Bem, a partir de agora, eu – Eduardo Gouvêa (Valette Negro) – assumo o CHaPapo enquanto nosso estimado Marco Maciel não pode retomar suas atividades. Todos nós sabemos do apreço que Maciel tem por esta parte do site e com certeza estou assumindo uma grande responsabilidade ao assumir seu lugar como entrevistador. Maciel tem em seu currículo 66 edições desta coluna de sucesso, tão logo, me desculpem por qualquer falha que possa ocorrer, afinal, assumir o lugar de uma pessoa tão inteligente e capaz, é muito difícil. E claro que meu primeiro convidado não poderia ser outra pessoa que o próprio Marco. Hoje ele vai provar o osso de sua própria sopa huahahahahahahahuha. Há alguns anos ele foi entrevistado por Mr. Zero. Dessa vez, ele vai ser a minha vítima rsrsrs. Portanto, com vocês: MARCO MACIEL – O Grande!


Eduardo Gouvêa – Bem, seu nome já está na boca do povo. Então, ao invés de começar perguntando seu nome, Sr. Maciel, vou perguntar sua idade.

Mestre Maciel – 27 anos, quase 28 em fevereiro. Portanto , já sou mais de meio anta.

Eduardo Gouvêa – Conste que agora eu não disse nada!


EG – É formado ou cavalgadura diplomada?

MM – Passei até nas matérias cinzentas... sou formado em Jornalismo pela PUCRS desde 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Imprensa pela Universidade Castelo Branco.


EG – Trabalha atualmente? Em que?

MM – Eu ainda não consegui trabalhar no circo como chimpanzé amestrado, tampouco como velho do saco e vendedor de churros. Sou o correspondente gaúcho da web-rádio esportiva Voz do Futebol, recentemente eleita a mais popular web-rádio do país. Acessem http://www.vozdofutebol.com.br e tomem uma Cheves, a cerveja incrível! Nas horas vagas, cuido do SAMBARIO, o site dos sambas-enredo: http://www.sambariocarnaval.com


“Apesar da existência de sites maravilhosos já em 2002, eu tinha confiança que o nosso emplacaria.”


EG – Há anos, Mr. Zero perguntou se estava namorando e você disse: “Não, no momento.”. E agora?

MM – A resposta é a mesma... ainda não surgiu a Glória da minha vida nem uma Paty “pá mim”. Mas continuamos atentos ao mercado (diriam os dirigentes de times).

EG – Então vou vender o peixe. Recomendo Marco Maciel a todas as Paty’s (como diria Quico: “Às meninas bonitas”). Afinal, o pobre coitado superou muitas desgraças na vida. Até mesmo a de ter nascido assim! Que esse rapaz é muito feio! Sim, de acordo. De acordo. Que além de tonto, ele é um frouxo! Sim... Sim... De acordo, totalmente. E daí? Que tem nariz de apagar velas! Sim... De acordo. E daí? Que todos gozem dele! Sim... Sim... E daí? Que ele é um... um joão-ninguém... Mas tem vinte gramas de coração!


EG – Irmãozinho, você é um dos caras mais queridos e respeitados do Meio CH. Uma das maiores referências. Um cara a quem tenho o maior orgulho de chamar de irmão. O honradíssimo “Portal Chaves” é grande alvo de premiações anuais, críticas positivas, elogios e tudo o mais. Quando entrou para o Meio CH esperava isso? E por que acha que chegou a tanto?

MM – Apesar da existência de sites maravilhosos já em 2002, eu tinha confiança que o nosso emplacaria. Quando o Portal surgiu, com o nome de “Turma CH”, foi montada uma brilhante equipe que, além das excelentes colunas, investiu na divulgação dos episódios perdidos em vídeos de qualidade precária, mas que foram fundamentais para torna-los conhecidos junto aos internautas, que recém estavam tomando conhecimento daquela polêmica e ainda desvendando segredos e curiosidades sobre as séries CH. A redação nas seções também acredito que tenha dado uma contribuição decisiva para a sua credibilidade, que completará 10 anos no dia 1º de junho.


“Todos os que amam as séries são meus ídolos e têm minha admiração.”


EG – Você se acha um rapaz carismático? Por quê?

MM – Acho que sim. Antes, eu tinha apenas um defeito, o de ser presunçoso. Mas hoje já o perdi e agora sou perfeito!

EG – Eu pensei que ele fosse dizer: “Bem... Eu não creio ser um rapaz carismático, mas... De que vale a minha opinião contra a de milhões de pessoas que pensam assim?”. huahauhahuahuhauhahauhahahuahuahuauh


EG – Sem medo de parecer que estou pagando pau, digo do fundo do coração que você é um de meus maiores ídolos do Meio CH. Um cara que merece todo meu respeito e admiração. E você tem algum ídolo no Meio CH (esqueça os atores e dubladores rsrsrsrs)?

MM – Todos os que amam as séries são meus ídolos e têm minha admiração. Mas com relação ao manda-chuva do Fã-Clube Chespirito-Brasil, um tal de Valette Negro, a recíproca é verdadeira.

EG – Um dia quero conhecer esse tal de Valette Negro...

“O que todos os fãs de Chaves e Chapolin têm em comum é amar Chaves e Chapolin numa idêntica proporção.”


EG – É tímido ou desembaraçado?

MM – Depende da ocasião. Em algumas vezes, fico mais encabulado do que o Dengoso na hora em que o Mestre vai passar o pão. “Eu tenho vergonha”. Em outras, teria coragem de vender refrigeradores até para os esquimós, além de mais ratoeiras pra matar 20 mil ao Quase Nada mesmo depois de preso.

EG – Cuidado com ele, hein gente! Ele já demonstrou que tem o suficiente para matar mais...


EG – Marco, você sempre se destacou por não apoiar e até achar graça e satirizar disputa entre fóruns e sites e ao mesmo tempo, sempre apoiou a todos. Isso faz parte de uma política sua para ficar bem com todas as partes ou realmente suas atitudes e comentários refletem o que realmente pensa a respeito de tudo isso?

MM – O que todos os fãs de Chaves e Chapolin têm em comum é amar Chaves e Chapolin numa idêntica proporção. Então, pra que rivalidades bobocas sobre a mesma obra reverenciada por todos?


EG – Você é a favor de um único fórum ou acha a concorrência sadia e necessária? Por quê?

MM – No começo eu admito que torci o nariz para o Fórum Chaves, em virtude da tradição do Fórum Único Chespirito, apesar dos inúmeros problemas em seu server. Mas o FCH cresceu e tomou proporções absurdas, tendo 24 mil seguidores no Twitter e quase 10 mil no Facebook, possuindo uma louvável equipe que sempre deixa o chavesmaníaco por dentro das últimas do meio. E o FUCH é respeitado por ser o veículo mais longevo. Então, deixamos como está!


EG – Tem inimigos no Meio CH? Citar nomes é uma opção.

MM – Absolutamente ninguém. Ao contrário do herói da América Latina, não gosto de viver perigosamente!


EG – E amigos? Esses você pode citar sem problemas rsrsrs.

MM – Todos são especiais, até peço desculpa se não citá-los aqui. Mas devo reconhecer a importância do Anderson Caro Nunes Henriques, o estimado Andy, mais que um grande amigo, sempre apto a quebrar os maiores galhos e que eu tive a benção de conhecer pessoalmente no 2º Festival da Boa Vizinhança, no Mart Center em 2010 (até hoje ele me deve uma água mineral). Aliás, muitos grandes companheiros tive o prazer de conhecer lá, como o Gustavo Berriel, Eduardo Rodrigues (E.R., sempre crítico), Fabio Barbano, Antônio Felipe e Dudu Cavallari (estes dois últimos tiveram que me aturar no avião), além do Maurício Trilha (o Kagiva). Em especial, devo ressaltar, ainda no cenário da vila no Mart Center, a emoção de um certo Eduardo Gouvea ao se deparar com a minha pessoa logo após a reunião da equipe que projetou o evento. Seus olhos brilhavam como se eu fosse o Ramón Valdés em mais osso do que carne...

EG – Conhecer um ídolo sempre emociona!


EG – Já teve rivalidade com algum site CH ou já soube de alguém querendo boicotar o Portal?

MM – Graças a Deus, não tive problemas com ninguém do meio. No máximo, algum engraçadinho postou que iria hackear o antigo Turma CH uma vez ou outra, mas ninguém levou a sério.

EG – Puxa! Mas que boa ideia... Digo... Não... Digo...


EG – Fale-nos sobre sua paixão por CH. Ao longo dos anos, com tantas reprises dos episódios, ela aumenta, estaciona ou diminui?

MM – Eu confesso que ando vendo menos episódios CH do que outrora, em virtude dos compromissos profissionais. Mas a paixão será gigantesca até meus óculos serem devorados pelo ferro velho ou o fantasma do Pirata Alma Negra enfim me tragar por terra adentro. Quanto às reprises, quanto mais eu assisto esperando pelo diálogo ou cena memorável iminente, mais eu rio. A cena do Chaves acertando a marreta no Seu Madruga na terceira parte do Festival eu sempre surto, bem como as em que o pai da Chiquinha arremeda o órfão com caretas, gestos e a impagável voz aguda do Carlos Seidl.


EG – O que achou do especial “Festival 30 Anos de SBT – Chaves”?

MM – Muito bem editado, o melhor tributo sobre as séries CH já exibido pela TV brasileira. Apenas o bloco do mistério dos perdidos, tentando ser engraçadinho, foi um tanto desnecessário. Mas pelo menos serviu para devolver tantas preciosidades ao chavesmaníaco.


“Sempre me dizem que eu sou filho de negro... até um professor da minha banca da monografia, que foi sobre Carnaval, salientou isso.”


EG – No mês de agosto de 2011 tivemos a apresentação de nove episódios considerados desaparecidos no SBT. Sete deles eram perdidos há mais de quinze anos e dois eram inéditos na emissora. Você ainda esperava por esse milagre ou como muitos, achou que os episódios estariam realmente perdidos para sempre?

MM – Com a Internet tomando mais força e essa história dos episódios perdidos assombrando o alto escalão da emissora há mais de uma década por parte dos telespectadores, eu tinha uma pontinha de esperança que um dia estes voltariam. O fato de cena dos perdidos ilustrarem inúmeros comerciais, além da exibição, do nada, de um turbilhão de inéditos e perdidos do “Chapolin” durante quase dois anos, também abasteciam minha orelha de pulgas.

EG – Pois deveria tomar banho mais freqüentemente.


EG – O SBT planeja um grande ano para os CHmaniacos em 2012. E o carro-chefe será a exumação de mais episódios perdidos. Finalmente veremos os episódios semelhantes. O que você acha dessa notícia (que já é oficial)?

MM – Acho péssima... digo. Precisa perguntar? Que venham os Inseptos com a cena da explosão na casa do Seu Madruga, o “cale-se, cale-se” do Quico num tom sombrio na segunda versão do Madruguinha e, principalmente, a épica primeira versão da “Falta D’Água”, com direito à musiquinha de suspense antes do choro do Quico.

EG – Não podemos esquecer da provadinha sutil que Chaves dá no ferro de passar roupas. Essa cena me dá coisas.


EG – Marco, todos nós sabemos dessa sua paixão nata por Carnaval. Você é gaúcho mesmo ou tem origens baianas rsrsrs?

MM – Sempre me dizem que eu sou filho de negro... até um professor da minha banca da monografia, que foi sobre Carnaval, salientou isso. Em tempo, sou paraense... rs


“Personagem, sem sombra de dúvida, é Seu Madruga. Que nem sei se é propriamente dito um personagem, ou se é uma religião, uma entidade, uma seita, um Deus... tamanhas são as reverências que ele e Monchito merecem.”


EG – Gosta de futebol também? Qual o seu time do coração? Tem rivalidade com algum outro?

MM – Sou jornalista esportivo em atividade e, por isso, gostaria de me abster da resposta. Apesar que os mais conhecidos devem saber, rsrs. Só posso dizer que, no Pará, sou Clube do Remo.

EG – Então vou dar uma pista sábia: o time dele não ganhou o Brasileirão... Considerando que obviamente só teve um campeão (Corinthians), o time dele pode ser qualquer outro. Agora ficou fácil, não? huahuauahuhauhahauhahuahuahuahuauhua


EG – Vamos falar mais agora de CH. Você tem alguma série favorita? E personagem?

MM – Apesar de admirar a versatilidade dos ambientes em que Chapolin realiza suas sagas, aprecio mais a pureza e o apoteótico déja das situações da turma da vila. Personagem, sem sombra de dúvida, é Seu Madruga. Que nem sei se é propriamente dito um personagem, ou se é uma religião, uma entidade, uma seita, um Deus... tamanhas são as reverências que ele e Monchito merecem.


EG – Muitos fãs, falam mal da série Chespirito. E isso vem desde sua exibição na CNT. Particularmente, eu acho que alguns episódios chegam até a ser melhores que muitos das clássicas séries Chaves e Chapolin. O que você acha a respeito?

MM – O problema é que o povo está acostumado com Chaves e Chapolin, e creio que a exibição das séries com os atores mais velhos tenha centralizado as atenções e desviado o foco de louváveis séries, como Chompiras e, principalmente, Chaparrón, que na dublagem da Gota Mágica recebeu uma excelente produção, com o dublador Cassiano Ricardo se encaixando perfeitamente no personagem “Pancada” (ou “Chalouco”, rsss), e que infelizmente obteve pouquíssimo reconhecimento. O bordão “Não há de queijo, só de batata” tinha potencial pra cair na boca do povo, o que não ocorreu tamanha a reverência do público exclusivamente por Chaves e Chapolin e abalada por uma tradução polêmica, marcada por pérolas negativas como “A vagabunda cherrión” e “Taca a mãe pra ver se quica”.


EG – Se um dia estivesse cara a cara com Bolaños, o que faria e diria a ele?

MM – Acho que pagaria um mico histórico, como paguei com o Edgar Vivar em 2010... Creio que desataria a chorar como uma criança, e olha que eu não tenho muitas láguimras.

EG – Agora entendo porque o Maciel tem o apelido de Manteiguinha.

“Garanto que muito do sucesso brasileiro dos programas se devem à primorosa dublagem. Mal dá pra acreditar que as vozes foram escolhidas aleatoriamente, quando diz a lenda que Marcelo Gastaldi recrutava a primeira pessoa que pintava na sua frente, nos corredores do SBT, para dublar um personagem faltante.”


EG – Os atores CH, até algum tempo, estavam numa plataforma e lá estava São Pedro contando dez, nove, oito... huahahahauhahuaua De repente, eles foram redescobertos e puderam mostrar para o mundo que ainda são capazes de fazer muito. Acha que o Fã-Clube CHESPIRITO-Brasil foi o grande responsável por essa redescoberta?

MM – Acredito que sim. Sem o Fã-Clube, não teríamos Villagrán e Vivar juntos despertando a apoteose chavesmaníaca de 24 de abril de 2010 . E os eventos anteriores e suas respectivas lotações esgotadas já provavam a potência da instituição, cuja força viria no convite para adaptar os scripts dos DVDs da Amazonas Filmes e, também, na localização do então esquecido dublador Silton Cardoso, além de muitas outras importantes atividades. Glórias ao intrépido e sempre solícito Gustavo Berriel, além de um tal de Eduardo Gouvea, que agora é o encarregado dessa bagaça. Aproveitando que estou sendo sabatinado pelo presida, pode nos adiantar quando será o próximo evento e o próximo ator que nele estará? rsrs

EG – O senhor não conta “pá” ninguém? Eu também não! Hauhahuahhuha Digo... O grande esforço do Fã-Clube agora é para trazer os dois possíveis: Ma. Antonieta e Ruben. Bolaños não pode mais viajar e Florinda com certeza não viria sem ele. Mas de qualquer forma, tentaremos dar um jeito para que o bom velhinho (não... não falo do Papai Noel) faça parte da festa. Tenho também outros planos em mente, mas estes são surpresas, até porque não sei se darão certo. São mais arriscados.


EG – Você teve a oportunidade de conversar pessoalmente com algum ator?

MM – Sim, com Edgar Vivar em frente aos elevadores do Holiday Inn, em São Paulo , logo após o fim do evento no Mart Center. O Vivar estava em seu quarto e desceu pra nos receber na maior boa vontade e simpatia. Falei sobre a dieta que lhe fez perder 34 quilos para um reality-show. Perguntei quanto pesava naquele momento e ele: “34 quilos a menos”. Ainda bem que não me cobrou o aluguel... No encontro, estavam o Antônio Felipe, o Dudu Cavallari, o Cássio Ferreira, o Filipe Heil (que entregou um DVD para ele, momento que eu filmei) e o Don Juan Thiago. Encontramos rapidamente o Villagrán também, que saiu numa foto com o nosso grupo. Ele elogiou a camisa do Antônio Felipe, que tinha uma estampa do Seu Madruga.


EG – Os dubladores das séries saíram do anonimato quando começaram a participar dos eventos promovidos pelo Fã-Clube. Hoje, todos sabem quem eles são e os ovacionam. Compartilha da opinião que eles são tão importantes quanto os próprios atores?

MM – Garanto que muito do sucesso brasileiro dos programas se devem à primorosa dublagem. Mal dá pra acreditar que as vozes foram escolhidas aleatoriamente, quando diz a lenda que Marcelo Gastaldi recrutava a primeira pessoa que pintava na sua frente, nos corredores do SBT, para dublar um personagem faltante. Hoje, a lista dos dubladores, apesar que com alguns errinhos, já aparece na abertura da série “Chaves”. Depois de quase 28 anos, já não era sem tempo.


EG – Em sua opinião, a que se atribui o fracasso dos DVD’s da Amazonas Filmes?

MM – A péssima distribuição, além das limitações do Estúdio Gábia e da qualidade dos discos da Amazonas. Em alguns deles, há falhas de reprodução (sobretudo nos extras), além dos menus apontarem para episódios errados. A seleção de episódios da Televisa também é bastante confusa, com direito a repetição de um mesmo em DVDs diferentes e extras com cortes efetuados pela própria emissora. E o Tatá Guarnieri não foi muito feliz nos trabalhos como Chespirito. Ele acertaria a mão na dublagem do desenho.


“Minha mãe me acha desengonçado como o Quico.”


EG – O que você acha de “Chaves Animado” e seus novos dubladores (incluindo Tata Guarnieri)?

MM – Interessante, é um programa agradável, altamente recomendável para todas as crianças e dá para acompanhar perfeitamente. A dublagem também é qualificada, o Tatá como disse está muito bem como o Chaves animado, o Sérgio Stern conseguiu combinar com o Quico no desenho e o Berriel faz um Nhonho tão perfeito quanto Mário Villela.


EG – Dublagem ou legenda? Por quê?

MM – Depende dos casos. Quando a tradução é infeliz e as vozes são mal escaladas, não me importo com as legendas. A dublagem brasileira é amada e odiada, 50% a execra e os demais a reverenciam e clamam por reconhecimento a seus profissionais. Eu me enquadro no grupo defensor, evidentemente.


EG – Episódio favorito de ambas as séries.

MM – “O Festival da Boa Vizinhança” – Chaves e “O Bandido” (o popular “Vamos à Disneylândia com o Polegar Vermelho”) – Chapolin.


EG – Qual personagem de Chaves mais se parece com você? Com qual se identifica mais? Explique.

MM – Minha mãe me acha desengonçado como o Quico. Mas o Seu Madruga é o personagem mais brasileiro, pelo seu “jeitinho” de resolver as coisas, na base do “migué”. sempre com o Madruguinha e não abro!


EG – A maioria dos fãs considera CH quase como uma religião, na qual Bolaños é o Deus e os demais atores e dubladores os santos. Como você encara o seu lado fã?

MM – Eu já fui mais fanático quando adolescente, chegava a ficar em depressão quando o SBT cancelava “Chapolin” ou quando dava “férias forçadas” ao “Chaves”, como em agosto de 2004 nos 20 anos da estreia do programa no SBT. Respondo o ChaPapo no dia 2 de janeiro de 2012 , data em que “Chapolin” dará novamente lugar a “Um Maluco no Pedaço” 11 anos depois do mesmo acontecimento ter chocado os fãs. Mas minha comoção hoje não chega a tanto como naqueles tempos, até porque temos também o Cartoon Network (apesar de sua exibição digamos que exótica) e a TLN (para alguns) para quebrar o galho, fora o YouTube e os sites CH que disponibilizam os episódios completos e em excelente qualidade. Mas as séries CH sempre estarão no meu coração e nas minhas conversas de botequim diárias.

EG – Seu bêbado!


EG – Alguns dizem que os fãs de CH são xiitas. Você acha esse termo um tanto forte, cômico, exagerado ou tem outra opinião? Teria uma denominação substituta à altura desta?

MM – Perto de torcedores de futebol, dos Restarts da vida e até dos simpatizantes de carnaval – alguns destes uns doentes mentais -, os xiitas do meio CH não fazem nem cócegas e são mais fáceis de lidar e dialogar, felizmente. Apesar de que eu mesmo me revolto com quem fala mal das séries CH na minha frente... rs


EG – O que acha do Fã-Clube CHESPIRITO-Brasil?

MM – Tenho que falar bem sempre, até porque estou sendo entrevistado pelo presidente do mesmo... E ainda mais que, agora, ele é webmaster do Portal Chaves. Senão, nunca vou merecer um aumento, assim como o Sargento Refúgio. Sem brincadeira, por todas as alegrias e feitos que o Fã-Clube nos proporcionou durante todo este decênio que passou e neste que se inicia agora, não tenho palavras para descrevê-lo sem fugir da pieguice.

EG – Eu acho bom! Digo... rsrs


EG – Para terminarmos, deixe sua mensagem aos fãs e fale sobre qualquer coisa que ache necessário para completar a entrevista.

MM – Valette, boa sorte nesta nova empreitada! Além da presidência do Fã-Clube, na árdua tarefa de substituir o guerreiro Gustavo Berriel, ser o principal webmaster do Portal Chaves no ano em que ele completa 10 anos não é bolinho não. E me substituir no comando do ChaPapo então, nem se fala. Obrigado pela oportunidade de eu participar de meu segundo ChaPapo (o primeiro, como dito, foi através do sumido Mr. Zero em 2002) e a mensagem que deixo aos estimados fãs das séries, como não poderia deixar de ser, é do mestríssimo Seu Madruga: “a pior luta é aquela que não se enfrenta”. Então, vamos à luta, galera! Feliz 2012 e muito Chavinho, Madruguinha e Chapolinchinho na veia! Mas sem cebola, por favor!

EG – Realmente todas essas tarefas não são fáceis. E o mais interessante é que em todos os casos estou substituindo pessoas lá da alta (e ando ganhando uma fortuna para limpar vidraças de prédios altos :-P ). Não sei que tantos méritos tenho para merecer isso, mas sempre faço o possível para justificar a confiança que as pessoas depositam em mim. Fora isso... Então quer dizer que Marco volta a ser sabatinado exatos dez anos depois que encarou o Mr. Zero. Interessante!!!


Quero agradecer de coração ao meu irmãozinho Maciel. Primeiro pela oportunidade única que tive de assumir seu lugar no site, segundo por haver aceito o convite para ser meu primeiro entrevistado. Um grande abraCHo e um 2012 com muitas realizações pessoais, além de muito CH na veia.