LIPPE: UM DOUTOR BRINCALHÃO E PREDESTINADO
Lippe
(o engravatado) lado a lado com Edgar Vivar: e bota predestinado
nisso
Quem vê a figura acima de paletó e gravata não crê que ele
seja um chavesmaníaco. Porém, o sorriso nas orelhas pelo
singular privilégio de posar ao lado do grande (nos dois
sentidos) Edgar Vivar prova com sobras de que se trata de um fã
incondicional das séries. O ultraje para lá de fino até
combina com o rapaz: ele é advogado. Aos 25 anos, este sortudo
teve a grande oportunidade de ver de perto não só o
simpaticíssimo intérprete de Seu Barriga (esteve no histórico
Falando Francamente do dia 11 de setembro de 2003 e conversou com
ele em pessoa durante quatro inesquecíveis horas) como também
conferiu as dublagens dos episódios de Chaves, Chapolin e
Chespirito nos Estúdios Gábia, em São Paulo, para o primeiro
box de DVD's da Amazonas Filmes, já à venda em todo o Brasil.
A pessoa a quem me refiro é Lippe. A alcunha jovial sempre
trazia a impressão de que seu dono era mais um adolescente cujo
hobby é entrar na internet com os mais variados e
"irados" nicks. E pensar que se tratava de um advogado,
um "dotô", como diria o saudosíssimo Bezerra da
Silva. Lippe, com seus conhecimentos sobre Direito, certamente
teria aceitáveis armas para se defender de possíveis processos
por parte de chavesmaníacos mais radicais, pois foi ele o autor
da maior polêmica do ano no meio CH: o trote amado por alguns e
odiado por outros dos novos nomes em português de Chaparrón e
Chompiras, que seriam, respectivamente, Chalouco e Chocolate. Na
entrevista, o dono dos bizarros nomes tão rejeitados dá o seu
parecer sobre a polêmica.
Lippe acompanhou os últimos dias de Mário Vilela, dublador do
Seu Barriga que nos deixou no dia 1º de dezembro, e narra, com
muita emoção, seu precaríssimo estado de saúde a pouco mais
de um mês de sua morte e seu esforço heróico - e além de
qualquer limite - para tentar dublar Edgar Vivar, mas sem muito
sucesso. Lippe vivenciou um momento único: ouviu Botijão, o
melhor amigo de Chompiras, com a voz de Vilela, que chegou a
dublar metade de um episódio em que o marido de Chimoltrúfia
aparece. "Estava fenomenal", elogia. E, por fim, avisa
aos chavesmaníacos: o segundo box da Amazonas deverá estar
pronto no começo de 2006.
Fiquem agora com Lippe, um doutor brincalhão e predestinado!
Mestre
Maciel - Qual o seu nome completo?
Lippe
- Felipe Camargo de Araujo.
MM
- Cite a sua cidade natal e a sua data de nascimento.
LI
- Nasci em 16/10/80 em São Paulo.
MM
- Dê o seu peso, altura, cor do cabelo e dos olhos (só para ter
uma idéia de como você é).
LI
- Nossa, deixa ver... devo pesar uns 63kg e meço 1m70cm. Tenho
olhos e cabelos castanhos.
MM
- Onde você mora atualmente?
LI
- São Paulo. Sempre morei aqui.
MM
- Qual a sua escolaridade? Onde estuda atualmente? O que você
deseja ser?
LI
- Tenho o Terceiro Grau completo, sou formado em Direito pela
Universidade Mackenzie, e atualmente sou advogado.
MM - Nota-se, pela sua pinta na foto acima,
de paletó e gravata. No episódio da Casinha do Quico, Seu
Madruga, ao bradar "Quero ver meu advogado", deve-se
referir ao Lippe...
MM
- Seus pais gostam de Chaves e Chapolin?
LI
- Eles detestam!!!
MM
- Tem irmãos? Se tiver, eles gostam de Chaves e Chapolin?
LI
- Tenho um irmão de 34 e uma irmã de 31 e eles também detestam
Chespirito.
MM - É, só um membro da família Araújo
tem bom gosto...
MM
- Tem namorada? Se tiver, dê seu nome e idade.
LI
- Não tenho.
MM
- Qual é o seu time de coração?
LI
- São Paulo Futebol Clube - TRICAMPEÃO MUNDIAL!!!!
MM - Parabéns! O São Paulo sim foi um
campeão digno, ao contrário de uns e outros que precisam de
Zveiters e Márcio Rezendes da vida para levantar canecos...
MM
- Quais os seus hobbys?
LI
- Música. Toco baixo em uma banda de rock'n'roll clássico.
Adoro tocar violão, ler, ouvir música, ver filmes, comer
hamburguer e, claro, Chespirito!
MM
- Qual é o seu gosto musical? Quais seus cantores e bandas
favoritas? Cite a música de sua vida.
LI
- Eu amo rock clássico, sou beatlemaníaco, mas adoro todas as
bandas clássicas, como Led Zepellim, The Doors, Queen, U2, The
Who, Creedence, Legião Urbana... A música da minha vida é
Penny Lane, dos Beatles.
MM
- Cite uma mulher bonita (ou mais, se quiser).
LI
- Priscila Fantin.
MM
-Qual a origem do apelido Lippe?
LI
- Fui eu quem criou. Todos me chamavam de "Fê", mas
este apelido se confunde com Fernando e Fernanda. Já Lippe é
próprio de Felipe mesmo!
MM
- Há quanto tempo você tem internet?
LI
- Desde 1999.
MM
- Desde quando você acompanha as séries? Quando você começou
a gostar de fato delas?
LI
- Desde o dia em que estrearam no Brasil, em 1984.
MM
- Qual o primeiro site CH que você conheceu?
LI
- O TaC, o site antigo do Bepê, do qual tive o prazer de ser
colunista.
MM
- Qual outro site, não sendo de Chaves, que você recomenda?
LI
- Google! (risos)
MM
- Qual o melhor site CH na sua opinião?
LI
- O
Mundo Chavesmaníaco, do Felipe Reina.
"Um dia antes da partida de Edgar Vivar, fomos ao hotel em que ele estava e lá passamos quatro horas batendo papo com ele. Falamos sobre absolutamente tudo, sempre tomando muita caipirinha, que ele pedia insistentemente."
MM
- Como foi ver de perto Edgar Vivar no Falando Francamente? Como
você conseguiu ir ao programa? Você chegou a fazer alguma
pergunta a ele?
LI
- Foi uma loucura só! Estava todo mundo hiper-agitado com a
vinda do gordo pra São Paulo. No dia de sua chegada, eu já
estava tentando contatar a produção do FF para ir ao programa,
sem sucesso. Lá por 17 horas ligou o Eyder, amigo meu e membro
do fã-clube, dizendo "o Gordo vai se hospedar no
Meliá", que é um hotel do lado do local onde eu trabalhava
na época. Não tive dúvidas: saí correndo pra lá! No hotel,
já havia uma puta equipe de jornalismo esperando pelo Edgar,
inclusive o Nélio Júnior, o reporter que foi ao México e
entrevistou a Chiquinha, além de uns 50 fãs. Puxei um papo com
o Nélio e disse que eu era presidente do fã-clube em SP. Ele
ficou super-animado e logo começou a me apresentar pra todo
mundo, inclusive pro pessoal da produção do FF (que desvendaram
o mistério os episódios perdidos pra mim, o qual confirmei com
a Sonia Abrão, no dia seguinte). Perguntei pra eles se eu
poderia participar do FF, e eles concordaram. Mais uma hora e
meia no saguão do hotel e chegou um enorme Mitsubishi. De dentro
dele, vestindo jeans e jaqueta de couro, o homem que, por mais de
20 anos, arranca risadas da minha boca. Só consegui olhar pra
ele e dizer: "Oi, Edgar! Assina aqui pra mim?". E ele,
todo cortês: "Como te llama, chico?". Tiramos várias
fotos, mas não deu pra bater papo porque havia muitos
seguranças enchendo o saco. Mas, enfim, no dia seguinte, fui com
alguns amigos ao FF e, lá, fiz uma pergunta sobre o Chapolin.
Mas o melhor dia foi o sábado, um dia antes de sua partida.
Fomos ao outro hotel em que ele estava (o melhor do Brasil, por
sinal) e lá passamos quatro horas batendo papo com ele. Falamos
sobre absolutamente tudo, sempre tomando muita caipirinha, que
ele pedia insistentemente. Falamos sobre Chaves, Chapolin, o
elenco, Enrique Segoviano, Chico Buarque, futebol, enfim...
Fizemos todas as perguntas que um fã faria. O que posso dizer é
que ele é uma das pessoas mais amáveis que já conheci. No
final, estávamos no elevador, subindo até seu andar. Até
lembrei do Botijão ascensorista e ele deu risada. Ele ficou uns
15 segundos olhando para gente, impedindo a porta de fechar e
bloqueando o raio laser e disse algo como: "Esta é a foto
mais bonita que levo comigo: a foto tirada pelo meu
coração. Quando a porta fechou, choradeira total. Jamais
me esquecerei desse dia!!
MM - Invejinha...
MM
- Como surgiu o convite para você coordenar as dublagens no
Estúdio Gábia?
LI
- O diretor da Amazonas Filmes procurou o fã-clube
CHESPIRITO-Brasil, do qual o Gustavo Berriel e eu somos
presidentes. Após contatos preliminares, ele nos pediu que
ajudássemos com o texto, para ficar fiel à época da MAGA.
MM
- Relate como foi a experiência de ver os dubladores atuarem de
perto e de conviver com as vozes que alegram tanto a sua vida
como a dos demais chavesmaníacos.
LI
- Foi simplesmente incrível! Nossa primeira reação é de
emoção. Depois só queremos dar risada! É legal ver a cara que
os dubladores fazem quando estão dublando, como se realmente
estivessem participando da trama. Mas depois de algum tempo, a
surpresa passa e o trabalho fica estritamente profissional. Mas,
claro, muito prazeroso para um fã incondicional!!
MM
- Como surgiu a idéia do trote de que os novos nomes de
Chaparrón e Chompiras seriam, respectivamente, Chalouco e
Chocolate? A idéia foi sua mesmo?
LI
- Nossa! Isso foi uma tremenda confusão... Tem um fã lá do FUCH, o Thomas H, que
é muito, mas muito preocupado com a dublagem dos DVD´s. Ele
ficava o tempo todo me perguntando se a piada X tinha mudado, e
se tivesse mudado, pelo que havíamos mudado... Percebendo o
nível de encanação dele, decici fazer uma piada: disse a ele
que, por pressão da Amazonas, eu fora obrigado a mudar os nomes
de Chaparon e Chompiras para nomes aportuguesados, e disse que eu
havia escolhido Chalouco e Chocolate, nomes que vieram à minha
cabeça em questão de segundos! Ele ficou apavorado, quase teve
um ataque! Mas logo eu desmenti e ele ficou aliviado! Alguns dias
depois, eu estava com o Berriel aqui em São Paulo, aí eu contei
pra ele sobre essa piada que eu havia feito ao Thomas H. O
Berriel nem deu muita bola e naquele mesmo dia ele voltou pro
Rio. No dia seguinte, o Gustavo Nightmare me ligou apavorado por
causa do tópico que o Valete Negro havia posto no FUCH, sobre
Chocolate e Chalouco. O Berriel só percebeu a graça deste trote
quando voltou ao Rio, e pediu ao Valette para postar o tópico
com o trote. O resto, todos nós já sabemos...
MM
- Você esperava uma recepção tão hostil por parte do
chavesmaníaco com a descoberta de que tudo aquilo era trote,
através da postagem do Nightmare no fórum? O que você tem a
dizer sobre o comportamento dos chavesmaníacos do FUCH que lhe
criticaram, lhe xingaram em função da brincadeira?
LI
- Sinceramente, fiquei surpeso e decepcionado! Achei esquisito o
modo como levaram tudo isso, como se Chespirito fosse a coisa
mais importante na vida dessas pessoas... Após esclarecido que
era um trote, foi ainda pior: pessoas dizendo que a brincadeira
foi de mau gosto, como se tivéssemos brincado com a morte de
alguém! O próprio Thomas H: esse conseguiu cair duas vezes no
mesmo trote! Lamentável... Achei uma reação exagerada,
infantil, tola e desproporcional, algo fora de imaginação!
MM - Eu que o diga!
MM
- Você pretende voltar ao FUCH um dia?
LI
- No momento, não tenho qualquer intenção de voltar ao FUCH.
MM
- Qual a impressão que você teve de Tatá Guarnieri, o novo
dublador de Chespirito? E como você avalia os demais dubladores?
LI
- Tatá é fantástico, a todo momento perguntava a nós se a
dublagem estava legal. Acho que ele ainda pode melhorar o Chaves
e o Dr. Chapatin, mas a dublagem do Chapolin, na minha opinião,
ficou perfeita! Os demais dubladores se saíram muto bem,
especialmente o Nelson Machado, que se lembrava de tudo, fez as
vozes 100% perfeitas e inclusive deu toques de tradução e
adaptação, como nos bons tempos de MAGA. Algumas vozes
engrossaram, ou ficaram mais roucas. Afinal, 20 anos não são 20
dias! Mas o resultado final foi maravilhoso! E a tendência é
melhorar sempre!
"Ao ver de perto a dublagem, nossa primeira reação é de emoção. Depois só queremos dar risada! É legal ver a cara que os dubladores fazem quando estão dublando, como se realmente estivessem participando da trama."
MM
- Chocou-lhe a morte de Mário Vilela? Você, ou o Berriel e o
Valette, chegaram a conversar com ele nos estúdios? Como ele
estava de saúde no momento das dublagens? É verdade que ele
tinha muita vontade em voltar a dublar Edgar Vivar?
LI
- Era um fato esperado... Na época do Festival da Boa
Vizinhança, fomos à sua casa convidá-lo para a palestra de
dubladores. Ele estava muito mal, de cabeça baixa, dificuldade
pra respirar... mas sempre cheio de risos, piadas e alegria.
Infelizmente, por motivos de saúde, ele não apareceu no Evento.
A última vez que nos vimos foi no Gábia, quando ele foi dublar.
Ele estava muito pior do que na última vez, causando até
emoção em quem estava no estúdio. Pra você ter uma idéia,
ele mal agüentava falar, e eu, até hoje, não faço idéia de
onde ele tirou forças para sair de casa e ir até o estúdio.
Ele chegou a dublar meio episódio de Chompiras. Ele teve muitas
difiiculdades com o Botijão, por causa das falas compridas. Mas
digo a vocês: eu vi o Botijão com a voz do Vilela: estava
fenomenal!!! Uma pena que não tenha gravado um episódio
inteiro. Era um grande amigo nosso, sempre solícito e
companheiro. Sentiremos muito sua falta! Sobre dublar Edgar
Vivar, posso dizer que era como se fosse o último desejo dele.
Vilela amava os seriados, lembrava de quase todas as piadas
perfeitamente... Ele queria demais dublar o Barriga e o Nhonho,
ainda que estivesse adoentado.
MM - Mário Vilela, um grande homem, um
grande profissional! Certamente está abençoando a todos lá de
cima!
MM
- Você vai continuar atuando na coordenação de dublagem nos
próximos boxes? Serão mais sete boxes CH a serem lançados
futuramente?
LI
- Continuarei sim, em companhia do Berriel e dos colaboradores do
fã clube. Correto: serão mais 7 boxes.
MM
- Quando o próximo box de DVD's será lançado? E pra quando
estão previstas novas dublagens no Gábia?
LI
- Bom, tanto as dublagens quanto o lançamento do próximo box se
darão logo no início de 2006. Não tenho uma data mais precisa
para dizer.
MM
- Você foi colunista do Tributo a Chespirito. Fale sobre a sua
coluna "Super de Lippe". Você já escreveu colunas e
colaborou para outros sites CH, além de ter atuado no extinto
TaC? Você pretende voltar a ser colunista?
LI
- Além do TaC, fui colunista no O Mundo
Chavesmaníaco, do Felipe Reina, além de escrever textos
e crônicas para o fã-clube. Quanto a voltar a ser colunista, se
pintar um convite, com certeza pensarei a respeito!
MM
- Você tem outros ídolos fora Chespirito?
LI
- Tenho sim: Paul McCartney na música, Stanley Kubrick no
cinema, Raí no futebol e Mário Covas na política.
MM
- Você prefere Chaves ou Chapolin? Por quê?
LI
- Prefiro Chapolin. Talvez pela diversidade, das infinitas
possibilidades de roteiros, espaço, fazenda, velho oeste, casa
mal-assombrada... e também pelo caráter do Chapolin, que sempre
me fascinou!
"A última vez que vimos Mário Vilela foi no Gábia, quando ele foi dublar. Ele estava muito pior do que na última vez, causando até emoção em quem estava no estúdio. Pra você ter uma idéia, ele mal agüentava falar, e eu, até hoje, não faço idéia de onde ele tirou forças para sair de casa e ir até o estúdio."
MM
- Qual o seu episódio favorito do Chaves?
LI
- Ah, eu tenho fases! Atualmente é aquele do
"arrasta-pé".
MM - Roupa Suja se Lava em Público.
MM
- Qual o seu episódio favorito do Chapolin?
LI
- O do Porca Solta.
MM
- Qual o episódio mais chato do Chaves?
LI
- Eu, pessoalmente, não gosto de Chaves após a saída de
Villagrán e Valdez. Não gosto do Jaiminho e Dona Neves, nem do
restaurante, apesar de haver alguns episódios legais. Mas o pior
episódio, pra mim, é o da chegada de Jaiminho e Dona Neves na
vila, aquele em que a Chiquinha recebe a carta da bisavó.
MM
- Qual o episódio mais chato do Chapolin?
LI
- Não há!
MM
- Qual o seu personagem favorito do Chaves?
LI
- O Quico.
MM
- Qual o personagem que você menos gosta no Chaves?
LI
- A Chiquinha (sem contar Jaiminho e Dona Neves).
MM - Chómpirras, você arrumou um inimigo!
MM
- Qual o melhor vilão do Chapolin?
LI
- Pistoleiro Veloz.
MM
- Qual o melhor ator/atriz das séries?
LI
- Carlos Villagrán.
MM
- Qual o seu bordão favorito?
LI
- "Que que foi, que que foi, que que há??"
MM
- Cite uma cena inesquecível de Chaves ou Chapolin (pode ser a
cena mais engraçada ou a mais emocionante).
LI
- Existem milhões, mas uma que me marca é o "ai minha
nossa!", da Bruxa.
"Tatá é fantástico, a todo momento perguntava a nós se a dublagem estava legal. Acho que ele ainda pode melhorar o Chaves e o Dr. Chapatin, mas a dublagem do Chapolin, na minha opinião, ficou perfeita!"
MM
- Qual o programa que você mais gosta na televisão, fora as
séries de Chespirito?
LI
- Simpsons, Anos Incríveis, 24 Horas e novela... adoro novela!
MM
- Já havia assistido a algum episódio perdido antes do
histórico dia 1º de setembro de 2003 ou dos últimos dias? Se
assistiu, qual o seu favorito? Comprou de quem?
LI
- Sim, eu havia conseguido com um garoto que pegou do Leandro
Lima. Consegui quase todos os perdidos, trocando por entrevistas
de um canal chileno que eu tenho. Meu favorito é o do
"Brincando de Toureiros", aquele que o Madruga diz que
era chamado de "curro, o milonguero" (risos).
MM - Pois parece mais um burro e um
minhoqueiro! Pobre Madruguinha...
MM
- O que você achou da volta dos perdidos nas séries Chaves e
Chapolin? Por que você acha que o SBT não exibe os restantes?
LI
- O mistério dos episódios perdidos sempre me intrigou. Eu
sempre desconfiei que o motivo era algo bem mais simples do que
censura, incêndio, enchente ou problemas contratuais. Pra mim,
estavam numa prateleira inalcançável... Quando perguntei pra
Sonia Abrão, no dia em que Vivar estava no programa, como ela
tinha conseguido desenterrar os perdidos, ela me disse:
"estavam amontoados em um local de dificil acesso, em estado
de deterioração". Logo, imagino que os restantes ou não
foram remasterizados ou não têm condições de serem
remasterizados. Resumindo: incompetência do SBT, como sempre.
MM - E boa incompetência nisso! Já diria
Madruguinha: "Francamente...".
MM
- O que você achou do Clube do Chaves? Qual foi o quadro que
você mais gostou?
LI
- No geral, não gostei! Sou bem conservador! Pra mim, Chespirito
precisa de Villagrán e Valdez para ter vida. Mas eu sempre
adorei o quadro do Chaparrón, ou Chalouco se preferir!
MM - Olha que os esquentadinhos do FUCH vão
te exorcizar de novo, hehe.
MM
- Qual a música e clipe preferido das séries?
LI
- Taca la Petaca e Que Bonita sua Roupa.
MM
- Surpreende-te o fato de Chaves permanecer no ar por 20 anos com
os mesmos episódios? Qual será a receita para tanto sucesso?
LI
- De forma nenhuma! Um programa sensível, crítico, inteligente,
moderado e sem conteúdo apelativo só poderia fazer sucesso!
Bolaños é um gênio, seu texto é altamente viciante e
cativante! A receita, como disse o Marcelo Gastaldi, é o texto:
simplesmente genial e perfeito, além dos atores, que realmente
fazem você acreditar que existe uma vila como aquela em algum
lugar do mundo.
MM
- O que você acha do fato de, atualmente, o seriado Chaves mais
Chapolin ficarem apenas restritos à capital paulista e à outras
praças sem programação local no horário?
LI
- Acho lamentável. Mesmo aqui em São Paulo, os episódios são
mutilados. Um tremendo desrespeito... Chespirito é o maior
trunfo do SBT, e é triste saber que não recebe a devida
consideração.
MM
- Chapolin regressou à programação do SBT no último dia 12 de
novembro. Você acha que o seriado voltou pra ficar? Você crê
que Chapolin ainda possa voltar à programação diária?
LI
- Tenho esperança que sim!!! Chaves e Chapolin ficam indo e
voltando, mas sempre acabam regressando á programação diária.
"Quando perguntei pra Sonia Abrão, no dia em que Vivar estava no programa, como ela tinha conseguido desenterrar os perdidos, ela me disse: 'estavam amontoados em um local de dificil acesso, em estado de deterioração'."
MM
- Qual o usuário dos fóruns ou webmasters de sites CH com quem
você mais se simpatiza?
LI
- O Gustavo Berriel é meu irmão. Somos amigos de verdade.
Também adoro o Bepê, o Kagiva e o Felipe Reina.
MM
- Qual o usuário dos fóruns ou webmasters de sites CH que você
menos se simpatiza? Por quê? (É importante responder e
justificar, pois é um jeito de corrigi-lo e que ele não repita
mais os mesmos erros).
LI
- O Palmeirense, por me suspender sem justificativa, de maneira
autoritária e fascista. E também detesto os membros do FUCH que
utilizam o fórum pra exercitarem temas ignorantes, como
preconceito contra gays e apologia a temas falaciosos, como pena
de morte e coisas assim.
MM
- Na sua cidade, você conhece outras pessoas fãs de Chaves como
você?
LI
- Conheço muita gente! Desde 1999 faço os EBV´s (Encontro da
Boa Vizinhança) na minha casa, onde chamo o pessoal pra assistir
Chespirito e comer porcarias durante um dia inteiro! Hoje em dia
somos uma grande turma!!! Grande mesmo!!
MM
- Qual é o sonho de sua vida?
LI
- Encontrar paz e harmonia! Ir a um show do Paul McCartney e dar
aula de Direito.
MM
- Para encerrar: cite uma frase esclarecendo por que você gosta
das séries de Chespirito.
"Gosto de Chespirito porque não existe nenhuma razão para eu não gostar!"
Lippe