ETA SUJEITO DE BOM GOSTO!!!!

 

 

            Cláudio Carvalho é desconhecido no meio CH. Ele até está cadastrado no FUCH, porém não sabe usá-lo. Enfermeiro e colaborador do SAMBARIO - O site dos sambas-enredo nas horas vagas, este amante de samba-enredo (assim como este que vos escreve) também é um dos mais antigos fãs dos seriados CH. Ele acompanha Chaves e Chapolin desde 1985 e possui lembranças sobre episódios raríssimos, nunca mais exibidos e que não fazem parte do comum rol de episódios perdidos, onde marcam presença principalmente os gravados por Leandro Lima no começo da década de 90. Você sabia que havia um quadro no "Viva a Noite" onde o pessoal da platéia tinha que imitar cenas dos seriados para ganhar prêmios? Todos esses dados importantes e inéditos estão presentes nessa maravilhosa entrevista.

            Resumindo: o cara curte Chaves e carnaval. É ou não um sujeito de excelentíssimo gosto? Ele verá sua Portela pisar na passarela e, ao mesmo tempo, sempre que surgir em sua mente uma piada sobre o Chavinho, gargalhadas ecoarão de sua boca.

            Chavesmaníacos, conheçam Cláudio Carvalho: bamba e chavesmaníaco. Afinal, quem é chavesmaníaco também é bamba! E quem é bamba também é chavesmaníaco!

 

Mestre Maciel - Qual o seu nome completo?

CL - Cláudio Arnoldi Carvalho.

 

MM - Cite a sua cidade natal e a sua data de nascimento.

CL -  Rio de Janeiro , no dia 16/12/1980.

 

MM - Dê o seu peso, altura, cor do cabelo e dos olhos (só para ter uma idéia de como você é).

CL  - 80 kg, 1,84 m, cabelos e olhos castanhos.

 

MM - Onde você mora atualmente?

CL - No Méier, um bairro tradicional da Zona Norte do Rio.

 

MM - Qual a sua escolaridade? Onde estuda atualmente? O que você deseja ser?

CL - Superior Completo (Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela UFRJ). Atualmente estou fazendo um curso de formação básica em psicanálise, e pretendo ser psicanalista.  

MM - Taí o novo doutor Siguimundo Frido (lembram-se do episódio do Anel Mágico?).

 

MM - Seus pais gostam de Chaves e Chapolin?

CL - Mais ou menos: meu pai até acha engraçado, mas não tem paciência de assistir. Minha mãe, quando era viva, dizia que eu ia acabar ficando maluco de tanto assistir os episódios. Uma vez, eu tava vendo aquele do ‘’Que bonita a sua roupa’’, ela não agüentou e desligou a TV. Disse que eu já era muito grande pra assistir aquilo. O curioso é que, semana passada, ou seja, dez anos depois, eu assisti esse episódio amarradão! A velha era implicante, mas eu me dava bem com ela.

 

MM - Tem irmãos? Se tiver, eles gostam de Chaves e Chapolin?

CL - Tenho duas irmãs. A do meio era adolescente quando os episódios começaram a ser exibidos. Assistíamos juntos, daí ela cresceu e parou de ver. A mais velha nunca gostou.

 

MM - Tem namorada? Se tiver, dê seu nome e idade.

CL - Tenho. Verônica, 21.

 

MM - Qual é o seu time de coração?

CL – Fluminense.

 

MM – Qual a sua escola de samba do coração?

CL – Portela.

 

MM - Quais os seus hobbys?

CL - Futebol e carnaval.

 

MM - Qual é o seu gosto musical? Quais seus cantores e bandas favoritas? Cite a música de sua vida.

CL - MPB, samba e choro. Durante muito tempo, as músicas que me marcaram foram as do Legião Urbana. Depois, enchi um pouco o saco de tanta melancolia.

 

MM - Cite uma mulher bonita (ou mais, se quiser).

CL - Verônica, minha namorada.

 

MM - Há quanto tempo você tem internet?

CL - Desde 99.

 

MM - Desde quando você acompanha as séries? Quando você começou a gostar de fato delas?

CL - Desde quando começaram a ser exibidas, se eu não me engano durante o programa ‘’Bozo’’.

MM - Você não está enganado. A primeira exibição foi dentro do Bozo, no dia 24 de agosto de 1984. Só não há registros se foi um episódio de Chaves ou de Chapolin apresentado neste dia.

 

MM - Qual o primeiro site CH que você conheceu?

CL - Eu acessava vários sites sobre o Chaves, e não lembro exatamente dos links. Recordo-me até que recebi uma carteirinha do fã–clube do Seu Madruga, depois de responder a um questionário e escrever uma redação sobre ele. No ano passado, respondi um questionário (não lembro se era do Turma CH), e errei pouquíssimas perguntas. Fui considerado doutor em Chaves (risos).

MM - Nosso questionário é a seção Vestiba. Clique aqui para ver se você também é phD nos seriados.

 

MM - Qual outro site, não sendo de Chaves, que você recomenda?

CL - www.sambario.v10.com.br, por razões óbvias (risos).

MM - Esse eu também recomendo! O webmaster é um tal de Mestre Maciel...

 

MM – Por que você não costuma freqüentar o Fórum Único Chespirito (FUCH). Já o acessou alguma vez?

CL - Eu até já me escrevi lá, mas não entendo direito como funciona.

MM - É bem fácil! É só saber o nick que você escolheu e sua senha, efetuar o login e pronto! Para ler um tópico, clique no seu título. Para postar novos tópicos, vai no ícone "Novo Tópico". Para responder um tópico, vai em "Responder". É bico!

 

MM – É verdade que você já teve um atrito com Gustavo Berriel, o diretor do nosso site, quando você freqüentava um e-group do Chaves? Conte-nos essa história.

CL - Não chegou a ser um atrito, apenas uma divergência de opiniões. Certa vez eu falei que os episódios do Chespirito na CNT eram um pouco apelativos (do ponto de vista da sexualidade) e ele não gostou, disse que era um absurdo o que eu estava dizendo, daí eu respondi. Mas ficou nisso! O Gustavo, pelo que fiquei sabendo, é um cara muito influente no mundo chavesmaniaco. Se eu tivesse ouvido falar daquele evento na UERJ, com certeza teria feito o possível para ir.

MM - Você fez falta lá! Seria interessante ver você fazendo as pazes com o Berriel (risos)...

 

MM - Qual o melhor site CH na sua opinião?

CL - O Turma CH.

MM - Cada vez melhorando em prol da felicidade do chavesmaníaco. 

 

"É como se o Chaves fosse um oásis em meio a tanta

 

 mediocridade, e essa pode ser justamente uma das

 

 causas do programa ser esse fenômeno."

 

MM – Conte-nos como você se tornou colunista do SAMBARIO – O site dos sambas-enredo. No que você fala em sua coluna?

CL - Foi através de um convite que o Marco Maciel me fez numa lista de discussão que freqüentamos, o Espaço Aberto, do site Galeria do Samba. Minha coluna fala sobre sambas-enredo antigos, quer seja do Grupo Especial, Acesso, Niterói, etc.

MM - Esse tal de Marco Maciel, que não é o ex-vice-presidente e imortal na ABL, é um cara muito simpático! Eu "agarantio"!

 

MM – Além da coluna, quais as outras funções que você exerce no SAMBARIO?

CL - Eu comento e dou nota para os sambas de todos os anos, além de enviar alguns pra download, escrever no ícone ‘’discussão’’, dentre outras funções. Enfim, colaboro com o que posso.  

MM - Um excelente colaborador, por sinal!

 

MM – Como surgiu essa sua paixão pelos sambas de enredo, a ponto de você mesmo se intitular “rato de sebo”?

CL - Surgiu através dos discos do meu pai, que eu ficava ouvindo. Só que a nossa vitrola escangalhou e ele deu tudo pra minha irmã. Assim que comecei a trabalhar, eu comprei outra num brechó e passei a freqüentar os sebos em busca dos LP’s. Hoje, tenho todos os discos do Especial e algumas raridades do Acesso e de Niterói. O disco de 68, do Museu da Imagem e do Som, e o de 84 ao vivo, são meus maiores orgulhos. Tenho também alguns compactos relativamente difíceis de se achar. Em CD, eu tenho tudo que se possa imaginar, mas eu quero mesmo é completar a coleção de vinis. Por falar em vinil, uma frustração minha na infância foi não ter ganho o do Chaves. Nem precisa dizer que, depois de adulto, comprei um pra mim.

 

MM – Por telefone, você relatou detalhes sobre o episódio da Bola de Cristal, exibido apenas uma vez pelo SBT. Relembre este episódio.

CL - Tenho pouca coisa guardada na cabeça.Se não me engano, foi em 90 que passou. Era sobre um rajá, chamado Rajá Cara Rachada, que segundo diziam no episódio, havia previsto a sua própria morte. Lembro-me duma cena em que aconteceu não sei o que, e o Carlos Villagran disse espantado: “-O rajá!”. É só o que consigo recordar.

 

MM – Você acompanha os seriados praticamente desde a estréia, em agosto de 1984, quando ainda era exibido dentro do programa do Bozo. Do que você se recorda desta época primordial em termos de CH?

CL - Lembro mais de coisas que aconteceram depois. Os créditos, por exemplo, eu só lembro de ter visto uma vez, e foi naquele episódio do Quase Nada (mesmo assim, já na década de 90). Do episódio do Mendigo na Praça, eu lembro do seguinte diálogo:

- A minha avozinha morreu por causa da cerveja!

- Era viciada?

- Não, foi atropelada por um caminhão!

Só não sei dizer quem eram os protagonistas. Com relação ao episódio da Malicha, eu lembro de ter visto uma vez, só não me recordo dos detalhes. Sinceramente, não recordo se havia abertura, mas lembro daquela musiquinha quando terminava o Chapolin. Depois vieram as outras, no início da década de 90, e, por fim, as ‘’atuais’’. Outra coisa que me recordo é que o extinto programa ‘’Viva a Noite’’, do Gugu, exibiu uma reportagem sobre o Chaves dublada para o português. Foi em 88, se não me engano. No mais, lembro que alguns episódios do Chapolin, como o da casa alugada e o da Cleópatra, também ficaram anos sem serem exibidos. O mesmo aconteceu com o episódio da Tienda del Chavo. Pra encerrar, lembro que assim que chegaram os episódios da safra de 90, eles começaram a ser exibidos aos domingos. Lembro de um que termina com Dona Florinda munida de uma metralhadora e dois pentes de bala dizendo: ‘’Mas um dia ele terá de volta, porque guerra é guerra’’, numa referência óbvia ao Seu Madruga. Esse episódio nunca mais passou, e estranhamente, ninguém se lembra dele.

MM - Nem eu!

 

MM – Você se recorda do episódio “Revolvinho do Chaves”, exibido apenas uma vez como tapa-buraco em 1990 devido ao alagamento dos estúdios do SBT?

CL - Me lembro vagamente de alguma coisa nesse sentido. Algo como Chaves ter entrado no ar em um horário que não tinha nada a ver e com um episódio inédito. Lembro-me também de alguma coisa relacionada a esse revolvinho, como ele apontar para as pessoas e elas saírem correndo, ajoelharem a seus pés, desmaiarem, etc. Mas não sei se isso é um delírio ou uma lembrança de verdade.

 

MM – Durante nosso bate-papo por telefone, você revelou ter detestado os episódios de Chespirito na CNT, exibidos em 1997. Por que você não os apreciou?

CL - Primeiro porque quando aqueles episódios foram feitos, Ramon Valdez e Carlos Villagran já não faziam mais parte da equipe, o que é uma baixa pra lá de considerável. Ademais, a dublagem era horrível, além das piadas serem um tanto quanto repetitivas. Não tinha nem aquela risada trash como pano de fundo, tal qual acontece nos episódios do SBT.

MM - A risadinha é bem sinistra mesmo, mas, para mim, é imprescindível para o seriado. Como seriam os episódios clássicos sem a risadinha?

 

MM – É verdade que havia um quadro no antigo “Viva a Noite” em que passavam trechos dos episódios CH e o Gugu chamava alguém da platéia para interpretar a cena exibida?

CL - É sim. Um grupo interpretava o Chaves e o outro um episódio do qual não me recordo direito. Quem fizesse melhor papel ganhava o ponto.

MM - Acho que disso ninguém se lembrava...

 

MM – Alguma cena de um episódio já lhe assustou?

CL – Aquela caveira no primeiro episódio da casa mal-assombrada me assustava. O mesmo acontecia com a cena do Pirata Alma Negra entrando no quadro. São dois episódios que têm um forte teor assustador.  

MM - Para mim, a cena mais assustadora dos seriados é aquela em que o gigante esmaga Chapolin. Ela é bem chocante, pois conseguiram (milagre) produzir um efeito especial bom nela.

 

MM – Você, que entende de carnaval, o que você acharia se a obra de Chespirito fosse enredo de uma escola de samba. Você acha que isso pode ser possível?

CL – Na minha opinião, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não dá pra misturar.

MM - E como é que fica o samba-enredo que compus exatamente para esta ocasião? (risos)

 

MM – Numa entrevista à Rede TV, Chespirito disse que não gosta de carnaval por considerá-lo “muito ruído e muita agitação”. Como um bom bamba que você é, isso lhe chateia?

CL - Precisa saber a respeito de que carnaval ele estava falando, né? Mas mesmo se for do nosso, não me chateia, pois a diferença cultural, embora não pareça, é bastante grande. Não custa lembrar que são dois paises diferentes, colonizados por outros dois paises não menos diferentes.

 

MM – Como você vê o carnaval carioca nos dias de hoje?

CL - Uma frase do Jorge Perlingeiro pra mim resume tudo: “-Hoje em dia não se brinca carnaval, mas sim o disputa”. Virou comércio. Perdeu a graça. Outro dia li uma entrevista com o Capitão Guimarães num site, e vi que não adianta ficar alimentando esperanças. O carnaval virou espetáculo pra inglês ver.

MM - Por isso que o jovem não gosta de samba-enredo: ele virou coadjuvante numa festa capitalista e o jovem resolveu aderir a outros modismos de mais baixo calão.

 

MM – Em qual escola você aposta no desfile de 2005 na Marquês de Sapucaí? Quem cai e quem sobe para o Especial? Quem tem o melhor samba do ano nos dois grupos?

CL - Aposto na Beija–Flor, está cada vez mais previsível. Pra mim, cai a Caprichosos e sobe a Ilha. O melhor samba do Especial é o da Imperatriz, mas o samba do ano é o da Cubango, que desfilará no Acesso.  

MM - Se a Beija-Flor se apresentar no Big Brother pela terceira vez consecutiva, o tri é iminente. 

 

"Uma vez, eu estava vendo aquele do ‘’Que bonita a 

 

sua roupa’’. Minha mãe não agüentou e desligou a TV.

 

 Disse que eu já era muito grande pra assistir aquilo. O

 

 curioso  é que, semana passada, ou seja, dez anos 

 

depois, eu assisti a esse episódio amarradão!"

 

MM - Você tem outros ídolos fora Chespirito?

CL - Eu gosto muito do Bruce Lee, tenho todos os filmes dele em DVD.

 

MM – Você prefere Chaves ou Chapolin? Por quê?

CL - Chaves é mais engraçado, ma Chapolin não fica muito atrás.

 

MM - Qual o seu episódio favorito do Chaves?

CL - Aquele do Seu Madruga carpinteiro (Gooool de Pelé!).

 

MM - Qual o seu episódio favorito do Chapolin?

CL - O da padiola (Tarzan! Polegar! Tarzan! Polegar!).

 

MM - Qual o episódio mais chato do Chaves?

CL - Pra mim, acaba sendo aquele do leite pros cachorrinhos, que já passou umas setecentas mil vezes. Mesmo porque a dublagem é péssima.

 

MM - Qual o episódio mais chato do Chapolin?

CL - Aquele do Chato Resto. O nome já diz tudo.

MM - Gozado! Este episódio foi eleito o segundo melhor do Chapolin na enquete O MELHOR DE TODOS! Mas gosto é gosto e vice-versa...

 

MM - Qual o seu personagem favorito do Chaves?

CL - Com certeza, o Seu Madruga.

 

MM - Qual o personagem que você menos gosta no Chaves?

CL - O Godinez, não acho graça nele.  

MM - Pô, Cláudio! Você acha o Godinez sem graça??? Gosto é gosto...

 

MM - Qual o melhor vilão do Chapolin?

CL - Tripa Seca.

 

MM - Qual o melhor ator/atriz das séries?

CL - O saudoso Ramon Valdez.

 

MM - Qual o seu bordão favorito?

CL - Não é exatamente um bordão, mas uma frase do Seu Madruga que ficou famosa: ’’A mulher de quem?’’.

 

MM - Cite uma cena inesquecível de Chaves ou Chapolin (pode ser a cena mais engraçada ou a mais emocionante).

CL - Tem algumas falas que não saem da minha cabeça, tipo:  

    - O que é isso? Café ou chá?

    - Pipiiiii!

Outra:  

    - E onde é que tá o meu leite, hein?

Eu lembro que tinha um colega insuportável chamado Douglas, e ficava repetindo pro meu outro amigo, o Luís Carlos (que também se amarra em Chaves):  

    - Xirrim para que as coisas venham, e xirriom para que desapareçam. Douglas, xirriom!

Com relação às cenas, umas das mais hilárias eram aquelas dos episódios da troca de cérebros. Principalmente aquelas em que o Ramon Valdez (num episódio) e o Ruben Aguirre (no outro)  ficavam fazendo palhaçadas para atraírem os cientistas.Outra coisa que faz com que eu role de rir é ver o Seu Barriga rindo na hora que cai, depois de receber um golpe. Aquele episódio do Racha Cuca é um exemplo clássico disso. Outra cena muito sinistra é quando a Bruxa pergunta ao Nhonho o que foi e ele sai correndo de braços abertos, gritando.

 

MM - Qual o programa que você mais gosta na televisão, fora as séries de Chespirito?

CL - Gosto muito do Jô Soares, desde quando ele era do SBT. Quando eu era pequeno, praticamente só assistia o canal do Cenoura (aqui em casa ele tem o mesmo apelido). O pessoal ate brincava comigo dizendo que ele era meu patrão.  

MM - Taí um novo concorrente do Edmilson SBT...

 

MM - Já havia assistido a algum episódio perdido antes do histórico dia 1º de setembro de 2003 ou dos últimos dias de 2004? Se assistiu, qual o seu favorito? Comprou de quem?

CL - Comprei um lote de 16 episódios com o Leandro Lima. A fita contém 15 extintos e um em espanhol, no qual o Nhonho explode ao final. Os meus preferidos são o da pichorra e o do Seu Madruga sonâmbulo.

 

MM – O que você achou da volta dos episódios perdidos? Por que você acha que eles, momentaneamente, pararam de ser exibidos?

CL - É muito bom saber que alguns deles voltaram a ser exibidos. Há várias versões a respeito dos perdidos, mas eu acredito que o SBT ainda tenha todos eles.  

MM - Eu idem!

 

MM - O que você achou do Clube do Chaves? Qual foi o quadro que você mais gostou?

CL - A qualidade da imagem era excelente, mas a dublagem, uma porcaria. Eu gostava do Chompiras.

 

MM - Qual a música e clipe preferido das séries?

CL - Não sou muito fã das músicas em português, embora tenha o disco. Gosto muito daquela sinfonia que toca sempre quando acontece alguma coisa triste, como no episódio em que o Chaves vai ficar sozinho na vila, depois de todos irem para Acapulco. Os melhores clipes são os do Professor Girafales e da Dona Florinda, ou seja: ‘’Quando me dizes’’ e ‘’Somos cafonas’’.

 

MM – Surpreende-te o fato de Chaves permanecer no ar por 20 anos com os mesmos episódios? Qual será a receita para tanto sucesso?

CL - Sim, porque na programação atual, onde só há lugar pra baixarias e mundo cão, é surpreendente que isso ainda aconteça. É como se o Chaves fosse um oásis em meio a tanta mediocridade, e essa pode ser justamente uma das causas do programa ser esse fenômeno. Acho também que a questão dos extintos faz parte de um jogo. As pessoas assistem na esperança de revê–los, e o SBT, sabendo disso, vai relançando–os aos poucos. De qualquer forma, não é qualquer um que peita Jornal Nacional e novela das oito, como o Chaves já fez.

 

MM – Após seis meses fora do ar, Chaves regressou na programação diária com uma hora de duração. Você acha que o seriado voltou pra ficar?

CL - Espero que sim. Acho que o ideal seria passar um episódio do Chaves e outro do Chapolin. Na verdade, o Chaves é um curinga do SBT. Mesmo se for tirado do ar agora, volta num outro momento. O Cenoura não é maluco de tirar pra sempre os episódios do ar.

 

MM – Chapolin não foi apresentado uma única vez no ano de 2004.  Você acha que a série um dia se tornará fixa na programação como nos velhos tempos?

CL - Tenho fé que sim.

 

MM - Na sua cidade, você conhece outras pessoas fãs de Chaves como você?

CL - Tenho alguns amigos, como o Luis Carlos, de quem falei. Passamos nossa infância curtindo Chaves. Colecionamos o álbum de figurinhas da Editora Globo (que eu tenho, completo, até hoje. Depois saiu outro, com fotos, que eu não colecionei), os gibis, enfim, tudo que girava em torno dos episódios. Outras de minhas frustrações foi não ter tido nenhum daqueles bonecos que vendia e não ter assistido ‘’Charrito – um herói mexicano’’.  

MM - O Leandro Lima tem o Charrito pra vender!

 

MM – Qual é o sonho de sua vida?

CL - No que diz respeito a ambições, vou falar igual ao Seu Madruga, quando a Bruxa lhe disse que ele tinha uma boa amiga: "Se soubesse que eu tenho várias..."

 

MM - Para encerrar: cite uma frase esclarecendo por que você gosta das séries de Chespirito.

" 'Chaves é uma criança com fome!', de Bolaños, para 

 

a Veja. Como eu te disse, muitas de minhas 

 

tendências socialistas tem a ver com aquele episódio 

 

do desjejum". 

 

Cláudio Carvalho

 

claudioarnoldi@ig.com.br