CYBERGAMBA: O PAI DO STREET CHAVES

 

CyberGamba em ação num de seus jogos, o Fainou Faiti, descendo a lenha nos próprios amigos...

 

            O mês de dezembro de 2003 se iniciava. Jogando conversa fora com minha prima Karina (a mesma da foto do Quico e do show do Roberto Vásquez, temas de COLUNAS DO MESTRE anteriores), fiquei sabendo da existência de um certo jogo chamado Super Magro World, uma paródia do conhecido Super Mario. Aquilo, a princípio, não me entusiasmou muito. Porém, quando ela revelou o protagonista do jogo, a primeira coisa que me despertou foi curiosidade pura, já que o dito cujo era ninguém menos do que o mais carismático personagem de todos os tempos: Seu Madruga. Karina me disse que o jogo já era uma febre entre os alunos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), onde ela cursa Odontologia.

            No meu primeiro acesso à internet depois daquele bate-papo, sem mais delongas procurei pelo tal Super Magro. No Google, dezenas de páginas já enalteciam o jogo. Baixei-o e, obviamente, foi diversão certa! Não sabia se me mijava de rir ou se jogava. Aos poucos, fui descobrindo outras obras-de-arte, como o Madruga Goes Home (onde o pai da Chiquinha tem de superar obstáculos para fugir de Dona Florinda e seu temido pau-de-macarrão), Madruga From Mars (paródia do clássico jogo dos asteróides) e o Street Chaves (paródia de Street Fighter que dispensa comentários) que, na época, não era tão badalado como hoje. Tanto que o jogo do momento, naquela ocasião, era o Super Magro.

            O Street Chaves alçaria a definitiva consagração e o reconhecimento nacional na metade de 2004. Durante um bate-papo com meus colegas de faculdade, os rafaéis Ringo e Jassa (de sobrenomes Pesce e Mano Diverio respectivamente) me perguntaram se eu conhecia o jogo. Minha resposta fora afirmativa. Mas quando eles disseram que o jogo já tinha o Seu Furtado como lutador e que possuía diálogos e novos cenários, aí já aleguei desconhecer aqueles novos incrementos. Naquele instante descobria que o até então come-quieto Street Chaves virara mania nacional com sua nova versão. Até na TV o jogo de pancadaria envolvendo os divertidos personagens do melhor seriado do mundo estava sendo divulgado. Há quem diga que Chespirito, no México, tomou conhecimento da existência do jogo e que seu conteúdo violento não teria lhe agradado nem um pouco.

            Tá, esses jogos estão consagrados, é difícil de encontrar uma reles alma que não os conheça! Mas quem os criou? Quem é o responsável por este Império da Diversão Virtual, esta nova mania entre os chavesmaníacos?

            O autor dessas obras-primas do videogame, paródias extraordinárias de se rolar de rir, atende pela alcunha de CyberGamba! Em seu site ( www.streetchaves.cjb.net ) estão disponíveis todos os seus jogos (incluindo um de luta onde os personagens são seus amigos e, é claro, ele mesmo, cuja foto está logo acima). No Turma CH também é possível baixá-los. Eles estão presentes na seção Jogos CH.

            Todos se divertem com Street Chaves, Super Magro World e cia. Senhora obviedade! Porém, poucos sabem da vida do criador deste Império da Diversão Virtual: Sir CyberGamba! Aposto que todos que jogam têm a curiosidade de saber como ele criou games tão criativos através de paródias de clássicos do videogame envolvendo os personagens mais queridos da face da terra. 

            Pois todas as curiosidades serão saciadas nesta entrevista inédita, exclusiva, a primeira que o autor do Street Chaves concede para um veículo de comunicação. Neste bate-papo memorável, CyberGamba nos conta tudo! Sem dúvida esta entrevista revolucionará o meio CH e entrará para a história não só dos sites CH como também da internet brasileira!

            Bom divertimento! Com vocês, CyberGamba: o mago dos games CH!

 

Mestre Maciel - Qual o seu nome completo? 
CB - Meu nome é Fernando, mas, infelizmente não posso dizer o nome completo, pois tenho que manter o anonimato já que, como todo mundo sabe, o jogo Street Chaves não foi feito com a autorização de Chespirito (possuidor dos direitos autorais da série Chaves & Chapolin) e, sendo assim, é preferível evitar quaisquer problemas na justiça... Eu não sei se o Chespirito tem conhecimento sobre o jogo, mas acredito que ele não vá querer me processar um dia, pois não estou ganhando dinheiro com a obra dele, pois o jogo Street Chaves é FREEWARE... eu nunca pensei que o jogo iria fazer tanto sucesso e, desde o início, não fiquei preocupado em ganhar dinheiro e sim em fazer uma homenagem à melhor série humorística da minha vida.

MM - E todos nós estamos gratos por esta singela e cômica (porém violenta) homenagem.

MM - Cite a sua cidade natal e a sua data de nascimento. 
CB – A única coisa que posso dizer é que moro no Vale do Paraíba (SP), numa cidade perto de Taubaté. Eu nasci em novembro de 1979.

MM - Dê o seu peso, altura, cor do cabelo e dos olhos (só para ter uma idéia de como você é). 
CB - Eu tenho 1m81cm de altura, peso 75 kg (estou um pouco fora de forma), tenho cabelo e olhos escuros.

MM - Onde você mora atualmente? 
CB – Eu ainda moro na minha cidade natal (perto de Taubaté) e pretendo ficar ainda um bom tempo por aqui... é uma ótima cidade, todos os meus amigos e parentes moram aqui e não é uma cidade tão movimentada e violenta como São Paulo.

MM - Qual a sua escolaridade? O que você deseja ser? 
CB - Eu terminei a faculdade de Bacharelado em Computação no final de 2002. Mais tarde fiz algumas matérias isoladas na área de banco de dados e computação gráfica, eu ia tentar fazer mestrado, mas acabei desistindo, pois era algo muito cansativo e também não sabia se era realmente o que eu queria. Atualmente estou parado (mas fazendo jogos, é claro), mas não pretendo trabalhar com jogos de computador... Ainda não sei também no que quero trabalhar! 

MM - Seus pais gostam de Chaves e Chapolin? 
CB - Bom... há muito tempo atrás, quando eu estava começando a assistir às séries Chaves e Chapolin, meus pais viam um ou outro episódio, mas me lembro muito bem que até eles davam muitas risadas, principalmente com o Chaves e o Seu Madruga. Eu acho que, para as séries Chaves e Chapolin, não existe idade para se assistir. As séries foram feitas tanto para crianças como para os ADULTEROS!

MM - Tem irmãos? Se tiver, eles gostam de Chaves e Chapolin? 
CB - Sim, tenho três irmãos: dois mais velhos e um mais novo. Posso dizer com certeza que todos eles gostavam (e ainda gostam) de ambas as séries. Nós sempre assistíamos juntos os capítulos e dávamos muitas risadas. Foi uma época muito legal!

MM - Tem namorada? Se tiver, dê seu nome e idade. 
CB - Sim! O nome dela é Adriana! Ela tem 25 anos (mas é cinco meses mais velha do que eu) e estamos juntos há mais ou menos três anos. Ela é muito legal e também curte Chaves. Ela joga o Street Chaves, mas eu dou uma surra nela que nem dá graça (risos).
MM - Que vergonha, bater na própria namorada...

MM - Qual é o seu time de coração? 
CB – Xiiii... eu sei que muita gente vai me xingar, mas eu não gosto de futebol! Eu prefiro basquete! Aliás, eu também não entendo nada de futebol, nem sei o que é um impedimento!!!!
MM - E eu? Cansei de explicar para minha mãe a regra do impedimento (inclusive quando o ângulo fica claro, com a imagem congelada) e ela não entende...

MM - Quais os seus hobbys? 
CB - Um azul de bolinhas amarelas e um verde com listras azuis (brincadeira)... Bom, gosto de jogar games de PC e PlayStation, fazer joguinhos do Chaves, assistir Chaves (LÓGICO), sair nos finais de semana com meus amigos e visitar feiras relacionadas com jogos ou animes... fui no ANIME FRIENDS há dois anos e adorei (só não gostei que nesse ano a feira foi exibida num galpão e não numa escola). Não vejo a hora de ir no ano que vem! 

MM - Qual é o seu gosto musical? Quais seus cantores e bandas favoritas? Cite a música de sua vida. 
CB - O que eu mais gosto mesmo é musica de jogos. A CAPCOM faz músicas excelentes para os seus jogos: MegaMan, Street Fighter, Demons Crest, etc. Também gosto das musicas de jogos da SNK, KONAMI e muitas outras. Agora, sobre bandas... bom, gosto de Rock (todos os tipos): Silver Chair, Evanescence, Guns & Roses, Iron Maiden, Black Sabbath, Ozzy Osbourne, etc. Gosto também de Dance, Techno e Rave quando vou em baladas nos finais de semana! A música da minha vida acho que é ISRAEL´S SON do Silver Chair!! 

 

"Eu nunca pensei que o jogo iria fazer tanto sucesso e, desde o início, não fiquei preocupado em ganhar dinheiro e sim em fazer uma homenagem à melhor série humorística da minha vida."


MM - Cite uma mulher bonita (ou mais, se quiser). 
CB – Bom, existem tantas que eu nem me lembro direito, mas podemos citar: Luana Piovani, Sheron Stone, Juliana Silveira (a Júlia de Malhação), Pamela Anderson, Brooke Shields (Lagoa azul), Denise Richards (007 The World is not Enough) e por aí vai... 

MM - Qual a origem do apelido CyberGamba?
CB - Eu tenho o apelido de Gambá desde a época do colégio (até hoje eu não sei o porquê, não é pelo cheiro, viu? Talvez seja pelo cabelo grande que eu tinha naquela época). Quando eu fiz o Street Chaves, eu não queria colocar meu nome, e então resolvi criar essa MARCA. Hoje o pessoal só me conhece por esse apelido! Eu acho legal e engraçado! 

MM - Há quanto tempo você tem internet? 
CB - Realmente não me lembro... Mas faz muito tempo, uns oito anos no mínimo!

MM - Desde quando você acompanha as séries? Quando você começou a gostar de fato delas? 
CB - Eu conheço as séries desde a época em que elas foram exibidas no SBT, não me lembro o ano, mas lembro que eu era bem pequeno e assistia todos os dias. Nessa época eu achava divertidos os tapas que a Dona Florinda dava no Seu Madruga e também gostava de ver o Seu Madruga fugindo do Senhor Barriga... Agora eu gosto mais dos diálogos entre os personagens e as piadas! 

MM - Qual o primeiro site CH que você conheceu? 
CB – Devo confessar que eu não lembro... São tantos sites, e todos eles são muito bons. Isso prova realmente que o seriado do Chaves fez e ainda faz muito sucesso aqui no Brasil! Acho bem legal que existam pessoas querendo espalhar essa cultura por aqui.
MM - E existem muuuuuuitas pessoas, pois são mais ou menos duas centenas de sites CH, sem contar os 40 mil membros das comunidades de Chaves no Orkut...

MM - Qual outro site, não sendo de Chaves, que você recomenda? 
CB – Gosto de sites de programação de jogos e sobre notícias também relacionadas a jogos. Eu não tenho nenhum favorito, às vezes eu pesquiso algumas páginas, leio, recorto e salvo as informações principais e continuo pesquisando. Criação de jogos é algo bem complexo! Quanto mais informações a pessoa tiver nas mãos, melhor!

MM - Por que você nunca freqüentou os fóruns e chats chavesmaníacos? 
CB – Pra falar a verdade eu não fico muito tempo na internet (minha conexão é muito lenta)... Eu geralmente checo meus e-mails, respondo perguntas sobre os jogos e, às vezes, atualizo os sites. Eu já vi alguns fóruns do Chaves & Chapolim e os achei legais, o pessoal realmente se interessa em saber de notícias e trocas ideais e tudo mais. Eu estou cadastrado no ORKUT e lá tem várias comunidades de Chaves & Chapolin (também tem uma comunidade do Street Chaves).

MM - Qual o melhor site CH na sua opinião? 
CB – É uma pergunta difícil de responder. São muitos sites e todos eles são excelentes. Tem muita informação e o design é bem feito. Não quero ser injusto, mas posso afirmar que o Turma CH é um dos melhores. 
MM - Nós, do Turma CH, ficamos muito agradecidos!

MM - De onde surgiu a idéia de fazer esses divertidíssimos jogos CH? 
CB - Bom, fazer jogos sempre foi o sonho da minha vida... Desde a época em que eu ia aos fliperamas  gastar minhas mesadas eu sempre tive essa vontade de criar os meus próprios personagens, fases e inimigos e mostrar para os amigos. Os jogos, para mim, são muito mais do que uma simples diversão: são praticamente a minha vida! Fico feliz em ter nascido na época em que nasceram os videogames! Pude analisar de perto a evolução deles. Nas futuras gerações, os games serão muito melhores, mas, o berço dos games só nos presenciamos!

MM - Você e os leitores podem me tachar de careta, mas, na minha opinião, nem os videogames de milésima geração superarão o pioneiríssimo Atari.

MM - Como você os faz? 
CB – Quando eu era pequeno, eu tinha um MSX (Microsoft Extended) e tinha muitas caixas de sapatos lotadas de disquetes de jogos e programas. Eu também tinha um livro que ensinava a linguagem Basic (usada no MSX). Aprendi muita lógica com o livro e cheguei até a fazer alguns jogos bem simples como o PAREDÃO. Hoje utilizo Delphi (Borland) e o componente Delphix (Hiroyuki Hori). Para quem quiser saber mais sobre programação de jogos, pode acessar a minha página: ( http://www.geocities.com/crieseusjogos/index.htm ).

 

MM - Quando e qual foi o primeiro jogo CH que você criou?

CB - Foi o Street Chaves. A data exata eu não me lembro, mas foi mais ou menos em maio de 2003.

 



MM - Como você conseguiu reproduzir com perfeição os cenários da vila, desde poses até famosas cenas, como demonstrado no Street Chaves?
CB - Eu tenho gravados comigo um grande número de episódios do Chaves (eu gravei diretamente para o computador utilizando softwares de captura de vídeo), com qualidade muito boa. Todos os personagens são montagens que eu utilizei com a ajuda dos vídeos e as texturas, objetos da vila e outros cenários também foram recortados desses episódios que eu possuo. Foi um trabalho muito cansativo e que levou meses, mas acho que valeu a pena! 
MM - Você acha? Eu tenho certeza!

 

"Os jogos, para mim, são muito mais do que uma simples diversão: são praticamente a minha vida!"


MM - Você imaginava que os jogos, principalmente o Street Chaves, teriam essa grande repercussão? 
CB - Sinceramente não... Quando eu fiz o Street Chaves (o primeiro jogo da turma do Chaves), não tinha a menor idéia de que iria fazer esse sucesso. Eu tinha feito o jogo apenas por diversão. A primeira versão do jogo tinha apenas Chaves, Seu Madruga e Chiquinha. Passei essa versão para os meus amigos e eles adoraram, insistiram para eu fazer uma página na internet e colocar todos os jogos que eu fosse fazendo. O jogo FAINOU FAITI foi criado antes do Street Chaves e nele estão alguns amigos meus e eu é claro...

MM - Quais meios de comunicação de extrema importância que já divulgaram o Street Chaves? Eu sei que o jogo fora divulgado no TV Fama da Rede TV!, é verdade? 
CB – Minha prima estava assistindo televisão na casa dela e viu essa pequena aparição no TV Fama. Eu quase que não acreditei e pensei que fosse uma brincadeira, mas minha tia confirmou a noticia e fiquei muito contente. O jogo Street Chaves também foi publicado na edição 27 da revista EGM Brasil, nos jornais Jornal da Tarde e Estado de SP. Acho que também foi exibido na MTV, mas não tenho certeza! 


MM - É verdade que Chespirito declarou não ter gostado do Street Chaves devido ao alto teor de violência envolvendo seus personagens?
CB – Eu ainda não tive conhecimento sobre isso. Aliás, gostaria muito de saber a opinião dele e até conversar sobre o jogo. Gostaria também de saber se ele permite que eu continue a fazer os jogos do seriado. Se ele quisesse, eu até poderia fazer os jogos da maneira dele, ou seja, ele decidiria exatamente como o jogo ficaria, mas isso é uma outra história... Devo confessar também que o jogo é violento, pois, é uma sátira do jogo STREET FIGHTER da CAPCOM, e como todos sabem, é um jogo violento. 

MM - Por que, muitas vezes, seu site e os links dos jogos estão fora do ar?
CB – Os links que eu utilizo são hospedados pelo GEOCITIES, que é um provedor gratuito. Quando várias pessoas fazem um download ao mesmo tempo, o site não suporta todas as transferências e fica um tempo fora do ar. Por isso eu coloquei uma mensagem no site dizendo que quem quiser pode hospedar o jogo em qualquer outro lugar, e eu colocarei um link direcionando para a página onde o jogo será hospedado.

MM - De tanto sucesso que fazem os jogos, será raro o internauta não encontrar os downloads congestionados...

MM - Quantos jogos CH e também os que não envolvem personagens CH você criou? Você tem um favorito? 
CB – Se eu contar quantos jogos eu fiz na minha vida inteira, eu não saberia responder... Desde pequeno eu faço jogos, mas é claro que muitos deles eu parei no meio do caminho, pois aprendia uma nova técnica e recomeçava o projeto. Quando eu comecei a programar em Delphi, melhorei muito a minha técnica de programação porque, para quem não sabe, o Delphi é uma linguagem orientada a objetos que utiliza os recursos multimídia do Windows. O Street Chaves foi um dos primeiros jogos que fiz no Delphi (esse é o meu jogo favorito). Além desse eu ainda fiz:

 


• Super Magro World (uma versão do Super Mario Bros, com o Seu Madruga); 

 


• Madruga From Mars (Seu Madruga vai para Marte e precisa destruir asteróides);

 


• Madruga Goes Home (Lembra de Bobs Goes Home? Esse é com o Seu Madruga);

 


• Codename Madruga (Uma versão de IKARI WARRIORS com o Seu Madruga);

 

 
• HighWay Crossing Madruga (Lembra de Frog? O sapinho que tinha que atravessar a rua?); 

 


• FAINOU FAITI (jogo de gangues de rua, os personagens são amigos meus).


MM - Você tem planos de criar mais jogos envolvendo os personagens do Chaves? 
CB – Atualmente estou desenvolvendo o MADRUGA CRAFT, que é uma versão do WARCRAFT com os personagens do Chaves. Eu não queria estragar a surpresa, mas posso dizer que o jogo está ficando muito bom e vai ser muito divertido também. Será possível criar exércitos, torres de guarda e outras coisas. Terá muitas passagens secretas e itens escondidos. O jogo é meio estratégia e meio RPG. Quem gosta desses tipos de jogos e de Chaves, vão adorá-lo. Espero terminá-lo bem rápido!

 

Madruga Craft, o novo jogo de CyberGamba! Em breve, num PC perto de você!


MM - Você saberia me informar mais ou menos quantos downloads de seus jogos CH foram efetuados desde que você os colocou no ar? 
CB – As minhas páginas não possuem contador de downloads, apenas de visitas... Pelo que eu vi no site SUPERDOWNLOADS, o número de downloads feitos pelo jogo já passou de 320 mil. O jogo também é hospedado em muitos outros sites, e por isso fica difícil saber quantos downloads já foram feitos...

MM - Os fabricantes de jogos tradicionais como a Sega e a Nintendo não chegaram a lhe acusar de plagiador devido à semelhança do Street Chaves com o Fighter e o Super Magro com o Mario? 
CB – Não, e acho que também é difícil isso acontecer. Hoje em dia tudo que é bom alguém copia. Veja o caso do MUGEM: é uma ferramenta que possibilita criar cenários e lutadores e qualquer um pode fazer um jogo de luta. Outro motivo pelo qual eu penso que tanto a Sega como a Nintendo não teriam interesse em me acusar, ainda mais pelo fato de que o jogo é FREEWARE, ou seja, não estou ganhando dinheiro em cima da idéia deles. Além disso, os jogos fabricados por eles são muito mais superiores, totalmente 3D e com jogabilidade infinitamente melhor do que Street Chaves.

MM - Mas nesses jogos moderníssimos não constam os carismáticos personagens do melhor seriado do mundo. Tal carisma está presente apenas nos seus jogos, CyberGamba! Para mim, a simplicidade me agrada mais do que tecnologia e efeitos em demasia. Por isso, prefiro jogar Street Chaves do que qualquer jogo do Playstation, na mesma proporção de que eu acho muito melhor ver Chaves e seus efeitos toscos do que Matrix e seus efeitos milionários e bem feitos.

MM - Você tem planos de colocar mais cenários e personagens no Street Chaves, ou seja, construir novas versões do jogo? Por que a Pópis ainda está ausente dele? 
CB – Sim, mas ainda não sei quando teremos novas atualizações, pois os episódios que possuo no meu computador não aparecem personagens como Pópis, Hector Bonilla, Dr. Chapatin e outros. Se o SBT voltasse a exibir novamente as séries, eu poderia ter mais material em mãos e as chances de melhorar o jogo seriam maiores! 
MM - Se depender do SaBoTagem, pararemos mesmo na versão 1,5A... E seria cômico vermos Hector Bonilla lutando...

MM - Nas versões mais recentes do Street Chaves, muitos andam se deparando com um problema (como eu): após descompactar todos os arquivos do jogo numa pasta, ao clicar no executável (também dentro da mesma pasta), percebemos a ausência dos lutadores, do sons e dos cenários mesmo com tudo já presente na pasta. Por que isso acontece? Como solucionar este problema? 
CB – Nas versões mais antigas do jogo, todos os arquivos deveriam ficar dentro uma só pasta junto com o executável. Após receber inúmeros e-mails sobre organizar os arquivos, foi modificado o modo em que os arquivos eram guardados. Na nova versão, é necessário criar uma pasta para os cenários, outra para os lutadores, outra para as músicas, e assim SUBSTANTIVAMENTE. No arquivo CHAVES.TXT tem informações de quais arquivos são necessários para o jogo funcionar. 
MM - Qualquer dúvida, seu e-mail é cybergamba@bol.com.br .

 

"Se eu prefiro Chaves ou Chapolin? É o mesmo que perguntar: 'Você gosta mais do papai ou da mamãe?'."


MM - Você tem outros ídolos fora Chespirito? 
CB – Sim! Do seriado do Chaves, além do Chespirito, sou fã do Seu Madruga (Ramón Valdez), do Quico (Carlos Villagrán) e do Professor Girafales (Rubén Aguirre). Fora Chaves, sou fã de Van Damme, Jackie Chan, Sylvester Stallone, Hermes e Renato e outros.

MM - Você prefere Chaves ou Chapolin? Por quê? 
CB – Puxa, essa pergunta é a mais difícil de todas! Realmente eu não sei... As duas séries são excelentes. É o mesmo que perguntar: “Você gosta mais do papai ou da mamãe?”. As duas séries, apesar de terem sido criadas pela mesma pessoa, não tem anexo uma com a outra. O seriado do Chaves mostra a dificuldade e a pobreza da classe baixa que mora em vilas e favelas. Já o Chapolin é uma série que satiriza os super-heróis dos quadrinhos. É algo bem diferente e acho que o Chespirito foi um gênio em criar essas duas séries, pois o ideal é ficar se revezando em qual assistir para não enjoar de nenhuma. 
MM - Bela resposta! Mesmo neutra, foi de efeito e com sábias palavras!

MM - Qual o seu episódio favorito do Chaves? 
CB – Com certeza o meu episodio favorito é o do Seu Madruga professor: Ramón Valdez é um ótimo ator e representou muito bem o papel em que foi lhe dado. Também gosto do episodio da Chirimóia e o da Boa Vizinhança!

MM - A atuação de Ramón na aula sobre os perigos que a caveira proporciona é, sem sombra de dúvida, singular! Nenhum ator do mundo conseguiria representar daquela maneira. É a grande prova de que Ramón Valdez é um dos melhores atores de todos os tempos... se não é o melhor!

MM - Qual o seu episódio favorito do Chapolin? 
CB – Eu não tenho um episódio favorito, mas gostei muito do episódio do Japão (Shimpato Yamazaki), o do faroeste (Pistoleiro Veloz) e do hotel (Super Sam – Time is Money).

MM - Qual o episódio mais chato do Chaves? 
CB – Acho que, depois que o Seu Madruga morreu, a série começou a enfraquecer. Então foi criado o restaurante da Dona Florinda. Acho que esse episódio (no qual ela compra o restaurante) foi um dos mais fracos (isso não significa que o episodio foi chato, mas existem episódios melhores).
MM - Só lhe corrigindo, CyberGamba: Seu Madruga não deixou o seriado devido à morte de Ramón Valdez! O ator, em 1979, resolveu trabalhar com Carlos Villagrán na Venezuela. Por isso, Seu Madruga e Quico deixaram o seriado. Ramón Valdez morreria nove anos depois, em 1988. Sobre os episódios do restaurante, são legais, mas nem se comparam com o festival de humor da época de Seu Madruga e Quico, dupla consagrada como a alma do seriado.


MM - Qual o episódio mais chato do Chapolin? 
CB – Acho que o episódio mais chato do Chapolin foi aquele em que ele enfrenta um vampiro que queria morder a garota que estava dormindo. Esse foi um dos primeiros episódios gravados e é também um dos menores, deve ter uns 10 minutos de duração. 
MM - Tem sete! E há outros episódios curtos, como o do Conde Terra Nova na piscina, gravado na mesma época do Vampiro. Os do Gigante e do Mão Negra têm a duração de dez minutos cada.

MM - Qual o seu personagem favorito do Chaves? 
CB – Ah, é claro que é o Seu Madruga. É impossível não rir dele. Ramón Valdez é um excelente ator e o papel que ele representou também é muito engraçado. Ele é um daqueles caras bem azarados, tudo dá errado e ele desconta a raiva no primeiro que aparece na sua frente!!! 
MM - Seu Madruga, uma perpétua unanimidade entre os chavesmaníacos!!

MM - Qual o personagem que você menos gosta no Chaves? 
CB – Essa também é outra pergunta difícil de responder. Chespirito conseguiu reunir um time de atores de primeira, todos são muito bons. Eu particularmente gosto de todos, mas acho que a Chiquinha é a menos engraçada (mas também é uma ótima atriz, com certeza). 
MM - Desponta mais um inimigo de Chómpirras, webmaster do Chiquinha Brasil e o maior fã de Chiquinha da face da terra!

MM - Qual o melhor vilão do Chapolin? 
CB – De todos os vilões que enfrentaram o Chapolin, o que eu mais gosto é o do doutor que queria fazer o intercâmbio de cérebros (não me lembro do nome dele). Se eu não me engano, existem duas versões desse episódio: uma que o doutor era interpretado pelo Ramón Valdez (Seu Madruga) e, na outra, ele era interpretado por Rubén Aguirre (Girafales). 
MM - Exatamente, CyberGamba! São duas versões e o nome do doutor nunca fora mencionado mesmo...

MM - Qual o melhor ator/atriz das séries? 
CB – Se analisarmos todas as séries (Chaves, Chapolin, Turma do Chaves, etc), eu posso dizer que o melhor ator é o próprio Chespirito. Não digo isso apenas por ele ser também o diretor, mas pelo fato dele conseguir representar diversos papéis com muita qualidade e genialidade. Todas as séries possuem poucas atrizes (María Antonieta de las Nieves, Florinda Meza, Angelines Fernandez, Ana Lílian de la Macorra), mas acredito que a melhor delas seja a Florinda Meza (Dona Florinda). Acho ela mais engraçada do que as outras. 
MM - Outra correção: Chespirito apenas auxiliava o diretor oficial dos seriados, Enrique Segoviano.

MM - Qual o seu bordão favorito? 
CB – “...só não te dou outra porque eu...” e também gosto do “... as pessoas boas devem amar seus inimigos...”. Do Chapolin é: “...Aproveitam-se de minha nobreza...”.

MM - Cite uma cena inesquecível de Chaves ou Chapolin (pode ser a cena mais engraçada ou a mais emocionante). 
CB – A cena mais engraçada é o episodio do Chapolin com os sete anões. Na hora em que estão almoçando, um dos anões dá um espirro tão forte que até destrói o prato e os pedaços dele voam tudo em cima do anão interpretado pelo Seu Madruga. A cena mais emocionante é a canção do Chaves no final do episódio de Acapulco. 
MM - Boa Noite Vizinhança!

 

"Acho que nem o Walter Mercado consegue prever o que o Silvio Santos vai fazer com o SBT!"

 

MM - Qual o programa que você mais gosta na televisão, fora as séries de Chespirito? 
CB – Gosto de Simpsons, Friends,  G4, A Praça é Nossa (alguns quadros), South Park, Cavaleiros do Zodíaco, Hermes e Renato, etc.

MM - Já havia assistido a algum episódio perdido antes do dia 1º de setembro de 2003? Se assistiu, qual o seu favorito? Comprou de quem? 
CB – Eu não sei ao certo quais são os episódios perdidos. Eu lembro que há muito tempo atrás eu assisti o episódio em que o Seu Madruga era sonâmbulo. Também assisti um episódio em que a Bruxa do 71 fazia uma macumba na casa do Seu Madruga (a curiosidade deste capitulo era que dava para ver uma porta bem à direita da casa do Seu Madruga, que talvez saísse no outro pátio da vila). 
MM - Os dois episódios que você citou consistem, respectivamente, na primeira e na segunda parte de Espíritos Zombeteiros, o mistério dos pratos que desaparecem. Essa série é uma das mais clássicas entre os episódios perdidos do Chaves, aqueles que foram cancelados pelo SBT em 1992. Deste grupo dos perdidos, fazem parte clássicos como Pichorra, Radinho do Quico, Chifrinhos de Nozes, etc.

MM - O que você achou da volta dos episódios perdidos? Por que você acha que eles, momentaneamente, pararam de ser exibidos? 
CB – Ouvi dizer que houve um incêndio nos arquivos do SBT e que boa parte do material do Chaves tinha sido queimada. Eu, particularmente, acho tudo isso mentira do SBT. Eles poderiam muito bem comprar os episódios novamente. Acho que eles pararam de ser exibidos ou porque não eram tão engraçados ou porque algumas piadas, quando traduzidas para o português, perdem o sentido ou não são bem compreendidas por nós, brasileiros. Como esses episódios voltaram assim do nada, eu acredito ainda mais que o SBT esta mentindo! 
MM - Essa volta relâmpago, juntamente com a exibição dos "compactos" no já extinto Falando Francamente de Sônia Abrão, comprovou que o SistemaBemTosco é um mar de mistérios sinistros. Nem os Espíritos Zombeteiros os resolveriam... E, na minha humilde opinião, suas justificativas para a não-exibição dos perdidos não procedem. Primeiro, esses episódios são engraçadíssimos, bem mais do que a maioria no ar atualmente. E segundo, dos perdidos, apenas no episódio da Pichorra constam essas piadas incompreensíveis (aquele papo de goma e lixa de carpinteiro do começo do episódio, lembra-se?). Muitos episódios que estavam no ar até maio possuem esses diálogos sem sentido para nós, brasileiros.

MM - O que você achou do Clube do Chaves? Qual foi o quadro que você mais gostou? 

CB – O Clube do Chaves é bem engraçado, mas não teve aquele pique que a série antiga do Chaves tinha (ainda mais pela ausência de alguns atores). Mas não deixa de ser um ótimo passatempo e também um bom programa de entretenimento. O quadro que eu mais gostei foi o do Chaveco com a Chilmontrúfia e o Botijão. Não sei por que, mas lembra um pouco o estilo do seriado do Chaves. 

MM - Qual a música e clipe preferido das séries? 
CB – A música que mais gosto é “Jovem ainda”, talvez seja pela mensagem que a música passa no qual devemos sempre ter espírito jovem. O clipe que mais gosto é o do Chapolin voando num brinquedo de papel pelo espaço (os efeitos especiais são muito bons. Naquela época, é claro). 
MM - Música "Os Astronautas", da segunda parte do episódio "O Garoto que Mentia". Excelente clipe, mesmo!

MM - Surpreende-te o fato de Chaves ter permanecido no ar por 20 anos com os mesmos episódios? Qual será a receita para tanto sucesso? 
CB – Para ser sincero, acho que isso não me surpreende, pois todos gostam do Chaves e Chapolin. Não há motivos para tirar do ar uma coisa que todos querem ver (podemos citar também os Simpsons, que  passa até hoje). Eu ainda não descobri o motivo pelo qual o SBT tirou do ar essas séries. O segredo para ter tanto sucesso? Sinceramente não sei... Talvez pela simplicidade, talvez pela inocência ou quem sabe os diálogos...

MM - O SBT tirar os seriados CH da programação é a coisa mais natural do mundo. Com aquela cambada de cabeças-de-camarão compondo a alta cúpula da decadente emissora...

MM - Com o cancelamento da série na programação, você acha que o ciclo de Chaves poderá chegar ao fim ou que o seriado voltará um dia a se tornar fixo na programação?
CB – O SBT é uma caixinha de surpresas! Acho que nem o Walter Mercado consegue prever o que o Silvio Santos vai fazer... A única coisa que eu posso fazer é torcer para que o SBT crie vergonha na cara e coloque o seriado todos os dias num horário fixo. 
MM - Há tempos estamos na torcida... E acho que ela irá durar mais...

MM - O que você acha da palhaçada que estão fazendo com Chapolin, com o bota-tira do ar? Você acha que a série um dia se tornará fixa na programação como nos velhos tempos? 
CB - Eu acho no mínimo uma falta de respeito com os telespectadores! O SBT sabe muito bem que existem milhares de fãs de Chapolin espalhados pelo Brasil e, mesmo assim, a emissora insiste em dizer que a série não dá mais audiência e que já esta ultrapassada. Eu acho que depende de nós,  telespectadores, para que a série volte a ser exibida.
MM - E que os chavesmaníacos não insistam em apenas pedir pela volta dos seriados CH. Eles também têm de assistir em massa, devido aos tios Ibope e Datanexus...

MM - Na sua cidade, você conhece outras pessoas fãs de Chaves como você? 
CB - Sim, além de todos os meus amigos, muitos familiares como meus pais, tios e primos adoram Chaves. Eles também gostaram do Street Chaves (só que eles não sabem jogar, só ficam vendo). Às vezes eu vejo caras usando a camisa do Chapolin (eu também tenho uma, risos) e nos bailes de fantasia sempre tem um cara fantasiado de Chaves e uma menina fantasiada de Chiquinha! 
MM - Eu também tenho uma camisa do Chapolin e a marreta biônica. Inclusive está espalhada pela internet afora uma foto minha posando com ambos. Os internautas que a descubram, pois não vou dar esse gostinho...

MM - Qual é o sonho de sua vida? 
CB - Bom, eu tenho vários sonhos: gostaria de conhecer pessoalmente Chespirito, de conhecer o Japão (queria ficar pelo menos um mês lá) e, é claro, melhorar cada vez mais os jogos do Chaves. Ah, esqueci... eu sonho que um dia o SBT volte a exibir as séries Chaves & Chapolin todos os dias em horário fixo e sem cortes!!! 
MM - Depois do que o SaBoTagem aprontou no último fim-de-semana, acho que é mais fácil você trair a Adriana com a Florinda Meza, colocando chifres no Legítimo Mestre, do que os seriados CH voltarem...


MM - Para encerrar: cite uma frase esclarecendo por que você gosta das séries de Chespirito. 

Chespirito é simplesmente um gênio! As séries Chaves & Chapolin são tão simples e, mesmo assim, 
fizeram sucesso no mundo inteiro. Chespirito não precisou utilizar uma linguagem vulgar com palavrões ou imagens obscenas para ganhar a atenção do público. Chaves & Chapolin fez a infância de muita gente ser bem melhor (assim como a minha foi)!

 

CyberGamba

 

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