muito na mudança.
Na escadaria do meu antigo apartamento, os moleques deixaram cair, e sábado (20/01) uma mão surgiu por detrás do caminhão, onde estava a nossa mobília, e tentou levar a caixa que estava o meu PC. A sorte que o meu pai chegou lá de carro e o ser pulou um muro e se mandou.
Domingo (21/01) fomos para a nova casa e chegamos em paz.

Eduardo Godinez (ou Mocorongo Almofadinha), com certeza está fazendo um calor aí no litoral, porque aqui choveu quase todos os dias desde que chegamos. E agora eu tenho desligado o PC mais vezes do que você. Porque diferente de Recife e João Pessoa, que quase não tem relâmpago (quando tem é mais no verão), aqui tem. Já desliguei o computador várias vezes por causa das fortes trovoadas, e geralmente no melhor da conversa. Goiânia chove muito porque fica perto da Floresta Amazônica, aí já viu. Lembrança aos pernambucanos por mim, fio.

Só voltamos a ter internet o dia 29 de janeiro, assinamos a operadora telefônica GVT, e com isso tivemos direito a banda larga. Como a Velox, que tem que ter uma linha telefônica para ter internet. Só que a Velox fornece o cable modem, a GVT manda a gente comprar um cable modem.

Enfim, estou de volta a ativa. E gostaria de agradecer ao Adilson e ao Mestre Maciel por terem atualizado o nosso Turma CH, enquanto eu estive ausente.

Vamos ao assunto da coluna!

Como toda primeira coluna do ano, a discussão é voltada para:

Curiosidades CH ano IV

Com os episódios normais disponíveis nos DVDs da Amazonas Filmes, ficou mais fácil explorar as piadas originais, graças a opção de ouvir o áudio original. Bem vamos aos episódios:

Querem Sujar a Roupa do Nhonho, versão Clube do Chaves - Em uma determinada cena, o Chaves corre atrás do Nhonho mas acaba também apanhando. Nisso o Chaves entrar no barril e a Chiquinha pensa que é a sua boneca que está chorando.

Chaves (By Cassiano): PIPIPIPIPIPIPI...
Chiquinha: Ai, filhinha, você tem a minha cara e a minha voz, mas chora igualzinho ao Chaves! Sabia? Aí está, pelo seu jeito de chorar, já sabemos quem é o pai da menininha.
Chaves: PIPIPIPIPIPI...
Chiquinha: Ai filhinha seu choro é muito bobo, só os bobos choram assim.
Chaves: EI, QUEM É BOBO?
Chiquinha: Ah, era você que tava chorando?
Chaves: Claro que era.
Chiquinha: Mas por que tava chorando?
Chaves: Pelos olhos!
Chiquinha: Eu perguntei qual a razão, motivo, causa, ou, a circunstância?
Chaves: Bom, eu tava chorando daquele jeito porque o Nhonho não deixava eu bater nele. Sempre faz a mesma coisa! Nunca deixa que eu dê uma porrada nele!
Chiquinha: Hihihi, claro. Foi ele que bateu em você?
Chaves: Sim, mas eu peguei ele primeiro. O Nhonho dizia que não, que não podia sujar a roupa, que... ia para uma festinha com a roupinha limpa.


ESPEREM!

Como assim o Chaves pegou o Nhonho primeiro mas foi o Nhonho que bateu nele?
Em verdade eu vos afirmo que a dublagem se equivocou e quis dizer “eu bati nele primeiro”.
Pra quem está lendo a minha coluna pela primeira vez, vamos voltar um pouco para a coluna 15, quando eu fiz um breve resumo do episódio inédito no Brasil “Natal na Casa da Dona florinda”, legendado pelo usuário do FUCH (Fórum Único CHespirito) Cheves:


No Natal não se bate, não esqueça

Chaves foi trazer os pratos para a ceia, mas tropicou e os pratos quebraram. O jeito foi a Bruxa do 71 trazer os pratos dela.


Socando?

Estamos chegando na parte mais interessante.

Vocês gostariam de saber porque Chaves falou socando ao invés de usando? O Quico responde em seguida:


Esse Quico

Ele tinha dito que é melhor socar amanhã, porque no Natal não se bate. Uma piadinha dele.

Tá, mais... Por que motivo, causa, razão ou circunstância Chaves usou o termo socando?

Vocês se lembram quando eu falei que o Cheves adaptou as piadas da maneira de como se fossem dubladas pela MAGA?

Pois bem, a mesma causa, motivo, razão e circunstância foi usada em as luvas de boxes:

Chiquinha: E as luvas?
Chaves: Estão ali, mas isso só cola pros selvagens!
Chiquinha: E o que vamos brincar então?
Chaves: De nada, me ajude a colar (as fotos no album)?
Chiquinha: NÃO, PORQUE ISSO SÓ COLA PROS SELVAGENS!

Então vamos lá: Na fala original o Chaves disse que conserta com pegamento (cola em espanhol) e o Quico falou:
Quico: Solo mañana, porque en navidad no se pega!
Tradução: Só amanhã, porque no natal não se bate.
Viu que no original é menos trabalho pra improvisar.

E tem mais lógica o Chaves dizendo para a Chiquinha que bateu no Nhonho primeiro.
Aí vocês me perguntam: o que “pegar” tem a ver com “bater” no espanhol?
Era isso que eu ficava me perguntando, até que em pleno 26 de dezembro de 2006, estava conversando com minha amiga Gerlayde Araújo, e em um susto que eu dei nela, ela quase derrubou as mercadorias. E me disse “se tivesse derrubado, você ia apanhar tudo”.


ESPEREM!

O verbo “apanhar” nessa frase estava se referindo a “pegar”. E nós sabemos que “apanhar” significa também “bater”.
Ou seja, Assim como “pegar” no espanhol, “apanhar” no Brasil também é homônimo homôfono-homográfico. E tanto serve para “pegar” como serve para “bater”.
Nisso eu pude concluir porque o “pegar” no espanhol valia tanto para “apanhar algo”, como também para “bater”.
O link do orkut que eu inseri no nome da Gerlayde Araújo, foi os créditos que eu dei por essa descoberta que ela fez sem querer querendo. Por isso ela autorizou a colocar o orkut dela na minha coluna.
Parabéns Gerlayde por ter descoberto sem querer querendo.

O Vendedor de Balões - Quando o Quico entra em cena e a Chiquinha pede para ele disfarçar:

Chiquinha: Simula! Simula!
Chaves: Sim mula!

A Chiquinha fica normal.

Chaves: Digo, não mula!

Aí que cai a ficha da Chiquinha, pois o Chaves chamou ela de mula.
Nós chavesmaníacos já entendemos que o Chaves chamou a Chiquinha de mula, bem antes de dizer “não mula”, mas deu a entender que a Chiquinha não sentiu a letra “M” do “sim” e teria entendido “simula”.
Precisa ser muito Quico para não ter prestado atenção, certo?
Errado!
Essa não foi nem necessário pesquisar, porque eu sei que “sim” em espanhol é “si”, assim como “não” é “no”.
Então ficará assim:

Chilindrina: Simula! Simula!
Chavo: Si mula!

Até aí o telespectador mexicano acha que tá tudo OK (a Chilindrina também).

Chavo: Digo, no mula!

E começa a gargalhada ao público mexicano enquanto a Chilindrina se irrita.

O Castigo vem a Cavalo - O Professor Girafales pergunta ao Quico como se escreve “balaço”:

Quico: Com pistola, tirei dez!
Professor Girafales: Não, não, não; nada disso...
Quico: Com rifle? Nove! Com metralhadora? Oito! Com canhão? Sete! Com arcabos? Reprovado e não deu!
Professor Girafales: Olha, eu quero saber como se escreve a palavra “balaço”.
Quico: Ah, com lápis! Agora acertei e... com lapiseira? Com esferográfica? Com máquina de escrever! Com giz? Diz que é giz! Pois não deu de novo!
Professor Girafales: Olha Quico, o que eu quero saber, é se balaço se escreve com B grande ou B pequeno.
Chaves: E eu digo!
Professor Girafales: Diga Chaves, diga!
Chaves: Balaço se escreve com B pequeno!
Professor Girafales: Não!
Chaves: Com B grande!
Professor Girafales: Exato!
Chaves: Acertei na segunda! Pois desconta um da primeira, ou seja, eu tirei nove.


B pequeno?

Seu Madruga: Além disso o senhor não explicou se a bala era grande ou se era pequena. Porque bala pequena se escreve com letra pequena (o Seu Madruga faz um sinal de V com a mão).
Professor Girafales: Mesmo que seja com bala pequena, se escreve com B grande.
Seu Madruga: Não, não, porque se a bala pequena, se escreve vinte e dois. E vinte e dois se escreve com V pequeno (o Seu Madruga faz novamente um sinal de V com a mão). Não é?
Professor Girafales: Seu Madruga, acho que desde o princípio eu disse que os pais não poderiam opinar.
Seu Madruga: Sim, me perdoe, mas é que eu só tava...
Professor Girafales: Não, não, não; esqueça! Pode fazer o que quiser!
Seu Madruga: Ah, obrigado professor, obrigado!

Eu fui um pouquinho mais além porque não deixa de ser uma das melhores pérolas desse episódio.
Pois bem, vocês perceberam que quando o Seu Madruga respondeu que “balaço” se escreve com B pequeno ele fazia um sinal de V (na segunda vez o Seidl pronunciou V).
Antes de prosseguirmos, vocês notaram que é muito freqüente o “B pequeno” e “B grande”? Nunca outra letra.
O que acontece é que o lance do B foi uma improvisação da dublagem MAGA, porque na meioria das situações, perguntam se tal palavra se escreve com B de burro ou V de vaca. O Dia de São Valentim é um exemplo claro disso, onde a Chiquinha pergunta que V (com os olhos) se é de burro ou de vaca (O QUE DISSE?).
Mas já na terceira parte do episódio do natal, a Chiquinha pergunta com que B se escreve bicicleta, mas a dublagem dessa vez não deixou vazar e fez a Chiquinha perguntar se é com B pequeno ou B grande, até o Chaves perguntar se é uma bicicleta pequena ou bicicleta grande; quando ela pergunta no “ci” de bicileta o C (o que tem eu?) de cego ou de sonso (COMO É QUE É?). Até a velha coroca responder que é C de coruja. Enquanto na fala original foi até o fim se era com B de burro ou V de Vaca e a mamãe do Quico responder B de bestia.
Outro exemplo é a o episódio A Vendedora de Flores, onde a florista escreve “baca” ao invés de “vaca” (vale salientar que a palavra “baca” espanhol também se pronuncia “vaca”, é um homônimo homôfano-heterográfico) e ela pergunta se é uma vaca pequena ou vaca grande, porque vaca pequena é bezel (era para ser bezerro, mas a dubladora não conseguiu colocar a palavra toda na boca da florista). Ainda vou averiguar o que a Florinda realmente falou, mas garanto que não foi bezerro, pois bezerro em espanhol é “becerro”, ou seja, caberia tranquilo a palavra "bezerro" sobre o "becerro".
Até o Cheves não deixou vazar o “com que B se escreve bicicleta”, no episódio Natal na Casa da Dona Florinda e também trocou o “B de burro / V de vaca” pelo “C de cachorro / S de sonso” e a resposta do Seu Madruga “B de burro”, o Cheves colocou na legenda “C de sonso” (é porque o Chaves, na legenda, invertia e o Seu Madruga foi na dele).
Enfim, o gesto V que o Seu Madruga fez ao responder que bala pequena se escreve com B pequeno, quis dizer que bala pequena se escreve com V. E disse que bala pequena é vinte e dois e vinte e dois se escreve com V (na dublagem: B pequeno).

O Álbum de Fotografias, parte 2 - Quando a Chiquinha mostra a foto do Seu Madruga com os chimpanzés e diz que o pai dela é o de chapéu. O Chaves comenta algo, insinuando que o Seu Madruga é feio. Seu Madruga escuta e pergunta:

Seu Madruga: Você deve se achar muito bonito, não?
Chaves: Não tenho certeza!

O Chaves dá a mesma resposta, quando o Quico faz uma burrada e o Chaves começa a chamar-lo de burro, em Seu Madruga, Sapateiro - parte 3; nisso o Quico pergunta:

Quico: Você é perfeito?
Chaves: Não tenho certeza!

No primeiro exemplo, o chaves não mostro a sua alto estima, de que se acha bonito; e as crianças da idade dele costumam se acharem bonitas.
Já no segundo exemplo, ele não tem certeza se é perfeito. A graça nessa piada é que ele acha uma coisa que é impossível de ser. Mas quando ele responde que não tem certeza de que é bonito, é porque talvez ele se ache feio. Isso já não trouxe muita graça.
O nosso colaborador de fotos do Turma CH, Eduardo Rodrigues, ouviu a piada original e disse que na fala original o Dom Ramóm pergunta ao Chavo se ele se acha o John Travolta, que responde que não tem certeza. Ouvindo a piada original, encontramos a graça na piada. Pois ele achou outra coisa também impossível de ser.
Parabéns, Eduardo Rodrigues, por ter descoberto essa curiosidade.

A galinha da Vizinha é Mais Gorda que a Minha - O Quico consegue pegar o frango da casa da Bruxa do 71, mas o Chaves devolve porque tem que pegar de quatro. A Chiquinha diz ao Chaves de que antes pensava que ele tinha um cerebrinho bem pequenininho. O Chaves se anima e pergunta se não tem. Ela responde que não, ele não tem um cerebrinho, um cereburro.
De onde ela tirou essa palavra? Mesmo que o Chaves seja um burro, dificilmente iria criar uma palavra mostrando a burrada que ele fez.
E acho que eu tenho a resposta.
Quando o Chaves solta uma pérola, a Chiquinha fala “mas o que você tem de burro, você tem de burro!”, na fala original a Chilindrina fala “Lo que tienes de bruto, lo tienes de bruto”.
A partir daí podemos ter uma noção do que a Chilindrina falou na hora em que a Chiquinha falou que o Chaves não tem um cerebrinho, tem um cereburro.

Chilindrina: Tu no tienes un cerebrito, tienes un cerebruto!

Isso sim, dava para criar e tem mais lógica.
Eu fui confirmar essa análise, pesquisando por essa frase na internet, e houve retorno:

"¡Chavo, tú no tienes un cerebrito, un cerebruto!" (La Chilindrina)

Link: http://club.telepolis.com/homenajechavo/chavo.htm

A Moeda Perdida - Para quem não leu a minha coluna de número 19, vamos a ela:

Também fiquei feliz que os dubladores mantiveram a pegadinha: "qual o bicho que tira o mel da flor? Beija-flor! Que te acerta o cheirador". Pegadinha usada para acertar no nariz. As demais pegadinhas desse episódio são iguais, só essa que a MAGA teve que improvisar. Pois na verdade o Quico perguntou:
Quico: Cual es el animalito que no tiene patitas?
Chavo: Es la lombriz!
Quico: Que te pega en la nariz!
Que traduzindo fica:
Quico: Qual é o bichinho que não tem patinhas?
Chaves: A minhoca!
Quico: Que te bate no nariz!
Viu que não dava né!

Pois bem, agora iremos continuar. O Chaves foi então perguntar a Chiquinha, mas esquece e pergunta ao Quico novamente e apanha novamente, volta até a Chiquinha:


Que passarinho mais feio você fez com a mão, Quico!

Chaves: Qual o animal que tira a flor do mel? (Essa inversão foi criação da maga / repare que o Quico faz um gesto de inseto andando na terra).
Chiquinha: Mas é lógico, essa é muito fácil Chaves, é o papa mel.
Seu Madruga: Não filhinha, é abelha ou maribondo. E tira o mel da flor.

Agora vamos para a fala original nesse trecho:

Chavo: ¿Cual es el animalito que no tienes patitas?
Chilindrina: Es lo cienpies (centopéia em espanhol: cien =100, pies = pés).
Dom Ramón: No, mi hijita, cienpies tines muchas patitas.

Acho que a Chilindrina queria dizer “sin pies” por ter pensado que o cienpies não tivesse nenhuma patinha.
 
Seu Madruga o Carpinteiro, parte 1 - A Chiquinha tem a idéia de brincarem de carpinteiros com as ferramentas do seu papai, o Quico pede para brincar também, mas a Chiquinha fala que pode brincar mas com uma condição: arrumar alguma coisa para fazer um cavalo. O Quico vai na sua casa pegar uma cadeira, nisso a Chiquinha pergunta:

Chiquinha: onde é que está o rabo?
Chaves: No lugar de sempre!
Chiquinha: E onde é o lugar de sempre?
Chaves: Ora, aqui atrás!
Chiquinha: Atrás de onde?
Chaves: Atrás de mim!
Chiquinha: Eu não estou vendo.
Chaves: Eu muito menos.

De cara a gente pensa que não mudou nada, em relação a piada original. Mas eu pude acompanhar a versão de 1973, aquela em que o Chaves está usando uma camisa do Chapolin, a Chiquinha não pede ao Quico uma coisa para fazer um cavalo mas sim uma cadeira para entrar a brincadeira. E também a Chiquinha não perguntou onde é que tá o rabo, e sim onde está a cola.
Cola em espanhol significa pegamento, mas também a cola se refere ao traseiro.
Veja no vídeo abaixo, a Chiquinha vai pedir ao Quico para trazer uma “silla” (cadeira) e mais adiante ela se pergunta onde está o “pegamento” logo pergunta ao Chaves onde é que está a “cola” (na dublagem substituiu “cola” por “rabo” em Seu Madruga o Carpinteiro; mas em O Violão do Seu Madruga, a “cola” foi substituída pelo “grude”).


Clique na figura para abrir o vídeo.

A Casa do Senhor Barriga, parte 1 - Só uma curiosidade no diálogo da versão MAGA:


Está faltando a vassoura!

Senhor Barriga: Chiquinha, quantas vezes já te disse que a Bruxa não tem nada de senhorita!
Bruxa do 71: Como?
Senhor Barriga: Quero dizer que... a senhorita não tem nada de bruxa!
Chiquinha: Pois parece!
Senhor Barriga: Cala essa boca e vai pra caminhonete!
Chiquinha: Sim, Senhor Barriguinha lindo meu amor.
Senhor Barriga: Caramba, Dona Clotilde, a senhora sabe, as crianças as vezes se confundem!
Bruxa do 71: Eles se confundem! Hunf! E a Cuca me fundem! Hunf!

Já a GABIA inseriu o seguinte diálogo:

Senhor Barriga: Chiquinha, quantas vezes já te disse que a Bruxa não tem nada de senhorita!
Bruxa do 71: Como?
Senhor Barriga: Quero dizer que... a senhorita não tem nada de bruxa!
Chiquinha: Pois parece!
Senhor Barriga: Cala essa boca! A caminhonete está esperando.
Chiquinha: Sim, Senhor Barriguinha lindo meu amor.
Senhor Barriga: Então, Dona Clotilde, a senhora sabe, as crianças as vezes se enganam! Não é?
Bruxa do 71: Sei, sei, se enganam! E outras se revelam!

A versão da GABIA não rimou a piada da Bruxa do 71. Quem adaptou a piada original?

Señor Barriga: Chlindrina, cuantas veces te digo que la Bruja no tiene nada de señorita!
Bruja del 71: ¿Como?
Señor Barriga: Digo, digo... que la señorita no tiene nada de bruja!
Chilindrina: Pues parece!
Señor Barriga: <Não entendi porque o áudio original saiu muito baixo nessa hora>! La caminhoneta estas esperando.
Chilindrina: Si, Señor Barriguita lindo.
Señor Barriga: Caramba, Doña Clotilde, se sabe, los niños las veces se confunden!
Bruja del 71: Ellos se confunden! Y aunda la funden! Hunf!

Quem adaptou a piada original nesse diálogo foi a MAGA, a GABIA procurou ser criativa.

Quem fez a melhor escolha foi a dublagem MAGA, pois a bruxa ter dito “as crianças se confundem e a cuca me fundem” foi mais engraçado do que ter dito “se enganam e outras se revelam”. A versão da dublagem GABIA soou como uma indireta.

O Belo Adormecido - A Chiquinha tem a idéia de brincarem de encantado. Os meninos gostaram da idéia. Nisso a Chiquinha pergunta:


Quico conhece as regras.

Chiquinha: Já conhecem as regras?
Quico: Sim, são aquelas coisinhas que têm muitos centímetros...
Chiquinha: As regras do jogo, burro!

Ficou claro que o Quico havia entendido réguas, mas resposta da Chiquinha é insuficiente para o bochechudo perceber que se confundiu (e a cuca se fundiu).
Nisso, a MAGA fez uma segunda dublagem, onde ao invés de “encantado”, mudou para “enfeitiçado”. E veja como ficou aquele diálogo na nova dublagem:

Chiquinha: Já conhecem as regras?
Quico: Sim, são aquelas coisinhas que têm muitos centímetros...
Chiquinha: Quico, são “regras” e não “réguas”!

Sem dúvida a segunda dublagem em todo o episódio foi muitissississíssimo melhor que a primeira dublagem. E claro que a resposta da Chiquinha ao Quico na segunda dublagem foi bem clara em relação a primeira.
Mas vocês sabiam que a Chilindrina respondeu ao Quico com a mesma resposta da primeira dublagem?
Pois tanto “regras” como “réguas” se pronuncia “reglas” no espanhol. São homônimos homófanos-homográficos.
E não é só no espanhol que regras e réguas são homônimos.
Regras e réguas no inglês se diz “rules”. Ou seja, essa piada pode ser bem aproveitada no idioma inglês também, mesmo não sendo cognatas. Assim como uma píada do idioma inglês, com trocadilhos, foi aproveitado no português. Trata-se do Pica-pau:

Vendedor de lâmpada mágica (esfregando a lâmpada): Eu quero um bote.

Leva uma chifrada e cai na boca do jacaré:

Vendedor de lâmpada mágica: EU DISSE “BOTE” E NÃO “BODE”!

Isso porque bote e bode são cognatos no inglês. Bote em inglês se diz “boat” e bode é “goat”.
No inglês é mais engraçado ainda. Bons tempos em que o desenho do pica-pau era exibido no SBT.

Dia internacional da Mulher - Aposto que o Andy vai falar da Chiquinha ter escrito “pastel” bem lentamente e dizendo “boo-loo”. Certo? Errado de novo! E é na primeira versão desse episódio, quando eu [como toda criança (no bom sentido pelo amor de Deus)] pensava que o seriado fosse brasileiro e via ela escrevendo “murio” e falando “moor-reeu”, eu exclamava: ai que burra, nem sabe escrever “morreu” direito.

[Música da Praça]

Pois bem, trata-se da Chiquinha desenhando as casas para brincar de amarelinha no terceiro bloco, nisso o Chaves pergunta:

Chaves: Chiquinha, por acaso está desenhando um avião?
Chiquinha: Claro que não! Você não sabe que hoje é o dia internacional da mulher!
Chaves: E daí?
Chiquinha: Então não é avião, é avioneta.

Estranho que esse foi o único diálogo que o Chaves chama de avião. Mas eu fui ouvir esse diálogo no áudio original e veio a surpresa:

Chavo: ¿Estas pintando um avion para jugar de avion?
Chilindrina: Claro que no! ¿No sabes que hoy es el dia internacional de la mujer?
Chavo: ¿Y porque?
Chilindrina: Entoces no es avion, es avioneta.

Em relação a pergunta do Chavo “¿Estas pintando um avion para jugar de avion?” traduzindo ficará “Está pintando um avião para brincar de amarelinha?”. Como não deu tempo de enfiar a palavra amarelinha, só perguntou se estava desenhando um avião, e como só essa pergunta, a fala ficaria muito curta, incluiu o nome dela na frase e o complemento antes da pergunta “Chiquinha, por acaso...”.

Uma dica que eu dou para quem gostaria de averiguar se o diálogo dublado é igual ao diálogo original ou não, observem os gestos dos personagens que vocês poderão comprovar se batem ou não. Como foi feito o V do Seu Madruga em O Castigo vem a Cavalo, o gesto do Quico de um inseto andando na terra em A Moeda Perdida.
Explorar os gestos nos clipes funcionam muito bem, por exemplo, em Que Bonita sua Roupa onde o Chaves diz que o Quico é "bem mais espaçoso que um trem" e o Quico fica sério, em seguida diz para a Chiquinha que "tão chata como ela não há ninguém" e ela ri. Ou no clipe Isso, Isso, Isso; é o Amor. Quando o Chaves canta “uma coisa eu sei eu aprendi e tenho toda certeza”. O gesto não corresponde:


Tenho toda certeza?

Não correponde porque o comediante canta “dilo, dilo, sin perder el hilo, dilo siempre tranquilo”. O gesto que ele faz é referente a tranqüilidade.

Enfim, mais um assunto principal está se encerrando. No decorrer das próximas colunas eu posso explorar mais algumas curiosidades. Já tenho umas curiosidades para debater em 2008.

Até “Curiosidades CH ano V”!


É Verdade que o Mestre Maciel Pagou Mico no seu 23° Aniversário?

Como todo ano no mês do aniversário do Mestre (desta vez passou o mês em função da minha mudança de estado), eu crio uma história fictícia envolvendo o seu nome e de alguns Chavesmaníacos. Nesse, de chavesmaníacos, só eu e o Mestre (e o burro na frente / pode passar).
Convidamos o Mestre Maciel para contar a “gafe” cometida no seu aniversário.

Olá, leitores da coluna do Andy, tudo bem com vocês?
Aproveitando esse espaço, gostaria de anunciar que a minha coluna está excelente, clique aqui para conferir.
Pois bem, era uma terça-feira, 6 de fevereiro de 2007; meu aniversário de 23 anos. Apropósito, ano que vem eu deverei não revelar a minha idade, mas em 2009 eu volto a revelar.
Como eu dizia, era o meu aniversário, mas a minha mãe só me deu um bom dia, esqueceu de me dar os parabéns.
Fui para a faculdade, mas os meus amigos do meu laboratório também não se lembraram.
Fui acessar o Orkut no computador da faculdade, e nenhum scrap de aniversário naquele dia. Tudo bem que eu não coloquei a data no Orkut, mas os amigos que eu conheço pessoalmente, bem que poderiam mandar alguma mensagem.
Eu entrei no FUCH para postar que é o meu aniversário, já que eu não coloquei a data no meu perfil, dificilmente alguém postaria um tópico para mim. Mas quando eu entro no FUCH:

Isto é, deu erro no banco de dados novamente, o FUCH estava fora do ar.
Eu não estava num dos melhores dias, mesmo sendo o meu aniversário. Quando a minha melhor amiga do meu laboratório veio aonde eu estava:

- Feliz aniversário, Marquinho, e que todos os seus lindos sonhos se tornem realidades!

Me dá um forte abraço e uma bandeira do colorado de presente, escrito uma linda mensagem a caneta de retro-projetor. Essa minha amiga é tão linda quando a Glória da segunda versão de As Novas Vizinhas, no Chaves.
Eu fiquei muito feliz, pois alguém se lembrou do meu aniversário. Já nem conseguia prestar mais atenção na aula por ter lembrado o quanto isso foi especial para mim.
No final da aula, ela me convidou para almoçar em sua casa, disse que tem uma surpresa para mim.
O almoço da casa dela era qualidade de primeira. Ela me convida para a sala:

- Marcos, que tal você ir para a sala e relaxar um pouco? Vai te fazer bem, pois é um dia muito importante para você.

Eu comecei a pensar em coisas inapropriadas para a idade do Quico (se bem que esse nem quando for grande) do que poderia acontecer. Fui para a sala e ela me ofereceu um drink. Eu já estava começando a sair de si, mas estava gostando:

- Enquanto você relaxa tomando um drink, vou ao meu quarto colocar algo mais confortável e já volto.

Ela foi ao quarto eu senti que estava no efeito da bebida, ao mesmo tempo me preparando para as coisas que viriam.
E para a minha surpresa, ela sai de dentro do quarto com a minha mãe, meus amigos da faculdade, alguns amigos do Orkut que moram no Rio Grande do Sul, e, o nosso colunista Andy que veio de Goiânia; dizendo:

- Feliz Aniversário, Marco Maciel!

E lá estava eu: nú, só de meia, deitado no sofá...

[Música da Praça]

Obrigado pela participação, Mestre Maciel, e que mico heim! Mas acontece com as melhores bebidas... não... de grão em grão a bebida se esgota... também não... bebida mole em taça dura tanto bebe até que... menos... er... ah a idéia é essa aí!

Apesar de mais uma brincadeira que fizemos com você, Mestre Maciel, um feliz aniversário atrasado. Muitos anos de vida e CH para você.

 

Volta em abril.

Abraço a todos e até a próxima atualização!